VIII ENCONTRO NACIONAL DE PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA BRASÍLIA, 7 DE DEZEMBRO DE 2012 O DESAFIO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS: O PAPEL DOS CUIDADOS PRIMÁRIOS À SAÚDE NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE EUGÊNIO VILAÇA MENDES A SITUAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE NO BRASIL • A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA • A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL • A TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL BRASIL: Distribuição da população por grupos etários (%), 1950-2050 100% 3 3 .9 5 .5 9 .6 90% 2 2 .5 80% 70% 55 .5 55 .8 64 . 9 60% 7 0. 4 50% 6 2 .8 40% 30% 20% 41.6 40 .3 29 . 6 10% 2 0. 1 14. 7 0% 1950 1975 2000 2020 2050 0-14 15-64 65+ FONTES: IBGE. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 1980-2050. Revisão 2004. Rio de Janeiro, IBGE, 2004 Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011 A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL 1974-2009 POPULAÇÃO ADULTA POPULAÇÃO DE 5 A 9 ANOS FONTE: Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011 A TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA: A CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE VIDA PERDIDOS AJUSTADOS POR INCAPACIDADE (DALYs)- BRASIL, 1998 GRUPO I GRUPO 1: 23,6% GRUPO II GRUPO 2: 66,2% GRUPO III GRUPO 3: 10,2% FONTE: Schramm M et al. Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 9: 897-908, 2004 A SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL: A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS • UMA AGENDA NÃO CONCLUÍDA DE INFECÇÕES, DESNUTRIÇÃO E PROBLEMAS DE SAÚDE REPRODUTIVA • O CRESCIMENTO DAS CAUSAS EXTERNAS • A FORTE PREDOMINÂNCIA RELATIVA DAS DOENÇAS CRÔNICAS E DE SEUS FATORES DE RISCOS, COMO TABAGISMO, INATIVIDADE FÍSICA, USO EXCESSIVO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E ALIMENTAÇÃO INADEQUADA FONTES: FRENK J. Bridging the divide: comprehensive reform to improve health in Mexico. Nairobi, Commission on Social Determinants of Health, 2006 Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 O POSTULADO DA COERÊNCIA ENTRE A SITUAÇÃO DE SAÚDE E O SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE • OS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE SÃO RESPOSTAS SOCIAIS DELIBERADAS, EFETIVAS, EFICIENTES, DE QUALIDADE E EQUITATIVAS ÀS NECESSIDADES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO • LOGO DEVE HAVER UMA COERÊNCIA ENTRE AS NECESSIDADES DE SAÚDE EXPRESSAS NA SITUAÇÃO DE SAÚDE E O SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE QUE SE PRATICA SOCIALMENTE FONTE: Mendes EV. Os sistemas de serviços de saúde: o que os gestores deveriam saber sobre essas organizações complexas. Fortaleza, Escola de Saúde Pública do Ceará, 2002 O PROBLEMA CRÍTICO DO SUS: A RUPTURA DO POSTULADO DA COERÊNCIA A INCOERÊNCIA ENTRE UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE QUE COMBINA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E TRANSIÇÃO NUTRICIONAL ACELERADAS E TRIPLA CARGA DE DOENÇA, COM FORTE PREDOMINÂNCIA DE CONDIÇÕES CRÔNICAS, E UMA RESPOSTA SOCIAL ARTICULADA NUM SISTEMA FRAGMENTADO DE SAÚDE QUE OPERA DE FORMA EPISÓDICA E REATIVA E QUE É VOLTADO PRINCIPALMENTE PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E ÀS AGUDIZAÇÕES DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS FONTE: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 FONTE: MENDES (2009) A EXPLICAÇÃO PARA O PROBLEMA CRÍTICO DO SUS BRECHA 80% UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE DO SÉCULO XXI SENDO RESPONDIDA SOCIALMENTE POR UM SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA METADE DO SÉCULO XX 70% POR QUÊ? 60% O DESCOMPASSO ENTRE OS FATORES CONTINGENCIAIS QUE EVOLUEM RAPIDAMENTE (TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA, TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA) E OS FATORES INTERNOS (CULTURA ORGANIZACIONAL, RECURSOS, SISTEMAS DE INCENTIVOS, ESTILOS DE LIDERANÇA E ARRANJOS ORGANIZATIVOS) 100% 90% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1930 1935 1940 1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009 Infecciosas e parasitárias Aparelho circulatório Neoplasias Outras doenças Causas externas FONTE: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 A SOLUÇÃO DO PROBLEMA CRÍTICO DO SUS: AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE O RESTABELECIMENTO DA COERÊNCIA ENTRE A SITUAÇÃO DE SAÚDE COM TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA ACELERADA E TRIPLA CARGA DE DOENÇA COM PREDOMÍNIO RELATIVO FORTE DE CONDIÇÕES CRÔNICAS E UMA RESPOSTA SOCIAL ARTICULADA NUM SISTEMA INTEGRADO DE SAÚDE QUE OPERA DE FORMA CONTÍNUA E PROATIVA E VOLTADO EQUILIBRADAMENTE PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS FONTE: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE UMA POPULAÇÃO E REGIÕES DE SAÚDE: A POPULAÇÃO ADSCRITA À REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE UMA ESTRUTURA OPERACIONAL: OS COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE UM MODELO LÓGICO: O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE FONTE: Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010 A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE H H H H H H H ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS H RT 4 RT 3 PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS RT 2 PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS SISTEMAS DE APOIO SISTEMAS LOGÍSTICOS RT 1 Sistema de Acesso Regulado Registro Eletrônico em Saúde Sistema de Transporte em Saúde Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico Sistema de Assistência Farmacêutica Teleassistência Sistema de Informação em Saúde APS E PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA Unid. de Atenção Primária à Saúde - UAPs Ambulatório Especializado Microrregional Ambulatório Especializado Macrorregional POPULAÇÃO H Hospital Microrregional H Hospital Macrorregional A ATENÇÃO PRIMÁRIA NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE • ATRIBUTOS • FUNÇÕES PRIMEIRO CONTACTO LONGITUDINALIDADE INTEGRALIDADE COORDENAÇÃO ORIENTAÇÃO FAMILIAR ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA RESOLUTIVIDADE CENTRO DE COMUNICAÇÃO RESPONSABILIZAÇÃO COMPETÊNCIA CULTURAL FONTES: Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília, UNESCO/Ministério da Saúde, 2002. Mendes EV. A atenção primária à saúde no SUS. Fortaleza, Escola de Saúde Pública do Ceará, 2002 AS EVIDÊNCIAS SOBRE A APS: OS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE COM FORTE ORIENTAÇÃO PARA A APS EM RELAÇÃO AOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE COM FRACA ORIENTAÇÃO APRESENTAM: • • • • • • DIMINUIÇÃO DA MORTALIDADE REDUÇÃO DO FLUXO DE PESSOAS USUÁRIAS PARA OS SERVIÇOS AMBULATORIAIS E HOSPITALARES ESPECIALIZADOS E PARA OS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA REDUÇÃO DOS CUSTOS DA ATENÇÃO À SAÚDE MAIOR ACESSO A SERVIÇOS PREVENTIVOS REDUÇÃO DAS INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO AMBULATORIAL E DAS COMPLICAÇÕES POTENCIALMENTE EVITÁVEIS DA ATENÇÃO À SAÚDE MELHORIA DA EQUIDADE FONTE: Mendes EV. Revisão bibliográfica sobre atenção primária à saúde. Belo Horizonte, Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, 2008. Com base em: STARFIELD (1994); SHI (1994); INSTITUTE OF MEDICINE (1994); BINDMAN et al (1995); STARFIELD (1996); REYES et al (1997); SALTMAN & FIGUERAS (1997); BOJALIL et al (1998); RAJMIL et al (1998); ROBINSON & STEINER (1998); BILLINGS et al (2000); COLINTHOME (2001); ENGSTRON et al (2001); GRUMBACK (2002); STARFIELD (2002); ANSARY et al (2003); MACINKO, STARFIELD & SHI (2003); ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD (2003); ATUN (2004); CAMINAL et al (2004); DOCTEUR & OXLEY (2004); GREB et al (2004);GWATKIN et al (2004); HEALTH COUNCIL OF NETHERLANS (2004); HEALTH EVIDENCE NETWORK (2004); JONES et al (2004);PALMER et al (2004); ROSERO (2004); SILVA & VALENTINE (2004); PANAMERICAN HEALTH ORGANIZATION (2005); STARFIELD, SHI & MACINKO (2005); MACINKO, GUANAIS & SOUZA (2006); WORLD HEALTH ORGANIZATION (2008) OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE • OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS • OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS FONTE: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 OS MODELOS DE ATENÇÃO CRÔNICA • O MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA (CHRONIC CARE MODEL) DO MacCOLL INSTITUTE FOR HEALTHCARE INNOVATION • AS RELEITURAS DO MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA EM DIVERSOS PAÍSES DO MUNDO • O MODELO DA PIRÂMIDE DE RISCOS FONTE: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 O MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA FONTE: Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective Clinical Practice, 1: 2-4, 1998 Autorização de uso de imagem concedida ao autor pelo American College of Physicians AS EVIDÊNCIAS DO MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA • EFEITO SINÉRGICO POSITIVO QUANDO OS DIFERENTES COMPONENTES DO MODELO SÃO COMBINADOS • MAIOR SATISFAÇÃO DAS PESSOAS USUÁRIAS • MAIOR SATISFAÇÃO DAS EQUIPES PROFISSIONAIS • MELHORES RESULTADOS CLÍNICOS • QUANDO APLICADO COMO PARTE DE UM PROGRAMA DE GESTÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE MELHORA A QUALIDADE DA ATENÇÃO • MUITO EFETIVO NA ATENÇÃO A PORTADORES DE ASMA, DEPRESSÃO, DIABETES E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA FONTES: McLISTER et al. (2001); WAGNER et al. (2001); BODDENHEIMER et al. (2002); GLASGOW et al. (2002); HARTWELL et al. (2002); MONTON et al. (2002); SCOTT et al. (2002); ENDICOTT et al.( 2003);GILMER & O`CONNOR (2003); ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2003); WELLIGHAM,( 2003); CHIN et al (2004); DANIEL et al. (2004); GROMEN et al (2004); GONSET et al. (2004); LI et al. (2004); LOUDON et al. (2004); LOZANO et al. (2004); WANG et al. (2004); BATTERSBY et al. (2005); BRAY et al. (2005); DWIGHT-JOHNSON et al. (2005); GOETZEL et al. (2005); HOMER et al. (2005); SIMINERIO et al. (2005); SINGH (2005); STOEBEL et al. (2005); SINGH (2005); OUWENS et al. (2005); BAUER et al. (2006); HUNG et al. (2006); LANDIS et al. (2006); PIATT et al. (2006); SINGH & HAM (2006) O MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA NO MUNDO ESTADOS UNIDOS REINO UNIDO HOLANDA ALEMANHA DINAMARCA RÚSSIA CANADÁ BRITISH COLUMBIA PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO OMS FONTE: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 FONTE: MENDES (2009) O MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA NO BRASIL INCORPORADO COMO MODELO DE ABORDAGEM INTEGRAL EM CONDIÇÕES CRÔNICAS NO PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL 2011-2022 FONTE: Ministério da Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, 2011-2022. Brasília, Ministério da Saúde, 2011. POR QUE UM MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) PARA O SUS? • PORQUE O SUS É UM SISTEMA PÚBLICO UNIVERSAL COM RESPONSABILIDADES CLARAS SOBRE TERRITÓRIOS E POPULAÇÕES • PORQUE O MODELO DO SUS DEVE INCORPORAR INTERVENÇÕES SOBRE OS DETERMINANTES SOCIAIS INTERMEDIÁRIOS E DISTAIS: É UM MODELO EXPANDIDO • PORQUE AS INTERVENÇÕES SOBRE AS CONDIÇÕES DE SAÚDE ESTABELECIDAS DEVEM SER FEITAS POR SUBPOPULAÇÕES ESTRATIFICADAS POR RISCOS E POR MEIO DE TECNOLOGIAS DE GESTÃO DA CLÍNICA FONTE: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 O MODELO DA PIRÂMIDE DE RISCOS FONTES: Department od Health. Self care support: a compendium of practical examples across the whole system of health and social care. London, Department of Health, 2005. Porter M, Kellogg M. Kaiser Permanente : an integrated health care experience. Revista de Innovacion Sanitaria y Atencion Integrada. 1:1, 2008 AS EVIDÊNCIAS SOBRE O MODELO DA PIRÂMIDE DE RISCOS • MELHORA A QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS USUÁRIAS • REDUZ AS INTERNAÇÕES HOSPITALARES • REDUZ AS TAXAS DE PERMANÊNCIA NOS HOSPITAIS • MELHORA A SITUAÇÃO DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AOS COMPORTAMENTOS E AOS ESTILOS DE VIDA • REDUZ OS CUSTOS DA ATENÇÃO À SAÚDE FONTES: WALLACE (2005); SINGH (2005); DEPARTMENT OF HEALTH/NHS (2005); SINGH & HAM (2006); PORTER & KELLOGG (2008) O MODELO DA DETERMINAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE DE DAHLGREN E WHITEHEAD FONTE: Dahlgren G, Whitehead M. Policies and strategies to promote social equity in health. Stocolm, Institute for Future Studies, 1991. O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) Nível 3 Gestão deCaso Gestãoda Condição de Saúde 1- 5%de pessoascom condições altamente complexas Nível 2 20-30%depessoas com condições complexas Nível 1 AutocuidadoApoiado 70-80%de pessoas comcondições simples FONTE: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 A LÓGICA DO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS DETERMINANTES INTERMEDIÁRIOS AÇÃO SOCIAL EDUCAÇÃO EMPREGO E RENDA HABITAÇÃO MEIO AMBIENTE SANEAMENTO SEGURANÇA INFRA-ESTRUTURA OUTROS INTERVENÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DETERMINANTES PROXIMAIS DIETA INADEQUADA ESTRESSE INATIVIDADE FÍSICA TABAGISMO USO EXCESSIVO DE DROGAS OUTROS INTERVENÇÕES DE PREVENÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DETERMINANTES INDIVIDUAIS NÃO MODIFICÁVEIS IDADE SEXO HEREDITARIEDADE MODIFICÁVEIS ALTERAÇÃO DE COLESTEROL DEPRESSÃO HIPERTENSÃO ARTERIAL LESÕES PRÉ-CLÍNICAS NÍVEL GLICÊMICO ALTERADO SOBREPESO OU OBESIDADE OUTROS INTERVENÇÕES DE VIGILÂNCIA E CLÍNICAS SOBRE FATORES DE RISCO INDIVIDUAIS BIOPSICOLÓGICOS MODIFICÁVEIS CONDIÇÃO CRÔNICA ESTABELECIDA GESTAÇÃO, PARTO E PUEPÉRIO PUERICULTURA HEBICULTURA SENICULTURA DOENÇAS CARDIOVASCULARES DOENÇA RENAL CRÔNICA DOENÇA RESPIRATÓRIA CRÔNICA DIABETES HANSENÍASE HIV/AIDS TUBERCULOSE OUTRAS RESULTADOS CONDIÇÃO CRÔNICA CONTROLADA CONDIÇÃO CRÔNICA NÃO CONTROLADA INCAPACIDADE FUNCIONAL MORTE INTERVENÇÕES DE VIGILÂNCIA E CLÍNICAS SOBRE SOBRE CONDIÇÕES CRÔNICAS ESTABELECIDAS FONTE: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. AS RELAÇÕES ENTRE O AUTOCUIDADO APOIADO E O CUIDADO PROFISSIONAL NO MACC FONTE: MENDES EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 A CRISE DO SISTEMA FRAGMENTADO DE ATENÇÃO À SAÚDE NO PLANO MICRO DA CLÍNICA: A FALÊNCIA DO SISTEMA CENTRADO NA CONSULTA MÉDICA DE CURTA DURAÇÃO • • • • • • APENAS 50% DAS INTERVENÇÕES MÉDICAS NA APS SÃO SUSTENTADAS POR EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS (Bodenheimer, 2008) 50% DAS PESSOAS DEIXARAM AS CONSULTAS SEM COMPREENDER O QUE OS MÉDICOS LHES DISSERAM (Roter & Hall, 1989) 50% DAS PESSOAS COMPREENDERAM EQUIVOCADAMENTE AS ORIENTAÇÕES RECEBIDAS DOS MÉDICOS (Schillinger et al., 2003) 50% DAS PESSOAS NÃO FORAM CAPAZES DE ENTENDER AS PRESCRIÇÕES DE MEDICAMENTOS (Schillinger et al., 2005) O MÉDICO INTERROMPE O PACIENTE 23 SEGUNDOS DEPOIS O INÍCIO DE SUA FALA (Marvel et al., 1999) ESTIMOU-SE QUE UM MÉDICO PARA UM PAINEL DE 2.500 PESSOAS GASTARIA 7,4 HORAS/DIA PARA PROVER TODOS OS SERVIÇOS PREVENTIVOS E MAIS 10,6 HORAS/DIA PARA PROVER OS CUIDADOS DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS NÃO AGUDIZADAS (Yarnall et al., 2003; Ostbye et al., 2005) O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS E AS MUDANÇAS NA CLÍNICA DA APS • • • • • • • • DA ATENÇÃO PRESCRITIVA E CENTRADA NA DOENÇA PARA A ATENÇÃO COLABORATIVA E CENTRADA NA PESSOA DA ATENÇÃO CENTRADA NO INDIVÍDUO PARA A ATENÇÃO CENTRADA NA FAMÍLIA O EQUILÍBRIO ENTRE A ATENÇÃO À DEMANDA ESPONTÂNEA E A ATENÇÃO PROGRAMADA DA ATENÇÃO UNIPROFISSIONAL PARA A ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL A INTRODUÇÃO DE NOVAS FORMAS DE ATENÇÃO O ESTABELECIMENTO DE NOVAS FORMAS DE RELAÇÃO ENTRE A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E A ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA O EQUILÍBRIO ENTRE A ATENÇÃO PRESENCIAL E A ATENÇÃO NÃO PRESENCIAL O FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE AUTOCUIDADO FONTE: MENDES EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. UM CASO: O LABORATÓRIO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DA SMS DE CURITIBA • • • • • • • • • • • CONDIÇÕES CRÔNICAS: HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES E DEPRESSÃO DIRETRIZES CLÍNICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIA MANEJO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS POR ESTRATOS DE RISCO EQUIPE MULTIPROFISSIONAL PRONTUÁRIO CLÍNICO INFORMATIZADO MONITORAMENTO INDIVIDUAL E POPULACIONAL DE INDICADORES DE DESEMPENHO ELABORAÇÃO COLABORATIVA, PELA EQUIPE DE APS E PELAS PESSOAS USUÁRIAS, DE PLANOS DE CUIDADO COMO BASE DA ATENÇÃO INCORPORAÇÃO DE NOVAS FORMAS DE ATENÇÃO: O CUIDADO COMPARTILHADO IMPLANTAÇÃO DO AUTOCUIDADO APOIADO UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO VALIDAÇÃO TRANSCULTURAL DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DO MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA: ACIC E PACIC FONTE: Moysés ST. Laboratório de inovações no cuidado das condições crônicas na APS: a implantação do modelo de atenção às condições crônicas na UBS Alvorada, Curitiba, Paraná. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde/CONASS, 2012 FONTE: Moysés ST et al. Laboratório de inovações no cuidado das condições crônicas na APS: a implantação do modelo de atenção às condições crônicas na UBS Alvorada, Curitiba, Paraná. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde/CONASS, 2012 MODELOS DE ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA FONTE: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. UM CASO: O CENTRO HIPERDIA DE SANTO ANTÔNIO DO MONTE FONTE: Alves Junior AC. Consolidando a rede de atenção às condições crônicas: experiência da Rede Hiperdiade Minas Gerais. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 Disponível para download gratuito em: http://apsredes.org