Um sistema é desenvolvido para solucionar
problemas. Então, o 1º passo é definir e
entender o problema. O 2º é desenvolver
soluções alternativas, e o 3º escolher a melhor
solução. O último passo é implementar a
solução. O 3 primeiros passos são chamados
de análise de sistemas.
Definir um problema pode dar trabalho, pois
vários membros podem ter ideias diferentes
sobre a sua natureza e gravidade. Deve-se definir
se trata-se de um problema humano,
organizacional ou tecnológico e conhecer os
objetivos da empresa: reduzir custos, aumentar
as vendas ou melhorar o relacionamento com
clientes, fornecedores ou funcionários.
Alguns problemas não exigem uma solução de
sistemas de informação, mas sim um ajuste na
administração, treinamento adicional ou
refinamento dos procedimentos organizacionais
existentes. Outras, porém, exigem modificações
nos sistemas de informação existentes ou, ainda,
um sistema de informação totalmente novo.
A análise de sistemas inclui um estudo de
viabilidade para determinar se cada solução
proposta é viável, do ponto de vista financeiro,
técnico e organizacional. Um relatório escrito
apresentando uma proposta de sistemas descreve
os custos e benefícios, as vantagens e
desvantagens de cada alternativa. Com base nesse
relatório, a administração seleciona aquela que
acredita ser a melhor solução para a empresa.
O 1º passo é criar especificações de projeto
detalhadas. Ele mostra com a solução escolhida
deve ser concretizada. É a planta ou modelo para
uma solução de sistemas de informação e
consiste em todas as especificações que
executarão as funções identificadas durante a
análise de sistemas. Elas devem abordar todos os
componentes organizacionais, tecnológicos e
humanos da solução de sistema.
•Seleção e aquisição de hardware
•Desenvolvimento e programação de software
•Testes
•Treinamento e documentação de como o
sistema funciona
•Conversão: passagem do sistema antigo para
o novo
•Produção e manutenção
Como montar o estudo de caso empresarial para o
novo sistema:
Aspectos financeiros: há os custos de implantação
e operacionais, os benefícios tangíveis
(produtividade aumentada, força de trabalho,
custos operacionais e de infra-estrutura reduzidos,
etc) e intangíveis (maior satisfação do cliente,
melhor imagem corporativa, etc).
Aspectos não financeiros: os SI também criam
valor por fortalecer estrategicamente a
empresa, ao diferenciar produtos e serviços,
fortalecer os laços com clientes e fornecedores
ou proporcionar flexibilidade para responder
rapidamente a mudanças futuras. Muitas vezes
as empresas criam um plano de sistemas de
informação para ter certeza que a solução
escolhida se encaixa na sua estrutura e plano de
negócio.
Ele contém uma declaração de metas
corporativas e especifica como a tecnologia de
informação apóia a realização dessas metas. A
análise de carteira (portfólio) ajuda a avaliar
alternativas de projetos de sistemas, fazendo um
inventário dos ativos e projetos de SIs da
empresa, incluindo infra-estrutura, contratos de
terceirização e licenças. Assim pode-se focar
sistemas de alto benefício e baixo risco, que
prometem retornos rápidos e seguros.
Em 2º lugar, devem ser analisados os sistemas
de alto benefício e alto risco. Os de baixo
benefício e alto risco devem ser evitados, e os de
baixo benefício e baixo risco devem ser
reexaminados e tentar remodelá-los.
Outro método de decisão é o modelo de
pontuação (scoring), onde atribui-se às
alternativas uma pontuação única, baseada no
grau de atendimento a objetivos selecionados.
O relacionamento entre usuários finais e
especialistas de informação tem sido,
tradicionalmente, uma área problemática para
os esforços de implementação de sistemas de
informação, pois esses 2 grupos tendem a ter
diferentes informações técnicas e pessoais,
interesses e prioridades. Isso cria uma
dificuldade de comunicação. Freqüentemente,
as orientações são tão conflitantes que eles
parecem estar falando idiomas diferentes.
Quando um projeto de sistema de informação
tem o respaldo e o comprometimento dos vários
níveis da administração, é mais provável que
receba prioridade mais alta tanto dos usuários
quanto da TI. O respaldo da administração
também garante que um projeto de sistema
receberá financiamento e recursos suficientes
par ser bem-sucedido.
Quando o risco é muito alto, há mais
probabilidade de fracassar ou sofrer atrasos,
como projetos grandes e complexos. Projetos de
sistema de grande escala têm índices de fracasso
50% a 75% mais altos que os outros, por serem
difíceis de controlar. Os riscos também são mais
altos no caso de sistemas em que os requisitos de
informação não estejam claros e bem
delineados, ou em que a equipe de projeto lide
com uma tecnologia nova e complexa.
Um projeto de desenvolvimento de sistemas
precisa ser cuidadosamente gerenciado para que
se tenha certeza de que as tarefas serão
finalizadas a tempo e que todos os grupos
envolvidos no novo sistema trabalharão juntos
com eficiência. Às vezes são esquecidos
elementos básicos, como treinamento dos
usuários finais. Sem o gerenciamento adequado,
pode levar mais tempo para ser finalizado e
exceder o orçamento designado.
Você pode superar a resistência do usuário
promovendo sua participação (tanto para
estimular seu comprometimento quanto
melhorar o projeto). Ele podem transformar-se
em membros ativos da equipe de projetos,
assumir papéis de liderança e encarregar-se da
instalação do sistema e do treinamento. A
ergonomia não pode ser esquecida, assim como
as transformações em cada cargo, por meio de
uma análise de impacto organizacional.
Ciclos de vida de sistemas tradicional: é o método
mais antigo de montagem de sistemas de
informação. É uma abordagem em fases à
montagem de um sistema, dividindo o seu
desenvolvimento em estágios formais. É uma
abordagem em cascata, na qual as tarefas de cada
estágio devem estar concluídas antes que o
estágio seguinte se inicie. Tem uma divisão de
trabalho formal e é mais usado para o
desenvolvimento de grandes sistemas complexos.
Prototipagem: consiste em montar um sistema
experimental rapidamente e sem muitos gastos
para submetê-lo à avaliação de usuários finais.
O protótipo é uma versão funcional de um
sistema de informação, ou de parte dele, mas
deve ser considerado apenas um modelo
preliminar. Ele pode ser refinado inúmeras
vezes. É especialmente útil para o projeto de
interface de usuário do sistema de informação.
Desenvolvimento pelo usuário final: pode criar
sistemas de informação simples, reduzindo o
tempo e as etapas necessárias pra produzir uma
aplicação acabada. Utilizando linguagens de
quarta geração, linguagens gráficas e
ferramentas de softwares para PCs (como
WebFocus), ele pode acessar dados, criar
relatórios e desenvolver sistemas de informação
inteiros por si mesmo, com pouca ou nenhuma
assistência de analistas de sistemas ou
programadores profissionais.
Pacotes de softwares aplicativos: muitas aplicações
são comuns a todas as empresas, como folha de
pagamento, contas a receber e controle de estoque.
Para tais funções, cujos procedimentos são
padronizados e não mudam muito ao longo do
tempo, um sistema generalizado atenderá aos
requisitos de muitas organizações, poupando
tempo e dinheiro. Muitos pacotes incluem
recursos de customização.
Terceirização (outsourcing): há 2 tipos – o que as
empresas assinantes usam o software e hardware
fornecidos pelo provedor de serviço aplicativo
como plataforma técnica para seus sistemas, e o
que uma empresa contrata um fabricante
externo p/ projetar e criar o software para seu
sistema, mas opera o sistema em seu próprio
computador.
O fornecedor pode ser doméstico ou estrangeiro.
A escolha pelo 1º é motivado das empresas
terceirizadas possuírem mais habilidades,
recursos e ativos que seus clientes. A outra
decisão é motivada pelo custo: programadores
indianos ou russos ganham cerca de U$ 10.000
ao ano, contra U$ 70.000 de um americano.
Mas deve-se ficar atento aos custos ocultos
(como diferenças culturais) que podem
aumentar os custos de um projeto de
terceirização de 15 a 57%.
As tecnologias e condições de negócio estão
mudando rapidamente, então as empresas vÊm
adotando processos de desenvolvimento mais
curtos e informais para suas aplicações de ebusiness, que oferecem soluções rápidas sem
causar rupturas em seus sistemas transacionais
centrais e bancos de dados organizacionais.
O RAD – desenvolvimento rápido de aplicações –
refere-se ao processo de criar sistemas aptos a
funcionar em um curto espaço de tempo. Inclui o
uso de programação visual e outras ferramentas
p/ desenvolver interfaces gráficas de usuário,
prototipagem iterativa de elementos de sistemas
essenciais, automação da geração de códigosfonte para programas e colaboração mais estreita
entre usuários finais e especialistas em sistemas
de informação. Sistemas simples podem ser
montados com componentes pré-construídos.
Uma técnica denominada projeto conujnto de
aplicações – JAD – é usada para acelerar a
geração de requisitos de informação e
desenvolver o projeto inicial de sistemas. A JAD
reúne usuários finais e especialistas em sistemas
de informação em uma sessão interativa para
discutir o projeto do sistema. Se adequadamente
preparadas e mediadas, essas sessões podem
acelerar significativamente a fase de projeto e
envolver intensamente os usuários.
Metodologias estruturadas: são elaboradas
passo-a-passo, sendo cada um fundamentado no
anterior. São executadas de cima para baixo,
partindo-se do nível mais alto e mais abstrato
para o mais baixo de detalhe – do geral p/ o
específico. São orientados a processos. A
ferramenta primária é o diagrama de fluxo de
dados, que oferece um modelo gráfico lógico do
fluxo de informações.
Desenvolvimento orientado a objetos: os
métodos estruturados tratam dados e processos
como entidade logicamente separadas, mas no
mundo real tal separação é pouco natural.
Diferentes convenções de formatação são usadas
para análise e projeto. O desenvolvimento
orientado a objetos aborda essas questões. Usa o
objeto como unidade básica da análise e projeto
de sistemas. Um objeto combina dados e os
processos específicos que operam nesses dados.
Os dados encapsulados num objeto podem ser
acessados e modificados somente pelas
operações associadas àquele objeto. Em vez de
passar os dados para os procedimentos, os
programas enviam uma mensagem para que o
objeto execute o procedimento nele embutido. O
sistema é modelado como um conjunto de
objetos e segundo o relacionamento entre eles.
Como a lógica de processamento reside dentro
de dos objetos, e não em programas de software
independentes, os objetos precisam colaborar
entre si para fazer o sistema funcionar.
Baseia-se em conceitos de classe e herança.
Objetos pertencentes a certa classe tem suas
características. Novas classes de objetos são
criadas escolhendo-se uma classe já existente e
especificando quanto a nova classe difere dessa,
em vez de começar do zero. É mais interativo e
incremental. E como os objetos são reutilizáveis,
pode reduzir o tempo e investimento necessários
para escrever um software, caso as organizações
reutilizem os objetos de software já criados como
componentes de outras aplicações.
Serviços Web e desenvolvimento baseado em
componentes: grupos de objetos são reunidos na
forma de componentes de software p/ funções
comuns, tais como interface gráfica de usuário
ou uma função de processamento de pedidos online, e esses componentes são combinados p/
criar aplicações empresariais de grande escala.
Ex.: Aplicações de e-commerce, como carrinho
de compra, autenticação de usuário,
mecanismos de busca e catálogos.
Oferece ferramentas de software que
automatizam as metodologias que acabamos de
descrever, reduzindo a quantidade de trabalho
repetitivo no desenvolvimento de sistemas.
Oferecem recursos gráficos automatizados para
produzir gráficos e diagramas, dicionários de
dados e geradores de telas e relatórios. Facilitam
a documentação clara e coordenação do trabalho
da equipe de desenvolvimento.
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Como desenvolver sistemas de informação