A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ANÁLISE DA DIMENSÃO VISÍVEL E
INVISÍVEL DO ENSINO EM FUNÇÃO DE
MODELOS DISTINTOS DE PREPARAÇÃO
PARA A PRÁTICA
A procura do sucesso pedagógico tem
levado ao desenvolvimento e à adopção
de metodologias, estratégias, modelos,
experiências ou programas de formação
de professores que possam contribuir
para melhorar as habilidades de ensino e
a competência para ensinar
Em Educação Física tem-se apostado em
modelos de formação de professores
diferentes, mais ou menos de acordo:
Com filosofias de formação distintas;
Com as condições de formação disponíveis;
Com realidades distintas;
Com o nível de ensino onde os futuros docentes
irão leccionar;
Com o perfil de formação que se defende;
Com o perfil de professor que se pretende;
Etc.
Sem conhecer bem o resultado da aplicação
destas formas de preparação, através da
sua aplicação acredita-se poder melhorar a
formação dos professores, particularmente,
ao nível do comportamento e da atitude que
se consideram ser aspectos que o futuro
docente irá demonstrar na condução do
processo de ensino-aprendizagem.
Na realidade, continuamos a desconhecer os efeitos
desse treino, quer em termos de prática pedagógica
conducente à profissionalização, quer em termos de
docência futura, nem qual é o melhor modelo, o
modelo mais eficaz, aquele que aporta mais
vantagens á nossa função como formadores.
A grande ocasião que os candidatos ao
ensino têm para por em prática o que
aprenderam durante a sua formação inicial é
a prática pedagógica.
É aí que têm condições para:
Aplicar o que aprenderam;
Experimentar procedimentos;
Modificar esquemas de acção aprendidos;
Conceber novas condutas de intervenção.
Uma vez que estávamos interessados em:

Saber se a aplicação de modelos distintos
de preparação de professores tem
tradução, mais tarde, durante a prática
pedagógica ou estágio, em diferenças
significativas na actividade de ensino e de
aprendizagem?
 Conhecer o resultado do nosso trabalho,
como formadores.
Esse momento, pareceu-nos o mais adequado para ser
efectuado o estudo que permita a avaliação que possa
produzir o feedback pretendido
Para efectuar esse estudo com algum poder de
discriminação, tornava-se necessário procurar
conhecer,
de
uma
forma
descritiva
e
suficientemente exaustiva, o processo de ensino
em que estavam envolvidos:

Quais são os comportamentos de ensino?
Como gerem o tempo de aula?
Como se comportam na sua função de ensino?



Como processam a instrução?
Como reagem à prestação motora dos alunos?
Que relação afectiva têm com os seus alunos?
Que situações de ensino criam?

Que representações têm os professores?
 Quais são os comportamentos dos alunos?
Como é o seu empenhamento motor?

Em que pensam os alunos?
Trata-se de um estudo de caso, uma análise
qualitativa que, com a inclusão de um grande
leque de variáveis, ao nível da acção e do
pensamento dos intervenientes, pretende:
 Ser suficientemente aprofundada, do
ponto de vista descritivo, de forma a permitirnos, desde logo, ficar com uma imagem
multifacetada do processo de ensino;
 Conhecer o resultado da aplicação de
diferentes
métodos
de
treino
de
competências, destrezas, ou habilidades de
ensino.
Hipóteses
Hipóteses gerais:
 Formulámos
4 hipóteses gerais relacionadas com os
comportamentos de ensino, o pensamento do professor, o
comportamento dos alunos e aquilo em que estavam a
pensar, sob a forma de hipóteses estatisticamente
alternativas.
Hipóteses específicas:
 Cada
uma das hipóteses gerais foi alvo de um processo de
especificação e operacionalização, com base nas principais
variáveis adoptadas, surgindo um conjunto de 18 subhipóteses, mais pequenas e, consequentemente, mais
testáveis
Metodologia
População e amostra

Foram envolvidos todos os alunos dos últimos anos da
Licenciatura em Ensino da Educação Física da ESECB ;
 Amostra Modelo
A
Profs
12
Aulas
36
Alunos
293
B
C
12
12
36
36
261
272
D
Total
12
48
36
144
291
1117
Metodologia
Modelo de formação
Modelo A – Preparação clássica, sem acesso a qualquer
forma prática de microensino ou de ensino simulado;
Modelo B – Preparação com base no ensino e auto-análise de
uma aula completa aos seus pares;
Modelo C – Preparação com base no ensino, auto-análise,
reensino de aulas de microensino com pares;
Modelo D – Preparação com base no ensino, auto-análise,
reensino, de aulas de microensino com alunos reais.
Metodologia
Métodos e técnicas de recolha de dados


Dimensão visível - As aulas foram registadas em vídeo
para posterior observação, desde o toque de entrada até
ao de saída, com gravação de som e imagem que,
posteriormente, foi tratada com introdução de registo
temporal.
Dimensão invisível - As representações dos
professores foram recolhidas por questionário aplicado
a todos os sujeitos;
- O pensamento dos alunos foi
recolhido através de questionário de resposta fechda a
uma única questão, aplicado em quatro períodos,
perfeitamente definidos, respeitando as diferentes
partes da aula.

•
•
•
•
Metodologia
Instrumento de observação

Gestão do tempo de aula:
 Comportamentos de ensino:
Situações de Ensino

Des. Cond. Física;
Des. Cond. Técnica;
Des. Cond. Táctica;
Competição;
Comportamento dos alunos:
• Empenhamento motor.
• Instrução;
• Feedback;
• Afectividade;
Instrumentos de interrogação
Do
professor:
•Concepções;
•Motivação;
•Auto-Conceito;
•Percepção;
•Sentimento;
•Crenças
Dos
alunos:
•Comportamento;
•Informação;
•Tarefa;
•Afectivo;
•Fora da tarefa;
•Outro
Metodologia
Métodos e técnicas de tratamento dos dados

Redução dos dados:




Tratamento estatístico:





Percentagem %;
Taxa de intervenção ;
Média;
Estatística descritiva;
Normalidade –Kolmogorov-Smirnov – Shapiro Wilks;
Estatística Paramétrica - ANOVA - HSD de Tukey;
Estatística não-Paramétrica - H Kruskal-Wallis - U Mann-Whitney
- r de Friedman - T de Wilcoxon
- r Qui-Quadrado
Nível de significância:

.05
Resultados
Comportamentos do professor
As representações dos docentes
Os comportamentos dos alunos
O pensamento dos educandos
Comportamentos do professor
 Gestão do tempo de aula
 Comportamentos de ensino
 Situações de ensino
Gestão do
Tempo
Comportam
entos
Situaçõe
s
Instrução
Feedback
C.Físic
a
Afectivida
de
C.
Técnica
Competição
Gestão do tempo de aula
Os professores estagiários do 2º
ciclo do ensino Básico, em média,
caracterizavam-se por:
Não perder muito tempo com as
actividades relativas ao equipar e
desequipar dos alunos;
Ser comedidos no tempo a
despender para informar os seus
alunos sobre as actividades a
realizar;
Consagrar valores razoáveis de
tempo para os alunos praticarem as
actividades físicas.
T. Útil
83,0%
T. Equipar
8,5%
T.
Desequip
8,5%
T.Dis.Prát.
55,7%
T.inform.
18,0%
T.Trans.
26,3%
Gestão do tempo de aula
Normalidade
T.
T.
T.
T.
T.
T.
Equipar
Útil
Informação
Transição
Disp. Prática
Desequipar
sim
não
sim
sim
sim
sim
Prova
Valor
p.
s.
F
H
F
F
F
F
2,053
2,175
1,697
0,409
1,495
0,517
0,120
0,537
0,181
0,747
0,229
0,673
n.s.
n.s.
n.s.
n.s.
n.s.
n.s.
Não eram significativas as diferenças observadas
em nenhuma das categorias comportamentais
utilizadas para a análise da gestão do tempo de aula
leccionada pelos professores dos diferentes grupos
de preparação prévia para a prática pedagógica.
Comportamentos de ensino
Perfil Médio de Intervenção Comportamental
Os professores, em média,
dedicavam 29,8% dos seus
comportamentos a instruir,
quer seja sob a forma de
transmissão de conteúdos ou
de feedback aos alunos; 54,9%
dos mesmos a organizar a aula
ou a observar silenciosamente
os seus alunos; e 9,9% em
interacção afectiva ou verbal
com eles.
19,2
Instrução
Feedback
10,6
Organização
24,9
Afectividade
3,1
Observação
30,0
Int. Verbais
6,8
Outras
5,5
0
10
20
percentagem %
30
40
Comportamentos de ensino
Instrução
Feedback
Organização
Afectividade
Observação
Int. Verbais
Outros
Normalidade
Prova
sim
não
sim
não
sim
não
não
F
H
F
H
F
H
H
Valor
1,855
0,411
1,047
1,537
0,384
4,280
10,288
p.
s.
0,151
0,938
0,381
0,674
0,765
0,233
0,016
n.s.
n.s.
n.s.
n.s.
n.s.
n.s.
s.
Não eram significativas as diferenças observadas nas
principais categorias comportamentais utilizadas para a
análise sequêncial dos comportamentos de ensino
manifestados pelos professores dos diferentes grupos de
preparação prévia para a prática pedagógica.
Comportamentos de ensino
Instrução
Distribuição da Instrução
Inst. Simples
Simulação
Categorias
Os
professores,
utilizaram
preferêncialmente a instrução
simples, recorreram com alguma
frequência à demonstração, para
ilustrar a transmissão de
conteúdos, poucas vezes usaram
os alunos como modelos,
raramente utilizaram a simulação
e nunca se serviram de suportes
visuais para ilustrar a sua
instrução
67,9
1,8
Demonstração
Dem. Aluno
S.Visual
23,1
7,2
0,0
Percentagem
Comportamentos de ensino
Instrução
Normalidade Prova
Inst. Simples
Simulação
Demonstração
Dem. Aluno
sim
não
sim
não
F
H
F
H
Valor
p.
s.
8,366
0,888
8,536
2,272
0,000
0,828
0,000
0,518
s.
n.s.
s.
n.s.
São significativas as diferenças verificadas entre os os
quatro grupos de professores no que se refere à instrução
simples e à demonstração, com vantagem para os professores
preparados através do microensino com alunos reais, no
primeiro caso, e para os preparados pelo microensino com
pares, no segundo.
Comportamentos de ensino
Feedback
Objectivo do Feedback
Total
Frequência
Taxa
Avaliativo
Total
82,3
16,9
25,5
3,6
Descritivo
5,6
64,3
Forma do Feedback
Prescritivo
93,2%
Auditivo
4,6
Interrogativo
Misto
Visual
Auditivo
0,6%
0
10
20
30
40
50
60
percentagem
6,2%
Contexto do Feedback
Múltiplo
31,1%
Direcção do Feedback
Individual
70,3%
Momento do Feedback
Após
28,6%
Classe
13,4%
Grupo
16,3%
Durante
70,1%
Simples
68,9%
Retardado
1,3%
Comportamentos de ensino
Feedback
Normalidade
Prova
Valor
p.
s.
Número
Frequência
Taxa
não
não
sim
H
H
F
3,204
1,661
0,657
0,361
0,646
0,583
n.s.
n.s.
n.s.
Avaliativo
Descritivo
Prescritivo
Interrogativo
não
sim
não
não
H
F
H
H
8,446
3,038
2,848
24,957
0,038
0,039
0,416
0,000
s.
s.
n.s.
s.
Auditivo
Visual
Misto
não
não
não
H
H
H
12,380
3,758
11,420
0,006
0,289
0,010
s.
n.s.
s.
Classe
Grupo
Aluno
não
não
não
H
H
H
14,886
4,042
3,961
0,002
0,257
0,266
s.
n.s.
n.s.
Simples
Múltiplo
não
não
H
H
8,863
8,863
0,031
0,031
s.
s.
Durante
Após
Retardado
não
não
não
H
H
H
4,092
2,880
8,214
0,252
0,410
0,042
n.s.
n.s.
s.
Comportamentos de ensino
Afectividade
Os
comportamentos
de
afectividade
representaram
3,1% do total, mais de metade
deles eram de orientação
positiva e o seu principal
objectivo era de encorajamento
para
a
realização
das
actividades físicas, algumas
vezes para elogiar os alunos e
ainda menos intervenções de
humor.
Orientação da Afetividade
42,3%
Positiva
Negativa
57,7%
Objectivo da Afectividade
Humor
17,1%
Elogio
22,5%
Encoraj.
60,4%
Comportamentos de ensino
Afectividade
•Os
professores preparados pelo
microensino com alunos reais
evidênciaram significativamente mais
comportamentos positivos que os que
não foram alvo de qualquer
preparação especial.
Apesar dos professores preparados
pelo microensino com alunos reais
terem encorajado mais os alunos, os
professores preparados pelo ensino de
aulas completas aos seus pares terem
elogiado mais e dos que não foram
alvo de qualquer preparação especial
terem recorrido mais ao humor, as
diferenças não eram significativas
Normalidade Prova
Positiva
Negativa
sim
sim
F
F
Valor
p.
s.
2,966
2,966
0,042
0,042
s.
s.
Valor
p.
s.
2,485
1,276
4,037
0,478
0,294
0,258
n.s.
n.s.
n.s.
•
Normalidade Prova
Elogio
Encorajamento
Humor
não
sim
não
H
F
H
Situações de ensino
Os professores estagiários do
2º ciclo do ensino Básico, em
média, caracterizavam-se por
criar
preferencialmente
situações
para
prestar
informação aos seus alunos, ou
para lhes desenvolver a
condição técnica, muito menos
situações para desenvolver a
condição física ou para
promover a competição e
muito poucas situações para
desenvolver a condição táctica.
Situações de Ensino
Inform ação
37,0
D.C Física
13,2
D.C.Técnica
28,0
D.C.Táctica
4,4
Com petição
10,2
Outras
7,2
0
10
20
30
40
Percentagem
50
60
Situações de ensino
Tipo
Condição Física
76,4%
Condição Técnica
Exercícios
23,6%
Jogos
79,5%
Desenvolvim ento
Finalização
20,5%
Meios
s/ Bola
76,2%
c/ Bola
23,8%
Competição
68,8%
Objectivo
Outras
15,3%
Coordeação
23,3%
Flexibilidade
17,2%
Com pleta
Sim plificada
Resistência
31,6%
Força
4,6%
Velocidade
8,1%
31,2%
Situações de ensino
Normalidade Prova
Informação
D.C. Física
D.C. Técnica
D.C. Táctica
Competição
Outras
sim
não
sim
não
não
não
F
H
F
H
H
H
Valor
p.
s.
2,249
4,273
0,646
2,507
2,554
8,068
0,096
0,233
0,590
0,474
0,466
0,045
n.s.
n.s.
n.s.
n.s.
n.s.
s.
Normalidade Prova
Desenvolvimento
Finalização
não
não
H
H
Normalidade Prova
Exercícios
Jogos
não
não
H
H
6,045
6,045
0,109
0,109
n.s.
n.s.
c/ Bola
s/ Bola
não
não
H
H
3,208
3,208
0,361
0,361
n.s.
n.s.
Resistência
Velocidade
Força
Flexibilidade
Coordenação
Outra
não
não
não
não
não
não
H
H
H
H
H
H
2,366
2,978
6,953
2,796
3,171
13,584
0,500
0,395
0,073
0,424
0,366
0,004
n.s.
n.s.
n.s.
n.s.
n.s.
s.
Completa
Simplificada
não
não
H
H
Valor
p.
s.
4,558
4,558
0,207
0,207
n.s.
n.s.
Valor
p.
s.
2,231
2,231
0,526
0,526
n.s.
n.s.
As diferenças observadas quer para o
conjunto das situações de ensino
criadas, quer para cada uma delas em
particular,
não
se
revelaram
estatísticamente significativas
Pensamento do professor
 Concepções
 Motivação
 Auto-conceito
 Percepções
Sentimentos
Crenças
Concepções
Motivaçã
o
AutoConceito
percepções
Sentimentos
Crenças
Pensamento do professor
Os professores sentem-se muito bem
quando
ensinam,
consideram
importantes os factores externos à
actividade de docência e preocupam-se
com eles, encontram-se relativamente
motivados para o exercício da
actividade docente em que estão
empenhados e no que se refere às
concepções, ao auto-conceito e às
percepções que têm do ensino da
disciplina, com alguma moderação, têm
uma opinião positiva.
O perfil do pensamento do professor
permite-nos constatar que a sua opinião
constitui uma representação favorável
da actividade docente.
Perfil das Representações dos
Professores
Concepções
3,6
Motivação
3,7
Autoconceito
3,6
Percepções
3,6
Sentimentos
4,1
Crenças
4,0
3
3,5
4
4,5
5
Pensamento do professor
Variável
Concepções
Auto-conceito
Percepção
Sentimento
sub-variável
Iten
Normalidade
Prova
Valor
p.
s.
disciplina
11
não
H
18,212
0,000
s.
Conhecimentos,
1
não
H
13,189
0,004
s.
ensino
10
não
H
9,671
0,022
s.
Planeamento
8
não
H
8,940
0,030
s.
Profissão
26
não
H
15,496
0,001
s.
controlo,
29a
não
H
13,066
0,004
s.
Demonstração
29d
não
H
10,487
0,015
s.
aceitação
29h
não
H
8,782
0,032
s.
Capacidade dos alunos
37c
não
H
10,373
0,016
s.
Comportamento alunos
36
não
H
9,498
0,023
s.
Nervosismo
41c
não
H
8,632
0,035
s.
Satisfação
41f
não
H
8,682
0,034
s.
Realização
41h
não
H
11,148
0,011
s.
Comportamento dos alunos
O Empenhamento Motor
Comportamento dos alunos
Os alunos passam a maior
parte
do
tempo
em
empenhamento, cognitivo ou
motor, sendo este último o que
representa a maior porção dos
seus comportamentos, estão
algum tempo à espera que
chegue a sua vez para praticar,
passam pouco tempo a
deslocar-se ou a conversar com
os seus colegas, e envolvem-se
mais do que seria desejavel em
alguns comportamentos fora da
tarefa proposta.
Perfil Médio de Intervenção
Comportamental
Act. Motora
35,8
At. Informação
22,6
Espera
19,2
Deslocamento
8,0
C. Fora Tarefa
2,6
Int.Verbais
5,0
Outros
6,8
0
20
40
60
percentagem
80
100
Comportamento dos alunos
Actividade Motora
Forma
Tipo
s/ Bola
33%
Directa
75%
c/ Bola
67%
Indirecta
25%
Conduta
Dinâmica
Adequada
98%
Média
61%
Rápida
11%
Im óvel
11%
Lenta
17%
Inadequada
2%
Comportamento dos alunos
Dimensão Categoria
Geral
C. F. Tarefa
Normalidade Prova
Valor
p.
s.
não
H
9,792
0,020
s.
Lenta
Dinâmica Média
Rápida
não
não
não
H
H
H
9,993
21,715
28,661
0,019
0,000
0,000
s.
s.
s.
Conduta
não
não
H
H
13,647
13,647
0,003
0,003
s.
s.
Adequada
Inadequada
A dinâmica da actividade motora dos alunos nas aulas dadas pelos
professores dos diferentes grupos de formação foi significativamente
diferente.
A conduta dos alunos é significativamente diferente nas aulas
leccionadas pelos diferentes grupos de professores.
Os comportamentos fora da tarefa nanifestados pelos alunos nas aulas
leccionadas
pelos
professores
dos
diferentes
grupos
eram
significativamente diferentes.
Pensamento dos alunos
Comportamento
20,7
Informação
Atenção
Os alunos estão fundamentalmente
preocupados com o que estão a
fazer, com o que vão fazer, ou com
o que fizeram, e embora menos,
estão também com atenção à
informação
prestada
pelo
professor, ou pelos seus colegas, e
estão, por vezes, a pensar no que o
seu professor e os colegas estão a
fazer, representando o pensamento
afectivo e o pensamento fora da
tarefa, uma porção muito menor da
sua atenção.
22,7
Tarefa
40,6
Afectiva
6,9
Fora da tarefa
5,9
Noutras
3,3
0
10
20
30
40
Percentagem
50
60
Pensamento dos alunos
χ²
% cel. fe<5
fe mínima
df
p.
s.
197,175
6,3
4,14
45
0,000
s.
Há relação entre o grupo de preparação a que pertencia o professor
e a atenção dos seus alunos.
Verificou-se uma grande proximidade dos valores da atenção dos
alunos dos grupos de professores preparados pelo ensino de aulas
completas aos seus pares e pelo microensino com alunos reais, e grandes
afastamentos na atenção dos alunos dos grupos de professores
preparados pelo microensino com pares e os que não foram alvo de
qualquer processo.
Conclusão
Em relação aos professores


Os professores de Educação Física em situação de prática
pedagógica do estágio para professor do 2º ciclo do Ensino
Básico, mostraram gerir bem o tempo de que dispõem para dar as
suas aulas, evidenciaram um perfil de comportamentos de ensino
adequado à função, e criaram situações de ensino diversificadas,
que permitem o desenvolvimento motor global dos seus alunos,
conseguindo que estes passem a maior parte da aula em
empenhamento, seja motor ou cognitivo, o que poderá constituir
um bom motivo de aprendizagem.
A formação de professores de Educação Física através de
modelos distintos de preparação para a prática docente, em
termos globais e no seu conjunto, não se traduz numa conduta
comportamental e de representação cognitiva diferente
Conclusão
Em relação aos alunos

O modelo de formação com que foram preparados os professores,
em termos globais, não mostrou exercer uma acção traduzida por
diferenças no conjunto dos comportamentos demonstrados pelos
seus alunos nas aulas que leccionaram, mas inversamente ao nível
da sua atenção durante essas aulas, tal veio a acontecer.
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Resumo Doutoramento