Bases da Terapia Nutricional PÓS-GRADUAÇÃO EM TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL E ENTERAL M. Cristina G. Barbosa e Silva 2006 Prática Caso 1 • • • • Sr. S., sexo masculino, 70 anos Previamente saudável Desconforto abdominal 3 – 4 meses Perda de apetite Prática • Exame físico – Ictérico – Peso atual = 62 kg – Peso habitual = 75 kg – Altura = 176 cm – IMC = 20 kg/m2 Prática • Achados laboratoriais – Aumento de bilirrubinas, TGO, TGP e fosfatase alcalina – Albumina = 2,4 g/dl Prática • Tomografia – Tumor de cabeça de pâncreas Prática • Ingestão alimentar = < 600 kcal (náuseas e vômitos) Prática • Ingestão alimentar = < 600 kcal (náuseas e vômitos) • Está indicado terapia nutricional neste paciente? – Sim – Não Paciente com > 10% de perda de peso, candidato a tratamento cirúrgico, com risco nutricional. Prática • Que tipo de terapia nutricional estaria indicada? – Nutrição oral – Nutrição enteral – Nutrição parenteral Uma vez que o paciente apresenta náuseas e vômitos, a NPT é a melhor forma de terapia nutricional. Prática • Qual a necessidade calórica e distribuição de macronutrientes (proteínas, glicose e lipídeos) deve ser ofertada? - 1550 a 1860 kcal (25 a 30 kcal/kg/d) - 74,4 a 93 g Aa (1,2 a 1,5 g Aa/kg/d - 310 a 465 kcal / 372 a 558 kcal de gordura (20 a 30% das NCT) Prática • Prescreva o volume das soluções de Aa, glicose e lipídeo para uma NPT que forneça 30 kcal/kg/d, com 1,2 g de Aa/kg/d e 30% da NCT na forma de lipídeo Prática • 1860 kcal • 74,4 g Aa = 744 ml de Aa 10% = 298 kcal • 558 kcal de gordura = 507 ml de Lipídeo 10% ou 279 ml de lipídeo a 20% • 1860 – 298 – 558 = 1004 kcal / 4 = 251g de glicose = SG50% 502 ml • 744 ml de Aa + 279 ml de lipídeo 20% = 1023ml • Com SG50% = 1023ml + 502 ml = 1525 ml • Proteínas 16% (298/1860) • Lipídeo 30% (558/1860) (36% kcal não protéicas – 558/1562) • Carboidrato 54% (1004/1860) (64% calorias não protéicas – 1004/1562) Prática • Na cirurgia, o paciente realizou gastroduodenopancreatectomia, sendo colocado uma sonda de jejunostomia, além de sonda nasogástrica. • Como deve ser a terapia nutricional deste paciente no período PO? – Manter a NPT – Suspender a NPT e usar apenas a jejunostomia – Iniciar a NE por jejunostomia, mantendo a NPT enquanto for necessário Prática • Que modificações você faria na prescrição PO? – Aumentaria a oferta protéica (1,5 g/kg/d) e diminuiria a oferta calórica (25 kcal/kg/d) – Aumentaria a oferta proteica (1,5 g/kg/d) e calórica (35 kcal/kg/d) – Diminuiria a oferta proteica (1 g/kg/d) e a oferta calórica (25 kcal/kg/d) Prática Caso 2 • Sra L., sexo feminino, 40 anos • 1981: dor abdominal difusa, diarréia crônica, muco e sangue nas fezes • Diagnóstico: Doença de Crohn Prática Caso 2 • Tratamento clínico sem efeito • Desenvolvimento de fístula enterocutânea e abcesso • Indicado tratamento cirúrgico Prática Caso 2 • • • • Nos anos seguintes, novas cirurgias Colectomia total Ressecção de ileo, com 1 m de jejuno Jejunostomia: débito de 1,5 – 2 l/d Prática Caso 2 • Incapaz de absorver nutrientes ou líquidos de maneira adequada – Má-absorção e desidratação • Internações repetidas para NPT Prática Caso 2 • Colocação de cateter de longa duração (Hickman) Prática Caso 2 • Recebimento das soluções em casa Prática Caso 2 • Faça a composição desta NPT (macronutrientes). Prática Caso 2 • Composição da NPT – 60 g de Aa = 600 ml de solução Aa 10% = 240 kcal – 2000 kcal – 240 kcal = 1760 kcal – 50% 1760 kcal = 880 kcal – Lipídeos = 880 kcal = 440 ml de lipídeos 20% – Glicose = 880 kcal = 220 g de glicose • 440 ml de SG 50% – Análise da solução final • 12% proteína (240kcal/2000kcal) • 44% de carboidratos e lipídeos (880kcal/2000kcal) • Calorias não protéicas 1760 kcal (50% CH e 50% lip) Prática Caso 2 • Controles e evolução Prática Caso 2 • Qualidade de vida e integração social