Balanço energético no organismo Energia no alimento = Energia liberada (calor) + Energia liberada (trabalho) ± Energia armazenada (gordura) »Os animais obtêm energia através da oxidação dos alimentos! »Material não »processado »(Fezes) »Urina e »secreções »corporais »Uso da energia »Crescimento »Energia »ingerida »com o »alimento »Energia »Metabolizável »Metabolismo »Basal »CALOR »ATP »Digestão »e armazenamento »Atividade »Balanço energético (gasto de ATP = síntese de ATP) »Metabolismo pode ser definido como o conjunto das reações químicas ocorrendo em um organismo »Taxa metabólica representa o fluxo de energia através do organismo »Taxa metabólica = taxa de energia química ingerida - taxa de energia química perdida. »As taxas de consumo de oxigênio mudam em diferentes situações… »Taxa metabólica basal – taxa estável de metabolismo energético, medida em aves e mamíferos sob condições de repouso absoluto, dentro da zona de termoneutralidade e livre de processos de digestão de alimentos e absorção de nutrientes. »Taxa metabólica padrão (SMR) – É a energia do metabolismo de um animal medida em repouso, em jejum e a dada temperatura. »Taxa metabólica de campo (FMR) – É a taxa média de utilização de energia metabólica quando um animal se encontra nas suas atividades normais (i.e., desde o repouso à atividade mais extrema). »FATORES QUE INFLUENCIAM TAXA METABÓLICA BASAL »MASSA MAGRA »SEXO »IDADE »GLÂNDULAS ENDÓCRINAS »LACTAÇÃO »GESTAÇÃO »OUTROS FATORES: SONO, FEBRE, TÔNUS MUSCULAR, EXERCÍCIO Energia no exercício Calor Energia Química Trabalho não aproveitado Trabalho Interno Trabalho Externo Útil »MEDIDA DO »CONSUMO DE OXIGÊNIO Indicações Avaliação da capacidade funcional Medida objetiva da intolerância ao exercício Planejar treinamento adequado Comparação pré e pós tratamento Contra indicações Absolutas Limitação física ou psicológica Febre Embolia pulmonar Relativas Dor torácica aguda Estenoses valvares moderadas Arritmias importantes Distúrbios hidroeletrolíticos metabólicos MEDIDA DO CONSUMO ENERGÉTICO HUMANO Todos os processos metabólicos que ocorrem no corpo resultam, na produção de calor »Calorimetria direta CALORIMETRIA INDIRETA »Todas as reações que liberam energia dependem da utilização de oxigênio »Mensuração da captação de oxigênio »Ergoespirometria de circuito fechado e de circuito aberto SISTEMA ON LINE proporciona medida contínua utiliza sensores para medir fluxo V analizadores de O2 e CO2 (amostras) precisão na composição gasosa técnica de manipulação alto custo requer calibragem rigorosa » OS PARÂMETROS MENSURADOS POR MEIO DA ESPIROMETRIA SÃO: » 1) volume ventilatório (VE), » 2) fração expirada de oxigênio (FEO2) e » 3) fração expirada de gás carbônico (FECO2). » A partir destes parâmetros coleta-se os seguintes dados: 1) o volume de oxigênio consumido (VO2) 2) o volume de gás carbônico produzido (VCO2), 3) ventilação minuto (Vebtps), 4) índice de trocas respiratórias (QR), Equivalente calórico de carboidratos e gorduras Carboidratos – C6H12O6 + 6 O2 6 CO2 + 6 H2O – QR = VCO2/VO2 = 6/6 = 1 – 1 g CHO produz 4 Kcal – 1 l O2 produz 5,05 Kcal Gorduras – C16H32O2 + 23 O2 16 CO2 + 23 H2O – QR =VCO2/VO2 = 16/23 = 0,70 -1 g Gordura produz 9 Kcal - l l O2 produz 4,7 Kcal Calorimetria indireta de circuito aberto Princípio: – calorias fornecidas por combustão de oxigênio depende do nutriente 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 kcal/g kcal/l O2 kcal / l CO2 Carboidratos Proteínas Gorduras Exercício: Qual o dispendio energético ? Dados – Espirometria em estado estável » VO2=2 l/min » VCO2=1,92 l/min – Calcule o QR – Qual a proporção de energia de CHO ? E de gordura ? QR % Carboidratos % Gordura Kcal/l O2 0,70 0% 100% 4,70 0,72 7% 93% 4,72 0,74 13% 87% 4,75 0,76 20% 80% 4,77 0,78 27% 73% 4,79 0,80 33% 67% 4,82 0,82 40% 60% 4,84 0,84 47% 53% 4,86 0,86 53% 47% 4,89 0,88 60% 40% 4,91 0,90 67% 33% 4,93 0,92 73% 27% 4,96 0,94 80% 20% 4,98 0,96 87% 13% 5,00 0,98 93% 7% 5,03 1,00 100% 0% 5,05 CALCULO DO GASTO CALÓRICO DO EXERCÍCIO FÍSICO TAXA DE EQUIVALENTE METABÓLICO (MET) • 1 MET (em repouso sentado) = 3,5 ml/kg/min • 1 MET (em repouso sentado) = 0,0175 kcal/kg/min • 1l de Oxigênio = 5 kcal 7000 Kcal = 1 Kg de peso corporal Km/h – m/s = dividir 3,6 o inverso multiplicar por 3,6 m/min – Km/h multiplicar 0,06 ATIVIDADE FÍSICA 1 MET (em repouso sentado) = 3,5 ml/kg/min 1 MET (em repouso sentado) = 0,0175 kcal/kg/min LEVES Até 3 METs MODERADAS Entre 3 a 6 METs VIGOROSAS > 6 METs Valor MET do exercício executado X tempo minutos X peso corporal VO2 = 0,2 ml.(kg.min)-¹ x Velocidade m/min + 3,5 ml.(kg.min)-¹ 50 e 100 m/min na caminhada Acima de 134 m/min corrida Testes máximos x submáximos TE máximo Equipamentos de RCP Capacidade máxima tolerada pelo indivíduo FC máx = 220 – idade Maior sensibilidade no diagnóstico de DAC Testes máximos x submáximos TE submáximo 70 a 85% da FC máx estimada Útil para programas de reabilitação e comparar efeito do treinamento Respostas do TE Incompetência cronotrópica – Incapacidade em ↑ FC – Coronariopatia ou miocardiopatia ↓ FC com ↑ esforço – Raro – Dç isquêmica – Interromper o TE Sedentarismo = atinge FC máx rápido e recuperação lenta Respostas do TE PA: avalia resposta inotrópica Hipertensão reativa ao esforço: – ↑ PAS > 220 mmHg – ↑ PAD > 15 mmHg – Probabilidade em desenvolver HAS ↓ PAS durante esforço = cardiopatia isquêmica ou disfunção contrátil ↑ PAS ou recuperação lenta = DAC CRITÉRIOS DE INTERRUPÇÃO DE TESTES alterações de ECG dor precordial crescente redução de FC e/ou PA desconforto muscular intenso dispnéia severa PAS acima de 250 e PAD acima de 130 mmHg cianose e/ou palidez intensa lipotímia / tonteira náuzeas e/ou vômito claudicação induzida pelo exercício Interrupção do TE Fadiga mm, dor torácica, tontura, dispnéia, cianose Arritmias, ausência do ↑ FC com ↑ carga Falha no equipamento Paciente pede para parar PAS = 260 mmHg ou PAD > 115 mmHg ERGÔMETROS BICICLETA frenagem mecânica (carga de trabalho variada) frenagem eletromagnética (carga de trabalho estável) Deve ser usado: limitações ortopédicas, síndromes vertiginosas, grandes obesos e deficiência visual grave. Menor desempenho em relação a esteira (5 -20%) promove maiores incrementos da PA em esforço. ERGÔMETROS »ESTEIRA »Velocidade mínima 1,6 Km/h e máxima de 12,8 inclinação de 0% a 24% e suportar »150 Kg. »BANCO »Altura variada: 4 -52 – dependente do protocolo usado »Baixo custo, fácil de transportar, é indicado para avaliar grandes grupos »Uso do metronômo (ritmo de 4 ou 6 tempos dependendo da altura do banco) »TESTES DE CAMPO »PISTA: CAMINHADA, CORRIDA UNIDADES DE MEDIDA ENERGIA , TRABALHO E POTÊNCIA Energia: é a capacidade de realizar trabalho Trabalho: é a aplicação de uma força através de uma determinada distância Potência: é o trabalho empreendido em uma unidade de tempo (ritmo) Potência aeróbica: VO2 = DC x diferença arterio venosa Potência anaeróbica UNIDADES SI Unidades Massa Unidades SI Quilograma (kg) Distância Tempo Força Metros (m) Segundos (s) Newton (N) Trabalho Energia Potência Velocidade Joule (J) Joule (J) Quilocaloria (Kcal) Watt (W) Metros por segundo (m . s-1) Torque Newtons metro (N.m) 1 Kg/m = 9,8 joules 1Kcal = 426,85 Kg/m 1 Joule = 1 Newton/metro 1 KJ = 1000 joules = 0,23889 Kcal Trabalho e potência Trabalho – T=FxD » onde T: trabalho » F: Força » D: distância Unidade de medida – J: joule – cal: caloria – kgm ou kpm: kilograma metro ou kilopound metro Potência – P= F x D / t » onde t = tempo Unidade de medida – W: watt=J/s – kcal/min: – kgm/min ou kp/min: 1 pound = 453, 6 gramas Cálculo de trabalho e potência Cicloergômetro (Monark) – Duração do exercício = 10 min – Resistência = 2,0 kp – Distância por volta = 6 m – Cadência = 50 rpm Qual o trabalho ? Qual a potência ? Trabalho – T=Fxd – T = 2,0 kp x 10 min x 6 m x 50/min = 6.000 kpm – T = 6.000 Potência – P = 6.000 kpm/10 min = 600 kpm/min Cálculo de trabalho e potência Esteira – Não existe trabalho horizontal, somente vertical – Peso = 70 kg – Velocidade = 12 km/h – Inclinação = 7,5 % – Tempo de exercício = 10 min Distância vertical (Dv) – Dv = 10 min x 12000m/60min x 0,075 – Dv = 150 m Trabalho – T=70 kg x 150 m = 10.500 kgm – T=10.500 kgm Potência – P = 10.500 kgm/10 min = 1.050 kgm/min Energia no exercício Calor Energia Química Trabalho não aproveitado Trabalho Interno Trabalho Externo Útil EFICIÊNCIA MECÂNICA – ECONOMIA NO MOVIMENTO Não existe fator biomecânico único Padrão técnico Fibras musculares Eficiência mecânica (%) = Trabalho útil/energia despendida x 100 Minimo Máximo Ciclismo Patinação – Natação 2.9 a 9.4 % – Ciclismo: 24 a 34 % Remo Ex: 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Natação Eficiência Mecânica = Trabalho útil/ Energia utilizada Marcha Vertical Marcha Horizontal Eficiência mecânica Exemplo de cálculo de eficiência Do exemplo da bicicleta – P = 600 kpm/min – VO2ss=1,5 l/min – Admitindo que 1 l O2 produz 5 Kcal ou 21 KJ Dispêndio energético (DE) – DE = 1,5 l/min x 21 KJ/l – DE =31,5 KJ/min Potência mecânica – P=600 kpm/min x 10 m/s2 = 6000 J/min=6 KJ/min Eficiência (e) – e =P/DE – e =6/31,5=19,0 % Custo energético do exercício ou Economia de Corrida Custo energético relaciona DE com medida de intensidade do exercício P.ex: – VO2/velocidade de corrida – Kcal/watt Exemplo: – Do cicloergômetro » VO2 = 1,5 l/min » P = 600 kpm/min » CE = (1500 ml/min)/(600 kpm/min) = 2,5 mlO2/kpm • VO2 estado estável •VO2 relativo – peso corporal ml.kg -1.min-1