TUBERCULOSE
Apresentação: Bárbara N. Linhares
Internato em Pediatria
Coordenação: Dra Carmen Lívia Martins
www.paulomargoto.com.br
Brasília, 24 de março de 2015
INTRODUÇÃO
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É uma doença infecto-contagiosa causada pelo Bacilo
de Koch (BK), que afeta principalmente os pulmões
Tberculose (TB): refere-se a doença que ocorre quando
os sinais e sintomas ou alterações radiográficas são
aparentes
Lactentes com infecção latente pela tuberculose
(ILTB) que não são tratados, tem probabilidade de
40% de desenvolver tuberculose, sendo que o risco
diminui gradualmente durante a infância
O maior risco de infecção ocorre nos primeiros dois
anos após infecção
5-14 anos: “faixa etária favorecida” – menor
incidência de TB
ETIOLOGIA

Há cinco bacilos estritamente relacionados no
complexo M.tuberculosis





M. tuberculosis (Mtb): causa mais importante em
humanos
M. bovis
M. africanum
M. microti
M.canetti
FATORES DE RISCO
HIV
 Migração populacional
 Pobreza
 Caos social
 Condições de vida em aglomerações

PATOGENIA
FORMAS DE TB
Pulmonar: grande maioria dos casos
 TB extrapulmonar



20% dos casos
TB extrapulmonar mais frequente na criança
Ganglionar periférica
 Pleural
 Óssea
 Meningoencefálica

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Febre ≥ 15 dias (moderada e vespertina) e/ou
irritabilidade
 Tosse
 Perda de peso
 Sudorese noturna
 PNM de evolução lenta (≥ 2 semanas), sem
resposta a antimicrobianos

DIAGNÓSTICO

O fundamentado em base:
DIAGNÓSTICO

Todo caso suspeito solicitar
PPD**
 Radiografia de Tórax

DIAGNÓSTICO

Radiografia de tórax
Aspecto mais comum: TB primária
 Opacidades persistentes ou atelectasias que não
melhoram após o uso de ATB
 Adolescentes: o padrão radiológico é semelhante ao do
em adultos (com infiltrados apicais com ou sem
cavitação ou derrames pleurais), embora às vezes
possa ser igual ao do padrão em crianças.

DIAGNÓSTICO





Opacidades
parenquimatosas:
frequentemente
unifocais e no pulmão direito, acometendo os lobos
superiores na infância
Linfonodomegalia: observada na maioria das crianças.
Habitualmente é unilateral, principalmente região hilar
e a paratraqueal direita.
Atelectasia: é a principal manifestação em crianças
abaixo de 2 anos
Padrão miliar: Pode haver associação com opacidades
parenquimatosas em 40% dos casos em criança
Derrame pleural: considerado uma manifestação
tardia
DIAGNÓSTICO

Na prática diária feito através do sistema de
pontuação,

Sensibilidade e Especificidade elevadas tanto em
crianças HIV negativas, quanto em HIV positivas
QUADRO CLÍNICO-RADIOLÓGICO
Acrescentar 15 pontos
0 pontos
Subtrair 10 pontos
Febre ou sintoma como tosse,
adinamia,
expectoração,
emagrecimento, sudorese > 2
semanas
Assintomático
ou
sintomas < 2 semanas
com
Infecção respiratória com
melhora após uso de ATB
para germes comuns ou sem
ATB
QUADRO CLÍNICO-RADIOLÓGICO
Acrescentar 15 pontos
Acrescentar 5 pontos
Subtrair 5 pontos
• Adenomegalia
hilar
ou
padrão miliar
• Condensação ou infiltrado
(com ou sem escavação)
inalterado > 2 semanas
evoluindo com piora ou sem
melhora com ATB para
germes comuns
Condensação ou infiltrado de
qualquer tipo < 2 semanas
Radiografia normal
CONTATO COM ADULTO COM TB
Acrescentar 10 pontos
0 pontos
Próximo, nos últimos 2 anos
Ocasional ou negativo
ESTADO NUTRICIONAL
Acrescentar 5 pontos
Desnutrido grave
0 pontos
Eutrófico ou desnutrido não
grave
TESTE TUBERCULÍNICO**
Acrescentar 15 pontos
0 pontos
• ≥ 10mm em vacinados com BCG
há < de 2 anos
• ≥ 5 mm em vacinados há mais de 2
anos ou não vacinados
< 5mm
INTEPRETAÇÃO
40 pontos
30 – 35 pontos
≤ 15 pontos
• Diagnóstico muito provável
• Diagnóstico possível
• Pouco provável
O lavado gástrico (LG) não deve ser realizado de rotina e somente
está indicado se a pontuação do sistema de escore for negativa para
TB e houver possibilidade de realizar cultura para Mtb
A broncoscopia pode ser útil, embora seu rendimento não seja
superior ao LG
A indução do escarro é um procedimento pouco invasivo, e
rendimento superior ao LG


Teste de Detecção de Gama-Interferon (IGRANs)

Proposto como alternativa para o PPD no diagnóstico
de ILTB

Formas comerciais disponíveis:
QuantiFERON-TB Gold in-tube e o TSPOT.TB
IGRANs/PPD
 Marcadores da resposta imune celular à exposição ao
M. Tuberculosis
 Não são ferramentas infalíveis para diagnóstico
 Padrão ouro de ILTB: desenvolvimento de TB ativa

IGRAs X PPD







Menor probabilidade de falso-positivo: detecta reação
a 3 antígenos (≠ BCG/MNT)
1visita ao serviço de saúde para coleta de sangue
Maior custo
Exige estrutura laboratorial
Possibilidade de resultados indeterminados
Recomendado em alguns países como Teste
confirmatório após PPD+ ou Teste alternativo ao
PPD
Pouca evidências
TRATAMENTO
Esquema em crianças
 <10 anos de idade

R (10 mg/kg),
 H (10 mg/kg)
 Z (35 mg/kg).
 E não usado, devido a dificuldade de identificar
precocemente a neurite ótica (reação adversa ao uso
do E) nessa faixa etária


Novas formulações em comprimidos dispersíveis
estão sendo elaboradas.
PREVENÇÃO

Vacina BCG
Protege
contra
manifestações
graves
da
primoinfecção por Mtb, como as disseminações
hematogênicas e a meningoencefalite
 Não evita infecção por Mtb
 Prioritariamente indicada até os 4 anos de idade
 Obrigatória para < 1 ano

PREVENÇÃO

Vacina BCG – Recomendações
RN sempre que possível na maternidade, desde que
tenham peso ≥ 2 kg e sem intercorrências clínicas.
 RN, filhos de mães com AIDS, crianças soropositivas
para HIV , desde que tenham TT não-reator e sejam
assintomáticas para essa síndrome.



Os vacinados nessa condição deverão ser acompanhados
pela vigilância epidemiológica, nos serviços de referência
para AIDS.
Contatos
intradomiciliares
de
doentes
com
hanseníase, independente da forma clinica, devem
receber duas doses da vacina BCG.
PREVENÇÃO

Vacina BCG – Revacinação

Além dos contatos de hanseníase, somente deverão
ser revacinados (apenas uma única vez) crianças que
não apresentarem cicatriz vacinal 6 meses após a
primovacinação, sendo prioritária em < 5 anos.
BIBLIOGRAFIA
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Informa Técnico Sobre Indisponibilidade Temporária
de PPD em ILTB em Candidatos Ao uso de
Imunobiológico. Disponível em:http://sbpt.org.br/comtb-notas-e-noticias/
Nota Técnica do MS sobre Indisponibilidade do PPD.
Disponível em:http://sbpt.org.br/com-tb-notas-enoticias/
III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2009).
Disponível em:
http://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artig
o.asp?id=927
KLIEGMAN, Robert M. Nelson: tratado de
pediatria. 19. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara
Koogan
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TUBERCULOSE - Paulo Roberto Margotto