Informativo quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Ano V - Número 84
13 a 26 de abril/2009
www.puc-campinas.edu.br
Ricardo Lima
Pelo mundo
Em um mundo globalizado, há mais facilidades para quem quer ter
a experiência de trabalhar em outro país, dentro de sua área, e ainda ser reconhecido por sua formação acadêmica e competência.
Formado em Engenharia da Computação pela PUC-Campinas,
em 2005, Fernando Henrique Frediani (foto), por exemplo, trabalha em Londres há cerca de um ano e meio em uma empresa que
faz hospedagem de servidores para outras corporações. “A faculdade forneceu a base que tenho hoje. Ela me ensinou a aprender e, a
partir disso, conquistar meus objetivos”, afirmou. O ex-aluno da
MURAL
A Oficina Cultural Regional Hilda Hilst, em
Campinas, oferece, neste semestre, 54 atividades (são cerca de 1,7 mil vagas) entre
oficinas e palestras. Todas gratuitas. Há
opções para quem gosta de dança, artes
plásticas, audiovisual e música. Veja nesta
edição a programação de abril. Página 07
Divulgação
NATUREZA,
HISTÓRIA, AVENTURA
E BEM-ESTAR - O Circuito das
Águas é uma boa opção de passeio
no feriado prolongado de Tiradentes.
Os seus oito municípios – Águas de
Lindoia, Amparo, Jaguariúna, Lindoia,
Monte Alegre do Sul, Pedreira (foto),
Serra Negra e Socorro – oferecem
opções para agradar os mais variados
gostos e idades: desde passar uma
tarde fazendo compras até se divertir
em cachoeiras ou praticar esportes
de aventura. Tudo isso próximo de
Campinas e de fácil acesso. Página 08
Faculdade de Ciências Econômicas Bruno Leitão Amaral trabalha,
há 18 meses, na França, como associado sênior de uma empresa
norte-americana. “Grande parte do conhecimento adquirido durante as aulas é aplicado ao meu trabalho diário.” Para o pró-reitor de
Graduação da PUC-Campinas, Germamo Rigacci Júnior, uma formação que propicie o desenvolvimento da criatividade do aluno e
que o torne apto para sugerir soluções para os problemas é sempre
valorizada pelo mercado de trabalho, seja no Brasil ou em qualquer
parte do mundo.
Página 05
Apoio à Aprendizagem
Ricardo Lima
Os alunos ingressantes que quiserem complementar conteúdos ou aprofundar os conhecimentos do Ensino Médio (matemática, língua portuguesa e biologia) poderão, a partir
do dia 22 deste mês, participar do Programa
de Apoio à Aprendizagem da Pró-Reitoria de
Graduação (PROGRAD). Sob responsabilidade da Coordenadoria Especial de
Licenciatura (CELI), as oficinas de qualificação resgatarão os conceitos das referidas áreas
de conhecimento, principalmente aqueles que
se constituem base para o curso superior. As
inscrições devem ser feitas pelo Site do Aluno.
A estudante Ana Cecília Rodrigues (foto), da
Faculdade de Matemática, vai trabalhar como
aluna apoiadora no projeto.
Página 06
Queimando os neurônios
Em tempos de crise financeira e competitividade, as
soluções eficazes precisam ser encontradas de forma
cada vez mais veloz. Nessas horas, o que as empresas
mais valorizaram é o potencial criativo de seus funcionários. Você não se acha criativo? Calma! Estudos
nessa área já mostraram que a capacidade de gerar
ideias criativas é algo possível a todos e a que a criatividade pode ser estimulada a partir da combinação de
personalidade, ambiente, e uma boa habilidade de
observação e de retenção de dados.
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13 a 26 de abril/2009
Jornal da PUC-Campinas
Editorial
Santidade: a paixão pelo tempo!
N
o último editorial comentei sobre a Páscoa, o “oitavo” dia da semana. O dia definitivo da criação. Inaugura o tempo novo, da aliança plena de Deus com a humanidade. Páscoa como chegada de
um tempo de conversão e penitência, a Quaresma. E nela, a Semana Santa.
Já não vivemos mais a aura que encobria o tempo como experiência
humana de sentido. Até os chistes, as troças tornavam presente a realidade
do tempo vivido; era comum referir-se ao triste como aquele que portava
“uma cara de sexta-feira santa”. Mais do que irreverência traduzia uma
percepção cultural. A religião in-formava (dava forma) ao tempo humanizando-o. A natureza seguia seu curso normal, marcado por eventuais
mudanças de percurso. Mas o sentido dado pela cultura alterava esquemas
de percepção, aparentemente, apenas biológicos. Na sexta-feira santa os
pássaros não cantavam. Ninguém os ouvia, tal o peso da percepção religiosa do mundo e da história.
A tendência é transformar essas realidades em resquícios do passado, em
patrimônio cultural, e, quando ritualizados ou expressos em monumentos e instituições, em atração turística. E quando não, até em indicadores
econômicos.
Interpretações históricas bem fundamentadas, como as propostas pelos
teóricos da secularização, apresentam o Cristianismo como dessacralizador da natureza e da História.
O sagrado seria uma espécie de manipulação face ao medo da natureza, num primeiro momento; mecanismo e forma de sujeição a poderes
constituídos (religiosos ou não) num segundo momento. A categoria cristã para definir o sentido profundo do tempo e espaço, como significativos
da relação com Deus, seria expressa pelo adjetivo santo. Daí Semana
Santa, e não Sagrada. O sagrado brota da exterioridade, é conferido pela
cultura. Esta torna instituições intocáveis objetos, leis e pessoas.
O santo é qualidade que habita a interioridade. Mostra-se por gestos,
valores, atitudes de vida e quando aplicado às instituições remete a uma vida
que confere, sendo redundante de propósito, vida a uma realidade inerte e
vazia. Quase nunca nos perguntamos o que faz de certas pessoas santos,
aqueles cuja vida, quase sempre anônima no dizer do escritor romeno Virgil
Gheorghiu, nos transmite serenidade e paz, anseio por um absoluto que impede que caiamos no vazio existencial. O paleontólogo francês Pierre Teilhard
de Chardin falava de uma interioridade que habita toda a matéria, da mais
simples à mais complexa. A santidade se prende a esse mistério que busca
expressar-se: quando a matéria se torna obra de arte, sua interioridade aliada à intencionalidade do artesão explode em vida para o mundo. O artista transforma o emaranhado de sons, ruídos em sinfonia.
Semana Santa: não é sacralização do tempo, que se oporia a uma cronologia profana. É memória, presença viva, atuante, não mera lembrança.
O poeta inglês William Blake capta, através de uma inversão o santo: “a
Eternidade anda apaixonada pelas produções do tempo”. O teólogo vê no
Mistério de Jesus – Homem e Deus - a concretização do tempo como dimensão da eternidade. Na Páscoa de Jesus, entrega radical da vida à sua plenitude – amor – “Deus se torna sujeito de uma história. Uma história humana entrou na eternidade de Deus” diz o Padre Yves Congar num livro-testamento, cujo título – Diálogos de outono - evoca a santidade da vida como
uma espécie de conversa com o mundo.
Notas
Padre Wilson Denadai
Reitor da PUC-Campinas
Agenda
Fies recebe inscrições pela Retirada de carteirinha
internet até 17 de abril
começa dia 13, no Campus I
O Fundo de Financiamento Estudantil
(Fies) recebe, até 17 de abril, as
inscrições de novos alunos do Ensino
Superior. O candidato deve preencher a
ficha de inscrição que estará disponível na
página eletrônica da Caixa Econômica
Federal (www3.caixa.gov.br/fies), imprimi-la
em duas vias e entregá-la na instituição de
ensino em que estuda. O aluno pode, por
intermédio do Fies, financiar de 50% a 75%
da mensalidade, independentemente do
semestre que estiver cursando. O fundo
trabalha com duas taxas de juros anuais:
3,5% (fixa) ao ano para alunos matriculados
em cursos de licenciatura, pedagogia,
normal superior e cursos tecnológicos, e de
6,5% (fixa) ao ano para os demais cursos.
Informações no Departamento de Serviço
Social ao Aluno (DSSA), no Campus I, das
8h30 às 20h, de 2ª a 6ª feira. Telefone: (19)
3343-7253, 3346-7278 ou 3346-7219 ou por
meio do e-mail [email protected].
CNBB discute formação
presbiteral em Indaiatuba
A 47ª Assembléia Geral da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
ocorre de 22 de abril a 1º de maio, em
Itaici, Indaiatuba. O encontro terá como
tema central "A formação Presbiteral:
Diretrizes e Desafios”. A proposta é
debater a formação básica e a formação
continuada dos presbíteros.
Ricardo Lima
Os calouros da
graduação e
pós-graduação,
do Campus I,
devem retirar
a carteira
estudantil entre
os dias 13 e 22 de
abril. A retirada
também deve
ser feita pelos alunos que
efetuaram o destrancamento de matrícula.
A carteirinha da PUC-Campinas é utilizada
para a identificação do aluno dentro da
Universidade e também para permitir o
acesso a atividades, serviços e espaços da
Instituição. Confira os dias e locais:
> Alunos do CEA
Praça de Alimentação (salas rotativas 6 e 7)
Dias 13 e 14 de abril (9h às 14h / 18h às 21h).
> Alunos do CEATEC
Praça de Alimentação (salas rotativas 6 e 7)
Dias 15 e 16 de abril (9h às 14h / 18h às 21h.).
>Alunos do CLC e das Faculdades de Ciências
Sociais, Teologia, Filosofia e História
Praça de Alimentação (salas rotativas 6 e 7)
Dia 17 de abril (9h às 14h / 18h às 21h).
> Alunos das Faculdades de Biblioteconomia,
Educação, Educação Física e Serviço Social
Prédio do CCHSA (Prédio K, sala 721)
Dia 22 de abril (9h às 14h / 18h às 21h).
13/04
Fórum Permanente de Estudos e Experiências
Turísticas, em comemoração ao Dia do Agente
de Viagens 2009. O tema será "Mercado de
Turismo: perspectivas atuais e futuras apesar da
crise". Sala 800, das 9h às 11h15 e das 20h às
22h15, no Campus I.
13 a 17/04
14ª Semana XVI de Abril, promovida pela
Faculdade de Direito. Das 8h às 12h e das 19h às
22h30, no Auditório Cônego Haroldo Niero, no
Campus Central.
20/04
Recesso acadêmico e administrativo, exceto em
atividades que não podem sofrer interrupção.
21/04
Feriado Nacional – Tiradentes.
22/04
Início da exposição Criações Indígenas, promovida pelo do Centro de Cultura e Arte (CCA). De
segunda a sexta-feira, das 14h às 17h. Sala 238, no
Campus Central.
19h20 - Palestra com Márcia Molinari, gerente
de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas,
voltada para alunos do 1º ano noturno da
Faculdade de Administração com Linha de
Formação Específica em Comércio Exterior.
Sala 900, no Campus I.
23/04
Reunião do CONSUN.
27/04
Projeto Museu na Biblioteca, na Biblioteca
Central do Campus I. Até 27 de maio,
das 8h às 22h.
27/04
19h20 - Palestra "O Brasil e a crise do século",
organizada pela Faculdade de Ciências Contábeis,
em comemoração ao Dia do Contabilista. Os
palestrantes são Rodrigo Luz e Sérgio Bueno de
Castro. Auditório Dom Gilberto, no Campus I.
Espaço leitor
A sua opinião é muito importante para o Jornal da PUC-Campinas. Por isso,
aproveite esse espaço para enviar seus comentários e críticas sobre as reportagens e artigos
aqui publicados. Mande também suas sugestões sobre temas que gostaria de ler nas próximas edições. Mande a sua mensagem para [email protected]
@
GALENO AMORIM
Concordo com Galeno Amorim a respeito do futuro da Biblioteconomia no Brasil tende estar
"[...] cada vez menos técnicos e cada vez mais atores sociais", ou seja, não basta “apenas” criar
novas técnicas e tecnologias no ambiente da biblioteca, mas uma interação social com usuários
de informação. Como relata a frase comemorativa do dia dos bibliotecários: “Por trás de todo
conhecimento sempre há um bibliotecário”.
Alexander Willian Azevedo, formado em
Ciência da Informação pela PUC-Campinas em 2007
Expediente
Reitor- Padre Wilson Denadai; Vice-reitora - Angela de Mendonça Engelbrecht; Conselho Editorial - Wagner José de Mello, Rogério Bazi e Sílvia Regina Machado de
Campos; Coordenador do Departamento de Comunicação - Wagner José de Mello; Editoras - Ciça Toledo (MTb. 14.181) e Raquel Lima (MTb. 48.963); Repórteres Adriana Furtado e Ana Paula Moreira; Estagiário - João Victor Barros; Revisão - Marly Teresa G. de Paiva; Fotografia - Ricardo Lima; Tratamento de Fotos - Marcelo Adorno;
Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica - Neo Arte; Impressão - Grafcorp; Redação - Campus I da PUC-Campinas, Rodovia D. Pedro I, km 136, Parque das Universidades.
Telefones: (19) 3343-7147 e 3343-7674. E-mail: [email protected]
Jornal da PUC-Campinas
13 a 26 de abril/2009
03
Opinião
Reflexão sobre mercado de trabalho e a crise
Gislaine Heitmann
Q
uem hoje não chega à empresa, na
faculdade, no supermercado, em
casa ou em qualquer lugar e não
escuta falar da tal crise? Não podemos esquecer que este assunto está em todas
as classes sociais, mobilizando as pessoas do mundo todo.
Os executivos na pré-crise, que ocorreu por
volta de julho 2008, ainda não sabiam como se
portar. Mas uma coisa era certa: Tempo de crise é momento de cortar gastos, reduzir custos
e infelizmente, demitir pessoas. Demitir é sempre o trabalho mais difícil, pois envolve muitas
famílias, mexe com o consumo no mercado e,
no geral, dissemina um clima de instabilidade. Na
mídia a veiculação de informações é enorme e
o executivo também tem que filtrá-las e sua análise tem que ser muito rápida. Por quê? Porque
a empresa tem que caminhar, os negócios e projetos estão acontecendo e se o executivo esperar pode ser muito tarde. O executivo está sendo pressionado a atingir metas e dar lucro muito rápido além de conter despesas. Ele tem que
enxergar além dos noticiários.
O executivo consciente sabe que esta não
Galeria
“A tendência de
mercado indica que o
fundamental volta-se
para o conhecimento
e a tecnologia, como
fontes do processo
de crescimento
econômico.”
foi e nem será a primeira crise do capitalismo, outras
virão e os negócios precisam disso para se renovar e criar. Também o perfil dos executivos mudou.
Os mais novos deram lugar aos mais experientes
que já passaram por outras crises. As empresas
estão fazendo retornar para o trabalho ativo executivos até então presentes apenas no Conselho.
De novo mais uma novidade nesta crise: A experiência é que conta e por conta disso o mercado
de trabalho mudou. Nos Estados Unidos, 900 mil
pessoas com mais de 55 anos entraram no mercado de trabalho desde o início da crise.
Jovens, estes sim, vão ter dificuldades nesta crise, pelo simples fato de não terem experiência.
Muitas empresas suspenderam seus programas de
trainee por tempo indeterminado e outras diminuíram o número de vagas. Importante estar atentos aos programas de estágio. Analisar se a proposta
da empresa é interessante ou se está tentando substituir um funcionário pelo estagiário somente para
economizar. É preciso pensar no seu futuro.
Milhares de pessoas foram demitidas, isso é
verdade, mas quantas pessoas nós conhecemos
que estão empregadas e tendo sucesso em suas
profissões, ganhando reconhecimento e dinheiro,
pelo fato de estarem preparadas? Quantas pessoas
apenas trabalham, sem investirem em si mesmas?
Muitas empresas estão com vagas em aberto, simplesmente por não encontrarem profissionais qualificados. E o que um executivo espera ter hoje de
seus colaboradores? Com certeza, profissionais com
velocidade. Está é a palavra do dia.
E se minha empresa for aberta para atender a
demanda do pré-sal, será que no mercado hoje
temos profissionais que pensaram em trabalhar nesse segmento? E as empresas de advocacia que já
criam comitês para ajudar os clientes a saírem da
crise? Quanta oportunidade nos espera neste mercado de trabalho tão revolucionário!
Já paramos para pensar que o executivo de
hoje terá até que voltar a ler Karl Marx para entender o capitalismo, de novo, e as sucessões de
estudos que ele fez e que parecem que retornaram? Com crise ou sem crise, uma coisa é certa: atualização, informação, criatividade, dinamismo, controle da ansiedade, poder de persuasão e aprender a ouvir serão os pontos chaves nesta nova quebra de paradigmas. A tendência de mercado indica que o fundamental volta-se para o conhecimento e a tecnologia, como
fontes do processo de crescimento econômico.
Resumindo, crise... ou crie...
Divulgação
Gislaine Heitmann é executiva de finanças
e vice-presidente Técnica do Instituto Brasileiro dos
Executivos de Finanças (Ibef), Campinas.
ATÉ QUANDO A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL VAI DURAR?
Fotos: Ricardo Lima
“Dada a
complexidade da
crise que, embora
iniciada nas
atividades
financeiras, atingiu
o lado real das
economias, e
dada a sua
amplitude
internacional,
torna-se absolutamente impossível
determinar sua duração. Os seus
desdobramentos são, ainda, imprevisíveis”.
Lineu Carlos Maffezoli, diretor da
Faculdade de Ciências Econômicas
“Irá se prolongar,
pois se trata de uma
crise de confiança e
confiança se
conquista com o
tempo. Os
governos
necessitarão corrigir
os desvios
praticados por
empresas e
organizações que fizeram escolhas estratégicas
equivocadas e que contaminaram todo
o sistema econômico internacional.”
Eduard Prancic, diretor do Centro de
Economia e Administração (CEA)
“A recuperação da
economia não passa
apenas por
reestruturar a
liquidez da
economia para o
crédito ou aplicar
ações governamentais de alavancagem
da demanda. É uma
crise que definirá
uma nova roupagem das instituições capitalistas
nesse século. Definir um prazo para sair dessa
crise é algo prematuro e incerto.”
José Alex Rego Soares,
professor do CEA
“Mais do que uma
crise da economia,
o que estamos
vendo é a crise de
todo um projeto de
civilização. Essa
crise deve ser vista
como um alerta de
que a atual
trajetória é
insustentável e que é chegada a hora de
encararmos, sem ilusões, nossas possibilidades e
responsabilidades com o planeta e com
a humanidade.”
Antonio Carlos A. Lobão,
professor do CEA
“Para alguns
segmentos da
economia ela nem
existiu, para outros
ela já passou, como
demonstram as
manchetes da
mídia: O Brasil
dribla essa crise nas
propriedades
comerciais; Franchising confirma previsão
e cresce; Supermercados não sentiram
a crise; Montadoras têm melhor trimestre
da história do País.”
Francisco Prisco Neto, diretor adjunto
da Faculdade de Administração
“É difícil prever,
pois o governo não
tem poupado
esforços para
estimular a
economia utilizando
as receitas
keynesianas
básicas: obras
públicas, bem como
a redução de
impostos. Porém, é difícil saber em quanto
tempo a confiança será restabelecida e a
economia retornará aos trilhos.”
Eliane Navarro Rosandiski,
professora do CEA
“Não sei quanto vai
durar, mas dá para
afirmar que ela é
grave e inédita para
minha geração.
Assistimos a várias
crises, todas elas
localizadas. A de
agora é sistêmica. A
crise vem sendo
gestada nos últimos
50 anos, tendo se
acelerado com a desregulamentação adotada na
década de 80, com o avanço do liberalismo.”
Adauto Roberto Ribeiro,
professor do CEA
“Todo economista
sério é um pouco
pessimista quando
em momentos de
crise. E essa crise
não tem
precedentes em
nossa história
recente. Podemos
ter data de início de
uma crise, mas é difícil prever a data de
encerramento, pois os desdobramentos são
muito sérios uma vez que o emprego, renda e
consumo estão intimamente interligados..”
Dimas Alcides Gonçalves,
professor do CEA
Imagem
Fotos: Ricardo Lima
CAMPUS II EM PAUTA - Nos dias 2 e 3 de abril, cinco alunas do 7º período da Faculdade de Nutrição, que
cumprem estágio supervisionado pela professora Semíramis Domene na Prefeitura de Campinas, ministraram o 1º Curso
sobre Diabetes e Intolerância à Lactose para cem merendeiras da Secretaria de Educação. O tema foi abordado por meio
de aulas teóricas e práticas. As estudantes ensinaram, ainda, como fazer bolos, tortas, purê de batata e vários outros pratos
que levam leite e açúcar em sua receita.
O pintor e escritor João Carlos Pecci ministrou, no dia 1º de abril, a aula inaugural da Faculdade de Fisioterapia, cujo tema
foi Vitalidade Humana. Pecci é irmão do compositor e cantor Toquinho e ficou paraplégico em função de um acidente de
carro, em 1968. Durante a aula, ele reforçou aos alunos a importância da fisioterapia na sua vida e a necessidade de
insistirem para que seus pacientes não desistam da reabilitação.
“SSE os EUA
EXPERIMENTAREM
uma recuperação
muito RÁPIDA ,
há GRANDE
RISCO de OUTRA
RECESSÃO
EM 2010.”
Bart van Ark, vice-presidente e
economista-chefe do instituto de
pesquisa The Conference Board
04
13 a 26 de abril/2009
Jornal da PUC-Campinas
Criatividade
Fábrica de IDEIAS
Fotos: Ricardo Lima
Estudos mostram
que a capacidade
de gerar ideias
criativas é algo
possível a todos;
o segredo é exercitar
o potencial criativo
Du Paulino
[email protected]
T
Telefone, avião, computador, lâmpada,
automóvel. Não dá para negar que as grandes
invenções que hoje fazem parte do nosso diaa-dia são frutos da inventividade de mentes
altamente criativas. Porém, mesmo com todas
essas facilidades, a vida moderna continua exigindo soluções inovadoras para resolver uma
infinidade de problemas. A boa notícia é que
a ciência está empenhada em descobrir o que
leva o ser humano ao momento criativo. Mas
a melhor notícia é que as estudos nessa área
já mostraram que a capacidade de gerar ideias
criativas é algo possível a todos.
Segundo os pesquisadores, a criatividade
pode ser estimulada a partir da combinação
de personalidade, ambiente, e uma boa habilidade de observação e de retenção de dados.
“Não é só o conhecimento que te faz ter ideias
inovadoras. É o conhecimento aliado ao potencial criativo, o qual deve ser estimulado no
ambiente familiar, na escola e até no mundo
empresarial”, explicou a especialista em criatividade Solange Muglia Wechsler, professora da Faculdade de Psicologia da PUCCampinas e presidente da Associação Brasileira
de Criatividade e Inovação.
Todos nós já passamos por situações em
que só queimando os neurônios conseguimos encontrar a solução para determinados
problemas. Mas, geralmente, esses momentos são esporádicos. A vida diária não exige
que sejamos inovadores o tempo todo. Porém,
no mercado de trabalho, em tempos de crise financeira e competitividade, as soluções
eficazes precisam ser encontradas de forma
cada vez mais veloz. Nessas horas, o que as
empresas mais valorizaram é o potencial criativo de seus funcionários. “É a criatividade
que vai ajudar a empresa a buscar inovações
e encontrar soluções, tanto para os problemas internos quanto para a competitividade
do mercado”, disse a psicóloga.
Como ser criativo?
Aí você pode perguntar: O que eu faço se
não sou uma pessoa criativa? Viva novas experiências, preste atenção no que acontece ao
seu redor, repense as soluções que já foram
encontradas e, sobretudo, pratique, aconselham os especialistas. “É preciso buscar novas
maneiras de se desempenhar a mesma função.
Ousar, buscar desafios são algumas das maneiras de se exercitar o potencial criativo”, completou a especialista Solange.
Se você acha que é complicado ser criativo na sua área, imagine aquelas profissões
em que a criatividade é a principal ferramenta de trabalho. Quem atua na área de
publicidade e propaganda, por exemplo, tem
na criação a base de suas atividades profissionais, mas, segundo o professor Maurício
Pinheiro, para que as ideias criativas surjam
No alto, o estudante Lucas Grizoto; abaixo, Solange Wechsler, especialista em
criatividade; Maurício Pinheiro, professor da Faculdade de Publicidade e Propaganda
FIQUE LIGADO
Programa O Assunto
é “Criatividade”
Na TV PUC-Campias
(canal 10 da NET):
>Terça-feira
(14 e 21/04) – 14h
> Quarta-feira
(15 e 22/04) – 19h
> Sexta-feira
(17 e 24/04) – 0h
> Sábado
(18 e 25/04) – 19h
> Domingo
(19 e 26/04) – 13h
No Youtube
www.youtube.com.
br/tvpuccampinas
é necessário treino. Pinheiro contou que
recomenda aos seus alunos que tentem fazer
o diferente, mas não o que nunca foi feito,
ou seja, tentar olhar de uma outra forma
aquilo que poderia ser comum. “Esse exercício de olhar, de associar com o diferente,
de trabalhar com algo que não está muito claro para a maioria das pessoas é uma forma
de ser criativo”, argumentou.
Lucas Grizoto, aluno do 3º ano de
Publicidade e Propaganda, afirmou que escolheu o curso porque sempre se considerou
uma pessoa criativa. Ele disse acreditar que é
justamente pelo seu potencial criativo que terá
lugar garantido no mercado de trabalho. Mas,
admitiu que as boas ideias não “caem do céu”
e usa suas experiências pessoais como bagagem criadora. “Acho que tudo o que fazemos
nos ajuda ser criativos. Quando você lê um
livro, por exemplo, você tem o seu conteúdo
para criar futuramente”, aconselhou.
Verdadeiro ícone da criação, o profissional das artes visuais faz muito mais que
criar peças que impressionam por seu caráter estético. Ele é responsável por criar
identidade visual para os mais diferentes
segmentos, que vão desde a comunicação
até a arquitetura. Haja criatividade! “A criatividade não é estática, ela é resultado de um
exercício que você faz ao longo do tempo,
na prática do dia-a-dia”, analisou o diretor
da Faculdade de Artes Visuais, Flávio
Shimoda.
Enfim, ideias criativas não aparecem do
nada. Para se chegar ao insight – aquele momento em que as peças do quebra-cabeça se juntam e você encontra a resposta que estava procurando – é necessário vivenciar experiências
diferentes. Ou seja, exercitar o seu potencial
criativo. Então, o que você está esperando?
Mãos à obra! Viaje, leia, trabalhe, converse
com os amigos, observe, viva.
Jornal da PUC-Campinas
13 a 26 de abril/2009
05
Profissão
Passaporte carimbado
Ricardo Lima
Arquivo pessoal
Ex-alunos da
PUC-Campinas
mostram que o
mercado de trabalho
de outros países é
receptivo para os
profissionais brasileiros
atuarem em suas
áreas de formação
Da Redação
[email protected]
F
Fernando Frediani, engenheiro de computação na Inglaterra. Bruno Amaral, economista na França. Cintia Campos, administradora nos Estados Unidos. Esses três
ex-alunos da PUC-Campinas são exemplos
de profissionais que optaram em construir
a carreira (ou parte dela) no exterior. Em um
mundo globalizado, há mais facilidades para
quem quer ter a experiência de trabalhar em
outro país, dentro de sua área, e ainda ser
reconhecido por sua formação acadêmica e
competência.
De acordo com o pró-reitor de Graduação
da PUC-Campinas, Germamo Rigacci
Júnior, uma formação que propicie o desenvolvimento da criatividade do aluno e que o
torne apto para sugerir soluções para os problemas é sempre valorizada pelo mercado de
trabalho, seja no Brasil ou em qualquer parte do mundo. “As empresas buscam profissionais que sejam ativos em suas áreas de
atuação, por isso, a Universidade oferece
estratégias de ensino que possibilitam o aluno se tornar protagonista de sua formação”,
explicou o pró-reitor.
Ainda segundo Rigacci Júnior, além do
zelo na elaboração e atualização dos Programas
Pedagógicos dos cursos, o envolvimento dos
estudantes nas mais diversas atividades acadêmicas, como as Práticas de Formação,
Monitoria, Iniciação Científica e Iniciação à
Extensão são determinantes para diferenciar
o formando no mundo do trabalho. “O estudante que conseguir aproveitar tudo o que a
Universidade lhe oferece agregará mais elementos formativos para ser um profissional
inovador em seu ambiente de trabalho.”
Fernando Henrique Frediani, 26 anos, formado, em 2005, pela Faculdade de Engenharia
da Computação, trabalha em Londres há cerca de um ano e meio em uma empresa que
faz hospedagem de servidores para outras corporações. Segundo ele, os cursos fora do país
não exigem do aluno como no Brasil, o que
faz diferença a favor dos brasileiros. “A faculdade forneceu a base que tenho hoje. Ela me
ensinou a aprender e, a partir disso, conquistar meus objetivos”, afirmou.
O ex-aluno da Faculdade de Ciências
Econômicas Bruno Leitão Amaral trabalha,
há 18 meses, na França, como associado sênior
de uma empresa norte-americana. “Tendo em
vista toda a competição presente no atual mercado de trabalho, acredito que o maior valor
agregado ao profissional que vai para o exterior é a diferenciação que se obtém. Isso se
deve pelo aprendizado de um novo idioma
ou mesmo pelo simples fato de termos acesso a recursos não disponíveis no Brasil. Além
disso, é muito prazeroso poder conhecer novos
Ricardo Lima
SAIBA MAIS
Revalidação dos diplomas
Não existe um programa específico do Ministério
da Educação (MEC) para a revalidação dos diplomas brasileiros no exterior. Para um brasileiro ir a
qualquer país com seu diploma, é preciso seguir os
seguintes passos:
Documentos de nível superior
(graduação e pós-graduação)
1 - Reconhecer firma da assinatura de um dos
dirigentes que assinaram cada documento
em cartório;
2 - Solicitar carimbo junto à Divisão de
Assistência Consular (DAC), do Ministério
das Relações Exteriores;
3 - Por fim, carimbar todos os documentos
na Embaixada/Consulado do país ao qual
você se dirige.
Após a chancela do diploma, o brasileiro precisa ter
seu diploma reconhecido pelo país onde quer trabalhar. Nesse caso, irá se submeter à legislação
local. Não existe um padrão, depende das leis de
cada país. Em geral, são duas opções principais. Ou
as universidades do país fazem todo o processo de
revalidação, como acontece no Brasil; ou há uma
agência governamental ou departamento especializado para isso.
Fonte: MEC
No alto, à esquerda,
Bruno Amaral, que
trabalha na França;
à direita, Fernando
Frediani, engenheiro de
computação na
Inglaterra.
Acima, o pró-reitor de
Graduação, Germano
Rigacci Júnior; abaixo,
o professor Luiz
Renato Vedovato
Ricardo Lima
países, culturas e pessoas”, disse. Amaral coordena equipes em projetos de auditoria, consultoria e investigações de países da Europa,
Oriente Médio e África.
Segundo o ex-aluno, o aprendizado da
Universidade foi fundamental para o desenvolvimento do trabalho diário. “Grande parte do conhecimento adquirido durante as aulas
é aplicado ao meu trabalho diário. Sejam
minhas atividades relacionadas a planejamento, análise econômica ou os conceitos de contabilidade. Lembro de cada professor e de suas
dicas quando da execução destas. Considerando
o aspecto técnico de minha atual função e a
compatibilidade da mesma com o currículo
oferecido pela PUC-Campinas, não há como
dissociar minhas atividades cotidianas e os tópicos abordados em sala de aula”, contou.
Cintia Campos, formada em Administração, em 1996, atualmente trabalha para
Intel Corporation, na área de finanças.
“Minha formação na PUC-Campinas, com
certeza, abriu as portas para que eu pudesse chegar aonde cheguei. Isso, juntamente
com o desejo de continuar minha jornada
em busca de meus sonhos e realização profissional, me mantiveram motivada a obter
meu MBA e hoje poder trabalhar para uma
importante corporação”, declarou.
Dupla cidadania
Antes de ir para a capital inglesa, Frediani
morou e trabalhou na Itália, onde conseguiu sua
segunda cidadania. “Fui para a Itália e lá consegui o reconhecimento dos meus direitos em
menos de seis meses, no Brasil isso demoraria
anos”, disse. Cintia também tem dupla cidadania. O processo para conseguir a nacionalidade norte-americana foi demorado, mas hoje
tem todos os direitos assegurados.
“O reconhecimento dos direitos é importante. Se for para um país da comunidade
europeia vale muito a pena. As grandes oportunidades de emprego estão nos países ricos
e o passaporte europeu abre muitas portas”,
disse Luiz Renato Vedovato, professor da
Faculdade de Direito.
06
13 a 26 de abril/2009
Jornal da PUC-Campinas
Novidade
Universidade lança Programa
de Apoio à Aprendizagem
Fotos: Ricardo Lima
Oficinas de qualificação
têm como objetivo
acolher os estudantes
ingressantes visando
proporcionar uma
aprendizagem mais
eficaz de conteúdos do
Ensino Médio; inscrições
começam no dia 14
COMO PARTICIPAR
Os alunos ingressantes interessados em
participar das oficinas nas áreas de
matemática, língua portuguesa e biologia
deverão inscrever-se pelo Site do Aluno. As
inscrições podem ser feitas de 14 a 21 de
abril. Após a constituição das turmas, o
aluno será notificado sobre a confirmação
do início das oficinas, que serão oferecidas,
neste semestre, em horários variados.
As atividades têm início no dia 22 de abril
e estão previstas para terminar na
primeira semana de junho.
Ciça Toledo
[email protected]
A partir do dia 22 deste mês, os alunos
ingressantes da PUC-Campinas que quiserem complementar conteúdos ou aprofundar os conhecimentos do Ensino Médio
(matemática, língua portuguesa e biologia)
poderão participar das oficinas de qualificação oferecidas pelo Programa de Apoio à
Aprendizagem da Pró-Reitoria de Graduação
(PROGRAD), sob a responsabilidade da
Coordenadoria Especial de Licenciatura
(CELI). “As oficinas do Programa de Apoio
à Aprendizagem não se sobrepõem à Monitoria, pois referem-se ao resgate das referidas áreas de conhecimento. Já a Monitoria é
voltada para o conteúdo específico da disciplina do curso”, alertou o pró-reitor de
Graduação, Germano Rigacci Junior.
“O objetivo do projeto é acolher o aluno
que chega à Universidade necessitando qualificar os conteúdos do Ensino Médio, particularmente aqueles que se constituem base
para seguir seu curso superior, numa abordagem mais próxima de sua aplicação no contexto das disciplinas”, explicou o professor
Jairo de Araújo Lopes, responsável pela CELI.
Para selecionar os conteúdos básicos que
serão trabalhados nas oficinas, a CELI contou com o apoio das Diretorias de Faculdades, particularmente os de licenciatura, além
da Coordenadoria de Ingresso Discente
(CID), da equipe do Projeto Acompanhamento Acadêmico do Aluno (PAAA), do
Programa Institucional de Monitoria, dos
membros do Grupo de Trabalho do
Programa de Formação de Educadores
(PROFE) e de alunos veteranos.
As oficinas serão desenvolvidas por alunos ‘apoiadores’ – futuros professores auxiliando a aprendizagem de forma interativa –,
que estudam nos cursos de Letras, Matemática e Ciências Biológicas. “Os alunos
apoiadores deverão resgatar conteúdos oferecidos no Ensino Médio que são indispensáveis para o aluno ingressante cursar disciplinas básicas de sua área de formação, na
Universidade”, disse o coordenador da CELI.
Os alunos apoiadores foram selecionados
pelos supervisores de Práticas de Ensino e
Estágios Supervisionados e direções das faculdades de licenciatura.
Um dos conteúdos que será oferecido
pelos alunos apoiadores da Faculdade de
Letras é “leitura e produção de textos”, considerado fundamental para os ingressantes
de todos os cursos, particularmente os do
No alto, o
professor
Jairo de Araújo
Lopes; ao lado,
o aluno
Natanael
José Feliz
de Oliveira,
abaixo,
Ana Cecília
Moz Alves
Rodrigues;
e Jocimar
da Silva
Centro de Linguagem e Comunicação
(CLC) e os do Centro de Ciências Humanas
Sociais Aplicadas (CCHSA). Já os apoiadores de Matemática oferecerão oficinas sobre
trigonometria e álgebra, conteúdos que atenderão principalmente à demanda dos cursos do Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias (CEATEC) e Centro
de Economia e Administração (CEA). Genética e citologia foram as temáticas solicitadas pelos cursos do Centro de Ciências
da Vida (CCV). Cada turma atenderá a um
grupo de dez alunos.
A diretora da Faculdade de Ciências
Biológicas, Mariângela Cagnoni Ribeiro, aposta no Programa de Apoio à Aprendizagem.
“Ele tem tudo para dar certo, porque integra
as faculdades, acolhe o aluno com necessidade de aprendizagem mais eficaz e promove a
oportunidade da prática da docência para o
estudante da licenciatura”, diz. “O projeto é
bom tanto para o aluno apoiador, como para
o aluno ingressante.”
Apoiadores
A estudante Ana Cecília Moz Alves
Rodrigues, da Faculdade de Matemática,
está empolgada para começar a trabalhar
como aluna apoiadora do Programa de
Apoio à Aprendizagem. “Percebo que muitos estudantes são prejudicados ao longo
das aulas por apresentarem lacunas do
Ensino Médio”, analisou. Ela sugeriu as
reuniões do grupo de estudos da Faculdade
de Matemática, que se reúne aos sábados,
para discutir conteúdos em comum dos
cursos da Universidade.
Natanael José Feliz de Oliveira será um
dos alunos apoiadores que comandará as oficinas de qualificação da Faculdade de
Ciências Biológicas. “As oficinas trarão benefícios não apenas para alunos que têm necessidade de aprimorar conteúdos do Ensino
Médio, mas também para os apoiadores, que
precisam da experiência da docência para a
sua formação”, afirmou.
Jocimar da Silva terá sua primeira experiência como professora nas oficinas de qualificação. “A troca de conhecimento enriquecerá os encontros e são importantes para
a qualificação de conteúdos não assimilados
pelos estudantes, ao longo de sua formação”,
explicou. “Falar e escrever bem são habilidades necessárias em qualquer atividade, ainda mais no mercado de hoje, que é exigente
com a formação de seus profissionais.”
Jornal da PUC-Campinas
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CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
DE ABRIL DA OFICINA HILDA HILST:
Reprodução
DANÇA
MURAL
Iniciação à dança (30 vagas)
DURAÇÃO: 15/04 a 03/06 - quartas-feiras - 14h30 às 17h30
INSCRIÇÃO: até 14/04
LOCAL: Casa de Cultura e Cidadania Antônio da Costa Santos
Rua 13 de Maio, 48 - Distrito de Sousas
Capoeira (30 vagas)
DURAÇÃO: 16/04 a 04/06 - quintas-feiras - 19h às 22h
INSCRIÇÃO: até 15/04
LOCAL: Instituto Baobá de Cultura e Arte - SAB Nóbrega
Rua Ema, 170, V. Padre Manoel da Nóbrega
Oficina
Cultural
Regional
Hilda
Hilst
Dança do ventre (30 vagas)
DURAÇÃO: 16/04 a 18/06 - quintas-feiras - 14h às 17h
INSCRIÇÃO: até 15/04
LOCAL: Centro de Orientação Familiar
Avenida Governador Pedro de Toledo, 2082 Jardim Chapadão
Palestra sobre dança e criação:
a dança no campo político (60 vagas)
QUANDO: 14/05 - quinta-feira - 18h às 22h
INSCRIÇÃO: até 14/05
LOCAL: República Cênica
Rua Américo de Moura, 124 - Taquaral
ARTES PLÁSTICAS
Pintura (30 vagas)
DURAÇÃO: 15/04 a 03/06 - quartas-feiras - 9h às 12h
INSCRIÇÃO: até 14/04
LOCAL: Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim
OFICINA
Oficina de bonecos de manipulação direta (30 vagas)
DURAÇÃO: 15/4 a 03/06 - quartas-feiras - 9h às 12h
INSCRIÇÃO: até 14/04
LOCAL: Centro Cultural Casarão do Barão
Avenida Maria Ribeiro Sampainho Reginato, s/nº Terras do Barão
Serviço
Oficina Cultural
Regional Hilda Hilst
Parque Ecológico
Monsenhor Emílio
José Salim Rodovia Heitor
Penteado, km 3,5
Funcionamento:
segunda a sexta-feira,
das 9h às 17h;
sábado, das 14h às 17h
Tel: (19) 3294-2212 /
3294-1260
e-mail:
[email protected]
Oficina de bonecos de borracha (30 vagas)
DURAÇÃO: 16/04 a 04/06 - quintas-feiras - 18h às 21h
INSCRIÇÃO: até 15/04
LOCAL: Departamento de Artes Plásticas - UNICAMP
Rua Elis Regina, 50 - Cidade Universitária Zeferino Vaz
Ricar
do Lim
a
Ciclo de estudos “A história da arte brasileira
no século XX” (30 vagas)
DURAÇÃO: 18/04 a 20/6 - sábados - 9h às 12h
INSCRIÇÃO: até 17/04
LOCAL: Museu da Imagem e do Som (MIS) - Palácio dos
Azulejos
Rua Regente Feijó 859 - Centro
AUDIOVISUAL
Ana Paula Moreira
[email protected]
Ter a possibilidade de
aprender técnicas de fotografia, ter aulas de dança
do ventre, capoeira, origami, edição de vídeo e
estudar artes plásticas,
tudo isso sem pagar nada.
Ficou interessado? Essas
entre outras atividades são
oferecidas nas 15 Oficinas
Culturais do governo estadual,
divididas em regiões administrativas. Em Campinas, a Oficina Cultural
Regional Hilda Hilst, onde as oficiais e palestras são ministradas, desde 2005, prevê, para este semestre, 54 atividades com aproximadamente 1,7 mil vagas.
A sede da Oficina fica no Parque Ecológico
Monsenhor Emílio José Salim, mas as atividades ocorrem em diversos pontos da cidade e também na Região
Metropolitana de Campinas (RMC).
Segundo o coordenador da unidade de Campinas,
Fábio Luchiari, as oficinas são ferramentas para a população adquirir novos conhecimentos. “Nosso principal objetivo é proporcionar meios para a aquisição de
novos conhecimentos, novas vivências e contato com
os mais diversos tipos de linguagens artísticas, técnicas e ideias, possibilitando, com isso, a formação do
público e profissionais para o setor cultural”, explicou
o coordenador.
Direção de arte visual (30 vagas)
DURAÇÃO: 17/04 a 19/06 - sextas-feiras - 18h às 21h
INSCRIÇÃO: até 16/04
LOCAL: Museu da Imagem e do Som (MIS) - Palácio dos
Azulejos
Rua Regente Feijó 859 - Centro
Oficina de conservação de material fotográfico (30 vagas)
DURAÇÃO: 10 a 24/05 - sábados e domingos - 9h às 14h
Inscrição: até 8/05
LOCAL: Museu da Imagem e do Som (MIS) - Palácio dos
Azulejos
Rua Regente Feijó 859 - Centro
MÚSICA
Música oriental, percussão e composição (30 vagas)
DURAÇÃO: 15/04 a 10/06 - quartas-feiras - 15h às 18h
INSCRIÇÃO: até 14/04
LOCAL: COF - Centro de Orientação Familiar
Avenida Governador Pedro de Toledo, 2082 - Jardim
Chapadão
Teoria e técnicas musicais (35 vagas)
DURAÇÃO: 15/04 a 03/06 - quartas-feiras - 19h às 22h
INSCRIÇÃO: até 14/04
LOCAL: Estação Cultura
Praça Marechal Floriano Peixoto, s/nº - Centro
Percussão corporal (30 vagas)
DURAÇÃO: 16/04 a 04/06 - quintas-feiras - 19h às 22h
INSCRIÇÃO: até 15/04
LOCAL: Centro de Convivência Cultural da Vila Padre
Anchieta
Avenida Cardeal Dom Agnelo Rossi, s/nº - Vila Padre
Anchieta
Ciclo de estudos “A música jamaicana” (30 vagas)
DURAÇÃO: 17/04 a 19/06 - sextas-feiras - 18h às 21
INSCRIÇÃO: até 16/04
LOCAL: Casa de Cultura e Cidadania Antônio da Costa Santos
Rua 13 de Maio, 48 - Distrito de Sousas
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Jornal da PUC-Campinas
Pé na estrada
Circuito das ÁGUAS
Fotos: Divulgação
Ana Paula Moreira
[email protected]
As oito cidades da
região trazem roteiros
que misturam
natureza, história,
aventura e bem-estar
Próximo de Campinas, de fácil
acesso e com opções para agradar
os mais variados gostos e idades, o
Circuito das Águas pode ser uma
opção divertida e econômica para o
Feriado de Tiradentes, no dia 21 de
abril. A região é formada por oito
municípios: Águas de Lindoia,
Amparo, Monte Alegre do Sul,
Serra Negra, Socorro, Lindoia,
Jaguariúna e Pedreira. Nas cidades,
o turista pode conhecer cachoeiras,
centros históricos, águas hidrominerais e praticar esportes de aventura. Veja abaixo o roteiro que o
Jornal da PUC-Campinas preparou para você aproveitar o que há
de melhor em cada cidade.
P
AMPARO
Águas de Lindoia
Conhecida por suas águas termais com propriedades
medicinais, a cidade possui várias pousadas. Vale visitar o Balneário Municipal, que traz piscinas e toboáguas, além das tradicionais fontes de água mineral e
banhos de imersão. Para quem gosta de esportes de
aventura, a dica é conhecer o Morro Pelado, de onde
é possível ver toda a cidade e se divertir com o voo
livre de asa delta. Outra opção é o Lindoia Aventura,
que tem, entre as atividades, arvorismo, tirolesa, rapel
e trilha com jeep.
Informações: www.aguasdelindoia.sp.gov.br
SOCORRO
Amparo
Visitar Amparo é conhecer a história do café no interior paulista. Até 1929, a cidade era uma das principais produtoras do Estado de São Paulo. “Há muitas
fazendas do século 18, igrejas e prédios com arquitetura do século 19”, disse a aluna do 4º ano da Faculdade
de Turismo Diana Barbiellini, moradora da cidade. Para
passear com toda família, Diana indica a estátua do
Cristo Redentor. “Ela é considerada a terceira maior
do Brasil, localizada em um lugar onde se pode ver
toda a cidade. Ao redor também há cachoeiras e trilhas.” Para encerrar o passeio, viste a Casa do Artesanato,
que vende artigos de decoração e doces caseiros.
Informações: www.amparo.sp.gov.br
PEDREIRA
SERRA NEGRA
Pedreira
Conhecida como a capital da porcelana, a cidade oferece aos turistas diversos artigos de decoração. Para passear a dica é visitar a fazenda São João Baptista, o
Observatório Astronômico, o Complexo Turístico
do Morro do Cristo, o Museu Histórico e da Porcelana
e o zoo-Bosque. Vale ainda visitar o rio Jaguari e as
montanhas que ficam à sua volta.
Informações: www.pedreira.sp.gov.br
Jaguariúna
Conhecida pela festa de rodeio e pelos passeios de
Maria Fumaça, Jaguariúna também oferece outras
atrações para os turistas que visitam a cidade. Entre
os destaques está o Museu Ferroviário, localizado no
Centro Cultural de Jaguariúna. No local há peças históricas fornecidas pela Associação Brasileira de
Preservação Ferroviária (ABPF) e fotografias que retratam a história da cidade.
Informações: www.jaguariuna.sp.gov.br
Serra Negra
Lindoia
É conhecida como a capital nacional da água mineral, responsável por 40% da água mineral distribuída
no país. Para conhecer a história da cidade, visite o
Centro de Memória. Os turistas não podem deixar
de tirar uma foto do principal cartão postal, a "Garrafona
de Água Mineral". Uma dica de diversão é visitar o
lago Lindoia, formado por 260 mil metros cúbicos
de água. No local, o turista pode praticar pesca esportiva e caminhada.
Informações: www.lindoia.sp.gov.br
Monte Alegre do Sul
Com menos de 7 mil habitantes, Monte Alegre do
Sul preserva seu centro histórico e traz opções de passeio para toda a família. Visitar o Santuário do Senhor
do Bom Jesus, o Pontilhão da Mogiana e a Estação
Experimental são algumas das atrações. O aluno
Leandro Pinheiro Munhoz da Silva, do 3º ano da
Ricardo Lima
Faculdade de Turismo, indica uma visita aos alambiques artesanais que a cidade possuiu. “Monte Alegre
do Sul é conhecida atualmente por seus alambiques
artesanais, onde é mostrado como se fabrica água
ardente e oferece a degustação da bebida. À noite, o
local vira um ponto de encontro de turistas em um
ambiente bem requintado”, contou.
Para aqueles que preferem o contato com a natureza, a dica é visitar as cachoeiras Falcão e Mostarda.
Nos finais de semana, a cidade oferece um passeio
de trem. “O passeio permite visitar os alambiques e
as fazendas. Por ser uma Estância Hidromineral, a
cidade toda possui fontes em cada esquina, uma das
mais famosas fica próxima à Estação Experimental”,
afirmou Silva.
Informações: www.montealegredosul.sp.gov.br
O clima ameno da cidade é ideal para passear pelo
centro e visitar as lojas de malhas e doces caseiros.
Entre os principais pontos turísticos da cidade estão
o Balneário Municipal, que oferece banhos de sais,
essências e saunas secas. Outra opção é passear de
teleférico no Pico da Fonseca, onde está localizado
o Cristo Redentor. Outro ponto turístico é visitar o
morro Alto da Serra, ponto mais alto da cidade. Do
local é possível avistar dez cidades que pertencem à
região.
Informações: www.serranegra.sp.gov.br
Socorro
MONTE ALEGRE
DO SUL
Com várias montanhas e corredeiras, a cidade oferece 17 modalidades de esportes de aventura, como
escalada, rapel, tirolesa, acquaride e boiacross. Outra
opção é fazer uma caminhada até as diversas cachoeiras que há na cidade. Entre os destaques estão
Cachoeira Monjolinho, Santos Dumont e Pinhal.
Para aqueles que querem descansar, a opção é se hospedar em uma das pousadas da cidade e visitar os
prédios históricos de Socorro.
Informações: www.socorro.tur.br
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