DIREITO À SAÚDE
CURITIBA, 25 DE MARÇO DE 2011
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO
SUS E A ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
EUGÊNIO VILAÇA MENDES
A SITUAÇÃO DE SAÚDE NO BRASIL
• AS CONDIÇÕES AGUDAS E AS CONDIÇÕES
CRÔNICAS
• A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
• A CARGA DE DOENÇAS
AS CONDIÇÕES AGUDAS
AS CONDIÇÕES AGUDAS SÃO AQUELAS CONDIÇÕES DE
SAÚDE DE CURSO CURTO QUE SE MANIFESTAM DE MODO
POUCO PREVISÍVEL E QUE PODEM SER CONTROLADAS DE
FORMA EPISÓDICA E REATIVA EXIGINDO UM TEMPO DE
RESPOSTA OPORTUNO DO SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE
SÃO CONDIÇÕES AGUDAS:
AS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS DE CURSO CURTO COMO
GRIPE E DENGUE
AS DOENÇAS INFECCIOSAS COMO APENDICITE E
AMIGDALITE
OS TRAUMAS
FONTE: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2003)
AS CONDIÇÕES CRÔNICAS
AS CONDIÇÕES CRÔNICAS SÃO AQUELAS CONDIÇÕES DE
SAÚDE DE CURSO MAIS OU MENOS LONGO QUE EXIGEM
RESPOSTAS E AÇÕES CONTÍNUAS, PROATIVAS E
INTEGRADAS DO SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE, DOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE E DAS PESSOAS USUÁRIAS PARA
O SEU CONTROLE
SÃO CONDIÇÕES CRÔNICAS:
AS DOENÇAS CRÔNICAS:
DOENÇAS CARDIOVASCULARES, CÂNCERES, DIABETES, DOENÇAS
RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS E OUTRAS
AS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS DE CURSO LONGO:
HANSENÍASE, TUBERCULOSE, HIV/AIDS
AS CONDIÇÕES MATERNAS E PERINATAIS
A MANUTENÇÃO DA SAÚDE POR CICLOS DE VIDA :
PUERICULTURA, HEBICULTURA, ACOMPANHAMENTO DAS PESSOAS
IDOSAS
OS DISTÚRBIOS MENTAIS DE LONGO PRAZO
AS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E ESTRUTURAIS CONTÍNUAS:
AMPUTAÇÕES E DEFICIÊNCIAS MOTORAS PERSISTENTES
FONTE: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2009)
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
1980
2005
1990
2000
2020
2010
2030
10% da população idosa
BRASIL
15% da população idosa
20 MILHÕES
2005 a 2030
MAIS DE 40 MILHÕES
FONTE: IBGE (2004)
AS DOENÇAS CRÔNICAS NO BRASIL
• 31,3% (59,5 milhões de pessoas) afirmaram
ter pelo menos uma doença crônica
• 5,9% declararam ter três ou mais doenças
crônicas
FONTE: IBGE (2010)
A CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE VIDA
PERDIDOS AJUSTADOS POR
INCAPACIDADE (AVAI´S), BRASIL, 1998
AVAI´S POR MIL
HABITANTES
%
INFECCIOSAS, PARASITÁRIAS E
DESNUTRIÇÃO
34
14,8
CAUSAS EXTERNAS
19
10,2
CONDIÇÕES MATERNAS E
PERINATAIS
21
8,8
DOENÇAS CRÔNICAS
124
66,2
TOTAL
232
100
CONDIÇÕES DE SAÚDE
FONTE: SCHRAMM et alii (2004)
A SITUAÇÃO DE SAÚDE NO BRASIL:
A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS
• UMA AGENDA NÃO CONCLUÍDA DE INFECÇÕES,
DESNUTRIÇÃO E PROBLEMAS DE SAÚDE
REPRODUTIVA
• A FORTE PREDOMINÂNCIA RELATIVA DAS DOENÇAS
CRÔNICAS E DE SEUS FATORES DE RISCOS, COMO
TABAGISMO, SOBREPESO, INATIVIDADE FÍSICA, USO
EXCESSIVO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E
ALIMENTAÇÃO INADEQUADA
• O CRESCIMENTO DAS CAUSAS EXTERNAS
FONTE: FRENK (2006); MENDES (2009)
O PROBLEMA CRÍTICO DO SUS
A INCOERÊNCIA ENTRE UMA SITUAÇÃO DE
SAÚDE QUE COMBINA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
ACELERADA E TRIPLA CARGA DE DOENÇA, COM
FORTE PREDOMINÂNCIA DE CONDIÇÕES
CRÔNICAS, E UM SISTEMA FRAGMENTADO DE
SAÚDE QUE OPERA DE FORMA EPISÓDICA E
REATIVA E QUE É VOLTADO PRINCIPALMENTE
PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E ÀS
AGUDIZAÇÕES DE CONDIÇÕES CRÔNICAS
FONTE: MENDES (2009)
FONTE: MENDES (2009)
AS CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS
FRAGMENTADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE










ORGANIZADOS POR COMPONENTES ISOLADOS
ORIENTADOS PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES
AGUDAS E PARA AS AGUDIZAÇÕES DAS
CONDIÇÕES CRÔNICAS
VOLTADOS PARA INDIVÍDUOS
OS SUJEITOS SÃO OS PACIENTES
REATIVIDADE
ÊNFASE NAS AÇÕES CURATIVAS E
REABILITADORAS
SISTEMAS DE ENTRADA ABERTA E SEM
COORDENAÇÃO DA ATENÇÃO PELA APS
ÊNFASE NO CUIDADO PROFISSIONAL
GESTÃO DA OFERTA
PAGAMENTO POR PROCEDIMENTOS
FONTE: MENDES (2009)
FONTE: MENDES (2009)
O CONTROLE DO DIABETES
NO BRASIL
•
•
•
•
•
•
APENAS 10% DOS
PORTADORES DE DIABETES
TIPO 1 APRESENTARAM NÍVEIS
GLICÊMICOS CONTROLADOS
APENAS 27% DOS
PORTADORES DE DIABETES
TIPO 2 APRESENTARAM NÍVEIS
GLICÊMICOS CONTROLADOS
45% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
SINAIS DE RETINOPATIAS
44% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
NEUROPATIAS
16% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
ALTERAÇÕES RENAIS
GASTO PER CAPITA/ANO EM
SAUDE: US 606,00
NOS ESTADOS UNIDOS
•
•
•
•
•
•
•
17,9 MILHÕES DE PORTADORES
DE DIABETES, 5,7% MILHÕES SEM
DIAGNÓSTICO (32%)
APENAS 37% DOS PORTADORES
DE DIABETES APRESENTARAM
NÍVEIS GLICÊMICOS
CONTROLADOS
35% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
SINAIS DE RETINOPATIAS
58% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
30% A 70% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
NEUROPATIAS
15% DOS PORTADORES DE
DIABETES SUBMETERAM-SE A
AMPUTAÇÕES
GASTO PER CAPITA/ANO EM
SAUDE: US 7.250,00
FONTES: BARR et al. (1996); SAYDADH et al.(2004); NATIONAL DIABETES STATISTIC (2007);
IMPROVING CHRONIC ILLNESS CARE (2008); UNIFESP/FIOCRUZ (2009); WORLD HEALTH
ORGANIZATION (2010)
A CRISE DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À
SAÚDE NO PLANO MACRO
BRECHA
BRECHA
UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE DO
SÉCULO XXI SENDO RESPONDIDA
SOCIALMENTE POR UM SISTEMA DE
ATENÇÃO À SAÚDE DA METADE DO
SÉCULO XX
POR QUÊ?
O DESCOMPASSO ENTRE OS
FATORES CONTINGENCIAIS QUE
EVOLUEM RAPIDAMENTE
(TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA,
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA) E OS
FATORES INTERNOS (CULTURA
ORGANIZACIONAL, RECURSOS,
SISTEMAS DE INCENTIVOS, ESTILOS
DE LIDERANÇA E ARRANJOS
ORGANIZATIVOS)
FONTE: MENDES (2009)
A CRISE DO PLANO MICRO:
A REGRA DOS 50% NAS RELAÇÕES
ENTRE MÉDICOS E PESSOAS USUÁRIAS
• 50% DAS PESSOAS DEIXARAM AS CONSULTAS
SEM COMPREENDER O QUE OS MÉDICOS LHES
DISSERAM
(Roter & Hall, 1989)
• 50% DAS PESSOAS COMPREENDERAM
EQUIVOCADAMENTE AS ORIENTAÇÕES
RECEBIDAS DOS MÉDICOS
(Schillinger et al., 2003)
• 50% DAS PESSOAS NÃO FORAM CAPAZES DE
ENTENDER AS PRESCRIÇÕES DE MEDICAMENTOS
(Schillinger et al., 2005)
A SOLUÇÃO DO PROBLEMA CRÍTICO DO
SUS
O RESTABELECIMENTO DA COERÊNCIA ENTRE A
SITUAÇÃO DE SAÚDE COM TRANSIÇÃO
DEMOGRÁFICA ACELERADA E TRIPLA CARGA DE
DOENÇA COM PREDOMÍNIO RELATIVO FORTE DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS E UM SISTEMA INTEGRADO
DE SAÚDE QUE OPERA DE FORMA CONTÍNUA E
PROATIVA E VOLTADO EQUILIBRADAMENTE PARA A
ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS:
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
FONTE: MENDES (2009)
AS DIFERENÇAS ENTRE OS SISTEMAS
FRAGMENTADOS E AS REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE
SISTEMA FRAGMENTADO
 ORGANIZADO POR COMPONENTES
ISOLADOS
 ORGANIZADO POR NÍVEIS
HIERÁRQUICOS
 ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A
CONDIÇÕES AGUDAS
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
 ORGANIZADO POR UM CONTÍNUO DE
ATENÇÃO
 ORGANIZADO POR UMA REDE
POLIÁRQUICA
 ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A
CONDIÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS
 VOLTADO PARA INDIVÍDUOS
 VOLTADO PARA UMA POPULAÇÃO
 O SUJEITO É O PACIENTE
 O SUJEITO É AGENTE DE SAÚDE
 REATIVO
 PROATIVO
 ÊNFASE NAS AÇÕES CURATIVAS
 ATENÇÃO INTEGRAL
 CUIDADO PROFISSIONAL
 CUIDADO MULTIPROFISSIONAL
 GESTÃO DA OFERTA
 GESTÃO DE BASE POPULACIONAL
 FINANCIAMENTO POR PROCEDIMENTOS  FINANCIAMENTO POR CAPITAÇÃO OU
FONTES:
FERNANDEZ
FONTE: MENDES
(2009)(2003); MENDES (2009)
POR DESFECHO DE CONDIÇÃO DE
SAÚDE
OS ELEMENTOS DAS
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
 A POPULAÇÃO:
A POPULAÇÃO ADSCRITA À REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
 O MODELO LÓGICO:
O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
 A ESTRUTURA OPERACIONAL:
OS COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
FONTE: MENDES (2009)
OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
• O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS
• O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES
CRÔNICAS
FONTE: MENDES (2009)
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS
CONDIÇÕES AGUDAS
O Protocolo de Manchester de
Classificação de Riscos
FONTE: MACKWAY-JONES et al. (2005)
NÚMERO
NOME
COR
TEMPOALVO
1
Emergente
Vermelho
0
2
Muito
urgente
Laranja
10
3
Urgente
Amarelo
60
4
Pouco
urgente
Verde
120
5
Não urgente
Azul
240
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES
CRÔNICAS
A ATENÇÃO À
SAÚDE
POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO
CRÔNICA MUITO COMPLEXA
POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO
CRÔNICA DE ALTO OU MUITO ALTO
RISCOS
POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO
CRÔNICA DE BAIXO OU MÉDIO
RISCOS E/OU COM FATOR DE
RISCO BIOPSICOLÓGICO
POPULAÇÃO COM
FATOR DE RISCO
LIGADO A
COMPORTAMENTO
POPULAÇÃO
TOTAL
Nível 3
Gestão
de Caso
Gestão da Condição
de Saúde
Gestão da Condição de Saúde
Nível 3
Intervenções de
Prevenção das Condições de Saúde
Nível 2
Intervenções de
Promoção da Saúde
Nível 1
DETEMINANTES SOCIAIS
INDIVIDUAIS COM
CONDIÇÃO DE SAÚDE
ESTABELECIDA E/OU
FATOR DE RISCO
BIOPSICOLÓGICO
PRESENTE
DETERMINANTES
SOCIAIS PROXIMAIS
DA SAÚDE
DETERMINANTES
SOCIAIS
INTERMEDIÁRIOS DA
SAÚDE
1- 5% de pessoas com
condições altamente
complexas
Nível 2
20-30% de pessoas com
condições complexas
Nível 1
Autocuidado Apoiado
Gestão
de Caso
Nível 5
Gestão da Condição de
Saúde
Nível 4
70-80% de pessoas
com condições simples
FONTE: MENDES (2009)
A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE
H
H
H
H
H
H H
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E
TERCIÁRIOS
H
RT 4
RT 3
PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E
TERCIÁRIOS
RT 2
PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E
TERCIÁRIOS
PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIOS E
TERCIÁRIOS
SISTEMAS
DE APOIO
SISTEMAS
LOGÍSTICOS
RT 1
Sistema de Acesso
Regulado
Registro Eletrônico
em Saúde
Sistema de Transporte
em Saúde
Sistema de Apoio
Diagnóstico e Terapêutico
Sistema de Assistência
Farmacêutica
Teleassistência
Sistema de Informação
em Saúde
APS E PONTOS DE ATENÇÃO
SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA
Unid. de Atenção Primária à Saúde - UAPs
Ambulatório Especializado Microrregional
Ambulatório Especializado Macrorregional
POPULAÇÃO
H Hospital Microrregional
H Hospital Macrorregional
O SISTEMA DE ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
É UM SISTEMA COMPLEXO DE ATIVIDADES
INTERRELACIONADAS COM OS MEDICAMENTOS
QUE SE DESTINA A APOIAR AÇÕES DE SAÚDE
DEMANDADAS POR UMA POPULAÇÃO
FONTE: MARIN et al (2003)
OS COMPONENTES DO SISTEMA DE
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
• OS CICLOS LOGÍSTICOS
A SELEÇÃO
A PROGRAMAÇÃO
A AQUISIÇÃO
A DISTRIBUIÇÃO
• A FARMÁCIA CLÍNICA (OU O CUIDADO
FARMACÊUTICO)
O FORMULÁRIO TERAPÊUTICO
A DISPENSAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
A ADESÃO AOS TRATAMENTOS
A CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS
A FARMACOVIGILÂNCIA
• OS SUBSISTEMAS DE APOIO
A FARMACOEPIDEMIOLOGIA
A FARMACOECONOMIA
FONTES: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2002); MARIN et al (2003); GOMES et al (2010)
A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
• NA EUROPA ATÉ 34% DAS PESSOAS DE MAIS DE 65 ANOS
UTILIZAM 5 OU MAIS MEDICAMENTOS SEM SE CONHECER
COMPLETAMENTE OS SEUS EFEITOS COMBINADOS (JuniusWalker et al., 2007)
• OS GASTOS COM ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
CONSTITUEM O SEGUNDO ITEM DE DESPÉSA DOS SISTEMAS
DE SAÚDE E SÃO FORTEMENTE CRESCENTES (Canadian
Institute for Health Information, 2006)
• A METADE DAS MORTES CAUSADAS POR INTERVENÇÕES
DO SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE NOS ESTADOS UNIDOS
SÃO POR REAÇÕES ADVERSAS DE MEDICAMENTOS, O QUE
PODE ALCANÇAR ENTRE 25 A 50 MIL MORTES POR ANO
(Institute of Medicine, 1999)
• NOS ESTADOS UNIDOS OCORREM 9 MILHÕES DE
INTERNAÇÕES HOPITALARES POR ANO POR REAÇÕES
ADVERSAS A MEDICAMENTOS (Institute of Medicine, 1999)
• EM 644 ESTUDOS FEITOS NA AMÉRICA LATINA, VERIFICOUSE QUE MENOS DE 40% DAS PRESCRIÇÕES BASEAVAM-SE
EM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS (Rojas, 2006)
A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA NO SUS
• A FARMÁCIA BÁSICA
• OS MEDICAMENTOS ESTRATÉGICOS
• OS MEDICAMENTOS EXCEPCIONAIS OU
MEDICAMENTOS ESPECIALIZADOS
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2002)
PROBLEMAS DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA NO SUS
• A CONCEPÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
• A INIQUIDADE
A INIQUIDADE NO ACESSO
A INIQUIDADE FINANCEIRA
• A INEFICIÊNCIA ALOCATIVA DOS GASTOS COM
MEDICAMENTOS
• A FRAGILIDADE NA PRODUÇÃO DE DIRETRIZES
CLÍNICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIA
• A PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS FEITA COM
BASE NA OFERTA
• A FRAGILIDADE DA FARMÁCIA CLÍNICA
FONTES: MENDES (2009); GOMES et al (2010); MEDICI (2010)
A CONCEPÇÃO DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA NO SUS
• A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA COMO UM PONTO
DE ATENÇÃO À SAÚDE ISOLADO
• A SOBREVALORIZAÇÃO DA LOGÍSTICA DE
MEDICAMENTOS
• A CONSIDERAÇÃO DOS MEDICAMENTOS COMO
UM BEM DE CONSUMO E NÃO COMO UM INSUMO
FUNDAMENTAL DA SAÚDE
• A COLOCAÇÃO DO MEDICAMENTO COMO O FOCO
DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
• A DEFICIÊNCIA DA FORMAÇÃO DOS
FARMACÊUTICOS NA CLÍNICA
FONTES: MARIN et al. (2003); MENDES (2009)
A INIQUIDADE NO ACESSO AOS
MEDICAMENTOS NO BRASIL
• 15% DA POPULAÇÃO COM RENDA SUPERIOR A 10
SALÁRIOS MÍNIMOS CONSOME 48% DOS
MEDICAMENTOS
• 51% DA POPULAÇÃO COM RENDA MENOR QUE 4
SALÁRIOS MÍNIMOS CONSOME 16% DOS
MEDICAMENTOS
FONTE: VALENTE (2004)
A INIQUIDADE DOS GASTOS COM
MEDICAMENTOS NO BRASIL - 2008
FONTE: IBGE (2008)
FONTE: MEDICI (2010)
A FRAGILIDADE NA PRODUÇÃO DE
DIRETRIZES CLÍNICAS BASEADAS EM
EVIDÊNCIAS
• A FRAGILIDADE INSTITUCIONAL
• OS VIESES DE SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS
DETERMINADOS POR DIFERENTES GRUPOS DE
INTERESSES
• A DEMORA NA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS
EFETIVAS
FONTE: MENDES (2009)
A PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS
FEITA COM BASE NA OFERTA
• A PROGRAMAÇÃO FEITA A PARTIR DE
PARÂMETROS DE SÉRIES HISTÓRICAS
• A PROGRAMAÇÃO INCREMENTAL
FONTE: GOMES et al (2010)
A FRAGILIDADE DA FARMÁCIA CLÍNICA
(CUIDADO FARMACÊUTICO)
•
•
•
•
•
O FORMULÁRIO TERAPÊUTICO
A DISPENSAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
A ADESÃO AO TRATAMENTO
A CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS
A FARMACOVIGILÂNCIA
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2002); GOMES et al (2010)
A BAIXA ADESÃO A MEDICAMENTOS NO
BRASIL
•
•
•
•
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ADULTOS: 53,0%
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM IDOSOS: 48,2%
DOENÇAS GASTROINTESTINAIS CRÔNICAS: 57,2%
TRANSTORNOS AFETIVOS BIPOLARES: 71,5%
FONTES: PINHEIRO (2009); SANTA HELENA et al (2006); MIASSO et al (2009),; DEWULF et
al (2006)
ELEMENTOS PARA UMA POLÍTICA DE
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS
• A INTEGRAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA COMO
SISTEMA DE APOIO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
• A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA CENTRADA NAS PESSOAS
• A OFERTA GRATUITA DE TODOS OS MEDICAMENTOS QUE
ESTEJAM NA RELAÇÃO DO SUS, CONSTRUÍDA A PARTIR DE
ESTUDOS DE MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA
• A UTILIZAÇÃO DE MECANISMOS DE FOCALIZAÇÃO DA
OFERTA DE MEDICAMENTOS NAS FAMÍLIAS MAIS POBRES
• O AUMENTO DOS RECURSOS DO SUS PARA A ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
ELEMENTOS PARA UMA POLÍTICA DE
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS
• O AUMENTO DA EFICIÊNCIA ALOCATIVA EQUILIBRANDO-SE
OS GASTOS ENTRE AS TRÊS CATEGORIAS DE
MEDICAMENTOS DO SUS
• O FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL PARA A PRODUÇÃO DE
DIRETRIZES CLÍNICAS: A CRIAÇÃO DE UM NICE (NATIONAL
INSTITUTE FOR HEALTH AND CLINICAL EXCELLENCE)
BRASILEIRO?
• A PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS FEITA COM BASE
NAS NECESSIDADES DE SAÚDE DAS PESSOAS
• A PRIORIDADE PARA A FARMÁCIA CLÍNICA (CUISADOS
FARMACÊUTICOS) NA EDUCAÇÃO E NOS SERVIÇOS DE
SAÚDE: FARMACÊUTICO CLÍNICO EM CADA SERVIÇO DE
SAÚDE DO SUS
AS EVIDÊNCIAS SOBRE O CUIDADO
FARMACÊUTICO
•
•
•
•
•
ESTUDO RANDOMIZADO MOSTROU QUE A INTRODUÇÃO DO
CUIDADO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO A IDOSOS REDUZIU AS
PRESCRIÇÕES INADEQUADAS E OS EFEITOS ADVERSOS (Hanlon et
al., 1996)
ESTUDO RANDOMIZADO MOSTROU QUE O TRABALHO CONJUNTO
DOS MÉDICOS E DOS FARMACÊUTICOS FOI MAIS EFETIVO EM
PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL QUE O TRABALHO
ISOLADO DOS MÉDICOS (Bodgen et al., 1998)
ESTUDO RANDOMIZADO MOSTROU QUE O MANEJO CONJUNTO DE
PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL MELHOROU O
CONTROLE PRESSÓRICO E REDUZIU OS CUSTOS (Borenstein, 1998)
ESTUDO MOSTROU QUE O TRABALHO CONJUNTO DE MÉDICOS E
FARMACÊUTICOS NA REINO UNIDO PROPICIOU UMA ATENÇÃO DE
MAIOR QUALIDADE (Department of Healht, 2002)
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA ENVOLVENDO MAIS DE 40
FARMACÊUTICOS E 16 MIL PESSOAS USUÁRIAS MELHOROU A
EDUCAÇÃO EM SAÚDE DESSAS PESSOAS E A EDUCAÇÃO DOS
MÉDICOS (Benney et al., 2004)
UMA REFLEXÃO FINAL:
“ OS FARMACÊUTICOS DEVERIAM SAIR DETRÁS DO
BALCÃO PROVENDO CUIDADO AO INVÉS DE APENAS
PÍLULAS. NÃO HÁ FUTURO NO SIMPLES ATO DE
DISPENSAR.
O FATO DO FARMACÊUTICO TER UM TREINAMENTO
ACADÊMICO E AGIR COMO UM PROFISSIONAL DE
SAÚDE COLOCA UMA OBRIGAÇÃO SOBRE ELE PARA
MELHOR SERVIR À COMUNIDADE DE UMA FORMA MAIS
ADEQUADA DO QUE FAZ ATUALMENTE”
FONTE: WIEDENMAYER et al. (2006)
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as redes de atenção à saúde no sus e a assistência farmacêutica