Necessidade de competências a nível sectorial Luís A. Carvalho Rodrigues Professor Auxiliar Julho de 2004 Universidade Nova de Lisboa [email protected] Sumário _____________________________________________________________________________ 1. Importância a dar à gestão do conhecimento 2. As competências: entre a missão, o conhecimento e a flexibilização 3. Formular competências para gerir novas organizações públicas e boas políticas públicas 4. O papel dos Colégios de Conhecimento na criação de capital intelectual 2 Conhecimento, competências e qualidade profissional ____________________________________________________________________________ Conhecimento Saber Ser Saber Saber fazer Competências para agir e intervir numa situação profissional 3 O que é o Conhecimento? _____________________________________________________________________ Valores Experiências Informação contextual Saber Para avaliar e incorporar novas experiências e melhor gerir a informação 4 Memo __________________________________________ O conhecimento é sempre pertença de uma pessoa; criado e recriado por uma pessoa; usado por uma pessoa. Passar a uma sociedade do conhecimento é colocar a pessoa no centro. Peter Drucker (1993) 5 Tipos de conhecimento _________________________________________________________________________ Tácito – reside no indivíduo, difícil ou impossível de articular ou de comunicar. Encontra-se em nós, nas nossas competências práticas e acções. Capacidade para fazer ou julgar algo, sensações e compreensões profundas, i.e., conhecimento e experiência não articulados Explícito - conhecimento formalizado e expresso – e.g. desenhos técnicos, planos de acção, manuais de procedimentos, informação arquivada em computadores Embrained - depende da capacidade cognitiva. Embodied - orientado para a acção e parcialmente explícito. Encultured - processo de alcançar uma compreensão partilhada através do desenvolvimento da cultura organizacional. Embedded - conhecimento contido nas rotinas. Pode ser analisado considerando-se as relações entre as tecnologias, papéis, procedimentos e rotinas emergentes. Encoded - informação transmitida através de sinais e símbolos de forma manual ou electrónica. 6 O conhecimento é importante para as Organizações _____________________________________________________________________ Estabelece benchmarks . Eleva o que as pessoas Eleva o que as pessoas sabem fazer sabem fazer Capital humano Converte o capital intelectual em capital estrutural Capta energias sociais e difundeas na organização Capital estrutural Capital Social Aprendizagem Facilita e acelera o conhecimento e cria oportunidades de desenvolvimento pessoal Facilita a vida ao cidadão Gestão das boas práticas Usa informação, conhecimento e atitudes para alinhar a organização com as missões Governo electrónico Liderança e capacidade de decisão Porquê a gestão do conhecimento é importante? Colaboração Faz aumentar a colaboração tendo em vista a partilha de conhecimento Produtividade Reduz custos, riscos e tempo improdutivo Satisfação do cliente Inovação Focaliza o interesse do cliente Procura fontes ricas de ideias 7 Círculos de encaminhamento teleológico para a criação de competências __________________________________________________________________________ Mais flexibilidade para a mudança Uma sociedade mais aberta ao conhecimento Oferta educativa e formativa mais vasta Organizações mais preocupadas Modelos com a organizacionais performance equifinalistas Lean production Valorização do quantun de saberes e de saber fazer Sentido e ideologia de autonomia Organizações mais centradas no seu capital humano Exigências de Flexibilização do emprego e da mobilidade Exigência de novos saberes para crescentes necessidades 8 As tendências da evolução do mercado profissional _______________________________________________________________________ O emprego Ontem / hoje Hoje / amanhã Postos de trabalho bem definidos, com tarefas simples e fragmentadas Empregos de geometria variável, com definições menos especificadas Atribuição individual de tarefas e avaliação de resultados individuais Ênfase no trabalho de grupo, interacção entre colegas e avaliação da performance grupal Lógica do posto de trabalho Lógica da competência Grande fragmentação do saber Tarefas múltiplas com conhecimentos multidisciplinares Interdependência sequencial (taylorismo e burocratismo) Interdependência sistémica (ad hoc, processos) Ênfase na especialização Ênfase na polivalência e flexibilidade Adaptado de BOTERF, Guy – De la competénce à la navigation profissionelle, Paris, Les Éditions d’Organisation, 1998 9 As tendências da evolução do mercado profissional (cont.) __________________________________________________________________________________ As relações de trabalho Ontem / hoje Hoje / amanhã Organização rígida do emprego com classificações baseadas nas habilidades e antiguidade Organização flexível do emprego, com classificações baseadas na performance aliadas às competências detidas Descrição dos postos de trabalho de banda estreita Descrição de perfis de banda larga, integrando referenciais de competências Salários ligados à carreira e à categoria Salários ligados a objectivos e riscos Execução de tarefas prescritas Não se limita ao prescrito Execução de operações Responder a situações e reagir aos imprevistos e acontecimentos Alguém que sabe fazer Alguém que sabe agir Aprendizagem adquirida uma vez por todas Aprendizagem ao longo da vida Aprendizagem passiva Auto-aprendizagem e responsabilidade pela própria formação 10 O stock de capitais: uma evolução permanente em torno do potencial humano da Organização _______________________________________________________________________________________________ O activo de capital orientado de fora para dentro da organização O activo de conhecimento dessiminado na organização Capital social O activo de capacidade criativa Capital de inteligência Capital estrutural Capital humano O activo de capacidade humana 11 Capital humano _________________________________________________________________________________________ Dimensões Campos de observação . Visão do Capital Humano Orientação estratégica da política de gestão das pessoas Empowerment (devolvimento) Desenvolvimento do capital de inteligência Qualidade Organizacional a11 a gestão dos recursos humanos / a gestão do potencial humano Grupal Individual a12 indivíduos / indivíduos e sistemas internos e contextuais a21 a22 orientação hierárquica valor residual dos / orientação utente custos / “value for money” a13 eficácia individual / eficácia da equipa a23 chefias / lideres a24 obrigação pela tarefa / gosto pela participação a31 serviço igual a conjunto de funções / serviço = processos que contribuem com valor para o utente a41 discurso da competição pelo poder / linguagem e valores comuns a51 informação de circulação hierárquica / redes de elevado valor acrescentado de informação a32 conhecer para vencer / ambição do conhecer partilhando a33 planear e organizar / idem e solução de problemas a34 satisfação dos trabalhadores / satisfação de trabalhadores e utentes a42 conformismo à hierarquia / primado ao sistema autoregulado a52 unidade de trabalho que se isola / unidade de trabalho que apreende da sua experiência partilhada a62 preocupação com as formalidades / ajustamentos permanentes ditados pelo marketing publico a43 primado das tarefas / primado das missões confiadas a44 obediência / autonomia dentro de uma esfera de responsabilidades a53 a54 grande grupo / pequeno grupo (em regra 5 pessoas) competência / policompetência a63 a64 utente externo / também o utente interno gosto de fazer / gosto de fazer bem e com utilidade a61 suficiência interna /valorização da “imitação” das melhores práticas, [benchmarking] a14 desenvolvimento de uma função / desenvolvimento dos saberes competências Legenda: •Ontem/hoje •Hoje/amanhã Adaptado de BRILMAN, Jean – As melhores práticas de gestão; Lisboa; Silano ed. 2000 Produção Institucional 12 Capital humano (continuação) ______________________________________________________________________ . Dimensões Campos de observação Desempenho Recompensa Gestão provisional Institucional a84 “assignment” impessoal / “assignment” personaizado e discutido a94 a81 Flexibilidade como estratégia a82 a83 a91 adequação progressiva dos sistemas salariais a novos papeis, novos critérios e novos valores a92 equipa a93 “fringe benefits” ligados a avaliação de desempenho? reconhecimento de grupo reconhecimento individual – diferenciação – integração a101 A102 a104 certas e de elevado potencial adequado de pessoas segundo análises criteriosas de “carga de trabalho – “tempos”. a112 a103 apuramento constante das competências que a organização requer de modo a proporcionar os conhecimentos requeridos a113 ter ideias / ter ideias orientação cultural para a aceitação e para a discussão crítica das ideias avaliação por um superior avaliação somente individual / avaliação / avaliação até 360º subemprego ou sobre identificação das pessoas emprego /número a111 Inovação Individual Grupal Organizacional mudanças orientadas instrumentos de diagnóstico da qualidade para melhorais rápidas e para a resolução de problemas, planeamento e métodos de trabalho mobilizáveis plano de carreiras individualizado a114 13 Algumas questões actuais sobre a gestão do potencial Humano ___________________________________________________________ . • saber construir uma relação entre líder e colaborador • todos os serviços são utentes uns dos outros • saber dar aos objectivos ambição • criar o sentido de único • criar um sentido de urgência • estar atento a todos os sinais • simplificar, simplificar, simplificar.. • orientar pequenas iniciativas para o sucesso • afastar o mito das certezas • assumir a Qualidade como principal meta • aproximar a decisão da execução • responsabilizar: gratificar ou punir • profissionalizar / desfuncionalizar • não aprender por obrigação • saber sociologicamente quem é o utente • menos organogramas, mais funcionogramas 14 Uma questão de sobrevivência: Saber, Saber-fazer _______________________________________________________________________ • Saberes teóricos • Saber fazer formalizado (relativo a • Saberes do contexto métodos e técnicas para realizar operações) • Saberes psicossociais • Saber fazer empírico (relativo ao talento e à experiência) • Saberes organizacionais • Saberes processuais • Saber fazer relacional (relativos à cooperação com os outros) • Saber fazer cognitivos (relativos à formulação intelectual para realizar projectos e tomar decisões) Competências 15 Polarização simbólica do desenvolvimento das competências ___________________________________________________________________________ A Leitura do discurso da vida da organização: do tecnológico ao psicossociológico Leitura do discurso temático da organização B C Leitura do discurso ambiental: do Ser Humano, da Natureza, da Tecnologia e da Sociedade 16 Tipos básicos de desempenho segundo competências ________________________________________________________________________ Desequilíbrio, modelo “político” A A A B B C C Equilíbrio, modelo managerial B C Desequilíbrio, modelo tecnocrático 17 Instalar competências Diagnóstico organizacional _____________________________________________________________________________________ . Sub-temas A coerência dinâmica e o holograma do sentido O sentido da vinculação Linha de coerência dos sistemas de gestão de pessoal Existe um Projecto que clarifica a Visão para os próximos anos: os valores, as ambições requeridos. Este projecto nasce de um processo interactivo dentro e fora da organização (parceiros sociais). A Organização tradicional Não existe nenhum Projecto porque se pensa que se trata de tempo perdido. Acredita-se que o que importa são ordens e a sua assimilação rápida. Um bom sistema de avaliação permite ver se princípios éticos são respeitados e se enquanto profissionais desta organização existe o respeito de a dignificar quotidianamente. Cada um vale por si e faz a sua própria lei de vinculação quase sempre sobrepondo os subjectivos individuais aos da organização Procede-se de três em três anos a um rigoroso exame de todos os sistemas de gestão das pessoas (recrutamento, promoção, formação, avaliação de desempenho, etc.). Reformula-se o que houver por necessário. Tudo se confina a regras gerais que são ditadas de cima. Adaptado de: O Projecto: O sentido da Organização complexa e adaptativa SÉRIEYX, H. - O Big Bang das Organizações; Lisboa, Instituto Piaget, 1996 Temas da Organização 18 Diagnóstico organizacional (continuação) _______________________________________________________________________ . Temas da Organização Sub-temas A responsabilização A resposta organizativa A confiança, transparência e exemplaridade A tranversalidade O sentido da Organização complexa e adaptativa A Organização tradicional Cada qual conhece a sua missão. As equipas possuem uma margem real de manobra para se auto-organizarem de modo a cumprirem melhor a sua missão. Periodicamente toda a performance é avaliada e lidas as melhores práticas como “benchemarking” interno. Não existe um discurso sobre a responsabilidade. Tudo é entregue a uma rede de chefias que ditam as regras. As “regras do jogo” organizacional são conhecidas de todos. A boa fé nas relações é valorizada e a má fé é sancionada. Os dirigentes dão o exemplo. É em nome de uma eficácia competitiva que se estabelecem regras que são propriedade e “trunfo” para vencer internamente. Toda a organização, por definição, está implicada na cadeia de valor estabelecida para satisfazer o utente. Procura-se a “qualidade total” e o “desperdício zero”. Cada serviço ou unidade vive por si. 19 Diagnóstico organizacional (continuação) _______________________________________________________________________ . Temas da Organização Sub-temas A variedade na selecção das pessoas O sentido da Organização complexa e adaptativa A Organização tradicional Luta-se contra os privilégios no recrutamento, afectação e promoção. Procuram-se legitimamente os melhores. Só progridem os que estão de acordo. Só se recrutam os que aparecem. Só se afectam os que seguem chefes com “devoção”. Reconhece-se que há necessidade de gestores e especialistas e que ambas a funções têm igual estatuto. Importa fazer funcionar o que existe, inovar constantemente. Dialogar sem discriminar funções. A promoção da mediocridade pode facilmente acontecer, por conveniência táctica. Todo o processo produtivo é rigorosamente medido e avaliado. O orçamento reflecte isso mesmo. Pouco importa avaliar se o orçamento é uma “continuação” do ano anterior. Interna e externamente procura-se ligar as partes da organização. A ligação à investigação e aos centros universitários é indispensável. Acredita-se apenas em “quem paga manda”, por isso qualquer associação de partenariado é inútil. A variedade requerida Respeito necessário pelas diferenças A vigilância A coevolução criadora A organização em rede externa 20 Diagnóstico organizacional (continuação) _______________________________________________________________________ Temas da Organização Sub-temas Olhar o que se passa no exterior é sujeitar a organização a críticas desnecessárias. A união das contradições Um dos critérios essências com base no qual se aprecia a capacidade de uma liderança, ou de um quadro, é a sua aptidão para viver sem excessivo stress algumas situações contraditórias, sem procurar dividi-las de forma binária: por exemplo o interesse do politicoe o interesse da dos profissionais. Aqueles que obedecem são “bons”. Tudo o mais não passa de uma brincadeira de “intelectuais complexados”. Pirâmide direita e invertida As duas pirâmides são necessárias: a pirâmide invertida evidencia que o que é importante é o utente. A outra evidencia que há uma clara distribuição das responsabilidades. Prevalece a pirâmide hierárquica e funcional, sobre tudo o resto. Uma organização mais antropogénica: - clarifica o seu destino, havendo o gosto pela participação; organiza a delegação de poderes, havendo o gosto pela responsabilidade; organiza a comunicação e cria o gosto pela associação; favorece a abertura ao mundo; assegura o reconhecimento dos méritos. Sabe-se que a organização é má, mas que mesmo assim vai funcionando. Todos são livres de sair. A dialógica motriz A organização antropogénica A Organização tradicional Um aturado sentido de captação de boas práticas e de promoção do que pode constituir exemplo. O contacto internacional pode ser indispensável. A valorização dos sucessos internos e externos . O sentido da Organização complexa e adaptativa 21 Instalar competências: enfrentar o modelo típico divisional _____________________________________________________________________________ Divisional Director Acção Social Crianças Acção Social Adultos Acção Social Idosos Projectos Projectos Projectos Prestações Prestações Prestações Creches Centros de encaminhamento vida activa Centros de dia Prevalece a lógica da função e da especialização 22 Realinhar a Organização para a óptica das competências criando processos ____________________________________________________________________________ Re alinhar pessoas a processos alinhados com as necessidades dos clientes internos e externos Função A Função B Função C Produtos ou serviços Processo 1 Processo 2 Promover a poli funcionalidade 23 Bandas de competências __________________________________________________________ Através de: Passagem para Enriquecimento das actuais funções Alargamento de responsabilidades Adaptação das pessoas a novas respostas 1 Situação de partida 2 Situação evolutiva 24 Profissões, empregos e competências ________________________________________________________________________ Tradicional Posto de trabalho A Carreira Perspectiva Actual Domínios de saberes idênticos Categoria Função Posto de trabalho B Competências A Competências B Emprego A Competências C Profissão A Emprego B Competências D Profissão B Emprego C Competências E Profissão C Profissão D Competências F Emprego D Emprego E Profissão E Competências G Competências H 25 Mapa de medição de competências (um exemplo) ________________________________________________________________________ Gestão de projec tos . Informátic a na Óptica do utilizador Comunicação interna e externa Análise estatístic a Controlo financ eiro Espec ific as da área ac tuação Lideranç a Competências Técnicas Negoc iaç ão Relaç ões externas Competências Comportamentais Desenvolvimento de equipas Capital humano Zonas: Laranja: competências adquiridas Castanha: competências ainda adquirir Amarela: fracas competências Competências Gestão Empreendorismo Conhec imento Marketing Planeamento estratégic o Análise de valor c liente Produç ão Qualidade Direito administrativo Luta c ontra o desperdíc io 26 Mapa de medição de competências (um exemplo) ________________________________________________________________________ Gestão de projec tos Informátic a na Óptica do utilizador Comunicação interna e externa Análise estatístic a Controlo financ eiro Espec ific as da área ac tuação Lideranç a Competências Técnicas Negoc iaç ão Relaç ões externas Competências Comportamentais Desenvolvimento de equipas Capital humano Competências Gestão Empreendorismo Conhec imento Marketing Planeamento estratégic o Análise de valor c liente Produç ão Qualidade Direito administrativo Luta c ontra o desperdíc io 27 Percurso de formação para a criação de competências individuais numa qualquer área de actuação pública (exemplo) ________________________________________________________________________________________ Missão da Organização ou da Política Pública Responsabilidades Informação Académicas Planeamento Empreendorismo Criatividade Sociabilidade Teórico Factual Programação ..... Macro economia do país ...... Carta de condução informática Compreensão Interpretativa O valor cliente ..... Transpositiva Criar soluções simples para problemas complexos ...... Administração Motivação Perante a aprendizagem Desejo de crescimento pessoal ....... Auto estima Realização pessoal Saber fazer Relação com a Organização Integrar e deferenciar na ordem antropogenica ...... Sentir a Organização como um campo de valorização .... Viver situações simuladas ..... 28 Conteúdos Planeamento ...... Técnico Visão sistémica Motivação Competências verticais Saber Cliente Percurso de formação para a criação de competências individuais numa qualquer área de actuação pública (cont.) ________________________________________________________________________________________ Saber Teórico Técnico De produção Saber apresentar ideias Compreensão Factual Interpretativa Pessoais Saber analisar problemas Transpositiva De integração Saber partilhar informação Motivação Perante a aprendizagem Realização pessoal Saber fazer Relação com a Organização De mudança Saber valorizar a organização Saber gerir equipas Saber ser melhor 29 O quê normalmente está pouco adequado à realidade __________________________________________________________________________ Distracções e erros muito comuns O desenho prévio de competências necessárias para levar por diante políticas públicas Os menus de formação (forçando a procura à oferta) A falta de interlocução para um bom “taylor made” A formação medida em horas e não somente em utilidade A formação como panaceia para os concursos “os meus profissionais estão muito ocupados porque temos muito que fazer e, por isso, não podem gastar tempo em formação” A formação em sala ser “julgada” como a única A forma como se formam os dirigentes: mais para serem técnicos do que para serem lideres de motivação e mudança 30 Papel dos “Colégios de Conhecimento” O que significa a Gestão do Conhecimento _______________________________________________________________ • Gerir itens tão diversos como ideias, pensamentos, intuições, práticas, experiências emitidas pelas pessoas no exercício da sua profissão • Gerir é também um processo de criação, enriquecimento, capitalização e difusão de saberes • Gerir obriga a que o conhecimento seja capturado onde é criado, partilhado e aplicado na Organização 31 Papel dos “Colégios de Conhecimento” A exigência principal da Gestão do Conhecimento ____________________________________________________________________ • Deter a metanóia: converter a mente e o nível de resposta à exigência interior de acompanhar o aumento quantitativo de conhecimentos com um acréscimo de consciência dos desafios essenciais. Peter Senge ( A quinta disciplina) 32 Papel dos “Colégios de Conhecimento” Bases estratégicas para a Gestão do Conhecimento ____________________________________________________________________ • Como medir o valor do conhecimento • • • • Como transferir o conhecimento a outras partes da organização Como facilitar o crescimento do conhecimento Como difundir o conhecimento Como materializar o conhecimento em processos, produtos e serviços Como usar o conhecimento nas decisões Como aceder ao conhecimento externo Como gerar sempre novo conhecimento Como lidar com o excesso de conhecimento Como decifrar na floresta do conhecimento • • • • • 33 Papel dos “Colégios de Conhecimento” Caminhos estratégicas para a Gestão do Conhecimento ____________________________________________________________________ • • • • • • • • • Desenvolver prémios, reconhecimento e valor remunerativo para especialistas em conhecimento Criar uma visão unificada numa organização de especialistas Desenhar estruturas de gestão adequadas Apostar forte na gestão (liderança) de topo Criar um estaleiro de conhecimento Criar portofólios de competências Criar bases emocionais de estabilidade e auto estima Criar compromissos com a visão da organização Promover uma aprendizagem generativa 34 Memo: Cuidado com a dispersão e isolamento do Conhecimento na Organização ____________________________________________________________________________ Ilhas de Informação Normas e Legislação Livros e Revistas Suportes Multimédia Actas e Relatórios Manuais e Catálogos Agendas e Mensagens Folhas de Cálculo Aplicações Informáticas Páginas Web Bases de Dados Expediente em Papel Estudos e Projectos Correio Electrónico 35 Papel dos “Colégios de Conhecimento” Uma nova profissão: fertilizar e gerir o conhecimento __________________________________________________________________________ Advoga a importância da captação de recursos in e out sourcing Contribui para a mudança de atitudes Difunde conceitos A sua visão estratégica Recursos Mudança Liderança Cultura Gestor do Conhecimento Taxionomia Formação Facilita a discussão e desenho de programas de formação Promove uma cultura organizacional enriquecida Promove Exterior Tecnologia Usa a tecnologia adequada A inovação através do benchmark Capta todos os sinais do exterior Incentiva Resultados Todos a participar 36 Plataformas de Conhecimento _____________________________________________________________________________ São empregues como como sinónimo de: Centros de documentação, e-learning. data mining, intranets, browsers, data warehouses, etc. “Blended learning” uma mistura de sessões presenciais e de trabalho a distância através da internet e/ou com o recurso a suportes adicionais: CD rom, aulas presenciais, E-learning, ferramentas de trabalho cooperativo e colaborativo, audioconferência, videoconferência, comunidades virtuais, cassetes áudio e vídeo A infraestrutura tecnológica Uma plataforma de e-learning (a Blackboard) que permite: disponibilizar conteúdos (documentos Pdf, Ppt, ficheiros audio e vídeo) e aceder aos mesmos em qualquer momento; promover a interacção do formando com o tutor e do formando com os seus colegas do grupo virtual; ter informação sempre actual sobre o trabalho que cada formando está a fazer; Dispor de um sistema de videoconferência e de audioconferência (sempre que necessário). 37 Papel dos Colégios de Conhecimento _____________________________________________________________________________ . Centros de competência em: •Levantamento de necessidades de formação ligada a serviços e à execução de políticas públicas •Fertilizadores de inovação (nas atitudes, nas práticas e nas tecnologias) •Excelentes na formação em sala •Biblioteca de casos •Formação de formadores “on job” •E“blended learning” Capazes de: •Estabelecer redes dentro do Sector Público e entre este e a esfera Privada e da Economia Social Alimentados: •Pelo mercado através de verbas provenientes dos serviços (regulares ou de missão) consoante uma percentagem fixa de orçamento destinada ao fortalecimento do conhecimento 38 Breviário de um fim de tarde quente a preparar o tema desta palestra _____________________________________________________________________________ Qualquer um que pára de aprender é velho. Quem continua a aprender é e permanece jovem. (Henry Ford) Mas, Não tenha medo da perfeição, você nunca vai atingi-la. (Salvador Dali) Por isso, Comece por fazer o necessário, depois o possível e de repente impossível (São Francisco de Assis) estará a fazer o Até porque, O medíocre discute pessoas, o comum discute factos e o sábio discute ideias (Provérbio chinês) E não se deve esquecer que: Numa escuridão, um palito de fósforo acesso já pode iluminar (apócrifo) 39 Obrigado pela vossa atenção 40