I ENCONTRO PARANAENSE DE
CONTROLE DE INFECÇÃO
II JORNADA DE CONTROLE DE
INFECÇÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
FOZ DO IGUAÇU –PR
14.05.2004
O papel da Vigilância Epidemiológica no
controle de infecção nos serviços de saúde e
a importância da vigilância epidemiológica
nos acidentes com material biológico.
Edwal A. Campos Rodrigues
Epidemiologia
conceito
Embora não haja consenso em sua definição, deve
ser entendida, em sentido amplo, como o estudo
do comportamento coletivo da saúde e da
doença.
Ramo das ciências da saúde que estuda na
população, a ocorrência, a distribuição e os
fatores determinantes dos eventos relacionados
com a saúde.
Epidemiologia
Desenhos Epidemiológicos
Epidemiologia Descritiva

Estuda a frequência e distribuição de problemas de
saúde
na população, por exemplo, infecções
hospitalares.
Epidemiologia Descritiva
Fatores- Indicadores
(A) Características dos Indivíduos
Idade
 Sexo
 Doenças de Base
Epidemiologia Descritiva
Fatores indicadores
(B) Tempo
 Doenças sazonais
Leptospirose
D. Meningocócica
Epidemiologia Descritiva
Fatores indicadores
(C) Local - Unidade
 UTI
 Trabalhadores da limpeza
Epidemiologia Descritiva
Fatores indicadores
(D) Frequência
 Índices de IH
 Magnitude do problema
 Comparações intra e extra institucionais
Epidemiologia Analítica
Investiga as causas dos problemas de saúde na
população procurando analisar o papel dos
fatores, já descritos, como sendo capazes de
influenciar a incidência.

Compara os “riscos”
Infecção da Corrente Sanguínea x Cateter Vascular Central
Pneumonia x Ventilação mecânica
Estudo de Caso e Controle

Consiste basicamente em formar dois
grupos semelhantes com finalidade de
realizar comparações.
 Pessoas com doença (casos)
 Pessoas com saúde (controle)
Estudo de Caso e Controle
•Expostos
•Não Expostos
Podem ser prospectivos, retrospectivos e
ambiespetivos
 Fornece dados para risco relativo e risco
atribuível

ITU x Sondagem vesical de demora
Estudo de Coorte
São também denominados de seguimento
ou “follow - up”
 Abordam hipóteses etiológicas
 Produzem medidas de incidência e medidas
diretas de risco

Estudo Seccional
Transversal ou de Prevalência
Consiste em medir a suposta causa ou efeito
em um dado momento de tempo, sem levar
em conta os acontecimentos passados ou
futuros.
 Compara-se a proporção de “expostos”entre
“atingidos”e “não- atingidos”

. Uso de ATB em pacientes internados
Estudos Ecológicos

Também chamado de Agregado

Abordam áreas geográficas

Comparam indicadores globais

Variáveis ambientais ou sócio- econômicas e
indicadores de saúde
Estudos Ecológicos

A unidade de análise é um grupo mais
frequentemente definido geograficamente

Pode avaliar incidência, prevalência, dados de
mortalidade, etc

comparar hospitais de uma mesma área
defeitos em autos às 2a F!

“ Você olha para o que existe e se
pergunta por quê? Eu olho para o que
não existe e me pergunto, por que
não?”
George Bernard Shaw,1856-1950
Princípios Fundamentais de
Investigação de Surtos
Vigilância Epidemiológica:
É um processo ativo, sistemático e continuo
de coleta, análise e interpretação de
dados durante o processo de descrição e
monitoração de um evento de saúde.
Surtos de Infecção Hospitalar



Extrema ansiedade para profissionais da saúde,
administradores, pacientes, familiares e comunidade.
Conseqüências:
- Econômicas
- Éticas
- Legais
- Políticas
- Imagem
CCIH/SCIH
- Conhecimentos e atualização
- Intuição
- Atuação incisiva e sistemática
- Redibilidade
- Respaldo administrativo
Princípios Fundamentais de
Investigação de Surtos

1-4 surtos/12.000 saídas hospitalares;

40% /surtos - resolução espontânea (CDC);

4% I.C.S.H. estão envolvidos com epidemia;

94 epidemias (1983-1991) - 50 (53%) - S. aureus
(ORSA)

Ocorrem em pacientes de maior risco imunocomprometidos, procedimentos invasivos
diversos, UTI, transplantes.

Todas as epidemias seriam evitáveis,
teoricamente.
Surto ou Epidemia de IH

Quando existe um aumento estatisticamente significativo
de uma determinada infecção, agente ou evento acima dos
valores máximos esperados ou do limite superior
endêmico, em um grupo populacional, em determinada
área geográfica e em período de tempo determinado

Na ausência de dados internos, parâmetros da literatura
podem ser considerados (Comparação externa)
Caracterização de Epidemia ou
Surto
1) Visão do profissional que assiste os pacientes
(não epidemiologista)

Período de tempo, setor ou clínica, sinais e
sintomas e/ou agentes etiológicos comuns.
2) Visão intuitiva do epidemiologista hospitalar

Vigilância epidemiológica efetiva;

Intuição e observação.
Caracterização de Epidemia ou
Surto
3) Perspectiva operacional

Elevação de coeficientes de incidência de IH por topografia,
por agentes etiológicos, M.O. “diferentes”;

“Infectômetro”.
4) Perspectiva estatística

Comparações através de testes de significância estatística
Pseudosurto
Caracteriza-se pelo aumento da incidência
de determinada doença, agravo ou outro
evento
relacionado
modificação
do
à
saúde
sistema
de
devido
a
vigilância
epidemiológica, laboratorial ou de alteração
de clientela.
Pseudosurto

Pacientes mais susceptíveis, início de vigilância em
unidades críticas;

inexistência de vigilância epidemiológica prévia para
aquele evento;

alterações
das
definições
e
critérios
diagnósticos,
intensidade e métodos de vigilância;

erros laboratoriais;

alterações dos métodos laboratoriais de identificação e/ou
classificação de M.O..
“ Seja a mudança que
você quer ver no
mundo ”
Mahatma Gandhi
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