Educar para Transformar “Transportais um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.” Confúcio Muito se fala em Educação Financeira, porém faltam ações efetivas. Não temos educação financeira em casa porque nossos pais não a receberam e assim de geração em geração vamos mantendo este analfabetismo. Chegou o tempo de quebrarmos este ciclo. Após 19 anos do Plano Real que pôs fim à hiperinflação que impedia qualquer tipo de planejamento ou previsão, podemos dizer que estamos maduros para o aprendizado. Por onde começar? Por nós mesmos em um processo contínuo visando transformação. Com um endividamento crescente entre seus colaboradores, empresas tem se preocupado em levar a educação financeira para o ambiente corporativo. O endividamento gera problemas de saúde como pressão alta, gastrite, problemas de tensão muscular que podem ser confundidos com LER (lesão por esforço repetitivo),entre outros, gerando constantes afastamentos do colaborador . As noites mal dormidas aumentam o risco de acidentes no trabalho sem contar os pedidos de demissão para levantar recursos para pagar dívidas. Os medidores de resultados, após a educação financeira na empresa, são os setores de medicina do trabalho e benefícios, que constatam uma redução do quadro anterior. Os resultados, no entanto, não são imediatos. É preciso lembrar que estamos falando de educação e que a transformação a ponto de mudarmos nossas ações é precedida por um processo de informação, conscientização e mobilização. Na nossa experiência em consultoria, constatamos que não há um perfil específico do endividado quanto à gênero, faixa etária, escolaridade, experiência profissional. Já atendemos homens e mulheres de 18 a 75 anos, analfabetos e doutores, balconistas a diretores financeiros. Um fator comum percebido logo no início do atendimento é uma desorganização. Raramente um endividado sabe o quanto deve ou mesmo o quanto recebe mensalmente. Não sabe nem quais são suas despesas essenciais mensais. A desorganização é um fato, mas não é só nas finanças. A vida está desorganizada, o sono, os relacionamentos, a vida profissional, o que nos permite dizer que o endividamento não é causa, mas efeito. A educação financeira é a solução para reduzir o endividamento mas vai além disto nos proporcionando uma visão para utilizarmos as finanças a nosso favor, melhorando nossa qualidade de vida e também um comportamento de consumo que promova a sustentabilidade da vida no planeta. Todas as ações nesse sentido, seja em empresas, escolas, comunidades e em casa são bem vindas. O Segundo semestre é um ótimo período para iniciar ações de Educação Financeira para estimular o bom uso dos recursos extras que normalmente são pagos neste período. Mãos e mentes à obra para o sucesso da Educação Financeira no Brasil. Elaine Toledo [email protected] Escritora, Coach e Consultora Financeira Autora do Livro Saiba Mais para Gastar Menos – Aprenda a Desenvolver sua Inteligência Financeira –Editora Alaúde. Em breve lançamento do livro A Herança. A história de uma família que precisa organizar as finanças e rever valores para receber uma herança.