QUIZ 18 Imagem 1- Antro gástrico A – PÓLIPO HIPERPLÁSICO B – LEIOMIOMA C – EROSÃO ELEVADA D – PÂNCREAS ECTÓPICO E – ADENOMA • Descrição: Grande curvatura do antro gástrico com lesão elevada de base larga, limites nítidos, recoberta por mucosa normal, exibindo depressão apical. • Diagnóstico: Coristoma de antro (pâncreas ectópico). Comentários: É uma lesão elevada recoberta por epitélio gástrico semelhante ao encontrado no antro e tem uma depressão no ápice. Este aspecto é altamente sugestivo de pâncreas ectópico ou coristoma. O diagnóstico diferencial deve ser feito com tumores estromais como leiomioma, por exemplo. A localização na grande curva do antro entretanto, sugere pâncreas ectópico. Imagem 2 – Retrovisão da TEG A – CÂNCER DE ESÔFAGO B – CARDITE C – HÉRNIA HIATAL COM ESOFAGITE GRAU A D – DIEULAFOY E – VARIZES DE FUNDO • Descrição: Retrovisão de transição esofagogástrica, com áreas de mucosa mais elevada, ligeiramente enantemática, de aspecto viloso e com sangramento de contato. • Diagnóstico: Gastrite de epitélio juncional com metaplasia intestinal. Comentários: É uma retrovisão do hiato esofagiano, mostrando um tecido que proliferou, formando uma placa, quase que um pseudopólipo séssil, com atividade inflamatória, vermelhidão, edema. A biópsia mostrou metaplasia intestinal. Um dos grandes debates da literatura atual é se essas metaplasias do epitélio juncional, bem junto da linha Z, como esta que você está vendo, são causadas pelo Helicobacter pylori ou pela doença por refluxo gastroesofágico. Talvez, as duas condições possam ser responsáveis por metaplasias deste tipo. Não confundir com Barrett. Isto é metaplasia intestinal de mucosa gástrica, de epitélio juncional. Imagem 3 – Cólon ascendente A – FEZES IMPACTADAS B – RESTOS ALIMENTARES C – CORPO ESTRANHO D – CÂNCER DE CÓLON E – LEIOMIOMA • Descrição: Cólon ascendente com lesão vegetante irregular bocelada, com áreas necróticas ocupando a luz do órgão. Diagnóstico: Neoplasia de cólon ascendente. Comentários: Esta é uma imagem típica de um tumor vegetante do cólon. Sua localização em cólon ascendente só é possível pela informação dada pelo endoscopista. Em tumores semelhantes não é raro que a biópsia realizada com pinça convencional mostre tecido necrótico e o diagnóstico definitivo não seja feito. Por isso, em casos como este é aconselhável a macrobiópsia com alça de polipectomia. Imagem 4 – Esôfago distal A – ESOFAGITE NÃO EROSIVA B – VARIZES ESOFÁGICAS C – SEQUELA DE ESCLEROTERAPIA D – ANGIOECTASIA E – MONILÍASE • Descrição: Terço distal do esôfago mostrando cordões azulados que percorrem a submucosa. Diagnóstico: Varizes de esôfago. Comentários: Este é um caso clássico de varizes do esôfago, são vasos que tendem a ser retilíneos. Imagem 5 – Antro gástrico A – CÂNCER PRECOCE B – GASTRITE EROSIVA C – GASTRITE HIPERPLÁSICA D – WATER MELON E - EXAME NORMAL • Descrição: Antro gástrico com tênue convergência de pregas para área enantemática. Há ligeira depressão proximal. Diagnóstico: Adenocarcinoma precoce de antro gástrico. Comentários: Este caso está sendo apresentado para mostrar a importância da biópsia em alterações morfológicas que a primeira vista não são típicas de uma patologia. Se o endoscopista não valorizar e biopsiar estes achados deixará de fazer diagnóstico dos casos de carcinoma precoce como este. O diagnóstico de certeza de que o tumor é precoce só é possível com a análise da peça cirúrgica. Imagem 6 – Segmento colônico A – CÂNCER DE CÓLON B – COLITE ACTÍNICA C – RETOCOLITE ULCERATIVA D – DOENÇA DE CROHN E – COLITE ISQUÊMICA • Descrição: Segmento colônico mostrando mucosa edemaciada, enantemática, com áreas pseudopolipóides, úlceras rasas, irregulares, recobertas por fibrina e secreção mucopurulenta. Diagnóstico: Retocolite ulcerativa inespecífica. Comentários: É uma retocolite ulcerativa clássica grave, com lesões pseudopolipóides, com depósito mucopurulento, exuberante. Enfim, todos os colonoscopistas já tiveram acesso a imagens semelhantes. Também esta imagem foi incluída para o médico mostrar a seu paciente como é uma retocolite por dentro Imagem 7 - TEG A – ESOFAGITE POR DROGA B – ESOFAGITE DE REFLUXO GRAU LOS ANGELES D C – ESOFAGITE ACTÍNICA D – ADENOCARCINOMA E – ESOFAGITE VIRÓTICA • Descrição: Transição esofagogástrica nítida, 3 cm acima do pinçamento diafragmático. Mucosa esofagiana espessa esbranquiçada. Sobre a linha Z, lesão ulcerada irregular, de fundo fibrinoso, comprometendo a hemicircunferência do órgão. Diagnóstico: Hérnia hiatal com úlcera de transição esofagogástrica. Comentários: É uma imagem de esofagite intensa com úlcera esofágica. Como o pinçamento diafragmático está há cerca de 3 centímetros da transição esofagogástrica, o endoscopista está autorizado a fazer diagnóstico de hérnia hiatal. A questão que esta imagem levanta é com relação ao diagnóstico diferencial entre erosão e úlcera. Muitas vezes não é fácil só pelo exame macroscópico. Neste caso, parece tratar-se de úlcera pela retração epitelial, vista em torno das lesões. Imagem 8 – antro gástrico A – ÚLCERA H1 SAKITA B – ÚLCERA H2 SAKITA C – ÚLCERA A1 SAKITA D – ÚLCERA A2 SAKITA E – ÚLCERA S2 SAKITA • Diagnóstico: Cicatriz de úlcera antral (S2 de Sakita) • Comentários: Uma imagem clássica de uma retração cicatricial após a cura de uma úlcera gástrica de pequena curvatura, sem maiores comentários. Lembrando sempre da recomendação do Consenso de Maastricht, que a pesquisa de Helicobacter é obrigatória, e se positiva, tratar, mesmo que a úlcera esteja cicatrizada, e mesmo que seja uma úlcera por antiinflamatórios não-esteróides. Após o tratamento de sua cicatrização, o Helicobacter deve ser erradicado. Uma outra recomendação é que essa cicatriz também seja biopsiada. Por vezes, algum tecido pode surpreender (tecido displásico). As cicatrizes de úlceras gástricas sempre devem ser biopsiadas. Imagem 9 – antro gástrico A – WATER MELON B – GASTRITE HIPERPLÁSICA C – GASTRITE EROSIVA D – LESÕES TÍPICAS DE HELICOBACTER PYLORI E – GASTROPATIA CONGESTIVA • Diagnóstico: Lesões agudas de mucosa gástrica. Comentários: É uma gastrite erosiva plana aguda. As lesões têm hematina e fibrina no seu centro. Há bastante enantema e edema de mucosa. Esta paciente fez uso de aintiinflamatório nãoesteróide. Este tipo de lesão comporta uma exaustiva investigação sobre o uso de antiinflamatórios. A pesquisa de Helicobacter pylori é obrigatória. Imagem 10 - esôfago A – ANTIÁCIDOS ADERIDOS B – MONILÍASE KODSI II C – MONILÍASE KODSI IV D – CITOMEGALOVÍRUS E – HERPES ZOSTER • Diagnóstico: Monilíase esofagiana. Comentários: O quadro é típico de monilíase. Este achado tem sido muito comum pelo aumento da incidência da Aids. Este caso está sendo apresentado para mostrar que outras condições clínicas também mostram alta incidência de monilíase. A imagem é de um paciente jovem, HIV negativo que estava em quimioterapia por leucemia aguda.