Ano II - Número 20
6 a 19 de fevereiro /2006
Comunidade prestigia
posse de padre Wilson
O Auditório Dom Gilberto ficou pequeno para abrigar o público presente na solenidade que
ratificou os nomes que compõem a Reitoria e estarão no comando da Universidade até 2010
Fotos: Ricardo Lima
Entrevista
Reitor inicia
jornada às 4h30
O padre Wilson Denadai inicia seu dia ainda de madrugada, quando realiza exercícios físicos e estuda inglês.
Começa a trabalhar na
Universidade junto com os
funcionários do primeiro
turno, às 7h30. O reitor concedeu entrevista ao Jornal
da PUC-Campinas em
janeiro, quando falou sobre
sua disposição e planos de
gestão, entre eles a criação de
comissões paritárias para
solucionar os problemas de
trânsito do Campus I.
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Ex-reitor padre David passa os paramentos ao padre Wilson durante cerimônia no dia 1º de fevereiro
Cerca de 700 pessoas
lotaram o Auditório
Dom Gilberto e os saguões do prédio, onde
foram instalados telões,
para acompanhar a solenidade de posse da nova
Reitoria. A cerimônia
contou com a presença
de autoridades políticas,
eclesiásticas, científicas
e representantes das comunidades interna e externa. A evocação a uma
nova era e as homenagens ao ex-reitor padre
José Benedito de Almeida David marcaram
o evento, que foi antecedido por uma missa
na Catedral Metropolitana de Campinas.
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Prosa Caipira conquista
mercado culinário
O restaurante aberto ao público em
janeiro no Bairro Carlos Gomes já
integra o roteiro gastronômico tão
disputado em Campinas e região. O
empreendimento, resultado de um
projeto da Pró-Reitoria de Extensão
e Assuntos Comunitários em parceria com a comunidade local, conta
com a participação de estudantes de
dez faculdades da PUC-Campinas
e alavanca a economia local. Para
quem busca contato com a natureza, comida caseira e bons preços, o
'Prosa' é uma boa programação para
os finais de semana.
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Trote? Só se for do bem
Os Diretórios e Centros Acadêmicos (DAs e
CAs) preparam uma série de ações para recepcionar os calouros e promover a integração com
os veteranos este mês. Alunos e professores da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)
realizaram nas férias a Atividade de Verão, que
culmina com o Trote Solidário, uma ação que
cresce a cada ano e afugenta o trote violento, proibido na Universidade.
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MURAL
José Scaleante e Lenita Buchalla (ao centro) durante o lançamento do restaurante
Quer virar notícia no JP?
A arquiteta recém-formada Gabriela Martin
(foto) elege o Viaduto 'Laurão' como a imagem mais expressiva da democracia campineira. E você? Qual o canto da cidade que
mais o encanta? Eleja um, fotografe e participe do concurso Saiu no JP. O jornal publicará neste ano na coluna Mural a melhor foto,
a melhor charge, a melhor prosa e o melhor
miniconto produzidos pela comunidade universitária. Acha pouco? Os autores de cada
uma das obras selecionadas ganharão um livro
alusivo ao gênero escolhido. Vai ficar de fora?
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Jornal da PUC-Campinas
Editorial
Muito obrigado! Viva o novo reitor !
E
ste é meu último editorial no Jornal da PUC-Campinas. Nas
próximas edições, este espaço será reservado às palavras do Magnífico
Reitor Prof. Padre Wilson Denadai. Evitarei aqui, de propósito,
uma abordagem pessoal, pois é minha convicção que a trajetória desses
nove anos de gestão resulta de um compromisso e esforço que está muito
além do empenho da Reitoria e de suas equipes de trabalho. Por trás de
uma gestão está a consistente história e tradição institucionais e, com elas,
as questões conjunturais vigentes no período, tanto internas quanto externas, e, sobretudo, a comunhão de sonhos, de idéias, de crenças, que envolvem a comunidade universitária. Acreditando sempre que a Universidade está em permanente construção, procuramos juntos caminhar com a
comunidade, a partir do estágio em que encontramos a nossa PUC para
o estágio atual que a deixamos para nosso novo Magnífico Reitor.
Quando assumimos a gestão, enfatizamos que um processo permanente de planejamento e avaliação seriam instrumentos fundamentais para
o crescimento da Universidade nos anos que se seguiriam. E essa foi a
síntese da nossa trajetória nesses anos. Como parte do processo, em 2002
iniciamos a implantação da reforma acadêmica e administrativa, destacando que não era um mero remanejamento burocrático, ou com fins economicistas, e que seu objetivo maior seria aprimorar a qualidade da formação que a PUC-Campinas oferece há mais de seis décadas, articulando o ensino, a pesquisa e a extensão como instrumentos indispensáveis para a formação do aluno. A criação das Pró-Reitorias e a estrutu-
ração dos centros têm favorecido as condições para um trabalho mais articulado, interdisciplinar, ajudando-nos a descobrir novas dimensões da
criação e da socialização do conhecimento conforme as necessidades do
nosso tempo. Ao lado disso, a definição da carreira docente, a elaboração
do orçamento, a renovação da infra-estrutura física e tecnológica da
Universidade são as novas e importantíssimas ferramentas para continuarmos nossa construção. Sem se limitar às questões do âmbito institucional, a PUC-Campinas prosseguiu seu trabalho em sintonia com a
comunidade loco-regional, conforme sua vocação católica e comunitária.
Os gestores e suas equipes cumprem suas funções no tempo que lhes é
designado e a PUC-Campinas permanece inspirada em sua missão permanente de formar pessoas buscando capacitá-las profissionalmente e para
o exercício da cidadania na solidariedade. Volto agora com muita alegria
às minhas funções de origem, sempre disposto a colaborar na continuidade do processo de construção da nossa querida PUC-Campinas. Meu
maior desejo é agradecer o compromisso e o apoio da comunidade universitária e continuar sonhando junto com ela. Estou certo de que essa mesma comunhão de esforços e de ação coletiva estará apoiando meu companheiro prof. pe. Wilson nos próximos quatro anos. Que o Deus da Vida
e da Esperança nos anime sempre a buscar o Novo!
Campinas, 31 de janeiro de 2006.
Reitor da PUC-Campinas
Padre José Benedito de Almeida David
PUC-Campinas inaugura laboratório de TV Digital
Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça. Na
era digital, esse conceito ganha espaço com o
Laboratório de Conteúdo para TV Digital inaugurado pela PUC-Campinas, no dia 12 de dezembro de
2005. Ele viabilizará equipamentos, estúdios e equipes para a execução de projetos interativos e funcionará como um canal de distribuição de sinal digital
interno e externo, pela internet. "O laboratório é público, sendo um espaço para experimentação de conteúdos interativos e de validação das tecnologias desenvolvidas pela comunidade científica", explicou o coordenador da TV PUC-Campinas, Paschoal Neto. O
laboratório funciona no Prédio H 0, no Campus I.
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em
Notas
Telecomunicações (CPqD) investiu cerca de R$ 180
mil em equipamentos, que foram emprestados para
a PUC-Campinas, responsável pela infra-estrutura
do laboratório.
O sistema digital oferece melhor qualidade de imagem e som pela transmissão por fibra ótica, além de
permitir interatividade entre o telespectador e a programação, com a utilização simultânea de recursos
como a internet. A iniciativa é resultado de um convênio entre a Universidade e o CPqD e beneficiará alunos, professores, funcionários e a comunidade externa, que poderão inscrever projetos atendendo a determinados critérios.
Os projetos externos deverão ser encaminhados
por entidades legalmente instituídas, com cronograma,
objetivos, viabilidade e sustentabilidade financeira. Um
comitê composto pela PUC-Campinas, CPqD e sociedade civil, representada pela Federação das Entidades
Assistenciais de Campinas (Feac), fará a seleção. A coordenação e a operação do laboratório são da TV PUCCampinas e o CPqD oferecerá o suporte tecnológico.
O laboratório poderá subsidiar a criação da TV PUCCampinas interna, com programação distribuída nos
campi por aparelhos de TV e pela internet. Outra possibilidade é a ampliação da transmissão de TV Digital
em bairros ou núcleos residenciais.
>> Serviços
Informações: [email protected]
Fernando Petermann
Emdec realiza ação
de volta às aulas
Pesquisa mapeará
ocupação de solo
A Empresa Municipal de Desenvolvimento de
Campinas (Emdec) informou que realizará uma ação
específica para o retorno às aulas nos acessos de algumas universidades, entre elas a PUC-Campinas. A
partir do dia 6 de fevereiro, a empresa intensificará
o monitoramento do trânsito e distribuirá panfletos
com o intuito de minimizar a lentidão e prevenir
acidentes. Os agentes estarão no Campus I de 6 a 10
de fevereiro e de 13 a 17, monitorando os horários
de chegada e saída, no período da manhã, e a chegada dos estudantes, à noite. A operação se repetirá nos
dias 20 e 21 deste mês. As negociações sobre a implantação do semáforo e a reformulação do acesso à
Universidade continuam nas próximas semanas,
entre a empresa e a nova gestão da PUC-Campinas.
Verba Extra - O Hospital e Maternidade Celso Pierro (HMCP) da
PUC-Campinas acaba de conseguir do Ministério da Saúde uma verba
de R$ 359 mil, que serão aplicados na aquisição de aparelhos para os serviços de cardiologia e endoscopia, aumentando a capacidade de realização de cirurgias cardíacas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A emenda para a concessão da verba adicional contou com a indicação do senador petista Aloizio Mercadante (ao centro), que visitou as instalações do
hospital no dia 20 de janeiro. O agendamento das cirurgias pelo SUS
depende ainda do credenciamento do Ministério da Saúde.
O Programa de Mestrado em Urbanismo da PUCCampinas fará uma pesquisa sobre as novas tendências de ocupação do solo no Estado de São Paulo.
Composta por 13 pesquisadores da Universidade, cinco de outras instituições paulistas e cinco de universidades européias e sul-americanas, a equipe promoveu
o primeiro encontro no final de janeiro no Campus I.
O projeto será apresentado à Fundação de Amparo à
Pesquisa (Fapesp) em março deste ano. A dinâmica de
ocupação da região de Campinas, na qual não se sabe
ao certo o que é urbano e o que é rural, estende-se para
o interior paulista. "É nossa obrigação fornecer subsídios para as administrações se instrumentarem para
gerenciar o problema", afirmou Raquel Rolnik, integrante do grupo e professora da PUC-Campinas.
Expediente
Reitor- Padre Wilson Denadai; Vice-reitora - Angela de Mendonça Engelbrecht; Conselho Editorial - Denise Tavares, Wagner José de Mello e Sílvia Regina Machado de Campos;
Coordenador de Departamento de Comunicação - Wagner José de Mello; Coordenador do Setor de Jornalismo - Aderval Borges; Editora - Eunice Gomes (MTB 21.390);
Redatores - Aderval Borges, Adriana Furtado, Du Paulino, Eunice Gomes e Rita Hennies; Revisão - Luiz Antonio Razera; Fotografia - Ricardo Lima; Tratamento de Fotos Marcelo Adorno; Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica - Neo Arte Gráfica Digital; Impressão - Grafcorp; Redação - Campus I da PUC-Campinas, Rodovia D. Pedro I,
km 136, Parque das Universidades. Telefones: (19) 3756-7147 e 3756-7674. E-mail: [email protected]
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Jornal da PUC-Campinas
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Opinião
Ingresso na universidade: um rito de passagem
Isabel Cristina Dib Bariani
A
s experiências do estudante no período de transição do Ensino Médio
para o Ensino Superior são muito
significativas, tanto que esse momento é
considerado um dos mais importantes ritos
de passagem, dentre aqueles que são vivenciados ao longo da vida. No processo de
ingresso, em geral, o estudante se depara
com uma série de situações a serem enfrentadas: afastamento da comunidade ou
condição anterior; confronto com um novo
contexto, que tem os seus próprios valores, normas, expectativas e oportunidades; e a integração a uma nova comunidade intelectual e social.
A literatura especializada aponta que,
nesse período, é possível que ocorram sentimentos antagônicos, pois, se, por um lado,
o calouro sente um grande orgulho pela
conquista pessoal, por outro, é confrontado com múltiplas e complexas tarefas e
inúmeros desafios, que exigem novas responsabilidades e enfrentamento de questões pessoais, sociais, acadêmicas e vocacionais. Sendo assim, esse percurso demanda que o universitário lide com uma varie-
Espaço leitor
A integração é
construída no
cotidiano das
relações
estabelecidas entre
o estudante e
a instituição
dade de exigências e situações novas, advindas de professores, conteúdos programáticos, métodos de ensino e de avaliação, ritmos e exigências de estudo, interação com
novos grupos de colegas e, até mesmo, o primeiro afastamento da família.
As experiências da vida universitária, especialmente aquelas do período de ingresso no
Ensino Superior, podem se constituir em importantes determinantes do desenvolvimento cognitivo e psicossocial do aluno, dos níveis de
satisfação e desempenho acadêmico, da evasão ou permanência e, conseqüentemente, do
posterior sucesso profissional. Nesse contexto, é necessário que o estudante ultrapasse
rapidamente uma série de etapas de adap-
Galeria
@
[email protected]
DOCUMENTÁRIO
Olá. Eu li um jornal antigo de vocês, mais precisamente de agosto de 2005, e achei muito
interessante o documentário Do Luto à Luta.
Gostaria de saber se vocês podem me informar onde posso encontrá-lo para alugar ou
mesmo comprar na cidade de Campinas.
Agradeço desde já,
Marisha Santos
importante indicador da qualidade institucional e essencial para a qualidade da
aprendizagem.
Apesar das tendências apresentadas,
considera-se que esse rito de passagem e
a formação superior são vividos de forma
singular pela pessoa. De qualquer modo,
reconhecer a relevância e promover a qualidade das vivências acadêmicas dos universitários é um desafio de responsabilidade repartida, que engloba tanto um planejamento e intervenção da universidade,
como a participação dos estudantes e das
suas organizações estudantis.
Isabel Cristina Dib Barian, doutora em
Psicologia Educacional e professora da
Faculdade de Psicologia da PUC-Campinas
O QUE VOCÊ ACHA QUE MAIS MARCA UM CALOURO
AO INGRESSAR EM UMA UNIVERSIDADE?
"O que marca o aluno é a
integração com os veteranos,
o que pode ajudar bastante
no aprendizado e na
diversão. É essencial que eles
se entrosem com os
veteranos e com outros
bichos, para trocar idéias".
Thomaz Sacchi, estudante
da Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo
Qual sua opinião sobre o Jornal da
PUC-Campinas? Quer sugerir uma pauta?
Divulgar o que você está fazendo? Participe!
Mande uma mensagem para a redação.
"Acho que é a consciência da
mudança pela qual ele vai passar,
pelo rito. Ele se conscientiza de
que vai passar para outra fase da
vida. A verdade é que, agora, ele
assumirá uma nova perspectiva
de vida, estará por si só, não vai
mais haver reunião de pais".
Laura Umbelina Santi,
diretora da Faculdade de
Turismo
Imagens
NOTA DA REDAÇÃO - Marisha, os documentários divulgados na edição de n.º 13 foram premiados no 33º Festival de Cinema de Gramado.
De acordo com a Casa Azul Produções Artísticas,
o filme ainda não foi lançado nos cinemas e, portando não chegou às locadoras. Alguns exemplares estão sendo distribuídos para entidades e instituições de ensino. Assim que recebermos uma
cópia disponibilizaremos em nossas bibliotecas.
Mantenha contato conosco.
tação, visando sua pronta integração, que,
caso não ocorra, poderá comprometer seus
projetos acadêmicos, profissionais e de vida.
A integração do aluno ao contexto universitário é considerada como um processo complexo e multidimensional, que envolve múltiplos fatores, tanto de natureza intrapessoal
como contextual. Desse modo, a integração
é construída no cotidiano das relações estabelecidas entre o estudante e a instituição. Os
aspectos relativos ao acadêmico - a sua história de vida, suas expectativas, habilidades
e demais características e a qualidade do
esforço estudantil, representado pelo envolvimento com a sua própria aprendizagem e
desenvolvimento - desempenham um importante papel para a integração. No entanto,
os componentes da instituição, isto é, sua
comunidade, sua estrutura e elementos organizacionais também são essenciais, podendo facilitar ou não esse processo.
A instituição deve assumir a sua parcela de responsabilidade perante o percurso
de formação dos seus alunos, sendo de fundamental importância que proporcione, em
especial aos calouros, as condições adequadas para que experimentem satisfatoriamente o conforto acadêmico, considerado
MOMENTOS FELIZES - A felicidade tomou conta da Universidade no último mês de 2005. Mesmo com intenso calor e
muita procura, os calouros esbanjaram bom humor e solidariedade na matrícula. No Campus II (à esq.), muitos 'bixos' colaboraram
com a campanha Doe um Brinquedo e garantiram o Natal de crianças carentes. A campanha arrecadou cerca de 300 brinquedos
distribuídos pelo Grupo de Ação Solidária para entidades cadastradas. No Campus I, a confraternização de final de ano reuniu no dia
17 cerca de1,2 mil pessoas que se divertiram com os grupos musicais e algumas rodas de samba formadas pelos funcionários.
Fotos: Ricardo Lima
"Acho que é a mudança. Eles
mudam a cabeça, saem da
adolescência e estão se
transformando em adultos.
Eles não são mais crianças,
saíram dessa fase".
Claudionor Ferreira Nunes,
funcionário do Centro
de Economia e
Administração (CEA)
“ A reunião A QUE
ASSISTI, os DEBATES que
travei COM jovens
desta UNIVERSIDADE me
encheram de orgulho
pelo ESPÍRITO que
preside os DESTINOS
desta Casa. Oxalá
OUTRAS SE formem
NO Brasil, conservando A
mesma flâmula QUE
aqui VIM encontrar.”
Juscelino Kubitschek, presidente da República em 17 de
maio de 1963, quando visitou a PUC-Campinas.
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Jornal da PUC-Campinas
Ricardo Lima
Entrevista
U
Adriana Furtado
[email protected]
Um homem simples, disciplinado e com espírito humanista.
Assim é o novo reitor da PUCCampinas, o professor, psicólogo e
padre Wilson Denadai. Sua rotina
começa ainda de madrugada, às
4h30, quando inicia suas atividades físicas. Depois dedica-se às suas
orações e ao estudo de inglês.
Chega à Universidade com os funcionários do primeiro turno, às
7h30. Circula pelos campi, visita as
obras e não dispensa uma conversa amiga. Essa maratona inspirou
um ensaio fotográfico que será
publicado na próxima edição do
Jornal da PUC-Campinas.
Na entrevista, concedida ao
jornal dois dias antes de completar 58 anos de idade (13 de janeiro), padre Wilson discorreu sobre
seu esforço pela educação continuada, sua trajetória na Universidade, a implementação do Plano
de Carreira Docente, o Programa
de Treinamento de Funcionários
e a criação de comissões para ajudar a solucionar os problemas de
trânsito no Campus I. Confira
abaixo trechos da entrevista e, na
integra, no Portal PUC-Campinas
(www.puc-campinas.edu.br).
Jornal da PUC-Campinas - Qual a
importância da educação continuada em sua vida?
Padre Wilson Denadai - Aprendi que
você nunca encerra sua formação. Ao
terminar o curso de Técnico em
Contabilidade sabia que precisaria
aprimorar minha formação. Ao iniciar Filosofia, em 1968, falava-se que
nunca se termina o processo de aprender a pensar. Fiz Teologia em meio à
implementação do Concílio Vaticano
II, dizendo que teríamos de aprender com as comunidades. Na graduação em Psicologia ficou mais evidente que nunca se esgota o conhecimento da alma. Com o mestrado, a
mesma coisa. Então entendi o que
Jesus falava: 'vocês são sempre
discípulos'.
JP - Como foi sua trajetória na PUCCampinas?
Padre Wilson - Enquanto exercia
minhas funções como capelão do
Hospital de Clínicas da Unicamp,
comecei a ministrar aulas no então
Instituto de Teologia e Ciências
Religiosas da PUC-Campinas e fiz
o mestrado em Psicologia Clínica na
Universidade. Em 1993, assumi a
coordenação do Departamento de
Teologia Prática e a vice-direção do
então Instituto de Teologia e
Ciências Religiosas. Fui pároco da
Igreja Cristo Rei por dez anos, até
2002, quando fui indicado vice-reitor da Universidade. Em 2003, assumi também a função de gestor executivo do Plano Estratégico Institucional (PEs).
JP - O que o Plano de Carreira
mos várias ações junto ao poder público. Vamos dar continuidade aos trabalhos, não só com os gestores, mas
com segmentos da comunidade universitária, para termos uma mesma
perspectiva, sem ações isoladas.
Pretendemos criar comissões paritárias, envolvendo alunos, professores
e funcionários, que estudem medidas de interesse geral. Não penso que
a Reitoria tenha cacife para encontrar
soluções isoladas, numa comunidade tão complexa como a nossa.
JP - O senhor costuma enfatizar a
importância do trabalho em equipe.
Padre Wilson - Tenho consciência da
pequenez do indivíduo. Aprendi com
Freud que nosso ego é apenas uma
pequenina ponta de um grande icerberg, que não dominamos. O ego
humano é isso, fundamental e necessário, mas tem limites e o meu não é
diferente. Trabalhar em equipe é, para
mim, uma questão de bom senso.
HAJA FÔLEGO!
Aos 58 anos de idade, o padre Wilson
Denadai assume o comando da
PUC-Campinas esbanjando disposição
para enfrentar um dia-a-dia pesado, que
para ele começa de madrugada
Docente representa para a PUCCampinas?
Padre Wilson - O plano nos dará a
possibilidade de termos o corpo
docente com certa durabilidade, à
medida que tenha bom desempenho
nas avaliações, o que reverterá na qualificação dos cursos, dos grupos e
linhas de pesquisa e dos projetos de
extensão. O plano prevê dois anos de
transição, durante os quais há o compromisso de termos 1/3 de nossos
docentes em tempo integral de dedicação. Não existem condições econômicas nem metodologias de implementação para colocá-lo em prática de
imediato. Mas implementaremos passo a passo.
JP - O que é o Projeto de Treinamento de Funcionários?
Padre Wilson - Esse projeto faz parte
do PEs, que prevê uma política de
treinamento e aprimoramento dos
nossos gestores e funcionários. A
Coordenadoria Geral de Desenvolvimento de Recursos Humanos iniciou um trabalho de pesquisa com as
unidades para o treinamento dos funcionários que estão em contato direto com os estudantes e professores,
de forma a qualificar e aprimorar seu
desempenho. Nos dias 19 e 20 de
janeiro, tivemos um primeiro
momento em que a futura equipe de
gestão recebeu as informações básicas.
Teremos novos encontros.
JP - Como estão as negociações para
solucionar os problemas de acesso
ao Campus I?
Padre Wilson - No ano passado tive-
Wilson X Wilson
HOBBY - Jardinagem
MÚSICA - Cantatas e oratórios de Mozart
FILME - Tomates Verdes Fritos, de Jon Avnet
LIVRO - Um Mundo Transparente, de Morris West
PRATO PREDILETO - Rabada com agrião e polenta
CANTINHO DA UNIVERSIDADE - Sala de aula, seja ela qual for
TRISTEZA - Ver os desmandos do mundo e da sociedade
ALEGRIA- Estar com os amigos
SONHO - Terminar meus dias em paz, com a consciência de uma
obra realizada e dever cumprido
JP - Como será a relação entre o
Hospital e Maternidade Celso Pierro
(HMCP) e a Universidade?
Padre Wilson - Já tive pelo menos
quatro encontros com o superintendente do HMCP e combinamos nos
reunir uma vez por mês para conversarmos sobre o trabalho em comum.
Há um grande desejo de que a integração do hospital não ocorra só com
o Centro de Ciências da Vida (CCV),
mas também com cursos de outros
centros. Já temos uma equipe de integração entre o CCV e o hospital.
JP - E a relação da Universidade com
sua mantenedora?
Padre Wilson - A Universidade surgiu em 1941 com a Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras, logo após
a criação da Sociedade Campineira
de Educação e Instrução (SCEI). Essa
é a grande matriz, a mãe da PUCCampinas e, mais tarde, na década de
70, do HMCP. Temos na presidência da mantenedora o arcebispo, que
é a referência à qual o reitor e o superintendente do hospital devem sempre se reportar. Esperamos trabalhar
de forma transparente, aberta, numa
relação franca, cordial e de diálogo.
JP - Como gostaria de deixar a PUCCampinas em 2010?
Padre Wilson - Gostaria de pedir a
Deus que me dê a graça de viver este
último dia. Gostaria de deixar a
Universidade tal qual a visão de nosso PEs: uma gestão ágil, que brilhe
pela ciência e pela fé, sem dicotomias. Uma Universidade que seja de
excelência na produção do conhecimento, do ensino, da pesquisa e da
extensão. Na qual as pessoas tenham
prazer em vir, ficar e permanecer.
Onde os funcionários tenham prazer em trabalhar. Não sei se conseguiremos esse objetivo, porém gostaria de chegar próximo a ele.
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Jornal da PUC-Campinas
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Sucessão
Fotos: Ricardo Lima
A patrulheira Priscila Teodoro Taveira abriu a cerimônia no Auditório Dom Gilberto
Padre David, o grande homenageado, abraça o chefe do Gabinete da Reitoria, Anis Carlos Fares
NOVO CICLO
marca posse de padre Wilson
Confira a repercussão da posse do reitor padre Wilson Denadai
"Ele trabalhou
bastante, por isso
merece. Eu sofri
quando ele foi
estudar porque
eu queria que
desse certo, não
é? A gente
sempre está pensando nisso e graças a
Deus tudo deu certo. A nomeação é boa.
Ele trabalha de bom coração e eu
também fico feliz por isso".
Mãe do padre Wilson,
Ana Vedovatto Denadai
"Esse casamento entre o padre Wilson,
como reitor, e a PUC-Campinas só pode dar
certo, só pode dar frutos positivos para
todos os acadêmicos que conviverão com
a gestão dele e para a sociedade como um
todo porque a PUC-Campinas forma cidadãos. Eu sou um exemplo disso".
Promotora de Justiça do Estado
de São Paulo, Maria Cristina Martins
"A nova gestão é uma oportunidade de continuar com os relevantes serviços que a
PUC-Campinas tem prestado no desenvolvimento da cidade, da região, do Estado de
São Paulo e do País, como geradora de
conhecimento e de recursos humanos competentes. Vamos estreitar ainda mais nosso laços, como vizinhos e parceiros em eventos e ocasiões e pela proximidade com o
padre Wilson".
Reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge
"A escolha do
Dom Bruno foi
criteriosa. Tratase de um
sacerdote culto,
um sacerdote
exemplar e que
está preparado
para enfrentar os grandes problemas
internos e externos da PUC-Campinas.
Todos ganharão. É uma partida de futebol
na qual todos entrarão em campo para
que a Universidade realize sua missão de
Universidade Católica, formadora de
profissionais".
Bispo emérito de Jundiaí,
Dom Amaury Castanho
"O desejo é que a PUC-Campinas continue dando o exemplo para o País de como
se constrói uma Universidade de seu porte, atualizada, voltada para o futuro de forma humana e preocupada com a formação.
Como a Universidade vem realizando ao
longo de sua história, que se confunde com
a história de Campinas. Algo que deixa a
nós, campineiros, muito orgulhosos".
Vice-prefeito de Campinas,
Guilherme Campos Júnior
Rita Hennies
Reitor assumiu o comando declarando abertas
as comemorações dos 65 anos da Universidade
para um público de cerca de 700 pessoas
Q
Eunice Gomes
[email protected]
Quando a patrulheira Priscila Teodoro Taveira, que há
dez meses compõe o quadro de funcionários da
Universidade, entrou no Auditório Dom Gilberto no dia
1º de fevereiro portando a bandeira do Brasil, iniciou-se
a posse dos docentes que estarão no comando da PUCCampinas até 2010. Mas não foi apenas esse fato que a
Priscila anunciou, ela avisou que um novo ciclo estava
começando. E o novo marcou todos os discursos da noite que contou com cerca de 700 convidados, segundo estimativa da organização da solenidade. Palavras que evidenciaram que os novos tempos serão marcados pela harmonia e pelo trabalho em equipe. "Os papéis de cada instância da PUC-Campinas estão definidos e nenhuma
deve atrapalhar o trabalho da outra", alertou o arcebispo
emérito de Campinas e presidente da Sociedade
Campineira de Educação e Instrução (Scei), Dom Gilberto
Pereira Lopes.
O novo não esquece a história construída ao longo dos
65 anos da PUC-Campinas. "Quando fui convidado para
fazer parte da cerimônia, senti-me ainda mais PUC do que
sempre fui ao longo dos meus 42 anos integrando o corpo docente desta Instituição", afirmou o diretor da
Faculdade de Letras, Carlos de Aquino Pereira, que portou a bandeira do município de Campinas.
O tão enaltecido novo provoca receio, mas com gosto de desafio. "São os primeiros passos de uma longa jornada", declarou a vice-reitora, Angela de Mendonça
Engelbrecht, ao Jornal da PUC-Campinas momen-
tos antes de entrar no auditório. "Vamos enfrentá-la com
coragem", garantiu o reitor padre Wilson Denadai.
A solenidade foi pontuada por muitas surpresas, tirando aplausos espontâneos da platéia que se acomodou
entre o auditório e os saguões do prédio, onde foram
instalados dois telões. Dom Gilberto propôs a concessão
do título de reconhecimento ao ex-reitor padre José
Benedito de Almeida David pelos nove anos de dedicação à frente da Reitoria. A iniciativa foi ovacionada pela
platéia e emocionou visivelmente o ex-reitor, que teve
de ser forte para resistir às declarações de gratidão, amizade e companheirismo que se sucederam durante o
evento. Entre elas, a confissão do padre Wilson durante
seu discurso de posse. "Aprendi a amar o amor que você
dedica à PUC-Campinas. E amando esse seu amor por
ela, hoje posso expressar que amo a PUC-Campinas.
Amo-a como ela foi no passado, pode ser agora e será no
futuro, inclusive contendo os acertos e os erros desta
nossa gestão", declarou o reitor, ratificando o desejo de
trabalhar em equipe até 2010.
Quando o arcebispo metropolitano de Campinas e
grão-chanceler da Universidade, Dom Bruno
Gamberini, encerrou a solenidade, não terminavam ainda as homenagens ao padre David. Um vídeo produzido pelo Departamento de Comunicação (Dcom) contou um pouco da vida e da obra do ex-reitor, tendo como
pano de fundo seu filme predileto, Dersu Uzala.
Homenagem que provocou as lágrimas do padre David
e muitos aplausos. Começou assim um novo ciclo na
PUC-Campinas.
FÉ NA MISSÃO - Cerca de 800
pessoas participaram da missa na Catedral
Metropolitana de Campinas que celebrou a
posse do reitor da PUC-Campinas, padre
Wilson Denadai, no dia 1º de fevereiro de
2006. O arcebispo metropolitano da região
de Campinas e grão-chanceler da
PUC-Campinas, Dom Bruno Gamberini,
tomou a profissão de fé e o juramento de
fidelidade do padre Wilson Denadai à Igreja
como norteadores da sua função como
reitor. "É do coração da Igreja que nasce a
Universidade, a qual continua a oferecer aos
seus filhos e ao mundo a sabedoria",
ressaltou Dom Bruno.
06
6 a 19 de fevereiro /2006
Jornal da PUC-Campinas
Cidadania
O
Du Paulino
[email protected]
início das aulas na PUC-Campinas
é marcado pelo Trote Solidário, forma de recepção aos calouros organizada pelos veteranos com o apoio da
Universidade. A Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo (FAU) realiza, desde 1999, a
Atividade de Verão-2006, que envolve 12 alunos veteranos durante o mês de janeiro para
criar projetos que tragam melhoria de vida para
as comunidades carentes. Neste ano, a atividade culmina com a limpeza de uma área no
Jardim Nova Esperança, composta por cerca
de mil moradores na região do Campo Grande.
Calouros, veteranos e moradores do local darão
os primeiros passos para a construção de uma
praça. A ação deve acontecer
na primeira semana de aulas.
"O objetivo é trabalhar para as
pessoas com a participação
delas, despertando o sentido
de cidadania", destacou o coordenador da Atividade de Verão
2006 Maxim Bucaretti.
No Nova Esperança faltam
escolas, unidades de saúde e
opções de lazer. "As crianças
não podem brincar na rua porque uns irresponsáveis fazem
racha", desabafou a cozinheira
Márcia Guerassi de Oliveira.
Buscando soluções para esses
problemas, o presidente da
Associação dos Moradores do
Jardim Nova Esperança
(AMJANE), Vicente Paulo de
Oliveira, descobriu o Trote
Solidário da FAU. "O que a
gente quer é um espaço para as crianças brincarem com segurança. Essa praça também vai
fazer o pessoal do bairro ficar mais entrosado", enfatizou Oliveira.
O universitário Paolo Colosso participou
do trote em 2001 como calouro e disse que a
experiência serviu para que ele enxergasse que
o arquiteto não era apenas o profissional que
projetava casas para a população da classe média.
Agora, no último ano do curso, acredita que a
FAU deva ter projetos contínuos que visem a
melhoria dos espaços públicos nas periferias.
"O trote, ao mesmo tempo em que traz satisfação, cria expectativas ainda maiores em comunidades que precisam de muitas outras ações",
explicou.
Outros cursos da Universidade realizam
o Trote Solidário, a exemplo das Faculdades
de Medicina e Psicologia, que no ano passado visitaram instituições assistenciais,
levando donativos e calor humano. Essas
atividades são definidas nas primeiras semanas de aula. Procure o Diretório Acadêmico
de seu curso e participe dessas ações de cidadania.
Além dessas ações, a Coordenadoria de
Atenção à Comunidade Interna (Caci) promove no período de 13 a 23 de fevereiro, nos
auditórios dos campi I e II, atividades de recepção aos ingressantes com palestras e apresentações de cada um dos centros. Com o lema
FAU dá a largada
para o Trote Solidário
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
mobiliza veteranos, calouros e moradores
da periferia em Atividade de Verão;
Universidade proíbe ações violentas
Fotos: Fernando Petermann
Comunidade da PUC-Campinas
aproveita sucata para construir uma praça
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Diga não ao
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Paolo Colosso participou do projeto
em 2001, quando ingressou na Universidade
Faça Um ‘Bixo’ Virar Gente, cerca de 200 veteranos da Faculdade de Medicina pretendem
colocar os calouros para trabalharem. Nos dias
6 e 7 de fevereiro, às 10h, ‘bixos’, veteranos e
pais voluntários promovem uma verdadeira
faxina na Creche Tia Léa, no Jardim São Pedro,
e no Lar Pequeno Paraíso, no Jardim
Paranapanema, que atendem cerca de 100 crian-
ças carentes. Pintar paredes, preparar refeições
e lavar panelas integram a programação do trote da Medicina . A equipe também orientará os
pais das crianças sobre amamentação, segurança no lar e hipertensão.
A programação de cada centro será divulgada na primeira semana de aulas pelo Portal
PUC-Campinas (www.puc-campinas.edu.br).
FIQUE ESPERTA 'BIXARADA'
>>Transporte interno gratuito
A Universidade oferece no período noturno no Campus I o
transporte interno, por meio do qual uma van transporta os
estudantes do Bolsão de Estacionamento C até a rua da
cancela, localizada próxima a Praça de Alimentação. O serviço
funciona há três anos e realiza cerca de 15 viagens no horário
de chegada e 11 na saída dos estudantes. O transporte interno
opera das 18h30 às 23h10 e é gratuito.
>>Carterinha
Em março, todos os estudantes da PUC-Campinas serão convocados a confeccionar o Cartão de Identificação Estudantil, a
famosa 'carteirinha' da PUC-Campinas. De porte obrigatório, o
cartão permite acesso aos acervos das bibliotecas e aos terminais
de atendimento e é valido até o final do curso. A Pró-Reitoria de
Administração divulgará na segunda quinzena de fevereiro um
cronograma para a confecção dos cartões nos três campi, com
datas, locais e horários.
Informações: Portal PUC-Campinas (www.puc-campinas.edu.br).
>>Praça de Alimentação
A Praça de Alimentação e Serviços do Campus I oferece três
lanchonetes e dois restaurantes, cujos trabalhos e preparação dos
alimentos têm a supervisão de uma nutricionista. Uma copiadora
e uma livraria e papelaria ainda compõem os serviços, disponíveis
de segunda à sexta, das 8h às 22h30, e, aos sábados, das 8h às
17h. A praça também conta com ambulatório médico e
enfermeiro plantonista, de segunda a sexta, das 8h às 22h.
Informações: (19) 3756-7664 e
[email protected]
Rita Hennies
Fotos: Ricardo Lima
6 a 19 de fevereiro /2006
MURAL
Jornal da PUC-Campinas
André Prada
aponta o
prédio do
Jockey Clube
como a
"grandeza
impressionante
de Campinas
Caravela
da Lagoa
do Taquaral
resume
a cidade
segundo
Charles
dos Santos
Concurso escolhe melhor
retrato de Campinas
classificados
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As ofertas acima são de responsabilidade dos anunciantes
Professora
Karina
Solha no
Instituto
Agronômico:
o passado
eo
presente
janeiro, à abertura da exposição de um dos mais importantes artistas plásticos internacionais do momento: Souzousareta
Geijutsuka. A fera, vinda diretamente do Japão, foi apresentada pelos principais veículos de comunicação da cidade como
convidado especial da curadoria do Museu de Arte Contemporânea do Ceará. Extensas reportagens trouxeram depoimentos
de críticos e artistas locais, a maioria enaltecendo o trabalho de Geijutsuka. Um dos entrevistados chegou a destacar que a
obra do japonês é revolucionária, condizente com o momento político vivido por países latino-americanos. Final da história:
todos caíram do cavalo. Geijutsuka nunca existiu. Tratava-se de uma armação de jovens artistas cearenses que nunca tiveram
espaço na mídia local, para provar o quanto o métier das artes na capital é submisso aos modismos que vêm de fora.
Jornal da PUC-Campinas abre neste ano espaços periódicos para concursos de fotografias, minicontos, poemas e charges. Todos os leitores podem
participar. O primeiro concurso da série é de fotografias.
As inscrições estão abertas até 28 de março. A foto vencedora será publicada na primeira edição de abril . Para o
tema Retratos de Campinas, os participantes devem enviar
imagens que melhor caracterizem a cidade.
Além da publicação, o vencedor receberá
como prêmio o livro sobre fotografia O
Caminho do Ouro, de João Garcia, doado pela
livraria Livropel. O júri será composto por
integrantes do Departamento de
Comunicação (Dcom), Reitoria, professores, alunos e funcionários.
Entrevistamos nesta edição pessoas que
conhecem bem a cidade e curtem fotografia. O médico André Prada tem vários
ensaios fotográficos sobre as praças e prédios
da área central da cidade. Na sua opinião, a
imagem que melhor caracteriza Campinas
é a sede do Jockey Clube, na Praça Carlos Gomes. "Desde criança, quando vinha
de bonde com minha mãe para passear no Centro, já achava o prédio de uma grandeza impressionante", disse ele.
A professora da Faculdade de Turismo Karina de Toledo Solha é coordenadora
do curso de pós-graduação lato sensu Gestão Turística do Patrimônio Histórico
Cultural e diretora-adjunta do Centro de Linguagem de Comunicação (CLC). Para
ela, a sede do Instituto Agronômico (IAC), na Avenida Barão de Itapura, é um retrato vivo da evolução da cidade. "Ao mesmo tempo que é um prédio histórico, representa a Campinas atual, como centro de excelência e alta tecnologia".
A recém-formada em Arquitetura e Urbanismo Gabriela Martin fez parte do
grupo de alunos da PUC-Campinas cujo trabalho foi selecionado para a 6ª Bienal
de Internacional de Arquitetura, ocorrida no mês de novembro passado em São
Paulo. A imagem que, na sua opinião, melhor representa a cidade é o Viaduto São
Paulo, conhecido por 'Laurão'. "Pessoas de todas as classes sociais passam pelo local,
para os vários destinos da cidade", justificou.
"Já fotografei vários locais da cidade, mas gosto muito da vista da réplica da caravela do Parque do Taquaral", apontou o funcionário do Setor de Compras Charles
José dos Santos. Ele acredita que a caravela é uma imagem contrastante, sobretudo
para os que chegam em Campinas pela entrada norte, vindos da Rodovia MogiCampinas.
E para você, qual é o retrato que simboliza a cidade? Envie sua foto com alta definição para o jornal ([email protected]) ou entregue-a na redação no
tamanho padrão (10cmX15cm), situada no Prédio da Pastoral I, no Campus I.
Informações: (19) 3756-7248.
Cilada desmoraliza críticos em Fortaleza A grande imprensa de Fortaleza (CE) deu amplo espaço, em
Mais que moda O livro de memórias Quase Tudo, da Companhia das Letras, escrito pela ex-manequim Danuza Leão, hoje
colunista do jornal Folha de S.Paulo, revela fatos importantes sobre a vida cultural no período do Regime Militar (1964-1982). A casa do
pai de Danuza, no Rio de Janeiro, era ponto de encontro de artistas e intelectuais de esquerda. Compositores da Bossa Nova, como Tom
Jobim e Vinícius de Moraes, estavam sempre por lá e sua irmã Nara acabou se tornando uma das principais cantoras do movimento. O
principal cineasta do Cinema Novo, Glauber Rocha, era outro freqüentador assíduo - por sinal, Danuza foi uma das atrizes do filme Terra
em Transe, de 1967. Os capítulos mais extensos do livro são sobre o jornalismo da época. Ela escreve a respeito dos bastidores dos jornais
Última Hora, dirigido pelo seu marido Samuel Weiner, e O Pasquim, comandado por Tarso de Castro.
O
Aderval Borges
[email protected]
08
6 a 19 de fevereiro /2006
Jornal da PUC-Campinas
Fotos: Ricardo Lima
Solidariedade
Restaurante Prosa
Caipira, resultado de
um projeto de extensão
da PUC-Campinas
em parceria com a
comunidade do Bairro
Carlos Gomes, conquista
espaço no tão disputado
mercado culinário de
Campinas e região
U
Adriana Furtado
[email protected]
Uma receita de dedicação e solidariedade. Esses são
os principais ingredientes que têm feito do restaurante Prosa Caipira, localizado no Bairro Carlos Gomes,
um sucesso no roteiro gastronômico da região.
Inaugurado em dezembro de 2005 e aberto ao público em janeiro deste ano, o 'Prosa' - como é carinhosamente chamado pela comunidade local - é resultado de um projeto da Pró-Reitoria de Extensão e
Assuntos Comunitários da PUC-Campinas junto aos
moradores do bairro. "Esta é uma área rural com forte perfil histórico e um contraste social intenso entre
chácaras de veraneio e a população carente", explicou
uma das coordenadoras do Projeto Carlos Gomes
Lenita Buchala, sobre a motivação para desenvolver
o projeto. Em janeiro, a procura pelo restaurante provocou uma espera de até três horas, mas os clientes
não reclamaram, já que ficaram aguardando em
ambientes agradáveis e degustando porções e bebidas
especiais. O ‘Prosa’ atende cerca de 700 pessoas por
final de semana.
Com o envolvimento e a mão na massa de alunos
de dez faculdades da PUC-Campinas, de professores e de moradores do bairro associados ao projeto, o
que era um sonho virou realidade, ganhou o prêmio
do Programa Universidade Solidária (UniSol) e colhe
os primeiros frutos das sementes bem plantadas. "Foi
a melhor coisa para a comunidade. Estou na associação desde o início e ajudei na restauração dos móveis,
reparos no telhado e todo o tipo de acabamento do casarão", detalhou o artesão Otávio Vitório. "Vim para
Campinas há 33 anos, moro no bairro e não quero mais
saber da cidade", arrematou a cozinheira Maria Ananias
Ferreira de Souza, mais conhecida como Dona Nana.
Assim como ela, a também cozinheira Dalila Almeida
de Carlis está no projeto desde o início e deposita toda
a confiança no sucesso do restaurante. "Estamos com
grande expectativa e vamos batalhar muito para que
dê tudo certo", afirmou.
Cada detalhe do 'Prosa' tem uma história e um
toque pessoal dos envolvidos. "Fiz o cardápio e tive
ajuda de outros alunos que fizeram o logotipo e a parte gráfica", revelou orgulhosa a recém-formada em
Publicidade e Propaganda (PP) Augusta Rossini.
"Todos deram dicas para a composição do cardápio e
a comida fica com o toque especial de cada um", emendou o associado Wilson Roberto de Carlis sobre as
delícias do cardápio do ‘Prosa’. Galinhada, Frango
com quiabo, Vaca Atolada, Rabada, Feijão Tropeiro,
Feijoada, Leitoa Pururuca, Torresmo são alguns dos
pratos típicos da casa.
O projeto prevê outras etapas e novos laços solidários serão estabelecidos. "Outros projetos serão
incorporados para o desenvolvimento do potencial
turístico da região, além de atividades aliadas à riqueza natural da área", planejou o também coordenador
do projeto José Antonio Scaleante.
SERVIÇOS
>> Prosa Caipira - Funciona nos finais de semana
>>Localização - Rua Dois, n.º 76, Bairro Carlos Gomes. O acesso é
feito por Furnas e Solar das Andorinhas ou pela entrada para o Bairro
Carlos Gomes, próxima ao pedágio de Jaguariúna.
>>Valores - Média de preços dos pratos é de R$ 24,00 a R$ 28,00 e
servem duas pessoas. Já os pratos feitos sob encomenda variam de
R$ 30,00 a R$ 40,00.
>>Informações - (19) 3257-0662.
Dona Dalila (à dir.) e dona Nana (à esq.) garantem o sabor dos pratos servidos para cerca de 700 pessoas por final de semana
'Prosa' integra roteiro
gastronômico
Alunos
de dez
faculdades
participam
da ação
solidária
e atestam
o sucesso
Augusta Rossini, recém-formada em PP,
produziu o cardápio
Otávio Vitório trabalhou na restauração do
casarão e expõe peças artesanais
DIFERENCIAL - O engenheiro
elétrico Eduardo Fernandes Nunes na janela
do restaurante com a professora Lenita
Buchala, formado em 2004 pela
PUC-Campinas, continua participando do
Projeto Carlos Gomes. "Sou voluntário
desde o início, em 2002, quando era aluno
da Universidade. Atualmente acompanho o
trabalho no meu horário de almoço e nos
finais de semana. Posso afirmar que sou um
profissional com diferencial no mercado de
trabalho por ter participado de um projeto
de extensão como este".
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Cerca de 700 pessoas lotaram o Auditório Dom - PUC