O SUS QUE DÁ CERTO
CUIABÁ, 17 DE SETEMBRO DE 2012
AS
REDES
DE
ATENÇÃO
À
SAÚDE
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO
SUS COORDENADAS PELA APS
EUGÊNIO VILAÇA MENDES
EUGENIO VILAÇA MENDES
A SITUAÇÃO DE SAÚDE NO BRASIL
• A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
• A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
• A TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL
FONTE: IBGE (2008)
AS DOENÇAS CRÔNICAS NO BRASIL
• 31,3% (59,5 milhões de pessoas) afirmaram
ter pelo menos uma doença crônica
• 5,9% declararam ter três ou mais doenças
crônicas
FONTE: IBGE (2010)
A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL
1974-2009
POPULAÇÃO ADULTA
FONTE: MALTA (2010)
POPULAÇÃO DE 5 A 9 ANOS
A TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA:
A CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE
VIDA PERDIDOS AJUSTADOS POR
INCAPACIDADE (DALYs)- BRASIL, 1998
GRUPO 1: 23,6%
GRUPO I
FONTE: SCHRAMM et al (2004)
GRUPO II
GRUPO 2: 66,2%
GRUPO III
GRUPO 3: 10,2%
A EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL:
A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS
• UMA AGENDA NÃO CONCLUÍDA DE INFECÇÕES,
DESNUTRIÇÃO E PROBLEMAS DE SAÚDE
REPRODUTIVA
• A FORTE PREDOMINÂNCIA RELATIVA DAS DOENÇAS
CRÔNICAS E DE SEUS FATORES DE RISCOS, COMO
TABAGISMO, SOBREPESO, INATIVIDADE FÍSICA, USO
EXCESSIVO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E
ALIMENTAÇÃO INADEQUADA
• O CRESCIMENTO DAS CAUSAS EXTERNAS
FONTE: FRENK (2006); MENDES (2011)
O PROBLEMA CRÍTICO DO SISTEMA DE
ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS
A INCOERÊNCIA ENTRE UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE
QUE COMBINA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICAE
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL ACELERADAS E TRIPLA
CARGA DE DOENÇA, COM FORTE PREDOMINÂNCIA DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS, E UM SISTEMA
FRAGMENTADO DE SAÚDE QUE OPERA DE FORMA
EPISÓDICA E REATIVA E QUE É VOLTADO
PRINCIPALMENTE PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES
AGUDAS E ÀS AGUDIZAÇÕES DAS CONDIÇÕES
CRÔNICAS
FONTE: MENDES (2011)
FONTE: MENDES (2009)
O CONTROLE DO DIABETES
NO BRASIL
•
•
•
•
•
•
APENAS 10% DOS
PORTADORES DE DIABETES
TIPO 1 APRESENTARAM NÍVEIS
GLICÊMICOS CONTROLADOS
APENAS 27% DOS
PORTADORES DE DIABETES
TIPO 2 APRESENTARAM NÍVEIS
GLICÊMICOS CONTROLADOS
45% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
SINAIS DE RETINOPATIAS
44% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
NEUROPATIAS
16% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
ALTERAÇÕES RENAIS
GASTO PER CAPITA/ANO EM
SAUDE: US 721,00
NOS ESTADOS UNIDOS
•
•
•
•
•
•
•
17,9 MILHÕES DE PORTADORES
DE DIABETES, 5,7% MILHÕES SEM
DIAGNÓSTICO (32%)
APENAS 37% DOS PORTADORES
DE DIABETES APRESENTARAM
NÍVEIS GLICÊMICOS
CONTROLADOS
35% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
SINAIS DE RETINOPATIAS
58% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
30% A 70% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
NEUROPATIAS
15% DOS PORTADORES DE
DIABETES SUBMETERAM-SE A
AMPUTAÇÕES
GASTO PER CAPITA/ANO EM
SAUDE: US 7.164,00
FONTES: BARR et al. (1996); SAYDADH et al.(2004); NATIONAL DIABETES STATISTIC (2007);
IMPROVING CHRONIC ILLNESS CARE (2008); UNIFESP/FIOCRUZ (2009); WORLD HEALTH
ORGANIZATION (2011)
A CRISE DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À
SAÚDE NO PLANO MACRO
BRECHA
80%
UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE DO
SÉCULO XXI SENDO RESPONDIDA
SOCIALMENTE POR UM SISTEMA DE
ATENÇÃO À SAÚDE DA METADE DO
SÉCULO XX
70%
POR QUÊ?
60%
O DESCOMPASSO ENTRE OS
FATORES CONTINGENCIAIS QUE
EVOLUEM RAPIDAMENTE
(TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA,
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA) E OS
FATORES INTERNOS (CULTURA
ORGANIZACIONAL, RECURSOS,
SISTEMAS DE INCENTIVOS, ESTILOS
DE LIDERANÇA E ARRANJOS
ORGANIZATIVOS)
100%
90%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1930 1935 1940 1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009
Infecciosas e parasitárias
Aparelho circulatório
Neoplasias
Outras doenças
Causas externas
FONTES: MALTA (2011); MENDES (2011)
UM CASO: O SUS NO DISTRITO FEDERAL
O PROBLEMA
A RESPOSTA SOCIAL
30
25
%
20
15
10
X
5
0
1980
1990
2008
DAC
19,9
25,3
27,8
NEO
9,6
12,8
18,0
CE
15,4
21,1
17,7
DAR
12,5
7,8
8,5
DAD
3,9
4,5
5,6
DENM
3,3
4,0
5,2
DIP
12,9
8,6
4,6
PERI
13,1
7,0
2,8
FONTE: DPPS/SUPRAC/SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
(2010)
A SOLUÇÃO DO PROBLEMA CRÍTICO DOS
SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS
O RESTABELECIMENTO DA COERÊNCIA ENTRE A
SITUAÇÃO DE SAÚDE COM TRANSIÇÃO
DEMOGRÁFICA ACELERADA E TRIPLA CARGA DE
DOENÇA COM PREDOMÍNIO RELATIVO FORTE DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS E UM SISTEMA INTEGRADO
DE SAÚDE QUE OPERA DE FORMA CONTÍNUA E
PROATIVA E VOLTADO EQUILIBRADAMENTE PARA A
ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS:
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
FONTE: MENDES (2011)
DOS SISTEMAS FRAGMENTADOS PARA AS
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
SISTEMA FRAGMENTADO
E HIERARQUIZADO
REDES POLIÁRQUICAS
DE ATENÇÃO À SAÚDE
AC
MC
APS
ABS
FONTE: MENDES (2011)
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE:
AGORA É LEI!
• DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011:
ART. 7º: AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE ESTARÃO
COMPREENDIDAS NO ÂMBITO DE UMA REGIÃO DE SAÚDE,
OU DE VÁRIAS DELAS, EM CONSONÂNCIA COM DIRETRIZES
PACTUADAS NAS COMISSÕES INTERGESTORES
• PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DEZEMBRO DE 2010 QUE
ESTABELECE DIRETRIZES PARA A ORGANIZAÇÃO DAS
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO ÂMBITO DO SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE
O CONCEITO DE REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE SÃO ARRANJOS
ORGANIZATIVOS DE AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE, DE
DIFERENTES DENSIDADES TECNOLÓGICAS, QUE
INTEGRADAS POR MEIO DE SISTEMAS DE APOIO
TÉCNICO, LOGÍSTICO E DE GESTÃO, BUSCAM GARANTIR
A INTEGRALIDADE DO CUIDADO
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2010)
AS DIFERENÇAS ENTRE OS SISTEMAS FRAGMENTADOS E
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
SISTEMA FRAGMENTADO
 ORGANIZADO POR COMPONENTES
ISOLADOS
 ORGANIZADO POR NÍVEIS
HIERÁRQUICOS
 ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A
CONDIÇÕES AGUDAS
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
 ORGANIZADO POR UM CONTÍNUO DE
ATENÇÃO
 ORGANIZADO POR UMA REDE
POLIÁRQUICA
 ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A
CONDIÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS
 VOLTADO PARA INDIVÍDUOS
 VOLTADO PARA UMA POPULAÇÃO
 O SUJEITO É O PACIENTE
 O SUJEITO É AGENTE DE SAÚDE
 REATIVO
 PROATIVO
 ÊNFASE NAS AÇÕES CURATIVAS
 ATENÇÃO INTEGRAL
 CUIDADO PROFISSIONAL
 CUIDADO MULTIPROFISSIONAL
 GESTÃO DA OFERTA
 GESTÃO DE BASE POPULACIONAL
 FINANCIAMENTO POR PROCEDIMENTOS  FINANCIAMENTO POR CAPITAÇÃO OU
FONTE: MENDES (2011)
FONTES: FERNANDEZ (2003); MENDES (2009)
POR UM CICLO COMPLETO DE
ATENDIMENTO A UMA CONDIÇÃO DE
SAÚDE
OS ELEMENTOS DAS
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
 A POPULAÇÃO E AS REGIÕES DE SAÚDE
 A ESTRUTURA OPERACIONAL
 O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2010)
UMA MUDANÇA FUNDAMENTAL NA
GESTÃO EM REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
• DA GESTÃO DA OFERTA
• GESTÃO DE BASE POPULACIONAL
A ATENÇÃO À SAÚDE BASEADA NA POPULAÇÃO É A
HABILIDADE DE UM SISTEMA DE ATENÇÃO EM ESTABELECER
AS NECESSIDADES DE SAÚDE DE UMA POPULAÇÃO
ESPECÍFICA CONFORME A ESTRATIFICAÇÃO DOS RISCOS, DE
IMPLEMENTAR E AVALIAR AS INTERVENÇÕES SANITÁRIAS
RELATIVAS A ESTA POPULAÇÃO E DE PROVER O CUIDADO
PARA AS PESSOAS NO CONTEXTO DE SEUS VALORES E DE
SUAS PREFERÊNCIAS
FONTE: MENDES (2011)
A POPULAÇÃO NAS REDES DE ATENÇÃO
À SAÚDE
•
•
•
•
O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO
O CADASTRAMENTO DAS FAMÍLIAS
A CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS FAMILIARES
A VINCULAÇÃO DA POPULAÇÃO ÀS EQUIPES DE
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
• A IDENTIFICAÇÃO DAS SUBPOPULAÇÕES COM
FATORES DE RISCO
• A IDENTIFICAÇÃO DAS SUBPOPULAÇÕES COM
CONDIÇÕES DE SAÚDE ESTABELECIDAS POR
ESTRATOS DE RISCOS
FONTE: MENDES (2011)
A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE
H
H
H
H
H
H H
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E
TERCIÁRIOS
H
RT 4
RT 3
PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E
TERCIÁRIOS
RT 2
PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E
TERCIÁRIOS
PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E
TERCIÁRIOS
SISTEMAS
DE APOIO
SISTEMAS
LOGÍSTICOS
RT 1
Sistema de Acesso
Regulado
Registro Eletrônico
em Saúde
Sistema de Transporte
em Saúde
Sistema de Apoio
Diagnóstico e Terapêutico
Sistema de Assistência
Farmacêutica
Teleassistência
Sistema de Informação
em Saúde
APS E PONTOS DE ATENÇÃO
SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA
Unid. de Atenção Primária à Saúde - UAPs
Ambulatório Especializado Microrregional
Ambulatório Especializado Macrorregional
POPULAÇÃO
H Hospital Microrregional
H Hospital Macrorregional
A GOVERNANÇA REGIONAL DAS
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
GOVERNANÇA
COMISSÕES
INTERGESTORES
REGIONAIS
FONTE: MENDES (2011)
OS ATRIBUTOS E AS FUNÇÕES DA APS
NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
FONTES: MENDES (2002); STARFIELD (2002)
A AUSÊNCIA DA COORDENAÇÃO NO
SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE DOS
ESTADOS UNIDOS
“OS ESTADOS UNIDOS GASTAM
COM INTERVENÇÕES MÉDICAS
DESNECESSÁRIAS 30% A 50% DO
GASTO TOTAL EM SAÚDE, O QUE
SIGNIFICA ENTRE 500 A 700
BILHÕES DE DÓLARES ANUAIS E
ESSES PROCEDIMENTOS
INJUSTIFICADOS SÃO
RESPONSÁVEIS POR 30 MIL
MORTES A CADA ANO” (Brownlee,
2008).
“UM QUARTO DOS
BENEFICIÁRIOS DO MEDICARE
TEM CINCO OU MAIS DOENÇAS
CRÔNICAS E, POR ANO, VISITA
UMA MÉDIA DE 13 MÉDICOS E
RECEBE 50 PRESCRIÇÕES”
(Christensen, 2009)
FONTES: BROWNLEE (2008); WELCH, SCHWARTZ & WOLLOSHIN (2010)
QUE APS?
COMPARAÇÕES ENTRE A ESF E AS
UNIDADES TRADICIONAIS DE APS
UTILIZANDO-SE O INSTRUMENTO PCATool VERIFICOUSE A SUPERIORIDADE DO PSF NA MAIOR PARTE DOS
ATRIBUTOS DA APS:
NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE (HARZHEIM et al., 2004)
NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS (MACINKO et al., 2004)
NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ( ELIAS et al., 2006)
EM
41 MUNICÍPIOS DO NORDESTE E SUL DO BRASIL (FACCHINI et
al., 2006)
EM 62
MUNICÍPIOS DE SÃO PAULO (IBAÑEZ et al., 2006)
EM 9
MUNICÍPIOS DE GOIÁS E MATO GROSSO (STRALEN et al., 2008)
EM CURITIBA (CHOMATAS, 2009; MARTY, 2011)
OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
• O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS
• O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
FONTE: MENDES (2011)
A LÓGICA DO MODELO DE ATENÇÃO ÀS
CONDIÇÕES AGUDAS
FONTE: MENDES (2011)
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES
AGUDAS
O Sistema Manchester de
Classificação de Risco
NÚMERO
NOME
COR
TEMPO-ALVO
1
Emergente
Vermelho
0
2
Muito urgente
Laranja
10
3
Urgente
Amarelo
60
4
Pouco urgente
Verde
120
5
Não urgente
Azul
240
FONTE: MACKWAY-JONES et al. (2010)
ATEDIMENTOS NO PRONTO SOCORRO DO
HOSPITAL DE PIRAPORA EM MINAS
GERAIS
FONTE: SANTOS JUNIOR (2011)
MODELOS DE ATENÇÃO CRÔNICA
FONTES: WAGNER (1998); DEPARTMENT OF HEALTH (2005); PORTER & KELLOGG (2007);
DAHLGREN & WHITEHEAD (1991)
UM MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES
CRÔNICAS PARA O SUS
Nível 3
Gestão
de Caso
Gestão da Condição
de Saúde
1- 5% de pessoas com
condições altamente
complexas
Nível 2
20-30% de pessoas com
condições complexas
Nível 1
Autocuidado Apoiado
70-80% de pessoas
com condições simples
FONTE: MENDES (2011)
A CRISE DO MODELO DE ATENÇÃO À
SAÚDE NO PLANO MICRO:
A FALÊNCIA DO SISTEMA CENTRADO NA
CONSULTA MÉDICA DE CURTA DURAÇÃO
•
•
•
•
•
•
50% DAS PESSOAS DEIXARAM AS CONSULTAS SEM COMPREENDER O QUE
OS MÉDICOS LHES DISSERAM
(Roter & Hall, 1989)
50% DAS PESSOAS COMPREENDERAM EQUIVOCADAMENTE AS
ORIENTAÇÕES RECEBIDAS DOS MÉDICOS
(Schillinger et al., 2003)
50% DAS PESSOAS NÃO FORAM CAPAZES DE ENTENDER AS PRESCRIÇÕES
DE MEDICAMENTOS (Schillinger et al., 2005)
O MÉDICO INTERROMPE O PACIENTE 23 SEGUNDOS DEPOIS O INÍCIO DE
SUA FALA
60 A 65% DOS PORTADORES DE DIABETES, HIPERTENSÃO E COLESTEROL
ELEVADO NÃO ESTÃO CONTROLADOS (Saydah et al., 2004; Roumie et al.,
2006)
A RAZÃO DESTA CRISE ESTÁ EM TRANSPLANTAR A CLÍNICA DAS
CONDIÇÕES AGUDAS PARA AS CONDIÇÕES CRÔNICAS. ISSO NÃO DÁ
CERTO (Bodenheimer & Grumbach, 2007)
UMA NOVA CLÍNICA NA APS PARA A
ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
DA CURA PARA O CUIDADO
DA QUEIXA-PROBLEMA PARA O PLANO DE CUIDADO
DA ATENÇÃO PRESCRITIVA E CENTRADA NA DOENÇA PARA A
ATENÇÃO COLABORATIVA E CENTRADA NA PESSOA
DA ATENÇÃO CENTRADA NO INDIVÍDUO PARA A ATENÇÃO
CENTRADA NA FAMÍLIA
O EQUILÍBRIO ENTRE A ATENÇÃO PROGRAMADA E A ATENÇÃO À
DEMANDA NÃO ESPONTÂNEA
DA ATENÇÃO UNIPROFISSIONAL PARA A ATENÇÃO
MULTIPROFISSIONAL
A INTRODUÇÃO DE NOVAS FORMAS DE ATENÇÃO PROFISSIONAL
O ESTABELECIMENTO DE NOVAS FORMAS DE RELAÇÃO ENTRE A
ESF E A ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA
O EQUILÍBRIO ENTRE A ATENÇÃO PRESENCIAL E A NÃO
PRESENCIAL
O EQUILÍBRIO ENTRE A ATENÇÃO PROFISSIONALA E A ATENÇÃO
POR PARES
O FORTALECIMENTO DO AUTOCUIDADO APOIADO
FONTE: MENDES (2012)
UM CASO DE RAS NO SUS:
O PROGRAMA MÃE CURITIBANA
AS DIRETRIZES CLÍNICAS DO MÃE
CURITIBANA
A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
•
•
•
•
•
•
104 UNIDADES
SANITÁRIAS
53 DE PSF
51 TRADICIONAIS
ATENÇÃO PRÉNATAL DE BAIXO
RISCO
PLANEJAMENTO
FAMILIAR
MONITORAMENTO
DA GESTANTE DE
ALTO RISCO
ATENÇÃO
PUERPERAL
ATENÇÃO À
CRIANÇA
O ESPAÇO SAÚDE NA APS EM CURITIBA
ATENÇÃO SECUNDÁRIA AMBULATORIAL
UNIDADE MÃE CURITIBANA
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO
ECOGRAFIA E ECOGRAFIA
MORFOLÓGICA
PLANEJAMENTO FAMILIAR
CIRURGIA DE ALTA FREQUÊNCIA
COLPOSCOPIA
MAMOGRAFIA E BIÓSIA PARA
RASTREAMENTO DE CANCER DE
MAMA
GINECOLOGIA
ATENÇÃO AO RECEM-NASCIDO E À
CRIANÇA DE ALTO RISCO
ELETROCARDIOGRAFIA
ELETROENCEFALOGRAFIA
ATENÇÃO EM
SUBESPECIALIDADES
PEDIÁTRICAS
A VINCULAÇÃO DAS GESTANTES ÀS
MATERNIDADES
ATENÇÃO HOSPITALAR NO MÃE
CURITIBANA
GESTANTE
DE BAIXO
RISCO
•
•
MATERNIDADE DE
BAIXO RISCO
2 MATERNIDADES
DE ALTO RISCO
4 MATERNIDADES
DE BAIXO RISCO
UNIDADE DE
ATENÇÃO PRIMÁRIA
À SAÚDE
GESTANTE DE
ALTO RISCO
MATERNIDADE DE
ALTO RISCO
SISTEMA DE APOIO DIAGNÓSTICO
LABORATÓRIO MUNICIPAL
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
HEMOGRAMA
TIPAGEM SANGUÍNEA E FATOR
RH
TIG
COOMBS INDIRETO
URINA
GLICEMIA
VDRL
FTA-ABS
TESTE ANTI HIV
CARGA VIRAL
EXAMES PARA TOXOPLASMOSE
REAÇÃO DE MANTOUX ID
SOROLOGIA PARA HEPATITE
BACTERIOSCOPIA PARA
SECREÇÃO VAGINAL
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO
CENTRAIS DE REGULAÇÃO
PROCESSOS-CHAVE NO MÃE
CURITIBANA - 2009
• PERCENTUAL DE GESTANTES CAPTADAS ATÉ O 4º MÊS: 83%
• NÚMERO MÉDIO DE CONSULTAS POR GESTANTE: 7,7
• NÚMERO MÉDIO DE CONSULTAS PUERPERAIS POR
GESTANTE: 1,32
• PERCENTUAL DE GRAVIDEZ EM ADOLESCENTES: 14,7%
• PREVALÊNCIA DE ALEITAMENTO MATERNO NO SEXTO MÊS
DE VIDA: 82,3%
• PERCENTUAL DE PARTOS CESÁREOS: 33,4%
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL
CURITIBA - PERÍODO 1997/2009
TAXA DE MORTALIDADE MATERNA
CURITIBA - PERÍODO 1994/2009
GASTOS EM SAÚDE NO SUS EM CURITIBA:
2009
• GASTO MUNICIPAL (EM MILHÕES DE REAIS):
APS:
MAC:
GASTO TOTAL:
276 (36,6%)
478 (63,4%)
754
• GASTO FEDERAL:
480
• GASTO NO SUS EM CURITIBA (EM REAIS):
VALOR GLOBAL:
VALOR PER CAPITA:
1.234
668
FONTE: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CURITIBA (2010)
REFLEXÃO FINAL:
“OS SISTEMAS DE
SAÚDE
PREDOMINANTES EM
TODO MUNDO ESTÃO
FALHANDO POIS NÃO
ESTÃO CONSEGUINDO
ACOMPANHAR A
TENDÊNCIA DE
DECLÍNIO DOS
PROBLEMAS AGUDOS E
DE ASCENSÃO DAS
CONDIÇÕES CRÔNICAS.
QUANDO OS
PROBLEMAS SÃO
CRÔNICOS, O MODELO
DE TRATAMENTO
AGUDO NÃO FUNCIONA”
FONTE: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2003)
Disponíveis para download gratuito em:
http://apsredes.org
Download

as redes de atenção à saúde