Informativo quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas Ano V - Número 84 13 a 26 de abril/2009 www.puc-campinas.edu.br Ricardo Lima Pelo mundo Em um mundo globalizado, há mais facilidades para quem quer ter a experiência de trabalhar em outro país, dentro de sua área, e ainda ser reconhecido por sua formação acadêmica e competência. Formado em Engenharia da Computação pela PUC-Campinas, em 2005, Fernando Henrique Frediani (foto), por exemplo, trabalha em Londres há cerca de um ano e meio em uma empresa que faz hospedagem de servidores para outras corporações. “A faculdade forneceu a base que tenho hoje. Ela me ensinou a aprender e, a partir disso, conquistar meus objetivos”, afirmou. O ex-aluno da MURAL A Oficina Cultural Regional Hilda Hilst, em Campinas, oferece, neste semestre, 54 atividades (são cerca de 1,7 mil vagas) entre oficinas e palestras. Todas gratuitas. Há opções para quem gosta de dança, artes plásticas, audiovisual e música. Veja nesta edição a programação de abril. Página 07 Divulgação NATUREZA, HISTÓRIA, AVENTURA E BEM-ESTAR - O Circuito das Águas é uma boa opção de passeio no feriado prolongado de Tiradentes. Os seus oito municípios – Águas de Lindoia, Amparo, Jaguariúna, Lindoia, Monte Alegre do Sul, Pedreira (foto), Serra Negra e Socorro – oferecem opções para agradar os mais variados gostos e idades: desde passar uma tarde fazendo compras até se divertir em cachoeiras ou praticar esportes de aventura. Tudo isso próximo de Campinas e de fácil acesso. Página 08 Faculdade de Ciências Econômicas Bruno Leitão Amaral trabalha, há 18 meses, na França, como associado sênior de uma empresa norte-americana. “Grande parte do conhecimento adquirido durante as aulas é aplicado ao meu trabalho diário.” Para o pró-reitor de Graduação da PUC-Campinas, Germamo Rigacci Júnior, uma formação que propicie o desenvolvimento da criatividade do aluno e que o torne apto para sugerir soluções para os problemas é sempre valorizada pelo mercado de trabalho, seja no Brasil ou em qualquer parte do mundo. Página 05 Apoio à Aprendizagem Ricardo Lima Os alunos ingressantes que quiserem complementar conteúdos ou aprofundar os conhecimentos do Ensino Médio (matemática, língua portuguesa e biologia) poderão, a partir do dia 22 deste mês, participar do Programa de Apoio à Aprendizagem da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD). Sob responsabilidade da Coordenadoria Especial de Licenciatura (CELI), as oficinas de qualificação resgatarão os conceitos das referidas áreas de conhecimento, principalmente aqueles que se constituem base para o curso superior. As inscrições devem ser feitas pelo Site do Aluno. A estudante Ana Cecília Rodrigues (foto), da Faculdade de Matemática, vai trabalhar como aluna apoiadora no projeto. Página 06 Queimando os neurônios Em tempos de crise financeira e competitividade, as soluções eficazes precisam ser encontradas de forma cada vez mais veloz. Nessas horas, o que as empresas mais valorizaram é o potencial criativo de seus funcionários. Você não se acha criativo? Calma! Estudos nessa área já mostraram que a capacidade de gerar ideias criativas é algo possível a todos e a que a criatividade pode ser estimulada a partir da combinação de personalidade, ambiente, e uma boa habilidade de observação e de retenção de dados. Página 04 02 13 a 26 de abril/2009 Jornal da PUC-Campinas Editorial Santidade: a paixão pelo tempo! N o último editorial comentei sobre a Páscoa, o “oitavo” dia da semana. O dia definitivo da criação. Inaugura o tempo novo, da aliança plena de Deus com a humanidade. Páscoa como chegada de um tempo de conversão e penitência, a Quaresma. E nela, a Semana Santa. Já não vivemos mais a aura que encobria o tempo como experiência humana de sentido. Até os chistes, as troças tornavam presente a realidade do tempo vivido; era comum referir-se ao triste como aquele que portava “uma cara de sexta-feira santa”. Mais do que irreverência traduzia uma percepção cultural. A religião in-formava (dava forma) ao tempo humanizando-o. A natureza seguia seu curso normal, marcado por eventuais mudanças de percurso. Mas o sentido dado pela cultura alterava esquemas de percepção, aparentemente, apenas biológicos. Na sexta-feira santa os pássaros não cantavam. Ninguém os ouvia, tal o peso da percepção religiosa do mundo e da história. A tendência é transformar essas realidades em resquícios do passado, em patrimônio cultural, e, quando ritualizados ou expressos em monumentos e instituições, em atração turística. E quando não, até em indicadores econômicos. Interpretações históricas bem fundamentadas, como as propostas pelos teóricos da secularização, apresentam o Cristianismo como dessacralizador da natureza e da História. O sagrado seria uma espécie de manipulação face ao medo da natureza, num primeiro momento; mecanismo e forma de sujeição a poderes constituídos (religiosos ou não) num segundo momento. A categoria cristã para definir o sentido profundo do tempo e espaço, como significativos da relação com Deus, seria expressa pelo adjetivo santo. Daí Semana Santa, e não Sagrada. O sagrado brota da exterioridade, é conferido pela cultura. Esta torna instituições intocáveis objetos, leis e pessoas. O santo é qualidade que habita a interioridade. Mostra-se por gestos, valores, atitudes de vida e quando aplicado às instituições remete a uma vida que confere, sendo redundante de propósito, vida a uma realidade inerte e vazia. Quase nunca nos perguntamos o que faz de certas pessoas santos, aqueles cuja vida, quase sempre anônima no dizer do escritor romeno Virgil Gheorghiu, nos transmite serenidade e paz, anseio por um absoluto que impede que caiamos no vazio existencial. O paleontólogo francês Pierre Teilhard de Chardin falava de uma interioridade que habita toda a matéria, da mais simples à mais complexa. A santidade se prende a esse mistério que busca expressar-se: quando a matéria se torna obra de arte, sua interioridade aliada à intencionalidade do artesão explode em vida para o mundo. O artista transforma o emaranhado de sons, ruídos em sinfonia. Semana Santa: não é sacralização do tempo, que se oporia a uma cronologia profana. É memória, presença viva, atuante, não mera lembrança. O poeta inglês William Blake capta, através de uma inversão o santo: “a Eternidade anda apaixonada pelas produções do tempo”. O teólogo vê no Mistério de Jesus – Homem e Deus - a concretização do tempo como dimensão da eternidade. Na Páscoa de Jesus, entrega radical da vida à sua plenitude – amor – “Deus se torna sujeito de uma história. Uma história humana entrou na eternidade de Deus” diz o Padre Yves Congar num livro-testamento, cujo título – Diálogos de outono - evoca a santidade da vida como uma espécie de conversa com o mundo. Notas Padre Wilson Denadai Reitor da PUC-Campinas Agenda Fies recebe inscrições pela Retirada de carteirinha internet até 17 de abril começa dia 13, no Campus I O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) recebe, até 17 de abril, as inscrições de novos alunos do Ensino Superior. O candidato deve preencher a ficha de inscrição que estará disponível na página eletrônica da Caixa Econômica Federal (www3.caixa.gov.br/fies), imprimi-la em duas vias e entregá-la na instituição de ensino em que estuda. O aluno pode, por intermédio do Fies, financiar de 50% a 75% da mensalidade, independentemente do semestre que estiver cursando. O fundo trabalha com duas taxas de juros anuais: 3,5% (fixa) ao ano para alunos matriculados em cursos de licenciatura, pedagogia, normal superior e cursos tecnológicos, e de 6,5% (fixa) ao ano para os demais cursos. Informações no Departamento de Serviço Social ao Aluno (DSSA), no Campus I, das 8h30 às 20h, de 2ª a 6ª feira. Telefone: (19) 3343-7253, 3346-7278 ou 3346-7219 ou por meio do e-mail [email protected]. CNBB discute formação presbiteral em Indaiatuba A 47ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ocorre de 22 de abril a 1º de maio, em Itaici, Indaiatuba. O encontro terá como tema central "A formação Presbiteral: Diretrizes e Desafios”. A proposta é debater a formação básica e a formação continuada dos presbíteros. Ricardo Lima Os calouros da graduação e pós-graduação, do Campus I, devem retirar a carteira estudantil entre os dias 13 e 22 de abril. A retirada também deve ser feita pelos alunos que efetuaram o destrancamento de matrícula. A carteirinha da PUC-Campinas é utilizada para a identificação do aluno dentro da Universidade e também para permitir o acesso a atividades, serviços e espaços da Instituição. Confira os dias e locais: > Alunos do CEA Praça de Alimentação (salas rotativas 6 e 7) Dias 13 e 14 de abril (9h às 14h / 18h às 21h). > Alunos do CEATEC Praça de Alimentação (salas rotativas 6 e 7) Dias 15 e 16 de abril (9h às 14h / 18h às 21h.). >Alunos do CLC e das Faculdades de Ciências Sociais, Teologia, Filosofia e História Praça de Alimentação (salas rotativas 6 e 7) Dia 17 de abril (9h às 14h / 18h às 21h). > Alunos das Faculdades de Biblioteconomia, Educação, Educação Física e Serviço Social Prédio do CCHSA (Prédio K, sala 721) Dia 22 de abril (9h às 14h / 18h às 21h). 13/04 Fórum Permanente de Estudos e Experiências Turísticas, em comemoração ao Dia do Agente de Viagens 2009. O tema será "Mercado de Turismo: perspectivas atuais e futuras apesar da crise". Sala 800, das 9h às 11h15 e das 20h às 22h15, no Campus I. 13 a 17/04 14ª Semana XVI de Abril, promovida pela Faculdade de Direito. Das 8h às 12h e das 19h às 22h30, no Auditório Cônego Haroldo Niero, no Campus Central. 20/04 Recesso acadêmico e administrativo, exceto em atividades que não podem sofrer interrupção. 21/04 Feriado Nacional – Tiradentes. 22/04 Início da exposição Criações Indígenas, promovida pelo do Centro de Cultura e Arte (CCA). De segunda a sexta-feira, das 14h às 17h. Sala 238, no Campus Central. 19h20 - Palestra com Márcia Molinari, gerente de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, voltada para alunos do 1º ano noturno da Faculdade de Administração com Linha de Formação Específica em Comércio Exterior. Sala 900, no Campus I. 23/04 Reunião do CONSUN. 27/04 Projeto Museu na Biblioteca, na Biblioteca Central do Campus I. Até 27 de maio, das 8h às 22h. 27/04 19h20 - Palestra "O Brasil e a crise do século", organizada pela Faculdade de Ciências Contábeis, em comemoração ao Dia do Contabilista. Os palestrantes são Rodrigo Luz e Sérgio Bueno de Castro. Auditório Dom Gilberto, no Campus I. Espaço leitor A sua opinião é muito importante para o Jornal da PUC-Campinas. Por isso, aproveite esse espaço para enviar seus comentários e críticas sobre as reportagens e artigos aqui publicados. Mande também suas sugestões sobre temas que gostaria de ler nas próximas edições. Mande a sua mensagem para [email protected] @ GALENO AMORIM Concordo com Galeno Amorim a respeito do futuro da Biblioteconomia no Brasil tende estar "[...] cada vez menos técnicos e cada vez mais atores sociais", ou seja, não basta “apenas” criar novas técnicas e tecnologias no ambiente da biblioteca, mas uma interação social com usuários de informação. Como relata a frase comemorativa do dia dos bibliotecários: “Por trás de todo conhecimento sempre há um bibliotecário”. Alexander Willian Azevedo, formado em Ciência da Informação pela PUC-Campinas em 2007 Expediente Reitor- Padre Wilson Denadai; Vice-reitora - Angela de Mendonça Engelbrecht; Conselho Editorial - Wagner José de Mello, Rogério Bazi e Sílvia Regina Machado de Campos; Coordenador do Departamento de Comunicação - Wagner José de Mello; Editoras - Ciça Toledo (MTb. 14.181) e Raquel Lima (MTb. 48.963); Repórteres Adriana Furtado e Ana Paula Moreira; Estagiário - João Victor Barros; Revisão - Marly Teresa G. de Paiva; Fotografia - Ricardo Lima; Tratamento de Fotos - Marcelo Adorno; Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica - Neo Arte; Impressão - Grafcorp; Redação - Campus I da PUC-Campinas, Rodovia D. Pedro I, km 136, Parque das Universidades. Telefones: (19) 3343-7147 e 3343-7674. E-mail: [email protected] Jornal da PUC-Campinas 13 a 26 de abril/2009 03 Opinião Reflexão sobre mercado de trabalho e a crise Gislaine Heitmann Q uem hoje não chega à empresa, na faculdade, no supermercado, em casa ou em qualquer lugar e não escuta falar da tal crise? Não podemos esquecer que este assunto está em todas as classes sociais, mobilizando as pessoas do mundo todo. Os executivos na pré-crise, que ocorreu por volta de julho 2008, ainda não sabiam como se portar. Mas uma coisa era certa: Tempo de crise é momento de cortar gastos, reduzir custos e infelizmente, demitir pessoas. Demitir é sempre o trabalho mais difícil, pois envolve muitas famílias, mexe com o consumo no mercado e, no geral, dissemina um clima de instabilidade. Na mídia a veiculação de informações é enorme e o executivo também tem que filtrá-las e sua análise tem que ser muito rápida. Por quê? Porque a empresa tem que caminhar, os negócios e projetos estão acontecendo e se o executivo esperar pode ser muito tarde. O executivo está sendo pressionado a atingir metas e dar lucro muito rápido além de conter despesas. Ele tem que enxergar além dos noticiários. O executivo consciente sabe que esta não Galeria “A tendência de mercado indica que o fundamental volta-se para o conhecimento e a tecnologia, como fontes do processo de crescimento econômico.” foi e nem será a primeira crise do capitalismo, outras virão e os negócios precisam disso para se renovar e criar. Também o perfil dos executivos mudou. Os mais novos deram lugar aos mais experientes que já passaram por outras crises. As empresas estão fazendo retornar para o trabalho ativo executivos até então presentes apenas no Conselho. De novo mais uma novidade nesta crise: A experiência é que conta e por conta disso o mercado de trabalho mudou. Nos Estados Unidos, 900 mil pessoas com mais de 55 anos entraram no mercado de trabalho desde o início da crise. Jovens, estes sim, vão ter dificuldades nesta crise, pelo simples fato de não terem experiência. Muitas empresas suspenderam seus programas de trainee por tempo indeterminado e outras diminuíram o número de vagas. Importante estar atentos aos programas de estágio. Analisar se a proposta da empresa é interessante ou se está tentando substituir um funcionário pelo estagiário somente para economizar. É preciso pensar no seu futuro. Milhares de pessoas foram demitidas, isso é verdade, mas quantas pessoas nós conhecemos que estão empregadas e tendo sucesso em suas profissões, ganhando reconhecimento e dinheiro, pelo fato de estarem preparadas? Quantas pessoas apenas trabalham, sem investirem em si mesmas? Muitas empresas estão com vagas em aberto, simplesmente por não encontrarem profissionais qualificados. E o que um executivo espera ter hoje de seus colaboradores? Com certeza, profissionais com velocidade. Está é a palavra do dia. E se minha empresa for aberta para atender a demanda do pré-sal, será que no mercado hoje temos profissionais que pensaram em trabalhar nesse segmento? E as empresas de advocacia que já criam comitês para ajudar os clientes a saírem da crise? Quanta oportunidade nos espera neste mercado de trabalho tão revolucionário! Já paramos para pensar que o executivo de hoje terá até que voltar a ler Karl Marx para entender o capitalismo, de novo, e as sucessões de estudos que ele fez e que parecem que retornaram? Com crise ou sem crise, uma coisa é certa: atualização, informação, criatividade, dinamismo, controle da ansiedade, poder de persuasão e aprender a ouvir serão os pontos chaves nesta nova quebra de paradigmas. A tendência de mercado indica que o fundamental volta-se para o conhecimento e a tecnologia, como fontes do processo de crescimento econômico. Resumindo, crise... ou crie... Divulgação Gislaine Heitmann é executiva de finanças e vice-presidente Técnica do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef), Campinas. ATÉ QUANDO A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL VAI DURAR? Fotos: Ricardo Lima “Dada a complexidade da crise que, embora iniciada nas atividades financeiras, atingiu o lado real das economias, e dada a sua amplitude internacional, torna-se absolutamente impossível determinar sua duração. Os seus desdobramentos são, ainda, imprevisíveis”. Lineu Carlos Maffezoli, diretor da Faculdade de Ciências Econômicas “Irá se prolongar, pois se trata de uma crise de confiança e confiança se conquista com o tempo. Os governos necessitarão corrigir os desvios praticados por empresas e organizações que fizeram escolhas estratégicas equivocadas e que contaminaram todo o sistema econômico internacional.” Eduard Prancic, diretor do Centro de Economia e Administração (CEA) “A recuperação da economia não passa apenas por reestruturar a liquidez da economia para o crédito ou aplicar ações governamentais de alavancagem da demanda. É uma crise que definirá uma nova roupagem das instituições capitalistas nesse século. Definir um prazo para sair dessa crise é algo prematuro e incerto.” José Alex Rego Soares, professor do CEA “Mais do que uma crise da economia, o que estamos vendo é a crise de todo um projeto de civilização. Essa crise deve ser vista como um alerta de que a atual trajetória é insustentável e que é chegada a hora de encararmos, sem ilusões, nossas possibilidades e responsabilidades com o planeta e com a humanidade.” Antonio Carlos A. Lobão, professor do CEA “Para alguns segmentos da economia ela nem existiu, para outros ela já passou, como demonstram as manchetes da mídia: O Brasil dribla essa crise nas propriedades comerciais; Franchising confirma previsão e cresce; Supermercados não sentiram a crise; Montadoras têm melhor trimestre da história do País.” Francisco Prisco Neto, diretor adjunto da Faculdade de Administração “É difícil prever, pois o governo não tem poupado esforços para estimular a economia utilizando as receitas keynesianas básicas: obras públicas, bem como a redução de impostos. Porém, é difícil saber em quanto tempo a confiança será restabelecida e a economia retornará aos trilhos.” Eliane Navarro Rosandiski, professora do CEA “Não sei quanto vai durar, mas dá para afirmar que ela é grave e inédita para minha geração. Assistimos a várias crises, todas elas localizadas. A de agora é sistêmica. A crise vem sendo gestada nos últimos 50 anos, tendo se acelerado com a desregulamentação adotada na década de 80, com o avanço do liberalismo.” Adauto Roberto Ribeiro, professor do CEA “Todo economista sério é um pouco pessimista quando em momentos de crise. E essa crise não tem precedentes em nossa história recente. Podemos ter data de início de uma crise, mas é difícil prever a data de encerramento, pois os desdobramentos são muito sérios uma vez que o emprego, renda e consumo estão intimamente interligados..” Dimas Alcides Gonçalves, professor do CEA Imagem Fotos: Ricardo Lima CAMPUS II EM PAUTA - Nos dias 2 e 3 de abril, cinco alunas do 7º período da Faculdade de Nutrição, que cumprem estágio supervisionado pela professora Semíramis Domene na Prefeitura de Campinas, ministraram o 1º Curso sobre Diabetes e Intolerância à Lactose para cem merendeiras da Secretaria de Educação. O tema foi abordado por meio de aulas teóricas e práticas. As estudantes ensinaram, ainda, como fazer bolos, tortas, purê de batata e vários outros pratos que levam leite e açúcar em sua receita. O pintor e escritor João Carlos Pecci ministrou, no dia 1º de abril, a aula inaugural da Faculdade de Fisioterapia, cujo tema foi Vitalidade Humana. Pecci é irmão do compositor e cantor Toquinho e ficou paraplégico em função de um acidente de carro, em 1968. Durante a aula, ele reforçou aos alunos a importância da fisioterapia na sua vida e a necessidade de insistirem para que seus pacientes não desistam da reabilitação. “SSE os EUA EXPERIMENTAREM uma recuperação muito RÁPIDA , há GRANDE RISCO de OUTRA RECESSÃO EM 2010.” Bart van Ark, vice-presidente e economista-chefe do instituto de pesquisa The Conference Board 04 13 a 26 de abril/2009 Jornal da PUC-Campinas Criatividade Fábrica de IDEIAS Fotos: Ricardo Lima Estudos mostram que a capacidade de gerar ideias criativas é algo possível a todos; o segredo é exercitar o potencial criativo Du Paulino [email protected] T Telefone, avião, computador, lâmpada, automóvel. Não dá para negar que as grandes invenções que hoje fazem parte do nosso diaa-dia são frutos da inventividade de mentes altamente criativas. Porém, mesmo com todas essas facilidades, a vida moderna continua exigindo soluções inovadoras para resolver uma infinidade de problemas. A boa notícia é que a ciência está empenhada em descobrir o que leva o ser humano ao momento criativo. Mas a melhor notícia é que as estudos nessa área já mostraram que a capacidade de gerar ideias criativas é algo possível a todos. Segundo os pesquisadores, a criatividade pode ser estimulada a partir da combinação de personalidade, ambiente, e uma boa habilidade de observação e de retenção de dados. “Não é só o conhecimento que te faz ter ideias inovadoras. É o conhecimento aliado ao potencial criativo, o qual deve ser estimulado no ambiente familiar, na escola e até no mundo empresarial”, explicou a especialista em criatividade Solange Muglia Wechsler, professora da Faculdade de Psicologia da PUCCampinas e presidente da Associação Brasileira de Criatividade e Inovação. Todos nós já passamos por situações em que só queimando os neurônios conseguimos encontrar a solução para determinados problemas. Mas, geralmente, esses momentos são esporádicos. A vida diária não exige que sejamos inovadores o tempo todo. Porém, no mercado de trabalho, em tempos de crise financeira e competitividade, as soluções eficazes precisam ser encontradas de forma cada vez mais veloz. Nessas horas, o que as empresas mais valorizaram é o potencial criativo de seus funcionários. “É a criatividade que vai ajudar a empresa a buscar inovações e encontrar soluções, tanto para os problemas internos quanto para a competitividade do mercado”, disse a psicóloga. Como ser criativo? Aí você pode perguntar: O que eu faço se não sou uma pessoa criativa? Viva novas experiências, preste atenção no que acontece ao seu redor, repense as soluções que já foram encontradas e, sobretudo, pratique, aconselham os especialistas. “É preciso buscar novas maneiras de se desempenhar a mesma função. Ousar, buscar desafios são algumas das maneiras de se exercitar o potencial criativo”, completou a especialista Solange. Se você acha que é complicado ser criativo na sua área, imagine aquelas profissões em que a criatividade é a principal ferramenta de trabalho. Quem atua na área de publicidade e propaganda, por exemplo, tem na criação a base de suas atividades profissionais, mas, segundo o professor Maurício Pinheiro, para que as ideias criativas surjam No alto, o estudante Lucas Grizoto; abaixo, Solange Wechsler, especialista em criatividade; Maurício Pinheiro, professor da Faculdade de Publicidade e Propaganda FIQUE LIGADO Programa O Assunto é “Criatividade” Na TV PUC-Campias (canal 10 da NET): >Terça-feira (14 e 21/04) – 14h > Quarta-feira (15 e 22/04) – 19h > Sexta-feira (17 e 24/04) – 0h > Sábado (18 e 25/04) – 19h > Domingo (19 e 26/04) – 13h No Youtube www.youtube.com. br/tvpuccampinas é necessário treino. Pinheiro contou que recomenda aos seus alunos que tentem fazer o diferente, mas não o que nunca foi feito, ou seja, tentar olhar de uma outra forma aquilo que poderia ser comum. “Esse exercício de olhar, de associar com o diferente, de trabalhar com algo que não está muito claro para a maioria das pessoas é uma forma de ser criativo”, argumentou. Lucas Grizoto, aluno do 3º ano de Publicidade e Propaganda, afirmou que escolheu o curso porque sempre se considerou uma pessoa criativa. Ele disse acreditar que é justamente pelo seu potencial criativo que terá lugar garantido no mercado de trabalho. Mas, admitiu que as boas ideias não “caem do céu” e usa suas experiências pessoais como bagagem criadora. “Acho que tudo o que fazemos nos ajuda ser criativos. Quando você lê um livro, por exemplo, você tem o seu conteúdo para criar futuramente”, aconselhou. Verdadeiro ícone da criação, o profissional das artes visuais faz muito mais que criar peças que impressionam por seu caráter estético. Ele é responsável por criar identidade visual para os mais diferentes segmentos, que vão desde a comunicação até a arquitetura. Haja criatividade! “A criatividade não é estática, ela é resultado de um exercício que você faz ao longo do tempo, na prática do dia-a-dia”, analisou o diretor da Faculdade de Artes Visuais, Flávio Shimoda. Enfim, ideias criativas não aparecem do nada. Para se chegar ao insight – aquele momento em que as peças do quebra-cabeça se juntam e você encontra a resposta que estava procurando – é necessário vivenciar experiências diferentes. Ou seja, exercitar o seu potencial criativo. Então, o que você está esperando? Mãos à obra! Viaje, leia, trabalhe, converse com os amigos, observe, viva. Jornal da PUC-Campinas 13 a 26 de abril/2009 05 Profissão Passaporte carimbado Ricardo Lima Arquivo pessoal Ex-alunos da PUC-Campinas mostram que o mercado de trabalho de outros países é receptivo para os profissionais brasileiros atuarem em suas áreas de formação Da Redação [email protected] F Fernando Frediani, engenheiro de computação na Inglaterra. Bruno Amaral, economista na França. Cintia Campos, administradora nos Estados Unidos. Esses três ex-alunos da PUC-Campinas são exemplos de profissionais que optaram em construir a carreira (ou parte dela) no exterior. Em um mundo globalizado, há mais facilidades para quem quer ter a experiência de trabalhar em outro país, dentro de sua área, e ainda ser reconhecido por sua formação acadêmica e competência. De acordo com o pró-reitor de Graduação da PUC-Campinas, Germamo Rigacci Júnior, uma formação que propicie o desenvolvimento da criatividade do aluno e que o torne apto para sugerir soluções para os problemas é sempre valorizada pelo mercado de trabalho, seja no Brasil ou em qualquer parte do mundo. “As empresas buscam profissionais que sejam ativos em suas áreas de atuação, por isso, a Universidade oferece estratégias de ensino que possibilitam o aluno se tornar protagonista de sua formação”, explicou o pró-reitor. Ainda segundo Rigacci Júnior, além do zelo na elaboração e atualização dos Programas Pedagógicos dos cursos, o envolvimento dos estudantes nas mais diversas atividades acadêmicas, como as Práticas de Formação, Monitoria, Iniciação Científica e Iniciação à Extensão são determinantes para diferenciar o formando no mundo do trabalho. “O estudante que conseguir aproveitar tudo o que a Universidade lhe oferece agregará mais elementos formativos para ser um profissional inovador em seu ambiente de trabalho.” Fernando Henrique Frediani, 26 anos, formado, em 2005, pela Faculdade de Engenharia da Computação, trabalha em Londres há cerca de um ano e meio em uma empresa que faz hospedagem de servidores para outras corporações. Segundo ele, os cursos fora do país não exigem do aluno como no Brasil, o que faz diferença a favor dos brasileiros. “A faculdade forneceu a base que tenho hoje. Ela me ensinou a aprender e, a partir disso, conquistar meus objetivos”, afirmou. O ex-aluno da Faculdade de Ciências Econômicas Bruno Leitão Amaral trabalha, há 18 meses, na França, como associado sênior de uma empresa norte-americana. “Tendo em vista toda a competição presente no atual mercado de trabalho, acredito que o maior valor agregado ao profissional que vai para o exterior é a diferenciação que se obtém. Isso se deve pelo aprendizado de um novo idioma ou mesmo pelo simples fato de termos acesso a recursos não disponíveis no Brasil. Além disso, é muito prazeroso poder conhecer novos Ricardo Lima SAIBA MAIS Revalidação dos diplomas Não existe um programa específico do Ministério da Educação (MEC) para a revalidação dos diplomas brasileiros no exterior. Para um brasileiro ir a qualquer país com seu diploma, é preciso seguir os seguintes passos: Documentos de nível superior (graduação e pós-graduação) 1 - Reconhecer firma da assinatura de um dos dirigentes que assinaram cada documento em cartório; 2 - Solicitar carimbo junto à Divisão de Assistência Consular (DAC), do Ministério das Relações Exteriores; 3 - Por fim, carimbar todos os documentos na Embaixada/Consulado do país ao qual você se dirige. Após a chancela do diploma, o brasileiro precisa ter seu diploma reconhecido pelo país onde quer trabalhar. Nesse caso, irá se submeter à legislação local. Não existe um padrão, depende das leis de cada país. Em geral, são duas opções principais. Ou as universidades do país fazem todo o processo de revalidação, como acontece no Brasil; ou há uma agência governamental ou departamento especializado para isso. Fonte: MEC No alto, à esquerda, Bruno Amaral, que trabalha na França; à direita, Fernando Frediani, engenheiro de computação na Inglaterra. Acima, o pró-reitor de Graduação, Germano Rigacci Júnior; abaixo, o professor Luiz Renato Vedovato Ricardo Lima países, culturas e pessoas”, disse. Amaral coordena equipes em projetos de auditoria, consultoria e investigações de países da Europa, Oriente Médio e África. Segundo o ex-aluno, o aprendizado da Universidade foi fundamental para o desenvolvimento do trabalho diário. “Grande parte do conhecimento adquirido durante as aulas é aplicado ao meu trabalho diário. Sejam minhas atividades relacionadas a planejamento, análise econômica ou os conceitos de contabilidade. Lembro de cada professor e de suas dicas quando da execução destas. Considerando o aspecto técnico de minha atual função e a compatibilidade da mesma com o currículo oferecido pela PUC-Campinas, não há como dissociar minhas atividades cotidianas e os tópicos abordados em sala de aula”, contou. Cintia Campos, formada em Administração, em 1996, atualmente trabalha para Intel Corporation, na área de finanças. “Minha formação na PUC-Campinas, com certeza, abriu as portas para que eu pudesse chegar aonde cheguei. Isso, juntamente com o desejo de continuar minha jornada em busca de meus sonhos e realização profissional, me mantiveram motivada a obter meu MBA e hoje poder trabalhar para uma importante corporação”, declarou. Dupla cidadania Antes de ir para a capital inglesa, Frediani morou e trabalhou na Itália, onde conseguiu sua segunda cidadania. “Fui para a Itália e lá consegui o reconhecimento dos meus direitos em menos de seis meses, no Brasil isso demoraria anos”, disse. Cintia também tem dupla cidadania. O processo para conseguir a nacionalidade norte-americana foi demorado, mas hoje tem todos os direitos assegurados. “O reconhecimento dos direitos é importante. Se for para um país da comunidade europeia vale muito a pena. As grandes oportunidades de emprego estão nos países ricos e o passaporte europeu abre muitas portas”, disse Luiz Renato Vedovato, professor da Faculdade de Direito. 06 13 a 26 de abril/2009 Jornal da PUC-Campinas Novidade Universidade lança Programa de Apoio à Aprendizagem Fotos: Ricardo Lima Oficinas de qualificação têm como objetivo acolher os estudantes ingressantes visando proporcionar uma aprendizagem mais eficaz de conteúdos do Ensino Médio; inscrições começam no dia 14 COMO PARTICIPAR Os alunos ingressantes interessados em participar das oficinas nas áreas de matemática, língua portuguesa e biologia deverão inscrever-se pelo Site do Aluno. As inscrições podem ser feitas de 14 a 21 de abril. Após a constituição das turmas, o aluno será notificado sobre a confirmação do início das oficinas, que serão oferecidas, neste semestre, em horários variados. As atividades têm início no dia 22 de abril e estão previstas para terminar na primeira semana de junho. Ciça Toledo [email protected] A partir do dia 22 deste mês, os alunos ingressantes da PUC-Campinas que quiserem complementar conteúdos ou aprofundar os conhecimentos do Ensino Médio (matemática, língua portuguesa e biologia) poderão participar das oficinas de qualificação oferecidas pelo Programa de Apoio à Aprendizagem da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), sob a responsabilidade da Coordenadoria Especial de Licenciatura (CELI). “As oficinas do Programa de Apoio à Aprendizagem não se sobrepõem à Monitoria, pois referem-se ao resgate das referidas áreas de conhecimento. Já a Monitoria é voltada para o conteúdo específico da disciplina do curso”, alertou o pró-reitor de Graduação, Germano Rigacci Junior. “O objetivo do projeto é acolher o aluno que chega à Universidade necessitando qualificar os conteúdos do Ensino Médio, particularmente aqueles que se constituem base para seguir seu curso superior, numa abordagem mais próxima de sua aplicação no contexto das disciplinas”, explicou o professor Jairo de Araújo Lopes, responsável pela CELI. Para selecionar os conteúdos básicos que serão trabalhados nas oficinas, a CELI contou com o apoio das Diretorias de Faculdades, particularmente os de licenciatura, além da Coordenadoria de Ingresso Discente (CID), da equipe do Projeto Acompanhamento Acadêmico do Aluno (PAAA), do Programa Institucional de Monitoria, dos membros do Grupo de Trabalho do Programa de Formação de Educadores (PROFE) e de alunos veteranos. As oficinas serão desenvolvidas por alunos ‘apoiadores’ – futuros professores auxiliando a aprendizagem de forma interativa –, que estudam nos cursos de Letras, Matemática e Ciências Biológicas. “Os alunos apoiadores deverão resgatar conteúdos oferecidos no Ensino Médio que são indispensáveis para o aluno ingressante cursar disciplinas básicas de sua área de formação, na Universidade”, disse o coordenador da CELI. Os alunos apoiadores foram selecionados pelos supervisores de Práticas de Ensino e Estágios Supervisionados e direções das faculdades de licenciatura. Um dos conteúdos que será oferecido pelos alunos apoiadores da Faculdade de Letras é “leitura e produção de textos”, considerado fundamental para os ingressantes de todos os cursos, particularmente os do No alto, o professor Jairo de Araújo Lopes; ao lado, o aluno Natanael José Feliz de Oliveira, abaixo, Ana Cecília Moz Alves Rodrigues; e Jocimar da Silva Centro de Linguagem e Comunicação (CLC) e os do Centro de Ciências Humanas Sociais Aplicadas (CCHSA). Já os apoiadores de Matemática oferecerão oficinas sobre trigonometria e álgebra, conteúdos que atenderão principalmente à demanda dos cursos do Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias (CEATEC) e Centro de Economia e Administração (CEA). Genética e citologia foram as temáticas solicitadas pelos cursos do Centro de Ciências da Vida (CCV). Cada turma atenderá a um grupo de dez alunos. A diretora da Faculdade de Ciências Biológicas, Mariângela Cagnoni Ribeiro, aposta no Programa de Apoio à Aprendizagem. “Ele tem tudo para dar certo, porque integra as faculdades, acolhe o aluno com necessidade de aprendizagem mais eficaz e promove a oportunidade da prática da docência para o estudante da licenciatura”, diz. “O projeto é bom tanto para o aluno apoiador, como para o aluno ingressante.” Apoiadores A estudante Ana Cecília Moz Alves Rodrigues, da Faculdade de Matemática, está empolgada para começar a trabalhar como aluna apoiadora do Programa de Apoio à Aprendizagem. “Percebo que muitos estudantes são prejudicados ao longo das aulas por apresentarem lacunas do Ensino Médio”, analisou. Ela sugeriu as reuniões do grupo de estudos da Faculdade de Matemática, que se reúne aos sábados, para discutir conteúdos em comum dos cursos da Universidade. Natanael José Feliz de Oliveira será um dos alunos apoiadores que comandará as oficinas de qualificação da Faculdade de Ciências Biológicas. “As oficinas trarão benefícios não apenas para alunos que têm necessidade de aprimorar conteúdos do Ensino Médio, mas também para os apoiadores, que precisam da experiência da docência para a sua formação”, afirmou. Jocimar da Silva terá sua primeira experiência como professora nas oficinas de qualificação. “A troca de conhecimento enriquecerá os encontros e são importantes para a qualificação de conteúdos não assimilados pelos estudantes, ao longo de sua formação”, explicou. “Falar e escrever bem são habilidades necessárias em qualquer atividade, ainda mais no mercado de hoje, que é exigente com a formação de seus profissionais.” Jornal da PUC-Campinas 13 a 26 de abril/2009 07 CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DE ABRIL DA OFICINA HILDA HILST: Reprodução DANÇA MURAL Iniciação à dança (30 vagas) DURAÇÃO: 15/04 a 03/06 - quartas-feiras - 14h30 às 17h30 INSCRIÇÃO: até 14/04 LOCAL: Casa de Cultura e Cidadania Antônio da Costa Santos Rua 13 de Maio, 48 - Distrito de Sousas Capoeira (30 vagas) DURAÇÃO: 16/04 a 04/06 - quintas-feiras - 19h às 22h INSCRIÇÃO: até 15/04 LOCAL: Instituto Baobá de Cultura e Arte - SAB Nóbrega Rua Ema, 170, V. Padre Manoel da Nóbrega Oficina Cultural Regional Hilda Hilst Dança do ventre (30 vagas) DURAÇÃO: 16/04 a 18/06 - quintas-feiras - 14h às 17h INSCRIÇÃO: até 15/04 LOCAL: Centro de Orientação Familiar Avenida Governador Pedro de Toledo, 2082 Jardim Chapadão Palestra sobre dança e criação: a dança no campo político (60 vagas) QUANDO: 14/05 - quinta-feira - 18h às 22h INSCRIÇÃO: até 14/05 LOCAL: República Cênica Rua Américo de Moura, 124 - Taquaral ARTES PLÁSTICAS Pintura (30 vagas) DURAÇÃO: 15/04 a 03/06 - quartas-feiras - 9h às 12h INSCRIÇÃO: até 14/04 LOCAL: Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim OFICINA Oficina de bonecos de manipulação direta (30 vagas) DURAÇÃO: 15/4 a 03/06 - quartas-feiras - 9h às 12h INSCRIÇÃO: até 14/04 LOCAL: Centro Cultural Casarão do Barão Avenida Maria Ribeiro Sampainho Reginato, s/nº Terras do Barão Serviço Oficina Cultural Regional Hilda Hilst Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim Rodovia Heitor Penteado, km 3,5 Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h; sábado, das 14h às 17h Tel: (19) 3294-2212 / 3294-1260 e-mail: [email protected] Oficina de bonecos de borracha (30 vagas) DURAÇÃO: 16/04 a 04/06 - quintas-feiras - 18h às 21h INSCRIÇÃO: até 15/04 LOCAL: Departamento de Artes Plásticas - UNICAMP Rua Elis Regina, 50 - Cidade Universitária Zeferino Vaz Ricar do Lim a Ciclo de estudos “A história da arte brasileira no século XX” (30 vagas) DURAÇÃO: 18/04 a 20/6 - sábados - 9h às 12h INSCRIÇÃO: até 17/04 LOCAL: Museu da Imagem e do Som (MIS) - Palácio dos Azulejos Rua Regente Feijó 859 - Centro AUDIOVISUAL Ana Paula Moreira [email protected] Ter a possibilidade de aprender técnicas de fotografia, ter aulas de dança do ventre, capoeira, origami, edição de vídeo e estudar artes plásticas, tudo isso sem pagar nada. Ficou interessado? Essas entre outras atividades são oferecidas nas 15 Oficinas Culturais do governo estadual, divididas em regiões administrativas. Em Campinas, a Oficina Cultural Regional Hilda Hilst, onde as oficiais e palestras são ministradas, desde 2005, prevê, para este semestre, 54 atividades com aproximadamente 1,7 mil vagas. A sede da Oficina fica no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, mas as atividades ocorrem em diversos pontos da cidade e também na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Segundo o coordenador da unidade de Campinas, Fábio Luchiari, as oficinas são ferramentas para a população adquirir novos conhecimentos. “Nosso principal objetivo é proporcionar meios para a aquisição de novos conhecimentos, novas vivências e contato com os mais diversos tipos de linguagens artísticas, técnicas e ideias, possibilitando, com isso, a formação do público e profissionais para o setor cultural”, explicou o coordenador. Direção de arte visual (30 vagas) DURAÇÃO: 17/04 a 19/06 - sextas-feiras - 18h às 21h INSCRIÇÃO: até 16/04 LOCAL: Museu da Imagem e do Som (MIS) - Palácio dos Azulejos Rua Regente Feijó 859 - Centro Oficina de conservação de material fotográfico (30 vagas) DURAÇÃO: 10 a 24/05 - sábados e domingos - 9h às 14h Inscrição: até 8/05 LOCAL: Museu da Imagem e do Som (MIS) - Palácio dos Azulejos Rua Regente Feijó 859 - Centro MÚSICA Música oriental, percussão e composição (30 vagas) DURAÇÃO: 15/04 a 10/06 - quartas-feiras - 15h às 18h INSCRIÇÃO: até 14/04 LOCAL: COF - Centro de Orientação Familiar Avenida Governador Pedro de Toledo, 2082 - Jardim Chapadão Teoria e técnicas musicais (35 vagas) DURAÇÃO: 15/04 a 03/06 - quartas-feiras - 19h às 22h INSCRIÇÃO: até 14/04 LOCAL: Estação Cultura Praça Marechal Floriano Peixoto, s/nº - Centro Percussão corporal (30 vagas) DURAÇÃO: 16/04 a 04/06 - quintas-feiras - 19h às 22h INSCRIÇÃO: até 15/04 LOCAL: Centro de Convivência Cultural da Vila Padre Anchieta Avenida Cardeal Dom Agnelo Rossi, s/nº - Vila Padre Anchieta Ciclo de estudos “A música jamaicana” (30 vagas) DURAÇÃO: 17/04 a 19/06 - sextas-feiras - 18h às 21 INSCRIÇÃO: até 16/04 LOCAL: Casa de Cultura e Cidadania Antônio da Costa Santos Rua 13 de Maio, 48 - Distrito de Sousas 13 a 26 de abril/2009 08 Jornal da PUC-Campinas Pé na estrada Circuito das ÁGUAS Fotos: Divulgação Ana Paula Moreira [email protected] As oito cidades da região trazem roteiros que misturam natureza, história, aventura e bem-estar Próximo de Campinas, de fácil acesso e com opções para agradar os mais variados gostos e idades, o Circuito das Águas pode ser uma opção divertida e econômica para o Feriado de Tiradentes, no dia 21 de abril. A região é formada por oito municípios: Águas de Lindoia, Amparo, Monte Alegre do Sul, Serra Negra, Socorro, Lindoia, Jaguariúna e Pedreira. Nas cidades, o turista pode conhecer cachoeiras, centros históricos, águas hidrominerais e praticar esportes de aventura. Veja abaixo o roteiro que o Jornal da PUC-Campinas preparou para você aproveitar o que há de melhor em cada cidade. P AMPARO Águas de Lindoia Conhecida por suas águas termais com propriedades medicinais, a cidade possui várias pousadas. Vale visitar o Balneário Municipal, que traz piscinas e toboáguas, além das tradicionais fontes de água mineral e banhos de imersão. Para quem gosta de esportes de aventura, a dica é conhecer o Morro Pelado, de onde é possível ver toda a cidade e se divertir com o voo livre de asa delta. Outra opção é o Lindoia Aventura, que tem, entre as atividades, arvorismo, tirolesa, rapel e trilha com jeep. Informações: www.aguasdelindoia.sp.gov.br SOCORRO Amparo Visitar Amparo é conhecer a história do café no interior paulista. Até 1929, a cidade era uma das principais produtoras do Estado de São Paulo. “Há muitas fazendas do século 18, igrejas e prédios com arquitetura do século 19”, disse a aluna do 4º ano da Faculdade de Turismo Diana Barbiellini, moradora da cidade. Para passear com toda família, Diana indica a estátua do Cristo Redentor. “Ela é considerada a terceira maior do Brasil, localizada em um lugar onde se pode ver toda a cidade. Ao redor também há cachoeiras e trilhas.” Para encerrar o passeio, viste a Casa do Artesanato, que vende artigos de decoração e doces caseiros. Informações: www.amparo.sp.gov.br PEDREIRA SERRA NEGRA Pedreira Conhecida como a capital da porcelana, a cidade oferece aos turistas diversos artigos de decoração. Para passear a dica é visitar a fazenda São João Baptista, o Observatório Astronômico, o Complexo Turístico do Morro do Cristo, o Museu Histórico e da Porcelana e o zoo-Bosque. Vale ainda visitar o rio Jaguari e as montanhas que ficam à sua volta. Informações: www.pedreira.sp.gov.br Jaguariúna Conhecida pela festa de rodeio e pelos passeios de Maria Fumaça, Jaguariúna também oferece outras atrações para os turistas que visitam a cidade. Entre os destaques está o Museu Ferroviário, localizado no Centro Cultural de Jaguariúna. No local há peças históricas fornecidas pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) e fotografias que retratam a história da cidade. Informações: www.jaguariuna.sp.gov.br Serra Negra Lindoia É conhecida como a capital nacional da água mineral, responsável por 40% da água mineral distribuída no país. Para conhecer a história da cidade, visite o Centro de Memória. Os turistas não podem deixar de tirar uma foto do principal cartão postal, a "Garrafona de Água Mineral". Uma dica de diversão é visitar o lago Lindoia, formado por 260 mil metros cúbicos de água. No local, o turista pode praticar pesca esportiva e caminhada. Informações: www.lindoia.sp.gov.br Monte Alegre do Sul Com menos de 7 mil habitantes, Monte Alegre do Sul preserva seu centro histórico e traz opções de passeio para toda a família. Visitar o Santuário do Senhor do Bom Jesus, o Pontilhão da Mogiana e a Estação Experimental são algumas das atrações. O aluno Leandro Pinheiro Munhoz da Silva, do 3º ano da Ricardo Lima Faculdade de Turismo, indica uma visita aos alambiques artesanais que a cidade possuiu. “Monte Alegre do Sul é conhecida atualmente por seus alambiques artesanais, onde é mostrado como se fabrica água ardente e oferece a degustação da bebida. À noite, o local vira um ponto de encontro de turistas em um ambiente bem requintado”, contou. Para aqueles que preferem o contato com a natureza, a dica é visitar as cachoeiras Falcão e Mostarda. Nos finais de semana, a cidade oferece um passeio de trem. “O passeio permite visitar os alambiques e as fazendas. Por ser uma Estância Hidromineral, a cidade toda possui fontes em cada esquina, uma das mais famosas fica próxima à Estação Experimental”, afirmou Silva. Informações: www.montealegredosul.sp.gov.br O clima ameno da cidade é ideal para passear pelo centro e visitar as lojas de malhas e doces caseiros. Entre os principais pontos turísticos da cidade estão o Balneário Municipal, que oferece banhos de sais, essências e saunas secas. Outra opção é passear de teleférico no Pico da Fonseca, onde está localizado o Cristo Redentor. Outro ponto turístico é visitar o morro Alto da Serra, ponto mais alto da cidade. Do local é possível avistar dez cidades que pertencem à região. Informações: www.serranegra.sp.gov.br Socorro MONTE ALEGRE DO SUL Com várias montanhas e corredeiras, a cidade oferece 17 modalidades de esportes de aventura, como escalada, rapel, tirolesa, acquaride e boiacross. Outra opção é fazer uma caminhada até as diversas cachoeiras que há na cidade. Entre os destaques estão Cachoeira Monjolinho, Santos Dumont e Pinhal. Para aqueles que querem descansar, a opção é se hospedar em uma das pousadas da cidade e visitar os prédios históricos de Socorro. Informações: www.socorro.tur.br