Estudos transversais [email protected] [email protected] 2009 FJPMar Estudos transversais[1] • Os estudos transversais são realizados em um momento concreto do tempo, e são portanto pontuais. • Nesse momento do tempo recolhe-se informação sobre os indivíduos doentes e sadios[ ou animais] do s indivíduos expostos e não expostos a um fator associado a doença. • • Deste modo o conjunto total de indivíduos fica dividido em 4 grupos estando representado o número de indivíduos [ ou animais] de cada grupo por letras A,B,C,D ,assim como está na ttabela de contingência 2 X 2. • ESPM Estudos transversais[2] ESPM Observados Ex postos Total SIM NÃO Doentes A B M1 = A + B Sadios C D M0 = C + D Total N1 = A + C N0=B+D T Estudos transversais[3] ESPM • Sendo : • A,B,C,D = n* de indivíduos em cada grupo • N1,N0 = n* total de indivíduos expostos / não expostos • M1,M0 = n* total de indivíduos doentes • T = n* total de indivíduos Estudos transversais[4] ESPM • A associação entre a doença e exposição pode ser expressada por meio de 2 parâmetros : • • A Razão de Prevalências e a Razão de chance ( Odds Ratio (OR) Que se calculam a partir da tabela de contingência 2X2 como : • • • • • • • • A ---N1 A .N0 A . ( B+ D ) RP = ---------- = --------------- = ----------------B B . N1 B.(A+C) ----N0 • Obs : Apesar de que a Razão de chance ( Odds Ratio ) ser citado em estudos transversais proporciona um valor sobreestimado da associação entre o fator e a doença ( especialmente em doenças não esporádicas ). Portanto a Razão de Prevalências é o parâmetro preferido nos estudos transversais. A/C A.D OR = --------- = --------B /D B.C Interpretação da Razão de Prevalências • RP = 1 : não existe associação entre o aparecimento da doença e a exposição ao fator • RP > 1 : o fator a que o individuo está exposto é um fator de risco • RP < 1 : o fator a que o individuo está exposto é um fator protetor • ESPM Importância da Razão de Prevalências • A importância da RP na população se expressa por : • 1Fração Etiológica ou fração Atribuível p/ a população exposta ( FE ) que se define como : • • • RP - 1 FE = ----------RP • A FE expressa a proporção de doentes expostos no qual a doença pode ser atribuída a exposição ao fator. • 2 a Fração Atribuível ( FA ) é a proporção de todos os casos ocorridos numa população ( expostos ) e não expostos ) que é devida a exposição ao fator e se determina como : • • • A FA = FE .p1 = FE . ------M1 sendo p1 a proporção de doentes expostos. ESPM Importância da Razão de Prevalências[2] • A Fração Atribuível não está definida p/ fatores protetores ( RP < 1 ), podendo definir-se nesse caso a Fração Protegida que deverá calcular-se como 1 – RP e pode ser interpretada como a proporção de casos potenciais que são prevenidos pela exposição • ESPM Avaliação estatística da Razão de Prevalências • Normalmente se usam 2 métodos p/ a avaliação estatística de uma tabela de contingência 2X2 • • 1 A comprovação da hipótese ( por ex: calculo da probabilidade de ter A doentes expostos ) Pode ser exata ou aproximada. A última só é válida quando as freqüências esperadas dos grupos são maiores que 4 . • ESPM 1 A comprovação da hipótese ESPM Expostos SIM NÃO Doentes SIM E (A) E (B) M1 NÃO E (C) E (D) M0 N1 N0 T 1 A comprovação da hipótese[cont.] • Sendo : • E (A) = N* esperado de doentes expostos • E (B) = N* esperado de doentes não expostos = M1. N0 / T • E (C) = N* esperado de sadios expostos • E (D) = N* esperado de sadios não expostos = M0 . N0 / T • T = N* total de indivíduos • Obs: O calculo exato é muito trabalhoso quando as freqüências são altas. • ESPM = M1 . N1 / T = M0 . N1 / T = N1 + N0 = M1 + M0 2Estimativa do intervalo de confiança de Razão de Prevalências(RP) • • • • • • • • • • • • O objetivo consiste em averiguar se a RP difere significativamente de 1 ou não. Se 1 não está incluído no intervalo de confiança, a exposição ao fator está associada a doença com a probabilidade de 95 % ( por exemplo). Os limites de confiança podem ser calculados de várias maneiras, 2 das quais se apresentam a seguir. A estimativa do Intervalo de Confiança pode ser exata ou aproximada,. Mas apresentamos somente a estimativa aproximada do Intervalo de Confiança .E para isto pode -se usar 2 métodos : Aproximação logarítmica : A Variância do Intervalo de Confiança In(RP) é aproximadamente : C D Var(In(RP) = ---------------- + ---------------A . N1 B . N0 O desvio padrão ( SD ) é igual a raiz quadrada da variância, de forma que o Intervalo de Confiança de In( RP) é igual a In(RP) +_ Z . SD e o intervalo de Confiança de RP será : InRP +_ Z . SD e onde Z corresponde ao valor do t de Student p/ um nível de confiança desejado. Este método não é seguro quando as freqüências dos grupos são pequenas (menores que 5) ESPM Aproximação baseada nas provas ( X² ) • Esta aproximação usa o valor estatístico X² [Qui-quadrado] • A formula aplicada a tabela de contingência 2X2 é : • • • • • • • • M1 . N1 A - ----------------T X = ----------------------------------I --------------------------------I M1 .M0 .N1 .N0 \ I ---------------------------\| (T – 1) . T² • • • Então o intervalo de Confiança de RP se calcula como : Z 1+_ ---Este método também é pouco seguro quando as freqüências são baixas ( menores que 5 ) • • RP X ESPM