ELETROCARDIOGRAMA
( ECG )
Alunos
•Amanda Nascimento Bispo
•Artur Cicuto Ondei
O ECG foi inventado por Willem Einthoven em meados
de 1901, através do aperfeiçoamento dos eletrodos
capilares criado por Gabriel Lippmann .
Einthoven viu a necessidade de se estudar a relação
entre a contração do músculo cardíaco e os estímulos
elétricos que geravam essa contração.
• O eletrocardiógrafo é o aparelho utilizado para
registrar a atividade cardíaca na superfície corpórea.
As correntes elétricas geradas pelo coração são de
pequena amplitude e incapazes de movimentar um
galvanômetro, portanto é preciso aumentar a
amplitude dessas correntes elétricas.
• Existem dois tipos de eletrocardiógrafo:
- de amplificação ópitca
- de amplificação eletrônica
• A contração do músculo estriado cardíaco é diferente
da contração do músculo estriado esquelético!
• Para entender sobre a contração cardíaca, temos que
ressaltar a importância de 4 ions: sódio, potássio,
cloro e cálcio.
• Ao repouso, as células miocárdicas encontram-se
polarizadas (seu interior é carregado negativamente
e seu exterior é carregado positivamente devido a
atuação da bomba de Na-K-ATPase)
• Essa diferença acaba gerando uma diferença de
potencial (ddp) de aproximadamente -90mV.
• Quando chega um estímulo elétrico vindo do cérebro
ao nó sinusal, ocorre a despolarização das células
cardíacas.
• Isso faz com que os canais rápidos de sódio se abram
gerando um influxo desse íon para dentro da célula
cardíaca, perfazendo um potencial de ação.
• Com esse influxo de sódio, a ddp eleva-se par
aproximadamente +20mV.
• Ao mesmo tempo que ocorre o influxo de sódio para
dentro da célula cardíaca, os canais de cloro foram
abertos para ajudar a bomba de Na/K a deixar o
miocárdio em seu estado de repouso.
• Entretanto, apenas com essa contração rápida o
coração não consegue expelir a quantidade de
sangue satisfatória para fora de si. Desse modo,
juntamente com a abertura dos canais rápidos de
sódio, acabam passando por esse canal alguns íons
cálcio, que são essenciais para a contração muscular,
tanto cardíaca quanto esquelética.
• Esse cálcio faz com que o retículo sarcoplasmático da
célula cardíaca inunde o miocárdio com esse íon.
• Isso acaba gerando um platô da contração cardíaca
fazendo com que a célula fique mais tempo contraída
para ocorrer uma fração de ejeção satisfatória para o
débito cardíaco adequado.
• Passados 5ms do platô de contração entra em cena
as bombas lentas de cálcio que estão encarregadas
de recolocar o cálcio para dentro do retículo
sarcoplasmático. A bomba Na/k ainda atuando
juntamente com a bomba de cloro encarrega-se de
repolarizar a célula miocárdica deixando-a
novamente com -90mV esperando assim um novo
potencial de ação.
Atividade elétrica normal do
coração
• A atividade mecânica do coração só é possível graças
a um estímulo elétrico que chega ao miocárdio. Esse
estímulo elétrico chega ao nó sinusal que está
localizado no átrio direto. O nó sinusal possui
extensas terminações nervosas colinérgicas e
adrenérgicas pós ganglionares que vão determinar a
frequência cardíaca.
• Quando o estímulo chega ao nó sinusal, ele é a
primeira estrutura a se despolarizar no coração.
Dessa região, o estímulo é propagado para os átrios
como ondas de excitação de forma radiada.
• Ao ECG a despolarização e a repolarização são
representados pela onda P.
• A orientação da despolarização atrial é: de cima para
baixo, da direita para a esquerda, discretamente para
a frente (essas orientações são importantes para
saber sobre as derivações do ECG)
• Após aproximadamente 80ms ocorre a
despolarização ventricular que foi transmitida do nó
sinusal para o nó atrioventricular(NAV).
• O NAV está localizado no endocárdio posterior
direito, acima da válvula tricúspide. Sua função é
canalizar os estímulos oriundo do nó sinusal e
conduzir para os ventrículos com certo atraso de
aproximadamente 40ms.
• Do NAV, o estímulo elétrico penetra nas células de
His-Purkinje nas quais seus ramos direito e esquerdo
são projetados descendentes para os dois
ventrículos. Isso faz com que a contração cardíaca
dos ventrículos seja feita de baixo para cima,
impulsionando o sangue para fora do coração,
gerando a onda QRS do ECG.
• O complexo QRS é a união das linhas de força
elétricas feita pela despolarização ventricular. Essa
despolarização orienta-se para a frente e para a
direita, depois para a esquerda, para baixo e para
trás e finalmente para cima e direita
• Após toda a iniciação ventricular pelo complexo QRS
toda a massa cardíaca está despolarizada, sendo
registrada pelo linha ST isoelétrica do ECG.
• Aos poucos as células retornam ao seu estado de
repouso pelo efeito da bomba de Na/K. A ddp
começa a se restabelecer, gerando a onda T do ECG.
Derivações de um ECG
• Atualmente são estudados 12 derivações de um
ECG, que são perspectivas diferentes de se ver
um coração.
• As derivações são definidas de acordo com a
posição dos eletrodos colocados no paciente.
• Um par de eletrodos forma uma derivação.
Derivações do plano frontal
( periféricas )
• As perspectivas de se observar o coração são
infinitas. Por isso foi necessário o
estabelecimento de uma convenção para que os
registros pudessem ser comparados.
• Einthoven estabeleceu 3 derivações
convencionais de modo a formar um triângulo
equilátero.
• Assim a primeira derivação (DI) estuda o ddp (V)
entre o braço esquerdo (L) e o braço direito (R),
portanto a DI= VL-VR
• A segunda derivação (DII), mede a ddp entre a perna
esquerda (VF) e o braço direito (VR), portanto DII=
VF-VR
• A terceira derivação (DIII) , mede o ddp entre a perna
esquerda (VF) e o braço esquerdo (VL), portanto DIII=
VF-VL
• Sobrepondo as três derivações para o centro do
triângulo obtém-se a intersecção delas.
• Outras derivações foram criadas para melhor
entender a atividade elétrica do coração:
- AVR ( amplificação da ddp do braço direito )
- AVL ( amplificação da ddp do braço esquerdo )
- AVF ( amplificação da ddp da perna esquerda )
• As derivações periféricas frontais são as junções de
DI, DII, DIII, AVR, AVL, AVF.
• O ECG registra a mesma atividade cardíaca em cada
derivação. As ondas parecem diferentes nas diversas
derivações por que a atividade elétrica é registrada
em posições diferentes.
Derivações do plano horizontal
( precordiais )
• Essas derivações são unipolares não
necessitando de dois eletrodos para serem
averiguadas.
• São registradas seis derivações precordiais a
partir de seis posições diferentes do tórax.
• Essas derivações são numeradas de V1 a V6 e se
movem sucessivamente da direita para a
esquerda.
• Com elas, além de se obter o registro elétrico do
coração, também temos um registro anatômico
deste no tórax.
• As derivações V1 e V2 são derivações septais, V3 é uma derivação
da parte anterior do coração e as derivações V4, V5 e V6 são
derivações laterais.
Alterações do
eletrocardiograma
Sobrecarga atrial direita
Bloqueio de ramo esquerdo
Fibrilação atrial
Cálculo da Frequência cardíaca
Cálculo da Frequência cardíaca
• Para calcular a FC considera-se o número de “quadradões”
entre as ondas “R”;
• Multiplica-se o número de “quadradões” por 0,2s e em
seguida, aplica-se a regra de três.
Exemplo:
Nº de “quadradões” entre as
ondas “R”= 4
Multiplicando: 0,2X4= 0,8s
1(batimento)
X
X= 60/0,8
X= 75bpm
0,8s
60s
Método rápido:
• Baseado na distância entre os “quadradões”;
• Necessidade de decorar alguns números;
1º- 300bpm
2º-150bpm
3º-100bpm
4º-75bpm
5º-60bpm
Obrigada!!
Download

ELETROCARDIOGRAMA apresentação (4745216)