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Qualidade no Ensino
Coloboração:
Maria Heleno Braga / [email protected]
Horácio Almendra
Maria Sidalina Gouveia /[email protected]
[email protected]
www.iqe.org.br
Cristina Luiza Garbuio / [email protected]
O movimento corporal na educação escolar
Por: Maria Helena Braga
Supervisora Pedagógica de
Programas do IQE – Instituto
Qualidade no Ensino
Quantas horas diárias
passamos sentados, lidando
com teclados de computador
ou assistindo à televisão?
Uma grande parte da
população adulta mundial
submete-se a atividades
que prescindem de qualquer
movimento corporal, a não
ser o dos olhos ou das mãos.
Ouvimos, com bastante
frequência, nos meios de
comunicação e nas consultas
médicas, que precisamos
realizar, com regularidade,
alguma atividade física para
preservar ou recuperar o
equilíbrio saudável de nosso
organismo. As academias
de ginástica proliferam nas
cidades como meio de se
atingir os ideais estético e
biológico do corpo.
Modismos à parte, observamos grande preocupação
com a saúde do corpo e com
o sedentarismo que impera
em nossos hábitos de vida.
No entanto, por que
a educação escolar não
exerce esse conhecimento
em sua rotina? Apesar de
a separação mente/corpo e
do trabalho corporal como
secundário na seleção dos
conteúdos da escola serem
concepções refutadas por
especialistas da saúde e da
educação, ainda assim, a
escola preserva atividades
e mantém situações que
conferem indiferença à
importância do movimento
corporal.
Crianças
e
adolescentes saudáveis, cheios
de energia, são levados à
inércia das salas de aula,
colocados, em grande parte
das escolas, uns atrás dos
outros e assim permanecem
por três, quatro horas, diariamente. Professores de
Educação Física, com raras
exceções, são pouco ouvidos
pela equipe escolar, o que
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dada pela comunidade às
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área. Precisa-se de tempo
extra para algum evento?
Aulas de Educação Física
são cedidas.
Em alguns sistemas edu-
cacionais, as aulas de Educação Física são feitas no
contraturno,
FDXVDQGRLPHQVDVGLÀFXOdades para que os alunos se
dirijam às escolas em horários diferentes daqueles em
que as outras aulas acontecem.
Até mesmo alguns professores da disciplina que
privilegia o corpo contribuem
para a visão negativa que se
tem sobre ela, ao liberar cotidianamente seus alunos para
jogos com bola, sem qualquer
orientação ou aprofundamento dos conhecimentos.
Entretanto, muitos estudiosos têm incansavelmente
demonstrado e transformado as diretrizes desse
componente
curricular,
apresentando como objetivo
o autoconhecimento proporcionado pelo desenvolvimento do movimento corporal, pela consciência das
possibilidades e limites do
corpo e pelo conhecimento
e conquista do espaço.
Têm argumentado sobre a
importância de todos, sem
exceção, atingirem níveis
cada vez mais aprofundados
de conhecimento da relação
corpo-espaço, como condição
necessária ao desenvolvimento pleno de cada sujeito,
inclusive do intelecto. Não
se podem conceber aulas
que privilegiam apenas os
que apresentam maiores
aptidões para o esporte,
como também há que se
pensar que os professores da
área conhecem seus alunos
sob um ponto de vista que
os das demais disciplinas
talvez nem o vislumbrem.
Muitos educadores e especialistas sonham com uma
escola em que os alunos
possam interagir, movimentar-se com o corpo e com o
intelecto, possam ser inventivos e investigativos para
descobrir formas de se relacionar com o conhecimento
e com as pessoas. Enquanto
estudamos e lutamos para
construir esse tipo de escola,
a Educação Física, que
abranja não só o esporte,
mas também a dança, a
ginástica, jogos e outras atividades atléticas, dentro do
currículo atual, talvez seja
nossa única aliada.
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O movimento corporal na educação escolar