A coleta de dados Sujeitos (amostra) Instrumentos Definição da metodologia e da sistemática de coleta da dados o pesquisador, tomando por base a análise situacional/situação problema e os objetivos (gerais e específicos) do projeto, definirá a melhor aplicação metodológica para responder às questões colocadas. SUJEITOS (Público-Alvo) Fator importantíssimo – essencial – para o desenvolvimento da pesquisa é a correta determinação do TARGET, do público-alvo, daquele sujeito (categoria de sujeitos) que se quer atingir!! Quem é...? Qual sua idade? Qual o sexo? Quais os hábitos de consumo? Qual a situação socioeconômica? Quais os desejos e aspirações? Quais os temores? O que pode esperar (e o que espera) do produto ou serviço? ...? Sujeito e metodologia É a partir da definição do sujeito que se elabora a definição do restante da pesquisa: Amostragem Forma de abordagem Instrumentos de coleta de dados ...? Os aspectos de avaliação, levados em conta na decisão da metodologia a ser utilizada,deverão ponderar os seguintes tópicos: disponibilidade e acessibilidade de respondentes (amostra), custos, prazo de execução, tipo de respostas procuradas, etc. De modo geral as escolhas ficarão entre três metodologias básicas: Estudos Qualitativos Estudos Quantitativos Estudos Exploratórios Este último é um estudo que considera a exploração de dados secundários e internos no levantamento de informações pertinentes, mas normalmente genéricas e superficiais, sobre a questão do estudo. Após escolher metodologia, considerar: Volume de entrevistas A facilidade de localização dos entrevistados Predisposição do entrevistado em fornecer as respostas O tempo do entrevistado Os custos de contato e abordagem A capacidade de se determinar e controlar uma abordagem aleatória Eventuais necessidades de estratificação amostral (e respeito às cotas) O uso de cortes e/ou filtros A existência de “saltos” no questionário Formas de contato Abordagens face-a-face (campo ou grupo) Abordagens via telemarketing Abordagens postais e questionários autopreenchidos Abordagens virtuais (internet) Os sujeitos da pesquisa: Amostragem Amostras não-Probabilísticas: As amostras não-probabilísticas são selecionadas por critérios subjetivos do pesquisador, de acordo com sua experiência e com os objetivos do estudo, não sendo obtidas utilizando-se conceitos estatísticos. Amostras não-probabilísticas por conveniência: os elementos da amostra são selecionados de acordo com a conveniência do pesquisador, sendo normalmente pessoas ao seu alcance e dispostas a responder um questionário. Amostras não-probabilísticas por julgamento: os elementos da amostra são selecionados segundo um critério de julgamento do pesquisador, tendo como base a crença nas informações que o elemento selecionado possa fornecer ao estudo. Amostras não-probabilísticas por cota: o pesquisador procura uma amostra que se identifique, em alguns aspectos, com o universo. Esta identificação pode estar ligado ao sexo, idade, etc., e a quantidade a ser entrevistada é aleatória. Amostras Probabilísticas: Neste tipo de amostra todos os elementos da população têm igual probabilidade (diferente de zero) de serem selecionados. A característica de conhecer a probabilidade de cada elemento da população fazer parte da mostra garante que a amostra será constituída de elementos selecionados objetivamente por processos aleatórios e não pela vontade pesquisador, dos entrevistadores de campo ou mesmo do entrevistado. Este fato, em termos estatísticos, permite calcular em que medida os valores de variáveis obtidos nas amostras diferem dos valores da população, sendo esta diferença chamada de erro amostral. Amostras probabilísticas simples: a amostragem probabilística (ou aleatória) simples caracteriza-se pelo fato de cada elemento da população ser escolhido por meio de sorteio. É a escolha aleatória dos elementos que farão parte da amostra. Amostras probabilísticas estratificadas: são aplicadas quando há uma necessidade de subdividir a população em extratos homogêneos, como por exemplo: classe social, idade, sexo, etc. Nesta modalidade amostral os pesos de cada variável considerada na formação do extrato deverão ser fielmente refletidos na amostra. Amostras probabilísticas sistemáticas: os elementos da amostra serão selecionados aleatoriamente através de um intervalo entre os mesmos. Esse intervalo será obtido como divisão do número do universo (ou população), pelo número da amostra. Calculo do Tamanho da Amostra para Amostragem Aleatória Simples . Parâmetro: característica da população. • Estatística: característica descritiva de elementos de uma amostra. • Estimativa: valor acusado por uma estatística que estima o valor de um parâmetro populacional. • ERRO AMOSTRAL: diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. • ERRO AMOSTRAL TOLERÁVEL: quanto um pesquisador admite errar na avaliação dos parâmetros de interesse numa população. – Exemplo, o resultado de uma pesquisa eleitoral: Candidato A = 20%, com 2% de erro amostral (18% - 22%) Fórmula para cálculo do tamanho da amostra Exemplo cálculo do tamanho da amostra N = 200 famílias E0 = erro amostral tolerável = 4% (E0 = 0,04) n0 = 1/(0,04)2 = 625 famílias n (tamanho da amostra corrigido) = n = 200x625/200+625 = 125000/825 = 152 famílias E se a população fosse de 200.000 famílias? n = (200.000)x625/(200.000 +625) = 623 famílias Observe=se que se N é muito grande, não é necessário considerar o tamanho exato N da população. Nesse caso, o cálculo da primeira aproximação já é suficiente para o cálculo. TABELA DE AMOSTRAS CASUAIS SIMPLES PARA PROPORÇÃO Intervalo de Confiança % de Erro 95 % 96 % 97 % 98 % 99 % 4,00% 600 659 736 846 1037 4,50% 474 521 581 668 819 5,00% 384 422 471 541 663 5,50% 317 349 389 447 548 6,00% 267 293 327 376 491 6,50% 227 250 279 320 393 7,00% 196 215 240 276 339 7,50% 171 187 209 241 295 8,00% 150 165 184 211 259 8,50% 133 146 163 187 230 9,00% 119 130 145 167 205 9,50% 106 117 130 150 184 105 118 135 166 10,00% 96 Instrumento de coleta Após a realização do planejamento do projeto de pesquisa, tendo sido o problema e os objetivos definidos, bem como a metodologia e a sistemática de coleta dos dados, deve-se elaborar o instrumento de coleta dos dados. Instrumentos de coleta de dados O instrumento de coleta de dados resgata os pontos destacados: Na problematização Nos objetivos Nas hipóteses Tipos de instrumentos de coleta de dados A coleta de dados pode servir-se de uma ampla variedade de instrumentos. A escolha estará em função: Dos dados que se quer colher Dos sujeitos a serem contatados (disponibilidade, perfil...) Dos ambientes onde se efetuará a pesquisa... Não há um modelo ideal de questionário em relação ao conteúdo ou ao número de perguntas. Cada projeto exige criatividade e formas adequadas de formulação de perguntas cujas respostas atendam a todos os objetivos propostos. Nunca se esqueça de focar os objetivos estabelecidos, correndo risco de divagar no desenvolvimento das questões Liste exaustivamente (brain storming / check list) todas as informações julgadas relevantes para o projeto e selecione, posteriormente, as que julgar realmente necessárias Tenha sempre em mente a clareza e compreensão das questões, evite as duplicidades de interpretação Não influencie as respostas Utilize seqüências lógicas para não confundir o entrevistado Utilize a linguagem do entrevistado Não faça perguntas embaraçosas Não obrigue o entrevistado a fazer cálculos Não inclua questões que remetam a um passado distante Pesquisas qualitativas utilizam questionários não estruturados (roteiros), em que pode haver inserção de perguntas pelo entrevistador, conforme o andamento da entrevista ou interesse no tópico em questão. Tanto o questionário quanto o roteiro deve iniciar com perguntas de caráter genérico para depois abordar questões mais específicas e/ou detalhadas, deixando por último as perguntas consideradas mais difíceis de serem respondidas, caso existam.