COLÉGIO CEC – CENTRO EDUCACIONAL CIANORTE – ED. INFANTIL, ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO
SISTEMA ANGLO DE ENSINO
Turma: 3º CHICO MENDES
Professor: Felippe Estevam Jaques
Texto complementar de Sociologia sobre Instituições Sociais
Padrões de Controle:
A coerção social é uma característica fundamental da vida em sociedade. Isso
porque os comportamentos humanos têm uma tendência contínua à padronização, à
uniformização. Dependendo da situação, lidar com essas coerções pode ser mais ou
menos difícil, mas é inegável que elas sempre influenciam as condutas individuais.
Muitas vezes, o responsável por essa padronização, por essa uniformização são as
instituições sociais.
Em sentido lato, uma instituição corresponde a qualquer forma de organização
que reúna pessoas com objetivos comuns, como uma escola, um hospital ou uma
empresa. Também se emprega o termo “instituição” para designar entidades mais
amplas, como o governo, o sistema educacional ou a Igreja.
As instituições possuem uma realidade exterior aos indivíduos, na medida em
que elas existem independentemente de nossas vontades, até porque têm história
própria: normalmente as instituições já existiam antes de os indivíduos nascerem e,
frequentemente, permanecem existindo após sua morte. Desse modo, acumulam
contribuições e características de várias gerações e vão tornando-se forças cada vez
mais poderosas, que moldam o jeito de ser das pessoas.
Autoridade, legitimidade e sanção
A exterioridade e a coercitividade das instituições sociais mostram, de um
lado, que elas existem ainda que à revelia das crenças e dos desejos das pessoas e, de
outro, que elas inevitavelmente influem nos comportamentos individuais. Isso ocorre
porque as instituições, com o passar do tempo, adquirem uma espécie de “autoridade”.
O reconhecimento de sua existência e, posteriormente, de sua força lhes confere
legitimidade, a ponto de o sujeito que desrespeita as regras estabelecidas por elas poder
ser punido. Assim, o Estado manda para a cadeia o homicida, a Igreja Católica
excomunga o infiel, a escola suspende o aluno malcomportado, a loja de roupas de grife
trata com desdém o cliente vestido de modo despojado.
As punições podem variar do simples olhar de reprovação até a prisão, passando
ainda pela ridicularização pública e pela segregação social. Em casos de comunidades
mais intolerantes, as sanções podem chegar a espancamentos e até mesmo a mortes. Em
todas essas situações, só pode haver sanções, só pode haver punições, ou melhor, elas só
podem ser aceitas pela coletividade, se se reconhece a autoridade da instituição que as
aplica.
Assim, além da família, que garante a proteção das crianças, incapazes de
sobreviver sozinhas, há inúmeras outras instituições, que – com sua autoridade – são
fundamentais para a manutenção e estabilização das relações sociais.
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