Dra Eline Lima Borges Profa. Escola de Enfermagem da UFMG. IDENTIFICAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, DOCUMENTAÇÃO E TRATAMENTO TÓPICO IDENTIFICAÇÃO DOS PACIENTES COM FERIDAS Quando? Admissão ambulatorial /UI Como? Seguir protocolo Para quê? Prescrição/ ↓tempo Quem? Enfermeiro CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Tempo de existência CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Perda Tecidual Fechada Aberta CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Perda Tecidual COREn 65/2000 Superficial (até a derme) Profunda total (estruturas +profundas) Profunda parcial (até subcutâneo) CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Presença de microrganismos colonizada Infectada CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Etiologia Úlcera arterial Úlcera Venosa Úlcera Mista Úlcera Diabética Úlcera Neuropática Úlcera hematológica Úlcera por pressão Ferida traumática (cirúrgica) Ferida cirúrgica simples Ferida cirúrgica complexa Úlcera venosa Varizes Edema macio/ duro Hiperpigmentação Lipodermatoesclerose Eczema venoso Dermatite Pulsos periféricos preservados Úlcera venosa Superficial/ rasa Exsudativa Tecido necrótico amarelado Odor desagradável Dor Localização Úlcera arterial Claudicação Ausência de pêlos Cianose Hipotermia Pulsos diminuídos/ ausentes Unhas Úlcera Neurotrófica ↓Sensibilidade Anidrose Fissuras Rachaduras Deformidade Úlcera Diabética Neuroisquêmica ↓de pulso das extremidades (pedial/ tibial) Anidrose /pele ressecada Celulite Edema Classificação da Úlcera por Pressão A úlcera é classificada do estágio I ao IV em referência a profundidade de comprometimento tecidual e não a gravidade da lesão. As úlceras de pressão não devem ser classificadas na ordem reversa como forma de avaliar a cicatrização. Uma úlcera de estágio IV recebe esta mesma classificação até cicatrizar. A avaliação da melhora ou piora da úlcera é feita pela mensuração de sua dimensão As úlceras que apresentam extensa região de necrose só podem ser classificadas após o desbridamento para identificação da profundidade do dano tecidual. Úlcera por pressão estágio I É uma alteração observável relacionada com pressão na pele íntegra, cujos indicadores comparativos à área adjacente ou oposta do corpo podem incluir mudanças em uma ou mais das seguintes condições: temperatura da pele (aquecimento ou resfriamento), consistência tecidual (sensação de firmeza ou de amolecimento) e/ ou sensibilidade (dor, prurido). A lesão apresenta-se como uma área definida de hiperemia persistente na pele pouco pigmentada, ao passo que, em peles mais escuras, a úlcera pode manifestar-se como tonalidades persistentes de vermelho, azul ou púrpura. Estágio I Estágio I Estágio II: é uma perda parcial da pele, envolvendo epiderme, derme ou ambas. A úlcera é superficial e apresenta-se clinicamente como um abrasão, uma bolha ou uma cratera rasa. Estágio III: é uma perda da pele na sua total espessura, envolvendo danos ou uma necrose do tecido subcutâneo que pode se aprofundar, mas não alcança a fáscia. A úlcera se apresenta clinicamente como uma cratera profunda. Estágio IV: é uma perda da pele na sua total espessura, com uma extensa destruição, necrose do tecido ou danos no músculo, ossos ou estruturas de suporte, por exemplo tendão ou cápsula das juntas. Estágio IV ÚLCERA POR PRESSÃO Estágio IV DOCUMENTAÇÃO DAS FERIDAS Quando? Admissão /troca de curativo Onde? Prontuário Para quê? Quem? Respaldo legal/ registro da evolução/ compartilhar informações O profissional que realizou O quê? Descrição a seguir DOCUMENTAÇÃO IDADE Após 40 anos sinais de involução da pele Após 65 anos processo mais acelerado espessura da epiderme fibroblastos mucopolissacarídeos água modificação das fibras: colágenas elásticas reticulares DOCUMENTAÇÃO DOENÇAS ATUAIS E PREGRESSAS Diabetes Tipo I Hanseníase Diabetes Tipo II Hipertensão Arterial Drepanocitose Arteriosclerose Doença Neurológica Câncer Outros Medicamentos / Tratamento em uso? DOCUMENTAÇÃO USO DE DROGAS Antiinflamatórios não-esteroidais Corticosteróide Imunossupressor Reação inflamatória, fibroplasia, síntese protéica, angiogênese e epitelização DOCUMENTAÇÃO QUIMIOTERÁPICO divisão de células epiteliais divisão de fibroblastos Impedem ou retardam a cicatrização RADIOTERÁPICO •Retarda o ganho de resistência da ferida •Bloqueia a mitose celular •Deteriora os vasos isquemia 2a •Interfere no estado nutricional DOCUMENTAÇÃO ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS Desnutrição (proteína) Anemia Hb, Fe Hipovitaminose: A, B, C Outros elementos: zinco, caloria DOCUMENTAÇÃO Dados Antropométricos Referência (OMS) • <18,5 Kg/m²: baixo peso IMC:_ Kg/m² •18,5 a 24,9 Kg/m²: normal •25,0 a 29,9 Kg/m²: sobrepeso •>30,0 Kg/m²: obeso DOCUMENTAÇÃO •Pulsos periféricos •Edema (Cacifo/ Circunferência) Realizar a medida do ITB dos membros inferiores. [(II), (III), (VI)] Índice de pressão tornozelo /braço Aparelho Doppler manual Pesquisar o valor da pressão da artéria dorsal ou tibial posterior Pesquisar o valor da pressão sistólica no braço ITB = Dividir o valor da pressão sistólica do tornozelo pelo valor da pressão sistólica braquial ITB é o método não invasivo, mais confiável para detectar a insuficiência arterial e é essencial na avaliação de úlcera de perna crônica. [(II), (III), (VI)] Portador de doença arterial: ITB <0,8 [(IV) (VI)] ITB falsamente elevado: esclerose de veias medial da panturrilha e DM, DOCUMENTAÇÃO Extensão /Área Profundidade Descolamento Tecido necrótico Tecido de granulação DOCUMENTAÇÃO Cálculo da área DOCUMENTAÇÃO Mensuração da profundidade DOCUMENTAÇÃO Mensuração do descolamento DOCUMENTAÇÃO Tecido de granulação DOCUMENTAÇÃO Tecido necrótico DOCUMENTAÇÃO Odor Exsudato Aspecto Volume Dor/ Escore 0 a 10 DOCUMENTAÇÃO desfavorável à proliferação celular e à síntese protéica mantém baixo pH alta tensão de CO2 Edema baixa concentração de O2 fluxo sangüíneo e metabolismo local favorece necrose celular e crescimento bacteriano DOCUMENTAÇÃO PRESCRIÇÃO Responsável: ENFERMEIRO OBRIGADA A TODOS!