UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
CAMPUS SANTANA DO LIVRAMENTO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
PROF. MSC. SILVIA FLORES
EXEMPLO DE AVALIAÇÃO – INDICADORES ECONÔMICOFINANCEIROS
Com base nas demonstrações contábeis (balanço patrimonial e demonstração do
resultado) realizou-se a análise da situação econômico-financeira da empresa X, nos
anos de 2010 e 2011. Analisando os principais aspectos, nota-se que os indicadores de
liquidez mostram a empresa com suficiente capacidade de pagamento, expressa
principalmente pela liquidez imediata que em 2010 correspondia a 1,02 e passa a 1,10
em 2011. Os indicadores de estrutura do ativo podem ser considerados normais, e não
apresentam evolução significativa de um período para outro. Os prazos médios de
atividades operacionais mostraram-se relativamente estáveis e representam condições
normais de operação da empresa, pois a mesma está reduzindo o seu ciclo de caixa
(2010: 102 dias; 2011: 95 dias). Esse fato é explicado, principalmente pelo aumento do
prazo médio de pagamento das duplicatas, representando uma nova política de
negociação com fornecedores adotada pela empresa.
Já, na análise de estrutura e endividamento, verificou-se um grau de
endividamento elevado, mais especificamente em 2011 (110%). Esse endividamento
está concentrado em empréstimos e financiamentos, pois o endividamento financeiro da
empresa está crescendo, ou seja, passando de 80% em 2010 para 93% em 2011. O
índice de cobertura de juros corrobora esse novo cenário da empresa, mostrando
redução, o que representa dizer que a empresa está “cobrindo” menos as suas despesas
financeiras, fato que pode ser explicado pelo crescimento do endividamento financeiro.
De um modo geral, a participação de capital próprio é inferior a participação de capital
de terceiros.
Em relação aos índices de retorno, constatou-se que a rentabilidade do
patrimônio líquido do primeiro ano pode ser considerada muito boa (18,49%), mas a do
seguinte (10,54%) é apenas razoável. A análise dessa rentabilidade indica que o
principal elemento para sua queda foi o aumento dos custos e despesas e,
consequentemente, da margem operacional, uma vez que o giro do ativo foi até melhor
no segundo ano. Este é o principal ponto de preocupação para o futuro, uma vez que é
na rentabilidade operacional que se assenta a geração futura de caixa e, sugere que a
empresa tem de rever sua estrutura de preços de vendas, custos e despesas. Como
consequência dessas decisões, houve a queda do lucro por ação no segundo ano, e a
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relação preço/lucro, que era excelente (ao redor de 4 anos), subiu para quase 6 anos,
embora ainda dentro de parâmetros considerados normais.
Por tudo isto, pode-se considerar que a empresa está com boa situação
financeira. Apresenta um crescimento no nível de capital de terceiros, mas que pode ser
contornado se a empresa adotar medidas corretivas. Deve-se atentar para a queda nas
margens (operacional e líquida) a fim de evitar falta de caixa no futuro. A liquidez
mostra-se satisfatória, sendo o principal ponto positivo da empresa. No geral, uma
avaliação satisfatória para o período de análise. Ressalta-se a importância de comparar
esses resultados com índices padrão para verificar que se a situação da empresa se
mantém satisfatória.
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EXEMPLO DE AVALIAÇÃO – INDICADORES