11 de fevereiro de 2014 MS Clipping Moore Stephens PRECISE. PROVEN. PERFORMANCE. Edição Diária ÍNDICE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .....................................................................................................................................................................2 Governo amplia prazo de Refis para coligadas (DCI -SP) ............................................................................................................2 Contribuinte pode participar de julgamentos na Receita (Valor Econômico) ..........................................................................2 TJ-RJ declara inconstitucional artigo de decreto sobre ICMS (Consultor Jurídico)...........................................................3 Controle prévio da atividade comercial (Valor Econômico)............................................................................................3 Receita Federal traz esclarecimento sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida (IOB Online)..................................4 RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA ...............................................................................................................................................4 Fisco esclarece cálculo de contribuição (Valor Econômico) ..................................................................................................4 Médico cubano foge do Brasil (Correio Braziliense)........................................................................................................5 Empregado impedido de entrar na empresa sem qualquer explicação será indenizado (IOB Online).......................5 CONTABILIDADE / AUDITORIA ...............................................................................................................................................................6 Está na hora de juntar a papelada para prestar contas ao Leão (CRCSP) ............................................................................6 Comissão de Auditoria e Normas Contábeis da Abrasca realiza encontro no Ibracon (Comunicação IBRACON)..7 OUTROS ASSUNTOS ...............................................................................................................................................................................8 Simples bem mais rápido para abrir uma empresa (BrasilEconômico)........................................................................8 Dilma quer Google e Facebook na mira de fisco e direitos autorais (Correio Braziliense) ..................................................9 'Tributação deve ser concentrada na indústria' (DCI - SP)..............................................................................................9 Querer o preço justo é o novo 'encosto' do governo (Folha de São Paulo)................................................................10 UE contesta Zona Franca e pode abrir litígio na OMC (Valor Econômico)...................................................................11 Sobre a Moore Stephens Auditores e Consultores A Moore Stephens é uma das maiores redes de auditoria, consultoria e outsourcing contábil do mundo. A empresa é formada por aproximadamente 630 escritórios e está presente em mais de 100 países. Está entre as 12 maiores posições no ranking mundial, com faturamento anual de mais de US$ 2 bilhões. A Moore Stephens Auditores e Consultores presta serviços em auditoria, consultoria tributária e empresarial, tecnologia de informação, outsourcing de serviços contábeis, tributários e administrativos, e corporate finance. Há ainda determinadas divisões, com estruturas próprias, criadas para atendimento de interesses específicos, como a Divisão de Auditoria Interna e a Divisão de Small Business, entre outras. 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Governo amplia prazo de Refis para coligadas O governo concordou em ampliar o programa de parcelamento de débitos de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para dívidas vencidas em 2013 para empresas controladas ou coligadas instaladas no exterior. Mudanças no texto da Medida Provisória 627, ou MP das Coligadas, é negociada com relator da medida no Congresso e líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ). A decisão de reabrir o Refis é uma tentativa de evitar novas disputas judiciais. Fonte: DCI – SP (11/02/2014) Contribuinte Receita pode participar de julgamentos na Presidente da Comissão de Assuntos Tributários da OAB do Rio, Maurício Faro: o fato de manter abertos julgamentos em processos futuros é uma vitória A Delegacia de Julgamento da Receita Federal do Estado do Rio de Janeiro - primeira instância administrativa fiscal terá um prazo de 30 dias para abrir suas portas e permitir a participação de contribuintes nas análises de novos processos. A decisão é do presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2 ª Região, Sérgio Schwaitzer. O caso foi julgado na sexta-feira. Ainda cabe recurso. A abertura dos julgamentos foi pedida pela seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). A entidade obteve liminar em primeira instância. A União, porém, recorreu ao presidente do TRF, que manteve em parte a decisão. Ele fixou um prazo para a mudança e esclareceu que a medida não valeria para os processos em tramitação. Como esses julgamentos são fechados em todos os Estados, outras seccionais da OAB devem pleitear na Justiça a mesma medida. A OAB de Brasília já entrou com ação e as entidades de Santa Catarina, Paraíba e Minas Gerais já sinalizaram que também devem questionar o procedimento da Receita. No caso do Rio de Janeiro, após decisão favorável à OAB na 5ª Vara Federal do Rio, a Fazenda Nacional decidiu ir direto ao presidente do tribunal, por meio de recurso chamado de suspensão de liminar. No pedido de suspensão, a União alegou que o julgamento a portas abertas, além de estar à margem da legislação, seria capaz de causar grave lesão à ordem e economias públicas. Isso porque, segundo a Delegacia da Receita Federal, o órgão julga atualmente de 800 a mil Além disso, argumentou que a necessidade de intimação de todos os contribuintes inviabiliza na prática o método de julgamentos em lote. Em 2013, foram lavrados 10.674 acórdãos, envolvendo um total de R$ 30 bilhões. Por fim, a União alegou que, com a mudança, os processos se tornarão mais morosos e menos eficazes e que "os contribuintes sofrerão consequências decorrentes da precariedade do serviço". O atraso no processo administrativo fiscal, segundo o governo, "retardará ainda mais o pagamento dos créditos tributários, que ao fim, forem confirmados". Ao analisar o caso, o desembargador Sérgio Schwaitzer entendeu que esse pedido de suspensão de liminar diretamente à presidência é "medida excepcional", e que se faz necessária comprovação de que há grave lesão "que deve ser de magnitude expressiva à ordem, saúde, segurança e/ou economias públicas", o que, segundo o magistrado, não foi comprovado. De acordo com a decisão, porém, "faz-se necessária como medida de proteção à ordem pública administrativa a concessão do prazo de 30 dias para que a administração pública tributária providencie as mudanças impostas" aos processos não iniciados. Já com relação aos processos em andamento, o magistrado entendeu que a Receita Federal tem razão em questionar, ao considerar a grande quantidade de julgamentos realizados por mês. O presidente da Comissão de Assuntos Tributários da OAB do Rio, Maurício Faro, comemorou a decisão. "Acho que o fato de manter abertos esses julgamentos em processos futuros já é uma vitória", diz. Para Faro, a proposta da OAB ao entrar com a ação era abrir a discussão. "Queríamos discutir essa restrição, que não tem justificativa." Para a Ordem, a medida viola princípios constitucionais, como o direito à ampla defesa e ao contraditório, ao devido processo legal e à publicidade. Além do artigo 7º do Estatuto da Advocacia, que prevê serem direitos do advogado ingressar livremente nas salas de sessões dos tribunais. Na petição inicial, a OAB ainda cita diversos precedentes em ações individuais que davam ao contribuinte o direito de participar dessas sessões. Procurada pelo Valor, a assessoria de imprensa da Receita Federal informou por nota que não se manifestaria sobre o assunto. Fonte: Valor Econômico (11/02/2014) (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 2 MS Clipping Moore Stephens 11/02/2014 Moore Stephens TJ-RJ declara inconstitucional artigo de decreto sobre ICMS Embora não tenha criado um novo imposto, o Decreto Estadual 43.749/2012 gerou, indiretamente, acréscimo da carga tributária devido ao aumento da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com base nesse entendimento, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por unanimidade, declarou inconstitucional o artigo 3º do decreto, que estabelece novas margens de valor agregado (MVA) para determinadas mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, relativamente ao ICMS. Para o desembargador Celso Ferreira Filho, relator da matéria, ao conter previsão de entrada em vigor de forma imediata ou até mesmo retroativa, o artigo 3º é inconstitucional porque viola o princípio da anterioridade, assegurado pela Constituição. “Ao gerar aumento no imposto a ser pago pelo contribuinte e face aos princípios da não surpresa e da segurança jurídica, garantia constitucional das mais relevantes, não se pode permitir qualquer interpretação restritiva a respeito; senão, ao contrário, por estarmos diante de uma limitação ao poder de tributar do Estado, que é a anterioridade fiscal, deve-se ter em mente sempre uma interpretação ampliativa da questão, com o único objetivo de proteger, mais do que o próprio contribuinte, as próprias garantias constitucionais”, completou o magistrado. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RJ. Processo 0001325-54.2013.8.19.0000 Fonte: Consultor Jurídico (10/02/2014) Controle prévio da atividade comercial Em dezembro foi publicada a Portaria CAT 122/13, dispondo sobre a prestação de garantia ao cumprimento de obrigações tributárias, como condição imposta aos interessados em obter a concessão, renovação ou alteração de sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS no Estado de São Paulo. A medida confere discricionariedade às autoridades estaduais para avaliar a existência de risco de o contribuinte deixar de cumprir suas obrigações tributárias e propor ao delegado regional tributário a dispensa ou exigência de garantia, seu valor (equivalente ao ICMS estimado para os primeiros 12 meses de atividade) e prazo de vigência. De acordo com a Portaria, a prestação de garantia ao cumprimento das obrigações tributárias futuras somente pode ser imposta em razão de antecedentes fiscais que desabonem os interessados na inscrição, assim como seus coligados, controlados ou, ainda, seus sócios; existência de débito fiscal definitivamente constituído em 3 MS News - Abril de 2012 nome da empresa, de suas coligadas, controladas ou de seus sócios; ou tipo de atividade econômica desenvolvida pelo estabelecimento, em especial quando existir transitoriedade da atividade ou elevado risco de não cumprimento das obrigações tributárias. A simples falta de pagamento de tributo não pode ser fato desabonador, como já pacificado pela jurisprudência Essa garantia poderia assegurar a livre concorrência, na medida em que dificultaria o ingresso no mercado ou dele excluiria potenciais sonegadores que se aproveitam de vantagens indevidas em prejuízo dos contribuintes que, além de suportar a altíssima carga tributária, incorrem em elevados custos com o cumprimento de obrigações acessórias. De fato, a livre iniciativa é limitada pela proteção à concorrência, podendo o Estado, com o intuito de promover o equilíbrio da economia e o bem comum, intervir para reprimir os abusos, como pretende fazer mediante a imposição da garantia para a concessão de inscrição estadual. Porém, a recente exigência administrativa, a pretexto de atender o interesse público, pode ser considerada ofensiva aos princípios da livre iniciativa e da neutralidade fiscal do Estado. Ao avaliar antecedentes fiscais, deve-se ponderar, por exemplo, que a simples falta de pagamento de tributo não pode ser fato desabonador, como já pacificado pela jurisprudência. A inadimplência, sem que provado dolo ou fraude, constitui simples mora da sociedade. Contrariamente à Constituição Federal, a exigência em comento representa medida restritiva do exercício da atividade econômica, prejudicial à livre iniciativa, pois dificulta a obtenção da inscrição estadual, sem a qual o empreendimento não pode funcionar. De acordo com a legislação estadual, qualquer sociedade deve se inscrever no Cadastro de Contribuintes do ICMS, antes do início de suas atividades, desde que pretendam praticar com habitualidade fatos geradores do imposto. O oferecimento de garantia na forma de fiança bancária, seguro de obrigações contratuais ou depósito administrativo, especialmente no início da atividade, quando são necessários investimentos e capital de giro, pode impedir o interessado em integrar o comércio paulista, de obter sua inscrição e, por conseguinte, de atuar no mercado. Essa medida está em desacordo com as Súmulas do Supremo Tribunal Federal (70, 323 e 547), segundo as quais não se pode restringir a atividade econômica como meio coercitivo de pagamento de tributos. Além disso, a portaria em comento permite a atuação parcial da administração, contrariamente ao princípio da neutralidade do Estado. A possibilidade de exigência da garantia em função da atividade econômica, sem que existam indicadores que justifiquem o receio de inadimplência do empreendedor, e de concessão de regime especial dispensando o interessado do (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 11/02/2014 Moore Stephens oferecimento de garantia, ainda que tal dispensa seja acompanhada de outras medidas de fiscalização mais rígidas, constitui risco de criação de privilégios para alguns e prejuízos a outros agentes do mercado. Esta discricionariedade conferida à administração pode interferir direta e perigosamente na economia, desvirtuando a função do Poder Executivo. Afinal, em que medida é legítimo o controle prévio exercido pela administração acerca da potencialidade de sucesso da atividade empresarial e dos antecedentes do interessado para fins de imposição de garantia para obtenção de inscrição estadual? É nítido que o combate à sonegação e a proteção da concorrência leal pela administração paulista, se não executados com razoabilidade, como parece ser o caso da edição da Portaria CAT 122/13, pode prejudicar o já comprometido crescimento econômico estadual. Carolina Romanini Miguel é mestre em direito tributário pela PUC-SP, doutora em direito econômico e financeiro pela USP e advogada associada do escritório Machado Associados Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações Fonte: Valor Econômico (11/02/2014) Receita Federal traz esclarecimento sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida O pagamento unificado de tributos federais no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) está condicionado à opção pelo Regime Especial de Tributação (RET), no caso das incorporações imobiliárias. Por outro lado, para as empresas que realizam a construção de unidades habitacionais de acordo com as condições fixadas pelo citado programa, basta a observância das regras constantes do Capítulo 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.435/2013. (Solução de Consulta Cosit nº 33/2014 - DOU 1 de 10.02.2014) Fonte: IOB Online (10/02/2014) MS News - Abril de 2012 RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA Fisco esclarece cálculo de contribuição A Coordenadoria-Geral de Tributação (Cosit) da Receita Federal entendeu que empresa com duas atividades diversas submetidas à contribuição previdenciária substitutiva deve aplicar, sobre a receita total, a porcentagem referente à principal. O entendimento está na Solução de Consulta nº 19, publicada no Diário Oficial da União de ontem. No caso, a empresa tem como atividade principal a execução de obras de terraplenagem e, como secundárias, o transporte rodoviário de carga municipal e outros serviços. O Fisco estabeleceu, por meio da solução, que desde 1º de janeiro, a empresa deve recolher a contribuição previdenciária substitutiva "em função de sua atividade principal". Assim, a empresa deverá usar como base de cálculo a receita bruta relativa a todas as suas atividades e, como alíquota, o percentual de 2%. A alíquota referente à outra atividade seria menor, de 1%. A contribuição previdenciária substitutiva foi criada pela Lei nº 12.546, de 2011, no contexto do Programa Brasil Maior para diminuir a carga tributária sobre a folha de pagamentos. Segundo o advogado Fabio Calcini, do Brasil Salomão & Matthes Advocacia, havia muitas dúvidas de empresas que possuem mais de uma atividade descrita na lei, com percentuais diferentes. "Partindo do critério do CNAE [código da atividade], a atividade principal é sempre clara. No caso de um CNAE secundário gerar mais receita do que o principal, é possível simplesmente fazer a alteração da atividade da empresa, adequando o CNAE", afirma. Já o advogado Carlos Eduardo Vianna Cardoso, do Siqueira Castro Advogados, afirma que, apesar de a solução indicar que o Fisco seguirá nessa linha, relativa à atividade principal, ao fiscalizar outra atividade pode entender de forma diferente. "Por isso, se a atividade é outra que não terraplanagem vale fazer uma nova consulta", diz Cardoso. Fonte: Valor Econômico (11/02/2014) (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 4 MS Clipping Moore Stephens 11/02/2014 Moore Stephens Médico cubano foge do Brasil MS News - Abril de 2012 Ortelio fazia parte do chamado segundo ciclo de cubanos que chegaram ao Brasil, em novembro do ano passado. Entidade com sede em Miami auxiliou profissional lotado no interior paulista a deixar o país. É o segundo caso de estrangeiros da ilha caribenha que abandonam o programa federal Após três semanas de treinamento em São Paulo, o profissional seguiu para Pariquera-Açu. O Ministério da Saúde comunicou que o desligamento do médico está sendo providenciado para que outro profissional o substitua. O médico cubano Ortelio Jaime Guerra, que há uma semana abandonou um posto de trabalho do programa Mais Médicos em Pariquera-Açu, interior de São Paulo, fugiu do Brasil para os Estados Unidos com o auxílio da organização não governamental (ONG) Solidariedade sem Fronteiras. Julio Cesar Alfonso, presidente da entidade que ajuda cubanos da área de saúde que desertaram de missões pelo mundo, confirmou ao Correio o auxílio prestado a Ortelio. A ONG tem sede em Miami. Cubanos “resgatados” pela entidade conseguem uma espécie de visto humanitário para entrar nos Estados Unidos. Trata-se do Cuban Medical Professional Parole (CMPP), criado pelo governo George W. Bush em 2006. Desde a semana passada, o Ministério da Saúde havia sido notificado pela prefeitura de Pariquera-Açu do desaparecimento de Ortelio. O município comunicou que o profissional cubano tinha abandonado o serviço e que não possuía informações sobre o paradeiro dele. Ontem, em sua conta no Facebook, o médico informou aos amigos que já estava em solo norte-americano. Em uma foto postada em 2 de fevereiro, na qual aparece ao lado de dois amigos em São Paulo, Ortelio explicou que precisou ir embora sem falar com ninguém por questões de segurança. Ele ressaltou que a imagem é da última noite na cidade. No fim da tarde de ontem, a foto já havia sido compartilhada por mais de 300 pessoas. Muitos amigos deixaram mensagens de apoio e pregaram “liberdade aos médicos cubanos”. Agradecimento O profissional, especializado em nefrologia, agradeceu a várias pessoas que trabalharam com ele no Brasil. Ortelio salientou que estava bem e avisou que precisava “dar esse passo”. “Para todos os meus amigos que me enviaram mensagens preocupados com minha ausência, eu agradeço infinitamente. Agora, estou nos Estados Unidos e, embora considere necessário dar esse passo, tenho muito orgulho da minha terra e das minhas raízes. Um grande abraço para todos. Obrigado, mais uma vez, pela preocupação”, escreveu. 5 Há uma semana, o programa havia registrado o primeiro caso de deserção. A médica cubana Ramona Matos Rodriguez fugiu da cidade de Pacajá (PA), onde estava desde outubro trabalhando em um posto de saúde, e viajou para Brasília. Ela está morando na casa de um deputado do DEM enquanto espera a análise do pedido de refúgio feito ao governo brasileiro. A médica apresentou um contrato, que prevê o repasse de R$ 1 mil, sendo que US$ 400 são depositados em uma conta no Brasil, outros US$ 50 podem ser movimentados por uma pessoa indicada por ela em Cuba e os demais US$ 550 ficam em uma conta na ilha caribenha, mas só serão disponibilizados depois do fim da missão. “Para todos os meus amigos que me enviaram mensagens preocupados com minha ausência, eu agradeço infinitamente. Agora, estou nos Estados Unidos” Ortelio Jaime Guerra, profissional cubano que deixou o Mais Médicos Fonte: Correio Braziliense (11/02/2014) Empregado impedido de entrar na empresa sem qualquer explicação será indenizado Um empregado que teve sua entrada na portaria da empresa impedida, até mesmo para buscar seus pertences, sem qualquer explicação por parte da empresa, será indenizado por danos morais. Para a 3ª Turma do TRT de Minas, que julgou desfavoravelmente o recurso da empregadora, a conduta da empresa foi abusiva, excedendo os limites do poder diretivo, o que torna o ato ilícito. A empresa alegou que o trabalhador foi dispensado em razão de uma reestruturação da empresa, junto com mais de 2.500 funcionários. Em depoimento pessoal, o preposto da empresa afirmou que o empregado nunca teve sua entrada bloqueada na empresa, tendo, inclusive, registrado o ponto no período de greve. Mas, segundo acrescentou o preposto, no início de fevereiro, a empresa teve conhecimento de que perderia o contrato na planta (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 11/02/2014 Moore Stephens Fiat, notícia apenas divulgada aos funcionários no início de março/2012. Segundo declarou, essa possibilidade de perda do contrato levou a empresa a uma reestruturação, de forma que os funcionários que tinham mais faltas e os que tinham banco de horas positivo ficaram aguardando em casa a continuidade ou não do contrato de trabalho. E, justamente por ter banco de horas positivo, foi dito ao empregado e a outros 400 empregados que aguardassem em casa a decisão da empresa. Mas esses argumentos não convenceram o juiz convocado Danilo Siqueira de Castro Faria, relator do recurso, que, ao analisar os espelhos de ponto, constatou que o empregado não tinha crédito de horas no chamado "banco de horas". Ele observou que, na peça de defesa, a empresa sequer mencionou a existência do banco de horas, não apresentando explicação para o bloqueio que impediu o trabalhador de, inclusive, buscar seus pertences. Nesse cenário, o relator concluiu que o ato ilícito praticado pela empresa enquadra-se mesmo como conduta abusiva, expondo o trabalhador a situação constrangedora, em desrespeito aos direitos da personalidade, da honra e da dignidade da pessoa humana, previstos na Constituição Federal. E, pela ofensa aos direitos fundamentais do trabalhador, surgiu o dever do empregador de ressarcir o empregado pelos danos sofridos (art. 7º, XXVIII, da CF). Por esses fundamentos, o julgador manteve a indenização deferida pela sentença, no valor de R$5.000,00, quantia que entendeu dentro dos critérios de razoabilidade e proporcionalidade. O entendimento foi acompanhado pelo demais julgadores da Turma. ( 0001160-96.2012.5.03.0142 RO ) MS News - Abril de 2012 isso, está na hora de juntar a papelada para prestar, com sucesso, contas ao Leão. O CRC SP (Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo) listou algumas providências que evitarão dores de cabeça, se não forem deixadas para a última hora. 1º passo: reúna todos os documentos de rendimentos e despesas Junte os comprovantes de informe de rendimentos das fontes pagadoras e das instituições financeiras, os comprovantes de pagamentos passíveis de deduções (despesas com clínicas médicas, psicólogos, hospitais, tratamentos odontológicos) e todos os documentos que motivaram a variação de patrimônio de um ano para outro (venda e compra de carros, imóveis, terrenos ou quaisquer outros bens ou direitos). O prazo final para as empresas entregarem o informe de rendimento aos seus funcionários ou beneficiários é dia 28 de fevereiro. Outra maneira rápida de conseguir o informe de rendimentos é verificar se a fonte pagadora permite a impressão do documento diretamente do site da empresa. 2º passo: faça o download do programa gerador da declaração Baixe o programa do IRPF 2014, disponível no site da Receita Federal – www.receita.fazenda.gov.br. 3º passo: importe os dados da última declaração Se estiver usando o mesmo computador onde fez a declaração do exercício de 2013, poderá importar automaticamente os dados, durante o processo de download do programa IRPF 2014. Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região Fonte: IOB Online (11/02/2014) É possível também importar os dados de um backup existente em pendrive, CD ou qualquer outra base de dados. CONTABILIDADE / AUDITORIA Caso contrário precisará digitar os dados básicos de cadastro e relação de bens novamente. Está na hora de juntar a papelada para prestar contas ao Leão 4º passo: confira e atualize informações antigas Leia todas as páginas e, quando necessário, atualize informações. Passo a passo: CRC SP orienta contribuinte a fazer a declaração de Imposto de Renda Pessoa Física 2014 O prazo para a entrega da declaração do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) começa em março, mas o envio de dados é um processo que requer tempo e atenção. Por O conselheiro do CRC SP Sebastião Gonçalves explica que uma situação comum é a mudança do nome e CNPJ de algumas empresas prestadoras de serviços. “Isso acontece em decorrência de fusão, cisão ou incorporação. Por isso, o contribuinte precisa fazer a (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 6 MS Clipping Moore Stephens 11/02/2014 Moore Stephens atualização. Os dados declarados devem ser exatamente os mesmos dos documentos que tem em mãos”, alerta. 5º passo: Receita indica o modelo de declaração Insira na base de dados do programa IRPF todos os rendimentos e despesas, sem exceção, independente do modelo da declaração. Durante o preenchimento, o programa da Receita indicará automaticamente a opção mais vantajosa para o contribuinte – Simples ou Deduções Legais, também chamado Completa. “Engana-se a pessoa física que pensa que será beneficiada ao deixar de declarar alguma despesa. A cada inserção de dados, o programa mostra o formato de declaração que traz mais vantagens tributárias aumentando o valor da restituição ou diminuindo o imposto a pagar”, explica Sebastião. 6º passo - Faça o download do programa de transmissão de dados Para enviar a declaração é necessário baixar o programa Receitanet 2014, também disponível no site da Receita. O programa é responsável pela transmissão dos dados. 7º passo: errou? Dá tempo de corrigir Até o dia 30 de abril, prazo final para envio da declaração, os contribuintes podem fazer qualquer tipo de correção e, inclusive, alterar o modelo selecionado – Simples ou Completa. Ao se lembrar de algum rendimento ou despesa não declarada, basta acessar o sistema, fazer a inclusão e observar o novo e mais vantajoso formato de declaração que será indicado. Sobre o CRC SP O CRC SP (Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo) faz parte do sistema de Fiscalização, Registro e Desenvolvimento Profissional da profissão contábil. Em seus registros ativos constam mais de 140 mil profissionais e mais de 20 mil empresas de serviços contábeis. Por meio do CRC SP, esses profissionais e empresas contam com um diversificado programa de educação profissional continuada, composto por palestras, seminários e oficinas realizadas na capital e no interior. No portal do conselho estão disponíveis informações técnicas e notícias sobre o setor, disponibilizadas por diferentes ferramentas de comunicação, como a TV CRC SP. O objetivo do portal é esclarecer e levar conhecimento para profissionais e empresários da área contábil, reforçando a importância da profissão – www.crcsp.org.br / www.facebook.com/crcsp.oficial. 7 MS News - Abril de 2012 Mais informações para a imprensa Assessoria de imprensa do CRC SP Denise Kelen [email protected] Fone: (11) 3824-5400 ramal 1145 / 96076-0589 Partnersnet Comunicação Empresarial Fone: (31) 3029-6888 Fonte: CRCSP (07/02/2014) Comissão de Auditoria e Normas Contábeis da Abrasca realiza encontro no Ibracon CT 02/2014foi abordado durante a reunião Na última quinta-feira (6), o Ibracon – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil participou do encontro realizado pela Comissão de Auditoria e Normas Contábeis (CANC) da Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca), na sede do Instituto. Durante o encontro, a representante da Abrasca no ISAR (Grupo de Trabalho Intergovernamental de Especialistas em Padrões Internacionais de Contabilidade e Políticas de Divulgação de Informações), Vania Borgeth, fez uma apresentação sobre a 30ª reunião do ISAR, realizada na Suíça, em novembro de 2013. Na ocasião, outro ponto abordado referiu-se aos impactos do Comunicado Técnico do Ibracon 02/2014, que orienta os Auditores Independentes sobre a elaboração das Demonstrações Contábeis de 2013, com vistas às disposições contidas na Medida Provisória 627/2013 e Instrução Normativa 1.397/2013. Sobre a CANC A Abrasca, para lidar com a complexidade de seus trabalhos, adotou a estratégia de intensificar o diálogo entre as empresas e fundamentar suas posições a partir de bases fortes de conhecimento, seja nos temas específicos de mercado de capitais seja nas áreas jurídica, contábil e tributária. Com base nesta estratégia, a associação constituiu três Comissões Técnicas: a de Mercado de Capitais (Comec), a Jurídica (Cojur) e a de Auditoria e Normas Contábeis (Canc). Fonte: Comunicação Ibracon (11/02/2014) (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 11/02/2014 Moore Stephens OUTROS ASSUNTOS Simples bem mais rápido para abrir uma empresa Afif Domingos anuncia sistema que permitirá reduzir o processo de 150 para apenas 5 dias O governo promete, para junho, a diminuição do prazo para abertura de empresa, da atual média de 150 dias, para apenas 5 dias. De acordo como ministro da secretaria da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, o feito se dará graças à implantação da Redesim - Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, que irá simplificar o processo de abertura e fechamento de empresas. MS News - Abril de 2012 inscrição do CNPJ na Receita Federal. “O portal permitirá que os dados trafeguem dentro de uma só ferramenta, sem que seja necessário o empresário viajar de um órgão para o outro”, disse o ministro. Além de facilitar a abertura e o fechamento das empresas, o site será uma espécie de “portal de negócios”, informou o ministro. “Haverá espaço para a criação de um catálogo empresarial, onde as empresas poderão inserir os seus dados e falar dos seus produtos”, sinalizou o ministro. Também haverá mecanismo de procura e oferta de tecnologia. Para a meta de redução no prazo ser alcançada, o ministro observa que governos estaduais e municipais, em conjunto com empresários, precisam aderir localmente à campanha de desburocratização. Para isso, Domingos está percorrendo o país naquilo que chama de “caravana da simplificação”. Segundo o ministro, o processo hoje é lento porque “cada um (estados e municípios) tem uma exigência, cada um tem uma regra. Agora haverá um balcão único, com registro único, e a nossa meta é diminuir o prazo de abertura e fechamento de empresas. Hoje, são aproximadamente 150 dias, vamos reduzir para cinco dias”. Outro assunto na pauta da reunião de amanhã é a votação, no Congresso, das mudanças no Estatuto da Micro e Pequena Empresa. A matéria preconiza a universalização da entrada das Micro e Pequenas Empresas no Simples, independentemente de sua classificação, e a reformulação das regras de substituição tributária. O projeto foi aprovado por unanimidade na Comissão Especial que tratou do assunto na Câmara no final do ano passado e ainda precisa ser apreciado no Plenário da Casa e no Senado. O ministro afirmou que obteve do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB – RN), a garantia de que o projeto será votado ainda na primeira quinzena de março. O assunto será tema da primeira reunião do Conselho Interministerial de Avaliação do Simples Nacional, a ser instalado amanhã pela presidenta Dilma Rousseff. “Quem presidirá as reuniões normalmente será o ministro da micro e pequena empresa. Mas, nesta primeira, a presidenta fez questão de comandar”, disse o ministro a empresários na reunião do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, realizada ontem na Confederação Nacional do Comércio (CNC). Mas o projeto encontra resistência, especialmente na bancada paulista e no Ministério da Fazenda, que tem em perdas de arrecadação. Um dos pontos polêmicos é que o altera o enquadramento no Supersimples, deixando de ser por categoria profissional. O único critério passaria a ser o faturamento. Estaria enquadrada qualquer empresa com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões. Outro ponto controverso é a mudança na forma de cobrança. O projeto propõe extinguir a substituição tributária que, no entender de Domingos, faz com que os pequenos paguem mais impostos. Para o ministro, esse modelo de tributação acaba por anular os benefícios do Simples, já que as micro e pequenas pagam o valor cheio do imposto, sema redução a que teriam direito pelo programa. Fonte: Brasil Econômico (11/02/2014) De acordo com Domingos, até o dia 30 de junho estará no ar o portal Empresa Simples, que possibilitará a redução do prazo, porque vai unificar todas as etapas necessárias para a abertura da empresa, como a das licenças para o funcionamento, a do registro na Junta Comercial e a da (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 8 MS Clipping Moore Stephens 11/02/2014 Moore Stephens Dilma quer Google e Facebook na mira de fisco e direitos autorais O cerco de países europeus à farra fiscal de empresas de tecnologia como Google e Facebook inspirou nossa Receita Federal a criar força tarefa para investigar as operações das gigantes tech no Brasil. A devassa é ordem da presidente Dilma aos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Comunicações). A presidente quer submeter as marcas também a legislação que as obrigue a pagar direitos autorais. A informação é do jornal O Globo. As empresas estão no topo da lista dos maiores sonegadores de impostos do país, ainda de acordo com a publicação carioca. O Google é o segundo faturamento em publicidade no Brasil - essas marcas venderiam aqui e receberiam em paraísos fiscais. E lucrariam ao atuar fora da lei que rege os concorrentes. Informes produzidos pela área econômica estimariam que o Google recebeu no Brasil, no ano passado, mais de R$ 3 bilhões em publicidade. A maior parte dos serviços prestados por essas empresas são pagos com cartões internacionais e não aparecem no balanço das subsidiárias brasileiras. A única receita é o IOF dos clientes. Fonte: Correio Braziliense (09/02/2014) 'Tributação deve ser concentrada na indústria' O Brasil precisa não somente diminuir a carga tributária, dos atuais 36% para algo em torno de 25% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas do País. Necessita também reduzir a quantidade de tributos, concentrando a cobrança na indústria e desonerando os demais segmentos da cadeia econômica. "É que aí não precisa de fiscal. Uma cervejaria, por exemplo, bastaria fiscalizar a sua produção em litros para cobrar o imposto. Sabemos perfeitamente quantos carros uma fábrica de automóveis produz todos os dias. Essas empresas não conseguem sonegar absolutamente nada." Assim deve ser a reforma tributária que o País espera, na opinião do deputado federal e empresário industrial Alfredo Kaefer (PSDB-PR), como presidente de grupo de trabalho a ser constituído na Câmara dos Deputados, nos próximos dias. Como resultado, prevê: "Desonero toda a cadeia". A missão do parlamentar é formatar uma alternativa que saia do papel, depois de várias tentativas sem sucesso, especialmente em relação ao Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços (ICMS), o maior gargalo da proposta encaminhada em 2013 pelo Executivo e que patina no Congresso. Em entrevista exclusiva ao DCI, Kaefer defendeu inclusive o uso da substituição tributária para a simplificação do sistema fiscal brasileiro. Isso 9 MS News - Abril de 2012 porque esse instrumento é usado pelos governos estaduais para cobrar na indústria antecipadamente o ICMS que deveria ser pago ao longo da cadeia econômica. DCI: O senhor já tem uma ideia de reforma tributária? Alfredo Kaefer: Entendo que precisamos trabalhar em três pilares principais. O primeiro é a redução da carga tributária propriamente dita, com uma redução significativa na porcentagem de impostos que se paga neste país. O percentual de 36%, 37% do PIB é um valor acima do aceitável para um país como o nosso. Está fora dos parâmetros. Os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), todos, têm carga tributária menor do que nós. Os países emergentes têm carga, na média, muito menor do que a nossa. Então, temos que reduzir. DCI: E os demais pilares? AK: O segundo pilar que devemos atacar é que temos que tirar a complexidade do cipoal tributário brasileiro. Acabar com essa burocracia infernal que nós temos, com dezenas de alíquotas, com uma estrutura absurdamente burocrática e complicada. E, finalmente, dentro do próprio projeto de reforma fazermos um redirecionamento de impostos, de tal forma que principalmente os municípios sejam mais contemplados do que são hoje. Porque hoje a arrecadação está extremamente concentrada e direcionada na União. Um pouco menos para os estados, mas de forma inexpressiva e absolutamente desequilibrada, para os municípios. Pela prerrogativa que vou ter como presidente do grupo de trabalho, gostaria de enveredar por essa linha. DCI: Acredita que haja margem para reduzir a arrecadação de impostos com o governo mantendo os seus gastos? AK: A gente tem margem para reduzir a carga e mesmo assim manter os preceitos elementares das necessidades do que o Estado brasileiro precisa. Eu estou absolutamente convencido de que se a gente reduzir a carga tributária: vamos supor, exagerando, que ela caísse para 25% do PIB. Hoje está em 36%. Com essa carga, é perfeitamente possível atender segurança, justiça, saúde e educação e minimamente atender a infraestrutura que não é tocada pela iniciativa privada. Mas essa redução da carga mudaria muitos conceitos da economia nacional. DCI: O quê, por exemplo? AK: Forçaria o Estado brasileiro a se liberar de uma série de atividades, podendo direcionar o foco para aquilo que efetivamente é o essencial... reduzir seus gastos desnecessários, permitindo um enxugamento da máquina pública, por exemplo, reduzindo o número de ministérios. E usando a energia para uma série de coisas que podemos fazer muito bem feitas, cobrindo a necessidade do Estado, em parceria com a iniciativa privada. DCI: Como acabar com a burocracia hoje no País? AK: Juntando vários tipos de impostos. Vou lhe dar um exemplo: três impostos, que são o IPI, o PIS e a Cofins. A (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 11/02/2014 Moore Stephens gente tem que criar um imposto só. Temos que acabar com a burocracia das normas do ICMS. Veja quanta burocracia seria possível reduzir, se a gente tivesse um marco regulatório do ICMS nacional com todos os estados, tudo unificado. DCI: Muda a filosofia de arrecadação nacional? AK: Muda. Precisamos redirecionar os impostos sobre renda e patrimônio e reduzir efetivamente os impostos sobre consumo, principalmente os que incidem sobre os produtos básicos. Os produtos que estão na cesta básica, esses têm que ser desonerados por completo. Podemos jogar essa carga para a renda e um pouco mais na cobrança de imposto sobre o patrimônio. DCI: E essa cobrança seria da União? AK: No meu conceito, o imposto patrimonial tem que ser do município. Porque lá o prefeito e os vereadores, têm como saber quanto vale um terreno, quanto vale um veículo. O IPVA tem que ser dos municípios, assim como o IPTU já é. Mas temos que reforçar esse conceito. Assim como o ITBI, que já fica com os municípios, o ITR também precisa ser municipal. DCI: E a questão da chamada substituição tributária? AK: Eu sou favorável a se fazer uma substituição tributária, mas com valores dentro da realidade. Quanto mais nós conseguirmos fazer cobrar os impostos na origem, mais nós vamos conseguir reduzir a carga. Por exemplo, eu cobro todos os impostos sobre cigarros e bebidas nas fábricas. Aí eu desonero toda a cadeia até o consumo, zero lá na ponta. Eu cobro o imposto dos automóveis na fábrica. Temos oito, dez fábricas de carros. Simplifica, porque o resto da cadeia eu desonero. Eu cobro os impostos sobre energia, telefonia e saneamento, das empresas concessionárias. O mesmo com cimento e aço. Desonero toda a cadeia. Veja o quanto eu simplificaria a estrutura tributária do País. DCI: O senhor acha que hoje há condições de propor uma mudança tão grande? AK: Por que não? Já que o Executivo não toma a iniciativa de levar ao Congresso um plano de reforma tributária, vamos nós cumprir o nosso compromisso. DCI: Vai ser possível tratar de uma questão complexa e polêmica como essa num ano eleitoral? AK: Vai ser um desafio enorme. Mas temos que começar. Eu estou determinado. DCI: Então será uma lei nova, sem modelo a ser seguido? AK: Eu gosto muito de um plano que vi há muito anos, do ex-deputado gaúcho Luís Roberto Ponte. Ele propunha um imposto seletivo. A ideia é buscar um pouco dessa tese. Não exatamente aquela proposta, que era mais radical, com imposto único, mas buscar um pouco desse emaranhado aí. E que é a tributação de uma gama menor de produtos na sua origem. DCI: Qual seria a principal vantagem? AK: É que aí não precisa de fiscal. Uma cervejaria, por exemplo, bastaria fiscalizar a sua produção em litros para MS News - Abril de 2012 cobrar o imposto. Sabemos perfeitamente quantos carros uma fábrica de automóveis produz todos os dias. Essas empresas não conseguem sonegar absolutamente nada. Sabemos quanto a CFM, a Vale do Rio Doce produzem. Quanto de minério, quanto as siderúrgicas produzem. Quanto a Votorantim produz de cimento. Fica muito mais fácil. E esse é um processo que já existe, no Brasil. Todos os impostos da cadeia de eletricidade são cobrados na fonte e o sistema funciona muito bem. Por exemplo, um posto de gasolina: se cobrarmos os impostos na fonte, ele só precisará da contabilidade gerencial. Não precisa gastar com contabilidade fiscal. Não haverá nenhum imposto mais a ser cobrado dos produtos que ele vende. A ideia é acabar com a sonegação, com a fiscalização e, principalmente com a corrupção. Fonte: DCI – SP (11/02/2014) Querer o preço justo é o novo 'encosto' do governo ENTREVISTA ANTONIO DELFIM NETTO Controlar os valores de bens e serviços é voltar ao século 13, diz economista, para quem o plano real é obra inacabada O Plano Real é uma obra inacabada. Isso ajuda a explicar por que o Brasil enfrenta o risco de rebaixamento pelas agências de classificação de risco em 2014. A opinião é do economista e ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto. Para ele, embora seja injusto incluir o Brasil no grupo de mercados emergentes vulneráveis, a perspectiva do país é ruim. A situação seria diferente se os governos das últimas duas décadas tivessem perseguido o equilíbrio fiscal previsto no Plano Real. "O governo nunca terminou o Plano Real. Sempre se tergiversou, sempre se procurou a reeleição." Apesar da ameaça de rebaixamento, o ex-ministro acredita que o pessimismo em relação ao país é exagerado. Folha - O senhor está preocupado com a economia? Antonio Delfim Netto - Eu acho que há muito mais pessimismo do que o justificado pela realidade. A situação é muito delicada no mundo. O mundo está melhorando lentamente. Sinto que há um desânimo, um pessimismo que é muito maior do aquilo que seria justificado pelo que está acontecendo no Brasil. Agora você tem um novo grupo, o grupo dos vulneráveis. Os indicadores do Brasil são muito superiores aos dos outros, da Índia, da Indonésia, da Turquia. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 10 MS Clipping Moore Stephens 11/02/2014 Moore Stephens Na minha opinião, é um absurdo, um exagero juntar o Brasil a esse grupo. Nós não temos mais o pecado original de ter a dívida em dólar. Nossa dívida é em reais. O Brasil não tem o menor risco de quebrar. O câmbio é flutuante. MS News - Abril de 2012 de renda poder assistir ao jogo de futebol ou não. Isso é possível. O que é impossível é decidir quem vai assistir ao jogo de futebol, a não ser que eu tenha a polícia na frente. E o México? Está, de fato, muito melhor do que o Brasil? O México está construindo condições melhores que o Brasil. Por que o México recebeu uma promoção na nota de rating e o Brasil está ameaçado de perder a nota? O México cresce menos do que o Brasil, mas está fazendo as reformas que são necessárias. Está usando melhor os instrumentos de mercado. O Brasil está numa situação bastante razoável. Nosso deficit fiscal é 3% do PIB, nossa dívida é 60% do PIB. Nada disso é trágico. Mas a perspectiva é ruim. Por que o ímpeto para avançar em reformas não ocorre no Brasil? Porque nunca decidimos fazer de verdade a coisa certa. Nós fizemos um plano de estabilização brilhante, que é o Real. O Plano Real é uma joia do ponto de vista da teoria econômica aplicada no combate à inflação. Mas nunca o governo terminou o Plano Real. Nunca ousou pôr o equilíbrio fiscal que ele exigia. Nunca se fez isso, sempre se tergiversou, sempre se procurou a reeleição. O Real nunca terminou. Esse é um negócio que nos acompanha por todos os últimos governos. Por que a perspectiva é ruim? Porque o que tem de acumulado de maluquice no Congresso em matéria de despesa é para acabar com o mundo, não é para acabar com o Brasil. Essa perspectiva é que dá esse mal-estar. A inflação está batendo no teto mesmo, tem um pouco escondida. Mas não tem nada de trágico, que você diga que vai perder o controle. O câmbio está flutuando. O mercado fez o que o governo estava acovardado. O câmbio subiu porque o mercado impediu que o governo continuasse a usá-lo como instrumento de combate à inflação. Esse câmbio destruiu o setor industrial brasileiro. RAIO-X ANTONIO DELFIM NETTO IDADE 85 anos OCUPAÇÃO Professor emérito da USP FORMAÇÃO Economia (USP) CARREIRA Ministro da Fazenda (1967-1974), da Agricultura (1979) e do Planejamento (1979-1985). Dep. federal (1987-2007) Tem volta isso? Claro que tem. Vai demorar 14, 15 meses, mas o câmbio vai ter o seu efeito. Se você olhar direito a questão da valorização do câmbio, isso começou no governo Fernando Henrique. Você valorizou, você roubou a demanda externa da indústria brasileira. Depois, você valorizou tanto que roubou a demanda interna. O sr. acha que seria justo o Brasil sofrer rebaixamento da nota soberana? O rebaixamento não é que seria justo, você está com a mania do governo [risos]. O governo quer preço justo. O governo tem alguns encostos. O novo é o preço justo. Ele quer agora na Copa controlar o preço dos transportes, da hospedagem, das passagens. Como se isso fosse possível. Voltaram para são Tomás [de Aquino]. Só que no século 13 não tinha concorrência. Por isso era preciso princípios éticos para impedir o abuso nos preços. Aqui não, aqui tem competição. Como é que se divide um bem finito cuja demanda é maior que ele? Se a demanda de metro quadrado de hospedagem é maior que a oferta de metro quadrado, quem é o sortudo que vai ficar? Só tem dois jeitos de dividir. Um é pela força. Vai a polícia e diz: "Você vai entregar para ele". Só que pela força nós já sabemos que não funciona porque ou vai ter corrupção ou vai reduzir a oferta. A outra é o mercado. A gente pode discutir a ética disso, se é eticamente razoável o sujeito que tem um pouco mais 11 Fonte: Folha de S.Paulo (11/02/2014) UE contesta Zona Franca e pode abrir litígio na OMC A Zona Franca de Manaus está sendo questionada pela União Europeia (UE) na disputa contra o Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), naquele que poderá se tornar o maior litígio comercial enfrentado pelo país. A UE iniciou em 19 de dezembro o mecanismo de disputa contra o Brasil, acusando o governo de ter adotado uma série de medidas fiscais discriminatórias contra produtos estrangeiros e de fornecer "ajuda proibida" aos exportadores nacionais. Na quinta e sexta-feiras, delegações da UE e do Brasil vão se reunir em Genebra, na primeira de duas consultas previstas pela OMC - uma última tentativa de entendimento. Se o impasse não for superado, Bruxelas poderá dar o passo seguinte e pedir a abertura de processo formal, painel no jargão comercial. Desde 2011, a UE vinha reclamando do Inovar-Auto, programa que estimula a inovação na produção nacional de carros, mas dificulta a importação. Mas o alvo dos europeus agora é bem mais amplo. Os benefícios fiscais concedidos na Zona Franca de Manaus a diferentes setores industriais entraram na queixa. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 11/02/2014 Moore Stephens Bruxelas alega que regimes similares ao Inovar-Auto dão vantagens fiscais a bens produzidos na região, qualquer que seja o setor. Os subsídios do governo entravam antes na categoria de "subsídios verdes" (autorizados), mas há algum tempo passaram à categoria de "acionáveis", que podem ser contestados. Vários programas foram incluídos no caso, como incentivos à industria de semicondutores, smartphones, TV digital e outros. MS News - Abril de 2012 Bruxelas afirma que as autoridades brasileiras ampliaram as desonerações fiscais para os exportadores e aumentaram o número de beneficiários potenciais. Para a UE, as medidas restringem o comércio ao favorecer produção e oferta locais. Se chegar aos juízes da OMC, o caso poderá se transformar no maior litígio que o Brasil terá de enfrentar na organização. Outros países desenvolvidos poderão aderir à queixa da UE. Fonte: Valor Econômico (11/02/2014) **************************************************** (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 12