Distúrbios gastrointestinais
•Distúrbios gastrointestinais são
•aqueles que afetam todo o tubo
•gastrointestinal e órgãos anexos;
•
Os mais frequentes são: azia,
•gastrite, úlcera péptica,
•constipação, diarreia, etc.
A indigestão é uma sensação incômoda que indica
)
que organismo não conseguiu digerir os alimentos
adequadamente.
• Ela surge devido ao excesso de alimentos que se
tornam irritantes, aumentando os níveis de ácido
clorídrico que provoca acidez e o refluxo estomacal.
• Para evitar a indigestão faça várias refeições ao
longo do dia, preferindo alimentos leves, e com
pouco molho
AZIA
Azia é uma sensação de queimação no esôfago. A dor
geralmente eleva-se até o peito e pode irradiar até o
pescoço e garganta. A sensação de queimação é causada
pela exposição do esôfago ao conteúdo ácido do
estômago. Azia também foi identificada como uma das
causas de asma e tosse crônica.
Alimentos que podem causar azia:
*Café, chá, refrigerantes tipo cola e cafeinados.
*Álcool. *Chocolate.
*Frutas cítricas.
*Tomate e molho de tomate.
*Alimentos apimentados e gordurosos.
*Hortelã.
Prevenção da azia: Se azia acontecer quando estiver
deitado, elevar a cabeça com travesseiros ou sentar
geralmente provê alívio, porém deve-se ter cuidado para
evitar colocar estresse contínuo no pescoço.
- Dieta restritiva: um dieta restritiva é importante, já que
90-95% dos que sofrem com azia podem relacionar os
sintomas a alimentos específicos. Assim, é importante
que pessoas que sofrem de azia controlem sua dieta
escolhendo os alimentos e bebidas que têm menor risco
de causar refluxo ácido e evitando os que são principais
disparadores da azia.
Tratamento
Tratamento com antiácidos: os mais utilizados para os
casos de azia são hidróxido de magnésio, hidróxido de
alumínio e bicarbonato de sódio
Gastrite é a inflamação da mucosa do estômago;
- Gastrite aguda: aparecimento súbito, evolução rápida e
facilmente associadas a um agente causador, como
medicamentos, infecções e estresse físico ou psíquico.
Esses agentes incluem anti-inflamatórios não esteroides,
corticoides, bebidas alcoólicas .
- Gastrite crônica: Muco protetor produzido em quantidades
insuficientes e/ou ácido clorídrico produzido em excesso.
Sabe-se
que
a
bactéria
Helicobacter
determinar uma gastrite crônica.
pylori
pode
•
A maioria dos casos crônicos não apresenta
sintomas.
• Já na gastrite aguda, quando existem queixas, são
muito variadas:
• dor em queimação no abdômen, azia, perda do
apetite, náuseas e vômitos, sangramento digestivo,
nos casos complicados, demonstrado pela
evacuação de fezes pretas e/ou vômitos com
sangue.
TRATAMENTO
O tratamento está relacionado ao agente causador.
• Nos casos de gastrite aguda associada ao uso de medicações
antiinflamatórias, sua suspensão e/ou substituição, associada ao
uso de medicamentos que neutralizem, que inibam ou bloqueiem a
secreção ácida do estômago, é o tratamento básico.
• A endoscopia, mais utilizada nos casos de gastrite aguda
acompanhada de sangramento, além de poder fazer o diagnóstico,
pode interromper a hemorragia aplicando variados tratamentos
locais.
• Não há consenso sobre a vantagem de tratar a bactéria
Helicobacter pylori quando há gastrite sem úlcera, pois não tem sido
observada uma melhora significativa dos sintomas digestivos.
• Os medicamentos utilizados para melhora sintomática
podem atuar melhorando o esvaziamento gástrico ou
reduzindo a secreção de ácido.
• Os que melhoram o esvaziamento gástrico são os
chamados prócinéticos, que reduzem a estase alimentar
no estômago e auxiliam na digestão, como por exemplo,
a metoclopramida (Plasil®) e a bromoprida (Digesan®).
• A redução da secreção de ácido é eficiente para combater a dor e a
azia, e pode ser feita com medicamentos de dois grupos:
• Antagonistas de receptores H2: Os receptores H2 encontram-se
nas células do estômago que produzem o ácido clorídrico. O seu
bloqueio resulta na menor produção do ácido. Cimetidina
• (Tagamet®) e ranitidina (Antak®). São também usados para a
prevenção da gastrite aguda nos pacientes hospitalizados.
• Inibidores da bomba de prótons: Também inibem a secreção de
ácido clorídrico. Omeprazol(Peprazol®) e pantoprazol (Pantozol®).
• Outros medicamentos que podem ser usados, eventualmente, são
os protetores da mucosa gástrica, como o sucralfato, por exemplo.
ORIENTAÇÕES
• Comer em pequenas quantidades e várias vezes ao dia, evitando
ficar sem alimentação por mais de 3 horas seguidas.
• Alimentar-se com calma, mastigando bem os alimentos, o que
facilita o esvaziamento gástrico e a digestão.
• Evitar os famosos "fast-foods".
• Consumir bebidas alcoólicas com moderação, se possível evitar o
• consumo.
• Não há motivo para restrição dietética, mas se possível devem-se
evitar ou reduzir a ingestão de alimentos muito gordurosos, frituras,
doces concentrados, comidas muito condimentadas. Preferir
refeições mais leves, de mais fácil digestão.
• O consumo de café e outras bebidas que contém cafeína não é
contraindicado se o paciente tolera bem essas bebida.
• Consumir alimentos limpos, ara reduzir a transmissão de agentes
infecciosos.
ÚLCERA PÉPTICA
• Úlcera é definida como uma lesão aberta,
com perda de tecido, que ocorre na pele
ou nas mucosas, ou seja, é uma ferida.
• A úlcera péptica é uma lesão (ferida) da
mucosa do aparelho gastrointestinal, que
ocorre principalmente no estômago e no
duodeno (porção inicial do intestino).
• Durante muito tempo se acreditou que a úlcera péptica resultava da
ação do ácido nas paredes do estômago e do duodeno, corroendo
as mesmas e formando as feridas.
• Porém, hoje sabemos que a doença surge quando há um
desequilíbrio entre os fatores agressores e protetores da mucosa
gástrica/duodenal. O ácido gástrico passou a ser um co-ator na
gênese dessa doença.
• Na ausência do uso de antiinflamatórios não-esteróides e de
tumores que estimulam a produção de ácido, quase todas as
úlceras de estômago e duodeno estão relacionadas à infecção por
uma bactéria: o Helicobacter pylori.
Essa infecção é extremamente comum, podendo acometer até 95% da
população; a bactéria habita o estômago e é responsável pelo
desequilíbrio que leva à formação das úlceras. Os fatores que atuam
em conjunto com essa bactéria, na lesão da mucosa, são o uso de
antiinflamatórios e o tabagismo.
Úlcera péptica
•Não existe comprovação científica de que os alimentos (café,
refrigerantes, leite, álcool e condimentos) favoreçam o desenvolvimento
de úlcera péptica. Da mesma forma, as pessoas em geral acreditam
que exista um fator psicológico envolvido nessa doença, mas isso
também não foi confirmado.
SINTOMAS
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•
O sintoma mais comum é a dor, geralmente em queimação, não
muito intensa, localizada na região do estômago ("boca do
estômago").
Dor que começa 2-3 horas após a alimentação, e à noite (podendo
acordar o paciente de madrugada), que melhora com o uso de
antiácidos e com a ingestão de alimentos: associada à úlcera de
duodeno.
Presença de períodos de melhora e outros de piora da dor. Outros
sintomas que podem surgir são: náuseas, vômitos, eructação
("arrotos"), flatulência (eliminação de gases), entre outros.
Alguns pacientes são completamente assintomáticos, tendo como
primeira manifestação uma das complicações da doença
TRATAMENTO
• Os medicamentos utilizados no tratamento dessa doença são,
principalmente, aqueles que reduzem a produção de ácido pelo
estômago (os mesmos visto para gastrite).
• Um aspecto de extrema importância no tratamento da úlcera é a
erradicação do H. pylori, quando presente. Se os exames forem
positivos para essa infecção, o paciente faz uso de esquema com
antibióticos, com o objetivo de acabar com a mesma.
• Outros medicamentos que podem ser utilizados são os antiácidos:
hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, bicarbonato de sódio,
etc. Eles funcionam apenas para alívio rápido dos sintomas. Os
outros são medicamentos que ajudam a proteger a mucosa
gástrica, como o sucralfato e o bismuto coloidal.
• A cirurgia está indicada nos seguintes casos:
• Presença de complicações da úlcera péptica;
• Tratamento medicamentoso não levou à cicatrização da
úlcera;
• Recidivas são frequentes, mesmo após o tratamento da
úlcera e da infecção pelo H. pylori.
• São várias as técnicas que podem ser utilizadas, cada
uma com suas vantagens, desvantagens e riscos, os
quais nunca devem ser desconsiderados.
• Perfuração: ocorre quando a úlcera corrói toda a parede
do órgão (estômago, duodeno). É uma complicação
grave que pode levar a infecção abdominal e morte caso
não seja prontamente tratada.
• Obstrução: quando a úlcera cicatriza e forma fibroses
que obstruem o trânsito dos alimentos pelo tubo
digestivo.
• Hemorragia: é a complicação mais comum, podendo
aparecer como sangue nas fezes ou vômitos de sangue.
Sinais e sintomas
• Dor epigástrica em queimação ou constritiva que ocorre
uma a três horas após uma refeição;
•
Queimação ou dor abdominal noturna (menos frequente)
•
Saciedade precoce, anorexia, perda de peso;
• Tonteira, síncope, hematêmese ou melena (podem revelar
hemorragia);
• Anemia, vômito e pirose (azia) acompanhada por eructação
(arroto)
Caso clínico
•
Senhora JHM 50 anos, fumante a 40 anos, etilista com hábitos alimentares
irregulares dando preferência a alimentos condimentados, internada na
clinica médica referindo cólica seguida de dor abdominal principalmente
posterior as refeições (2h), reporta ainda vômitos com presença de
alimentos não digeridos da última refeição, náuseas constante, e um a dois
episódios de diarréia/dia de coloração semelhante a borra de café. Faz uso
constante de antiinflamatórios não prescritos, apresenta problemas
familiares constantes elevando o seu nível de estresse dizendo ser uma
pessoas muito inquieta e nervosa, referindo que não consegue comer nada
pois a dor é insuportável no momento que deglute, não conseguindo dormir
devido as dores, sente-se fraca. Ao exame físico apresenta-se consciente,
orientada, inquieta, gemente, com comportamento de proteção frente a dor,
apreensivo com tensão facial, pupilas isocóricas e foto reagente, mucosas
descoradas, tórax simétrico, som claro pulmonar, com MVFD s/ RA,
2BRNF, abdome doloroso e rígido, com RHA hiperativo, timpânico, dor na
palpação superficial em região epigástrica, com ramificação para o ombro
direito, com boa perfusão periférica.
Problemas
• Comportamento de proteção;
•
Gemente, dor observada e relatada em região abdominal com
ramificação para ombro direito;
•
Mudança do apetite, anoréxico, fraqueza;
•
Tensão facial, preocupação e apreensão;
•
Perturbação do sono;
•
Diarréia melena;
•
Náuseas e vômitos.
• Hipertermia
Título DE
•
•
•
•
•
DOR aguda
Ansiedade
NUTRIÇÃO desequilibrada
NÁUSEAS
HIPERTERMIA
• Dor aguda relacionado a agentes
lesivos biológicos e químico
caracterizado por Comportamento de
proteção, gemido, evidencia observada
de dor, relato verbal de dor, gestos
protetores, mudanças no apetite
• Ansiedade relacionado ao estado de
saúde caracterizado preocupação,
apreensão, tensão facial , perturbação
do sono, anorexia, náuseas, diarréia,
fraqueza, tontura, dor abdominal.
• Nutrição desequilibrada menos do que
as necessidades corporais relacionado
a Capacidade prejudicada de ingerir
alimentos caracterizado por cólicas
abdominais, diarréia, dor abdominal,
relato de ingestão inadequada de
alimentos, menor que PDR (porção
diária recomendada)
• Náuseas relacionado a Dor e irritação
gástrica caracterizado por relato de
náuseas, e sensação de vômito.
RE
• Minimizar ou eliminar dor
• Tranquilizar o paciente
• Melhorar padrão nutricional
• Eliminar náuseas
Intervenção- DOR AGUDA
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Auxiliar e administrar analgésicos conforme prescrição médica;
Prestar e/ou auxiliar em higiene oral;
Auxiliar e/ou realizar higiene intima sempre que necessário
Estimular o auto cuidado banho de aspersão em chuveiro;
Monitorar SSVV;
Avaliar características e volume das eliminações fisiológicas;
Avaliar e registrar a dor e suas características: localização,
qualidade, frequência e duração;
8. Tranquilizar o paciente dizendo que você sabe que a dor é real e o
auxiliará a lidar com ela;
9. Fornecer medidas de conforto, reposicionamento e instrução sobre
respiração profunda e técnica de relaxamento.
INTERVENÇÃO-ANSIEDADE
1. Usar uma abordagem clara e segura;
2. Esclarecer expectativas com relação ao estado de saúde do
paciente;
3. Oferecer informações factuais sobre o diagnostico, tratamento e
prognostico;
4. Criar uma atmosfera que facilite a confiança;
5. Orientar o paciente quanto ao uso de técnicas de relaxamento;
INTERVENÇÃO-NUTRIÇÃO
DESEQUILIBRADA
1. Monitorar sinais vitais;
2. Realizar balanço hídrico;
3. Avaliar características das eliminações intestinais quanto ao
aspectos;
4. Fornecer refeições pequenas e freqüentes , para evitar a distensão
gástrica;
5. Evitar alimentos ácidos;
6. Realizar controle de peso;
7. Evitar alimentos quentes o gelados;
INT. NÁUSEAS
1. Auxiliar e administrar antiemético e analgésico conforme prescrição
médica;
2. Auxiliar e manter o paciente em Fawler durante a alimentação;
3. Oferecer ingesta alimentar em pequenas porções;
4. Incentivar o paciente a ingerir alimentos secos e suaves (como
torradas secas e/ou biscoitos) durante o período de náuseas.
5. Fornecer refeições pequenas e frequentes , para evitar a distensão
gástrica.
6. Orientar o paciente sobre os efeitos irritativos de certos
medicamentos e alimentos.
Gerais
1. Auxiliar e administrar
MEDICAMENTOS conforme prescrição
médica;
2. Monitorar SSVV 6/6h;
3. Avaliar nível de consciência (sepse);
4. Avaliar e registrar a dor e suas características: localização,
qualidade, frequência e duração e avaliar o efeito das medicações
5. Remover estimulo ambiental nocivo;
6. Prestar e/ou auxiliar em higiene oral;
7. Estimular a realização de higiene intima;
8. Estimular o auto cuidado banho de aspersão;
10.Realizar balanço hídrico;
11.Avaliar características e volume das eliminações fisiológicas quanto
ao aspecto;
11. Tranquilizar e encorajar o paciente a expressar sentimentos
relacionados ao seu problema gástrico, dizendo que você sabe
que a dor é real e o auxiliará a lidar com ela;
12. Fornecer medidas de conforto, reposicionamento e instrução sobre
respiração profunda e técnica de relaxamento.
13. Usar uma abordagem clara e segura
ao lidar com as
INSEGURANÇAS do paciente;
14. Auxiliar e manter o paciente em Fawler durante a alimentação;
15. Oferecer ingesta alimentar em pequenas porções;
16. Evitar alimentos ácidos quentes/gelados
17. Incentivar o paciente a ingerir alimentos secos e suaves (como
torradas secas e/ou biscoitos) durante o período de náuseas.
Referências
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com a doença. In: ___________. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. Rio de
Janeiro. Guanabara. Koogan. 2006. Cap. 7. p. 103-117.
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___________. Diagnóstico de Enfermagem. Aplicação à prática de enfermagem. Ed.
10. São Paulo. Artmed, 2004. Seção 2. p. 96-845
3. North American Nursing Diagnosis Association. Diagnósticos de enfermagem da
NANDA: Definições e classificações - 2009- 2011. Porto Alegre: Artmed: 2010.
4. JONHSON, M. at. al ligação NANDA NIC E NOC, in ______.Diagnosticos resultados
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Artmed2003.parteII.p.93-369.
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individualizado do paciente. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2003. p. 226-227
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In:______.Diagnóstico em Enfermagem. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso
Editores, 2000. p. 240-243.
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azia - Universidade Castelo Branco