QUIZ 13 Geral Descrições Figura 1 Descrição: Bulbo duodenal com mucosa difusamente enantemática, edemaciada, apresentando úlcera de limites nítidos, regulares, fundo fibrinoso, bordas elevadas em rampa, enantemáticas. ► Classificação de Sakita A) SAKITA A1 B) SAKITA A2 C) SAKITA H1 D) SAKITA H2 E) SAKITA S1 F) SAKITA S2 ► ► Diagnóstico: Úlcera duodenal (A2 de Sakita) Comentários: Uma úlcera típica de parede posterior do bulbo duodenal. Na realidade, parede posterior para vertente inferior do bulbo. É muito interessante nessa imagem o aspecto das bordas da úlcera. Este aspecto lembra muito áreas gástricas. Realmente, na patogênese da úlcera, a infecção pelo Helicobacter pylori ocorre sobre a mucosa metaplásica. Este aspecto que você vê é típico de metaplasia gástrica em borda de úlcera. Figura 2 Descrição: Nesta imagem, você observa extensa crosta hemática, disposta longitudinalmente sobre prega da grande curvatura do corpo gástrico. Há também um discreto edema das pregas. A pesquisa de Helicobacter foi negativa. ► DIAGNÓSTICO: A) Gastrite endoscópica erosiva plana do corpo, com sinais de sangramento B) Gastrite endoscópica erosiva elevada do corpo, com sinais de sangramento C) Gastrite endoscópica erosiva plana do antro, com sinais de sangramento D) Gastrite endoscópica erosiva elevada do antro, com sinais de sangramento D) Nenhuma das anteriores ► ► Diagnóstico: Gastrite endoscópica erosiva plana do corpo, com sinais de sangramento Comentários: Este paciente tomou altas doses de antiinflamatórios após traumatismo no joelho, durante atividade esportiva. Passou então a apresentar intensa dor e vômitos com algumas estrias de sangue negro. O quadro endoscópico é clássico do grupo das lesões agudas hemorrágicas da mucosa gastroduodenal. Apesar dos antiinflamatórios causarem este tipo de lesão, elas são mais típicas em pacientes gravemente enfermos, politraumatizados e chocados, onde a vasoconstrição participa da origem isquêmica das lesões. Figura 3 Diagnóstico: A) Úlceras gástricas antrais B) Úlceras gástricas do corpo C) Gastrite endoscópica erosiva plana, moderada, do antro D) Gastrite endoscópica erosiva elevada, moderada, do antro E) Nenhuma delas ► ► Diagnóstico: 1. Gastrite edematosa e enantemática no antro, em grau intenso. 2. Úlceras antrais (3) com cerca de 3 a 5 mm (é possível que duas dessas lesões sejam erosões e não úlceras). Comentários: Este caso ilustra a dificuldade, não rara, que o endoscopista enfrenta na diferenciação apenas pela macroscopia entre úlcera e erosão. As erosões são soluções de continuidade que comprometem até a lâmina própria (não passam abaixo da muscular da mucosa). Por isso mesmo, não deixam cicatrizes. As úlceras atingem a submucosa. Com isso, o processo inflamatório provoca a convergência de pregas e após sua cura, há marca cicatricial. Note neste caso, a convergência de pregas que ocorre na lesão superior; as outras duas, provavelmente, são erosões. Figura 4 ► Cólon sigmóide (diagnóstico): A) Retocolite ulcerativa inespecífica B) Doença de Crohn C) Hemangiomas D) Colite inespecífica E) Nenhuma delas ► Diagnóstico: Processo inflamatório inespecífico no colo sigmóide. Comentários: Paciente idosa que passou a fazer uso contínuo de AINE e desenvolveu diarréia crônica. As lesões achadas na colonoscopia, assim como na biópsia, não são características de doença inflamatória intestinal crônica. São imagens de difícil interpretação por parte do endoscopista que deve sempre considerar a hipótese de lesão por medicamentos. A paciente melhorou com a suspensão do fármaco. Figura 5 ► Diagnóstico: A) Varizes de fundo gástrico B) Angiodisplasia de fundo gástrico C) Cardite D) Fundoplicatura E) Nenhuma delas ► Diagnóstico: Cardite Comentários: Este achado endoscópico em retrovisão tem sido muito debatido na atualidade: a presença de uma vascularização nítida no epitélio juncional ou no epitélio cárdico. O termo cardite não é consensual, é uma importação da literatura inglesa, que tem referido carditis. Alguns especialistas preferem o termo gastrite do epitélio juncional. É uma gastrite que ocorre justamente na faixa da transição esofagogástrica, no lado gástrico desta transição. Estas gastrites juncionais ou cárdicas do epitélio cárdico (cardite) podem estar relacionadas com a doença por refluxo gastroesofágico ou co-infecção por Helicobacter pylori. Não há consenso na literatura, nem um critério morfológico para distinguir entre uma situação e outra. Figura 6 ► Transição retossigmóide (Diagnóstico): A) Doença de Crohn B) Neoplasia maligna C) GIST D) Condiloma acuminado E) Nenhuma delas ► Diagnóstico: Neoplasia de reto-sigmóide. Comentários: É uma neoplasia típica da transição reto-sigmoideana. O colonoscopista experiente pode identificar uma mucosa de aspecto que lembra muito o reto. Provavelmente esta lesão está na transição final do reto. À esquerda, essa mucosa lembra mucosa retal. É diferente do padrão vascular do sigmóide e diferente do padrão vascular de outros segmentos colônicos. Figura 7 ► Esôfago médio (Diagnóstico): A) Esofagite por monília B) Restos alimentares C) Acantose glicogênica múltipla D) Esofagite por vírus E) Nenhuma delas ► Diagnóstico: Monilíase esofagiana Comentários: Caso clássico de monilíase de esôfago, sem mais comentários, Kodsi III. Figura 8 ► Esôfago médio (Diagnóstico): A) Esofagite por citomegalovírus B) Herpes esofágica C) Trauma pelo aparelho D) Úlcera aguda por AINES E) Nenhuma delas ► Diagnóstico: Erosão isolada no terço médio do esôfago, com características de lesão aguda e recente (borda ?a pique?). Comentários: Paciente de meia idade, que ingeriu medicação com ácido acetilsalicílico e vasoconstritor com pouca quantidade de água. Desenvolveu precocemente intensa odinofagia. Figura 9 Lesão ulcerada na pequena curvatura gástrica: A) Tem características definidas de benignidade B) Tem características definidas de malignidade C) Tem características definidas de lesão por AINES D) A pesquisa de H pylori é obrigatória E) Nenhuma delas ► ► Diagnóstico: Úlcera gástrica ativa na pequena curvatura do corpo. Comentários: O diagnóstico de úlcera gástrica deve ser feito após a biópsia ser negativa para células neoplásicas. Antes da biópsia, o diagnóstico deve ser referido como ?lesão ulcerada?. Tanto a biópsia como a pesquisa de Helicobacter pylori são obrigatórias nas lesões ulceradas. Este paciente fazia uso crônico e irregular de propoxifeno. A erradicação da bactéria é obrigatória nas lesões gástricas. É muito prudente o controle endoscópico da cicatrização após 8 semanas de tratamento. Não é raro que neoplasias não-ulceradas sofram ulcerações por AINES e cicatrizem com o tratamento. Uma nova biópsia sobre a cicatriz realmente confere segurança. Figura 10 ► Ângulo heático do cólon (Diagnostico): A) Doença de Crohn B) Lesão isquêmica C) Leiomioma ulcerado D) Neoplasia maligna E) Nenhuma delas ► Diagnóstico: Neoplasia de cólon transverso. Comentários: Essa é uma lesão muito típica de uma neoplasia, provavelmente avançada, envolvendo mais da metade da circunferência do cólon. E a identificação de que se trata do ângulo hepático do cólon só é possível pela informação do colonoscopista. Apenas com essa imagem da fotografia não se consegue definir a região com precisão. Mas a neoplasia é evidente e provavelmente avançada.