Caminhos que se cruzam: CALL, práticas
pedagógicas e Complexidade
1ª Jornada de Elaboração de Materiais, Tecnologia e
Aprendizagem de Línguas
Prof. Dr. Rafael Vetromille-Castro
PPGL/UFPEL
[email protected]
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A apresentação
• Dois movimentos investigativos potentes
Linguística Aplicada (LA) nos últimos 10 anos:
na
▫ Iniciativas em CALL
 Contextualização da CALL: crescimento no número de
pesquisas e demarcação de foco
▫ Aproximação com Teorias do Caos/Complexidade
(TCC)
 A aprendizagem como fenômeno complexo
• Movimentos entrelaçados – implicações: proposta
de Objetos de Aprendizagem de Línguas (OAL)
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Contextualização da CALL
• Fases da CALL no Brasil (REIS, 2009)
1. Inserção de Tecnologias nas aulas de línguas
estrangeiras [1998-2002]
2. A implementação e elaboração de materiais
didáticos por meio de tecnologias [2002-2006]
3. Avaliação de atividades de linguagem no contexto
digital e relatos de experiência sobre o ensino
mediado por computador [2006-2008]
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As políticas públicas educacionais
2,64 milhões de brasileiros estudaram em cursos
EaD em 2008 (ABED, 2010)
Iniciativas do MEC de inserção de TIC na
Educação Básica
Portal de Periódicos CAPES, ProInfo, Domínio
Público e a Universidade Aberta do Brasil – UAB
51 cursos online de licenciatura em língua
estrangeira ou portuguesa no país (CAPES, 2010)
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Movimento presente-futuro de CALL
• Uma proposta: metodologias de
aprendizagem em CALL. Por quê?
ensino-
A inserção das NTIC no espaço educacional torna
mais saliente a Complexidade da aprendizagem –
tudo que a influencia e tudo que é por ela
influenciada
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A Complexidade na LA
• Linguística Aplicada (LARSEN-FREEMAN, PAIVA,
CAMERON, MARTINS, VETROMILLE-CASTRO)
▫ O entendimento de que a aprendizagem, seja ela no âmbito
da interação com o outro, seja na construção individual, é
um fenômeno complexo e as implicações de tal
entendimento
▫ Na formação de professores (continuada ou não), a
relevância, para o professor, de entender o todo da sala de
aula – "o todo é mais do que a soma de suas partes"
• A aproximação dos diferentes e/ou potencialização das
diferenças (KRAMSCH, 2011)
• Web 2.0 e a autoria responsável
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Complexidade, Neurociências e CALL
"Nós - eu e o neurocientista John Chapin - elaboramos um
experimento para contestar a doutrina neuronal
dominante no século 20 - que rendeu vários prêmios
Nobel. Esta teoria estabelecia o neurônio como
unidade funcional do sistema nervoso. Nós provamos
que a unidade funcional é uma população de
células. Um neurônio isolado - que sozinho constitui, de
fato, uma unidade anatômica e computacional - não
consegue reunir informação suficiente para gerar
comportamento, principal função do cérebro. No fim da
década de 80, tivemos a ideia de ligar um cérebro de rato
a um robô para mostrar que mesmo o neurônio mais
fenomenal não gera movimento. Mas, quando
registrávamos populações de cinquenta neurônios mesmo escolhendo-os de forma aleatória -, o animal
conseguia movimentar o braço mecânico como se fosse o
seu próprio."
"o cérebro é um sistema auto-adaptativo: cada vez que
você faz alguma coisa, ele muda."
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,integracao-entre-cerebro-e-maquinas-vai-influenciarevolucao,663729,0.htm
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Da rede neural à rede neuro-social
• Rede neural: local/unidade mínima de produção de
conhecimento (NICOLELIS & CHAPIN)
• Inspirado na fractalização, rede
(VETROMILLE-CASTRO, 2011):
neuro-social
• local interindividual (ou colaborativo) de produção de
conhecimento
• local de inteligência coletiva
• local de "linguagem em ação, pensamento em ação"
(KRAMSCH, 2011)
• Rede neuro-social: reunião de condomínio, mesa
de bar, salas de aula on e offline
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Rede neuro-social
• Se, por um lado:
1. é por meio da rede neuro-social que o conhecimento é
construído;
2. as redes se constituem via interação;
3. e a interação interindividual é sinônimo de comunicação.
• E se, por outro lado:
1. CALL pode se dar via Objetos de Aprendizagem (OA);
2. conforme os princípios do CLT, aprender uma LE é
aprender a comunicar (especialmente em tempos de Web
2.0)
• Logo...
10
Rede neuro-social
... os OA devem ser desenvolvidos em consonância
com princípios do CLT,
do contrário
Indivíduos/aprendizes ficam fora das redes neurosociais e, portanto, dos locais de produção de
conhecimento.
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A Complexidade na aprendizagem
• O conceito de competência comunicativa
(CANALE & SWAIN, 1980) evidencia o caráter
complexo da aprendizagem de línguas
• E relembrando: o uso das NTIC torna mais
saliente a Complexidade da aprendizagem –
tudo que a influencia e tudo que é por ela
influenciada
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CALL, práticas
Complexidade
pedagógicas
e
CALL
Práticas pedagógicas
13
CALL, práticas
Complexidade
pedagógicas
CALL
Práticas pedagógicas
e
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De OA a OAL
• Crítica mais contundente aos OA: neutralidade
teórica (LEFFA, 2006)
• Proposta de OAL com base nos cinco princípios
norteadores de uma abordagem comunicativa
para um programa de ensino de segunda língua
(CANALE & SWAIN, 1980, p.27)
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Princípios norteadores do CLT: uma
releitura para OAL
1.
O objetivo principal de um OAL deve ser o de facilitar a
integração
das
competências
gramatical,
sociolinguística e estratégica.
2.
O OAL deve ter foco nas necessidades de comunicação
do aprendiz.
3.
O OAL deve proporcionar oportunidades para que o aluno
interaja em situações reais e significativas de
comunicação, sejam elas de produção e/ou compreensão
oral e/ou escrita. Entendemos como ‘reais’ aquelas
situações que, ainda que não ocorram de fato no processo
de ensino, representam ou retratam eventos possíveis de
uso comunicativo da língua fora do contexto da sala de aula.
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Princípios norteadores do CLT: uma
releitura para OAL
4.
O OAL deve dar atenção à forma da LE em situações
de comunicação, levando o aluno do implícito ao
explícito no uso da língua.
5.
Os OAL devem possuir aspectos sócio-linguísticoculturais da LE e dos próprios aprendizes, para
facilitar a aprendizagem do uso da língua.
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Referências
CANALE, M.; SWAIN, M. Theoretical Bases of Communicative Approaches to Second Language Teaching and Testing ,
Applied Linguistics, 1, 1980.
CAPES.
Resultados
de
busca
por
cursos
http://www.uab.capes.gov.br/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=12
ESTADO DE SÃO PAULO. Janeiro, 2011.
maquinas-vai-influenciar-evolucao,663729,0.htm
Letras/Linguística:
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,integracao-entre-cerebro-e-
LARSEN-FREEMAN, Diane. Chaos/complexity science and second language acquisition. In: Applied Linguistics, v. 18,
issue 2, June 1997. pp. 141-165.
LEFFA, Vilson J. Nem tudo que balança cai: Objetos de aprendizagem no ensino de línguas. Polifonia. Cuiabá, v. 12, n. 2, p.
15-45, 2006.
MARTINS, Antônio Carlos. A emergência de dinámicas complexas em aulas on-line e face a face. In: PAIVA, Vera Lúcia
Menezes de O.; DO NASCIMENTO, Milton (orgs.). Sistemas adaptativos complexos: lingua(gem) e aprendizagem. Belo
Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2009. pp.149-171.
MORIN, Edgar, & LE MOIGNE, Jean-Louis. A inteligência da complexidade. 2ª ed. São Paulo: Peirópolis, 2000.
REIS, S. C. Análise de Gêneros em Publicações da área de CALL: O que pesquisadores têm pesquisado nessa área?. In: V
SIGET, 2009, Caxias. Anais do V Siget, 2009.
VETROMILLE-CASTRO, Rafael. A interação social e o benefício recíproco como elementos constituintes de um sistema
complexo em ambientes virtuais de aprendizagem para professores de línguas. 2007. Tese de doutorado – Programa de
Pós-Graduação em Informática na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007.
18
Muito
obrigado!