Qualidade no Ensino
Colaboração:
Maria Helena Braga / [email protected]
Maria Sidalina Gouveia / [email protected]
Cristina Luiza Garbuio / [email protected]
José Gayoso / [email protected]
Horácio Almendra
[email protected]
www.iqe.org.br
Informação não é o mesmo que conhecimento
Cristina Luiza Garbuio
Supervisora Pedagógica de
Matemática do IQE – Instituto
Qualidade no Ensino
O acesso às novas tecnologias e à informação em
todas as áreas de conhecimento tem favorecido um
número cada vez maior
de pessoas. Basta uma
palavra ou expressão inserida em um site de busca
e uma quantidade enorme
de informações a respeito
do tema é colocada à disposição do interessado.
O leitor que deseja fazer
uma pesquisa na área de
Matemática, ao digitar,
por exemplo, a expressão
“volume da esfera” encontrará milhares de referências sobre o assunto. De
todas essas referências,
algumas se destacarão
pela clareza e simplicidade com que abordam o
tema, outras pelo uso elegante do cálculo integral;
algumas são produzidas
por professores especialistas na área, outras
por entusiastas das ciências exatas, pessoas que
querem dar suas contribuições para mostrar que
todos podem compreender
as maravilhas que a Matemática nos oferece.
Frente a tantas informações, não é raro encontrarmos conceitos, demonstrações, definições conflitantes. Como saber, então,
quais fontes podem ser
confiáveis? Como podemos
selecionar as mais seguras
ou as que estão mais adequadas àquilo que é objeto
de nossa pesquisa? Antes
de respondermos a essas
questões, é necessário
fazermos uma reflexão
sobre o currículo, ainda
em busca do algoritmo
adequado à realidade brasileira.
Qualquer
discussão
a respeito de uma proposta curricular, tanto
na
educação
básica
quanto no ensino superior, será inútil se não
levarmos em conta a
construção do conhecimento baseada em
um processo de ensino
e aprendizagem que
envolva reflexão,
análise crítica, interesse
pela pesquisa. Para que
isso se torne realidade,
é preciso abandonar o
modelo de escola que
insiste em formatos ultrapassados.
Em pleno século XXI,
escolas que ainda mantém
suas salas de aula com as
carteiras em fileiras, professores que não sugerem
atividades em grupos por
considerá-las causadoras
de
indisciplina,
estão
condenando seus alunos
ao fracasso social e profissional, já que cada vez
mais as empresas necessitam de pessoas com
perfil para desenvolver
projetos em equipe.
Neste contexto, laboratórios de informática,
bibliotecas, netbooks e
lousas digitais que acabam
sendo subutilizados, além
das atividades repetitivas,
afastam a escola de sua
vocação de proporcionar
um ambiente que desperte nos alunos o desejo
de serem pesquisadores,
curiosos pelo conhecimento escolar e suas
aplicações no mundo real,
para que sejam capazes de
aprender sempre. O que
se observa, infelizmente
com certa frequência, é
uma escola rígida, impermeável
a
mudanças,
ambiente impróprio para
a valorização de pesquisas
nas diversas áreas. Dessa
maneira, mesmo os alunos
de escolas onde o acesso a
informações é garantido
por meio de livros, periódicos, internet, softwares
educativos e outras tecnologias, nem sempre conseguem diferenciar produções de fontes confiáveis
daquelas que não atendem
a um mínimo de qualidade
intelectual. O cotidiano
dessas escolas não foi
compatibilizado com as
tecnologias implantadas.
Para atender à demanda
em relação ao uso das
novas tecnologias, as
redes de ensino precisam
ir além da aquisição de
equipamentos e orientações de uso. É necessário
oferecer a seus educadores formação específica
que concilie didática a
tecnologias adequadas a
ela, mostrando assim que
informação não é o mesmo
que conhecimento.
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