Geografia Agrária Agricultura e comércio mundial de alimentos Professor: Ricardo Ribeiro Revolução tecno-científica A biotecnologia se aprofundou na interação do homem com o ambiente. Engenharia genética altera os genes das plantas para seleção dos melhores frutos. Alimentos que são consumidos mundialmente como trigo, soja, batata e milho foram alterados para suportar a demanda mundial. Trangênicos Os alimentos se tornar resistentes as pragas e pesticidas, sendo criado um novo tipo de alimento. O comércio ocorre na década 1990, economia globalizada, nos EUA com a empresa Monsanto (85% mercado mundial). Em seguida a suíça Synguenta, a norte-america DuPont e a lemã Bayer. Mesmo assim o homem não venceu as intempéries do planeta. A justificativa da manutenção das OGMs, do ponto de vista econômico global, está na redução de custos de defensivos químicos, demandando menos pesticidas contra insetos. As críticas, do ponto de vista ambiental, apontam verdadeiras superpragas, que resultariam na transferência horizontal dos genes que geram resistência aos defensivos agrícolas para as ervas daninhas e os insetos. Com relação do ponto de vista sócioeconômico aponta subordinação dos agricultores ao monopólio das grandes empresas que detem as patentes das sementes. A agência da ONU para agricultura e alimentação (FAO) se posicionou em relação OGMs que não há indícios de efeitos nocivos à saúde e ao ambiente. Mas que os transgênicos acabam beneficiando o agronegócio internacional e não aos pequenos agricultores. A política agrícola da União Européia De modo geral é caracterizada pela heterogeneidade agrícola. A região noroeste apresenta agricultura moderna e produtiva. Fora destas áreas, a diversidade de cultivos em pequenos e médios estabelecimentos (cerca de 18 hectares). Durante a Idade Média, os latifundiários subdividiam suas terras para camponeses em troca de parte de sua colheita. No sul da Itália se denominou de mezzadria, surgindo as pequenas e médias propriedades. Na busca de proteção agrícola européia frente aos produtos dos EUA, Canadá, Austrália e Argentina foi criado o PAC (Política Agrícola Comum), em 1962. •Unificação do mercado comunitário e garantia de preços mínimos para cada produto. •Preferência de compra para produtos europeus. •Fixação de tarifas comuns para as importações extracomunitárias. A França, principal beneficiada, passou a disputar mercados internacionais. Segunda maior exportador mundial de cereais. Agricultura no mundo subdesenvolvido De modo geral são caracterizadas pela baixa produtividade, uso de técnicas rudimentares, grande dependência de fatores naturais e a comercialização em mercados locais próximos. A economia camponesa de subsistência é o resultado da combinação de condições naturais específicas, da demografia peculiar e de diferentes heranças históricas e culturais. Na Ásia das monções, o arroz domina as vastas planícies e vales fluviais. “Formigueiros humanos” aplicados em áreas de 1 hectare (atividade humana). Revolução Verde, década de 1960, contribuiu para produtividade da rizicultura, variedades melhoradas de arroz, técnicas de irrigação e fertilizantes no controle de pragas. O sistema de jardinagem se desenvolveu nas encostas do Himalaia. O sistema de terraceamento na encostas íngremes do Himalaia, evitando o processo de erosão. Nas encostas e altiplanos dos Andes se pratica a policultura indígena de subsistência, principalmente milho e batata (nativa da região) em pequenas propriedades e baixa produtividade. Nos países andinos existe a interação da economia de subsistência com a agricultura comercial de exportação. Melhores terras para banana, cacau café e algodão (exportação), mas a população se alimenta dos produtos produzidos nas pequenas propriedades. O sistema de roça tropical itinerante prevalece no território da África Subsaariana, nos domínios florestais. A mata é queimada através da coivara (técnica primitiva de limpeza de terreno) para plantação de mandioca ou inhame. É um meio de subsistência complementar à caça, pesca e coleta. A agricultura de plantation foi implementada durante a expansão colonial européia. Caracterizado por grandes estabelecimentos monocultores e vasta força de trabalho barata, destina-se a demanda dos mercados consumidores dos países desenvolvidos (produtos tropicais). Agropecuária e comércio internacional Estados Unidos, França, Canadá, Austrália e Argentina controlam cerca de 60% da produção mundial de cereais. Metade da produção norte-americana de trigo, milho e soja busca a demanda mundial. Os maiores importadores de cereais se localizam na Ásia. O Japão consome cerce de 9% das exportações globais. Só não é maior devido as tarifas de proteção dos rizicultores japoneses. Depois vem a China e a Coréia do Sul Os recursos aos subsídios dos EUA e da UE desequilibram a concorrência. As negociações internacionais na Organização Mundial do Comércio (OMC) sempre o objetivo de diminuir os subsídios aplicados pelos países ricos. A Rodada Uruguai, em 1994, os EUA tentaram com apoio do Grupo de Cairns (grupo de países exportadores de produtos aggropecuários), diminuir os subsídios da UE, mas no final EUA e UE realizaram acordos bilaterias. A Rodada de Doha, em 2002, teve o objetivo de liberalização do comércio agrícola mas, novamente, EUA e UE se articularam.