14 de setembro de 2012 MS Clipping Moore Stephens Edição Diária ÍNDICE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .....................................................................................................................................................................2 Créditos do IPI e o ativo permanente (Valor Econômico) .....................................................................................................................2 Exportadores podem vender crédito de ICMS (Valor Econômico) ......................................................................................................2 Fisco veta créditos em limpeza e terceirização da produção (DCI-SP) ...............................................................................................3 Escolha do Sped Fiscal deve priorizar cumprimento da legislação e integração de sistemas (CRC-SP) .......................................4 RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA ...............................................................................................................................................4 Devolução não entra no cálculo de contribuição (Valor Econômico) .................................................................................................4 Ministério Público busca donos de R$ 600 milhões no FGTS (Valor Econômico) .............................................................................5 Confira dez regras de sobrevivência fundamentais para a pequena empresa brasileira (O Estado de S. Paulo)...........................6 CONTABILIDADE / AUDITORIA ...............................................................................................................................................................7 A importância da contabilidade para execução de um Planejamento Tributário (Contábeis.com.br)..............................................7 Por que a contabilidade é obrigatória em todas as empresas? (Portal de Contabilidade) ................................................................8 A Controladoria Contábil e suas vantagens (Blog da Moore Stephens) .............................................................................................9 OUTROS ASSUNTOS ...............................................................................................................................................................................9 Governo anuncia desoneração de 25 novos setores (Valor Econômico) ...........................................................................................9 Com desoneração da folha, empresas reavaliam tercerização e demissões (Folha de S. Paulo) ..................................................10 BC americano adota estímulo agressivo (O Globo) ............................................................................................................................11 Comercializadoras vão ter dias difíceis (Valor Econômico) ...............................................................................................................12 GE vai gerar energia do Comperj (Valor Econômico) .........................................................................................................................12 Negociações fracassaram e banco Cruzeiro do Sul vai ser liquidado (O Estado de S. Paulo) .......................................................13 Sobre a Moore Stephens Auditores e Consultores A Moore Stephens é uma das maiores redes de auditoria, consultoria e outsourcing contábil do mundo. A empresa é formada por aproximadamente 630 escritórios e está presente em mais de 100 países. Está entre as 12 maiores posições no ranking mundial, com faturamento anual de mais de US$ 2 bilhões. A Moore Stephens Auditores e Consultores presta serviços em auditoria, consultoria tributária e empresarial, tecnologia de informação, outsourcing de serviços contábeis, tributários e administrativos, e corporate finance. Há ainda determinadas divisões, com estruturas próprias, criadas para atendimento de interesses específicos, como a Divisão de Auditoria Interna e a Divisão de Small Business, entre outras. 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Com a edição da referida súmula fica pacificada a questão no âmbito do STJ, de modo que os contribuintes do IPI não têm direito ao crédito do valor do imposto que vier a ser pago nas aquisições de bens de capital destinados ao ativo permanente. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) segue por essa mesma vereda, ou seja, é também contrária à pretensão das empresas industriais que investem na renovação ou ampliação do parque fabril e arcam com os custos do IPI em certas circunstâncias. Ocorre que em nenhum dos precedentes que foram utilizados para edição da Súmula 495 o tema foi analisado de acordo com modificação introduzida na Constituição Federal pela Emenda Constitucional nº 42, de 19 de dezembro de 2003. A emenda mudou radicalmente o espectro do princípio da não cumulatividade do IPI. Com o advento da referida emenda, o artigo 153 da Constituição Federal passou a contar com o texto do inciso IV do parágrafo 3º, segundo o qual o IPI "terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei". A mensagem normativa da Emenda Constitucional não comporta dúvidas, de modo que os valores relativos aos bens de capital que tenham, sido tributados pelo IPI devem compor o montante dos créditos após o seu advento. Reduzir o impacto da tributação, segundo o mandamento da referida emenda, é desonerar ou reduzir os custos tributários dos bens de capital destinados ao ativo permanente das empresas contribuintes do IPI. O contribuinte não pode ser prejudicado pela inércia do Congresso Nacional se aquele órgão estatal se omite em editar leis sobre a desoneração tributária pretendida pela norma constitucional. Desse modo, ele deve ter acesso à desoneração por intermédio do sistema de crédito do imposto. O direito ao crédito do IPI sobre os bens destinados ao ativo permanente deriva diretamente da Emenda Constitucional nº 42 que tem eficácia imediata para proscrever (invalidar) toda a legislação que seja contrária ao seu desiderato, de modo que a nova ordem constitucional repele as leis e atos normativos que disponham contra os seus termos e contra o seu espírito. A repulsa, no caso, não é meramente política ou filosófica: a ordem constitucional revoga as normas da legislação do IPI porque é dotada de supremacia, e, deste modo, impede que uma lei ordinária tenha força superior à de uma norma constitucional, ou que a falta de lei prejudique, como no caso, os contribuintes. A ordem constitucional foi dada e deve ser cumprida, de um modo ou outro, ou seja, com edição de lei de desoneração ou com o MS News - Abril de 2012 aproveitamento dos créditos. A Súmula nº 491 do STJ deve ser interpretada à luz da Emenda nº 42 Assim sendo, com o advento da Emenda Constitucional nº 42, as normas que vedavam o direito ao crédito nas aquisições de bens de capital (bens de uso na empresa e integrantes do Ativo Permanente) tornaram-se inválidas ou revogadas porque não estão em conformidade com a nova ordem constitucional. Estando as normas existentes de acordo com a nova ordem que se instaura, dá-se a recepção das normas do velho pelo novo ordenamento, fenômeno ao qual Hans Kelsen qualificou como um procedimento abreviado de criação do direito. De outra parte, se as normas antigas não haurem fundamento de validade na nova ordem constitucional quedam-se revogadas por invalidade. No caso presente, as normas que vedavam a escrituração do crédito de IPI na aquisição de bens de capital perderam fundamento de validade constitucional e foram expulsas do ordenamento jurídico por via de revogação porque entraram em choque com a Constituição Federal - com a nova ordem constitucional estabelecida pela Emenda nº 42). Não tem sentido se aguardar a edição de uma lei para revogar uma proibição que já não existe desde o advento da novel norma constitucional, pois, a Constituição valeria menos que a lei. A ausência de lei acerca do crédito não impede o efeito revogatório das normas que são contrárias ao mandamento constitucional da desoneração, sob pena de haver uma norma que determina o que deve ser feito (a desoneração) em vigor concomitante com norma que a impede (impede a desoneração). Portanto, parece cristalino que, após o advento da Emenda Constitucional nº 42, o princípio da não cumulatividade não mais admite a proibição do crédito em relação aos bens de capital necessários ao normal funcionamento de seus estabelecimentos industriais. Assim sendo, parece claro que a Súmula 491 do STJ deve ser interpretada à luz da Emenda Constitucional nº 42, de modo que as aquisições de bens de capital ocorridas após o advento da citada norma geram direito ao crédito como forma de desoneração imposta pela nova ordem constitucional. Edmar Oliveira Andrade Filho é doutor em direito tributário, advogado em São Paulo Fonte: Valor Econômico (14/09/2012). Exportadores podem vender crédito de ICMS Os créditos de ICMS acumulados por exportadores no Espírito Santo poderão ser usados em importações próprias ou de terceiros. A transferência desses créditos será feita por meio de leilões. A novidade está na Lei nº 9.908, publicada ontem. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 2 MS Clipping Moore Stephens 14/09/2012 Moore Stephens A norma ampliou a possibilidade de uso desses créditos que se acumulam porque os exportadores vendem suas mercadorias sem a incidência do ICMS. Assim, não têm como usar os créditos obtidos anteriormente. Os contribuintes capixabas já estavam autorizados a transferir seus créditos para estabelecimentos próprios no Estado e, na existência de saldo remanescente, repassar a outras empresas do Espírito Santo, mediante autorização da Fazenda. Desde ontem, o exportador pode também usar esses créditos para pagar até 90% do imposto devido na importação de mercadorias ou bens, devendo o restante ser recolhido em dinheiro. O exportador pode ainda transferir esses créditos acumulados a terceiros. A nova lei cria um regime de leilão para as transações de compra e venda de créditos do ICMS, regidas pelo Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes). A norma já adianta procedimentos para a captação e aquisição de créditos por meio de leilões. Na captação, por exemplo, terá preferência o estabelecimento que ofertar o maior deságio. Na aquisição, terá preferência na arrematação das cotas o estabelecimento que oferecer, para pagamento em dinheiro, o maior percentual do imposto devido. Um decreto a ser publicado irá disciplinar os leilões. Fonte: Valor Econômico (14/09/2012). Fisco veta créditos em limpeza e terceirização da produção Soluções de consulta restringem mais uma vez benefício de PIS e Cofins, o que tem trazido incerteza para as empresas; publicidade em franquia é tributada Mais uma vez a Receita Federal restringiu o conceito de insumos para aproveitamento de créditos de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Nas soluções de consulta 119 e 122, publicadas ontem, o fisco entendeu que a terceirização da produção das mercadorias de origem animal ou vegetal destinadas à alimentação e os serviços terceirizados de segurança patrimonial, de portaria, limpeza, telefonia e Internet em empresas de transporte de cargas, de depósito e armazenagem não geram o direito ao crédito presumido. A Receita possui entendimento restritivo com relação ao aproveitamento de créditos de PIS e Cofins na modalidade não cumulativa, o que traz prejuízos para as empresas que são obrigadas ao recolhimento neste formato. O entendimento mais presente é o de que só dão direito a créditos os gastos com insumos aplicados ou consumidos no processo produtivo da empresa ou na prestação de serviços. Para o advogado Richard Dotoli, do Siqueira Castro Advogados, o fisco tem restringido os créditos e de forma desnecessária. “Não vejo como dissociar os gastos, por 3 MS News - Abril de 2012 exemplo, com limpeza, do produto final. Eles são essenciais”, diz. Segundo ele, a Receita está muito distante do que as instâncias administrativas já entendem. “Ela está muito afastada do espírito da não cumulatividade do PIS e da Cofins”, afirma. As Leis 10.637/2002 e 10.833/2003 tratam do crédito de PIS e Cofins no regime não-cumulativo. Nelas, há o crédito dos tributos para abater do que foi gasto nas aquisições de insumos destinados a processos industriais. Surgiram diversas dúvidas sobre o que seriam insumos. Hoje, a Receita e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) afirmam que são os intermediários, matérias-primas, embalagens e outros gastos, como produtos e peças que sofram desgaste. “Essa questão merece uma atuação do legislativo de revisitar qual foi a intenção e esclarecer a questão dos insumos, que devem ser os gastos e despesas normais e usuais para a prática da atividade na produção ou prestação de serviços”, afirma Dotoli. Para o advogado, o cenário atual cria incerteza. “O contribuinte não tem dimensão do preço final, pois meses depois pode sofrer uma autuação de um crédito que tinha como certo e sofrer um grande prejuízo”, destaca. Na solução 119, a Receita afirmou que não geram direito ao crédito presumido “os insumos utilizados na produção das mercadorias de origem animal ou vegetal, destinadas à alimentação humana ou animal (...) se a efetiva produção dessas mercadorias for repassada para outra pessoa jurídica [terceirização da produção]”. Já na solução 122, o texto estabelece que “os gastos efetuados com a aquisição de serviços terceirizados de segurança patrimonial e de portaria e limpeza, bem como os serviços de telefonia e de Internet, não geram créditos a serem descontados da Cofins e da contribuição para o PIS em empresa dedicada à atividade de transporte rodoviário de cargas, de depósito e armazenagem, de agenciamento de cargas marítimas e de despachos aduaneiros, pois esses serviços não são aplicados ou consumidos diretamente na prestação dos serviços realizada pela pessoa jurídica”. Neste ano, diversas soluções do fisco restringiram o crédito de PIS e Cofins. Em março, a Receita negou o benefício na aquisição de materiais usados em procedimentos ligados ao controle de qualidade. Em 2010, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça, comandado pelo ministro Felix Fischer, já autorizou o crédito com despesas relativas à preservação das características do produto até sua entrega ao comprador. Já foram vetados créditos em seguros de cargas e dos veículos em que elas são transportadas. Também já foi especificado que na prestação de serviços de pesquisa de mercado não podem ser descontados créditos relativos a gastos com telefone, combustível, hospedagens e passagens. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 14/09/2012 Moore Stephens Franquias Na solução de consulta 114 o fisco entendeu que os valores transferidos por empresas franqueadas à franqueadora para compor fundo de publicidade destinado a cobrir despesas de propaganda constituem receita da franqueadora em virtude de estar configurada a prestação de serviço, e integram a base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, do PIS e da Cofins. Foi a primeira vez que o fisco se manifestou sobre o assunto. Em outra solução, a 118, a Receita afirmou que o pagamento de compensação para que o funcionário desligado não venha a trabalhar em empresa concorrente por certo período compensa a elevação patrimonial que presumivelmente ocorreria. “A compensação de potencial perda de renda futura constitui acréscimo patrimonial sujeito à incidência de imposto sobre a renda”, diz o texto. “O entendimento vai contra decisões consagradas do STJ, que já reconheceu Fonte: DCI – SP (14/09/2012). Escolha do Sped Fiscal deve priorizar cumprimento da legislação e integração de sistemas Software deve ser aberto e permitir ajustes, correções e ampliação da rede O Sped Fiscal (Sistema Público de Escrituração Fiscal) vem exigindo que as empresas integrem seu controle contábil para consolidar as informações que são transmitidas periodicamente à RFB (Receita Federal do Brasil). O principal cuidado que a companhia deve ter ao escolher o software é o de verificar se ele segue as regras estabelecidas pela legislação. Outra dica, segundo o conselheiro do CRC SP Julio Linuesa Perez, é que o software não seja fechado ou estático, mas sim flexível e que permita ajustes, correções e ampliação do sistema como um todo. O que muda na organização da empresa com o Sped Fiscal? O novo sistema compreende toda a escrituração fiscal de tal forma, que implica na necessidade de a empresa possuir software adequado no atendimento desses trabalhos, reforçando, ainda, a extrema necessidade do controle analítico do estoque e de toda a sua movimentação, assim como a geração dos arquivos magnéticos exigidos pelo sistema. Há mudanças estruturais da empresa no modo de como cuidar da Contabilidade? Na prática, a Contabilidade passa necessariamente por um processo de plena integração no referido software, de tal forma que tanto a escrituração fiscal como a contábil, juntamente com as demais apurações - como o Sped MS News - Abril de 2012 Contribuições-, estejam plenamente ajustadas nessa integração. Quais são os cuidados que as empresas precisam tomar com a implantação do Sped Fiscal? Essencialmente, os principais cuidados são em relação à implantação do sistema. Além de atender plenamente à legislação fiscal, o sistema precisa tratar de uma das fases do Sped como um todo, ou seja, se interligar com a escrituração contábil, as contribuições, o Fcont, o e-Lalur e, dentro do possível, com o Sped Social. As empresas passaram a ter alguma dificuldade por conta dessa nova obrigação fiscal? O senhor poderia pontuálas? De fato, diversas foram e são as dificuldades dessa obrigação. Basta posicionar, inicialmente, a grande complexidade da legislação que trata sobre a matéria; as mudanças e alterações rotineiras; a obrigatoriedade de se atender ao nível de detalhamento a ser informado; a decisão quanto à aquisição de software que atenda, de fato, e plenamente às exigências; além da enorme necessidade da capacitação funcional permanente das pessoas envolvidas no processo. O que as empresas precisam observar ao contratar uma solução de NF-e e Sped? Esse tipo de solução trouxe ônus para as empresas? Dá para mensurar? Como resumo das questões abordadas, ao contratar uma solução no atendimento dos assuntos em pauta, o que os empresários e os Profissionais da Contabilidade precisam avaliar, essencialmente, é o sistema que atenda todos os pré-requisitos legais - lembrando que esse software não pode ser fechado ou estático, ou seja, ele deve permitir ajustes, correções e ampliação do sistema como um todo. De fato, todas as empresas tiveram e têm ônus na aquisição e implantação, pois, além da necessidade de compra do mencionado software, na maioria dos casos houve, também, gastos com equipamentos para suportar todas essas novas exigências, lembrando ainda, mais uma vez, do investimento permanente no treinamento de toda a equipe envolvida. Quanto à mensuração, é algo mais complexo, já que depende da estrutura e porte de cada empresa. Fonte: CRC – SP (09/2012). RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA Devolução não entra no cálculo de contribuição A Divisão de Tributação da Receita Federal decidiu que os valores referentes a devoluções de mercadorias poderão ser excluídos da base de cálculo da contribuição previdenciária sobre a receita bruta. O entendimento consta da Solução de Consulta nº 121, publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU). (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 4 MS Clipping Moore Stephens 14/09/2012 Moore Stephens A alíquota da contribuição é de 1% para empresas de confecção, couro e calçados, móveis, plásticos, materiais elétricos e autopeças, entre outros. Para hotéis, tecnologia da informação e de comunicação e call center, o percentual é maior, de 2%. Ontem, o governo federal anunciou a inclusão de outros 25 ramos de atividade na lista de desoneração. Essas empresas deixaram de pagar 20% sobre a folha de pagamento dos funcionários e, em troca, passaram a recolher um percentual (1% ou 2%) sobre o faturamento bruto. A mudança veio com a Lei nº 12.546, de 2011. A resposta da Receita Federal, de acordo com o advogado Thiago Garbelotti, do escritório Braga & Moreno Consultores e Advogados, é uma boa notícia para os contribuintes sujeitos à nova sistemática de recolhimento. "Na apuração da receita bruta, a lei permite a exclusão das vendas canceladas e de descontos incondicionais, não fazendo alusão às devoluções, o que acabou por gerar dúvidas em uma série de empresas", diz. A norma também determina que não devem ser incluídos na receita bruta o IPI e o ICMS cobrados pelo substituto tributário. "Isso porque o substituto recolhe esses impostos antes por determinação legal, não sendo um encargo próprio do seu faturamento", afirma o advogado Daniel Mariz Gudiño, do escritório Dannemann Siemsen. O tributarista diz que o entendimento da Receita está de acordo com o Regulamento do Imposto de Renda em vigor - Decreto nº 3.000, de 1999. Ele estabelece que "na receita bruta não se incluem os impostos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante, os quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário". Fonte: Valor Econômico (14/09/2012). Ministério Público busca donos de R$ 600 milhões no FGTS O Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio de uma tarefa inusitada, está à procura dos donos de R$ 600 milhões referentes a depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O montante foi acumulado desde a criação do fundo, em 1967, por empresas ou prefeituras que não identificaram quem seriam os trabalhadores beneficiados no momento dos depósitos. Em abril, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o MPT firmaram uma parceria para encontrar os proprietários desse dinheiro, mas de lá para cá pouco se avançou. MS News - Abril de 2012 de Monsenhor Tabosa, no Ceará, que na época registrava uma população de 16,7 mil pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Segundo o procurador do trabalho Francisco José Parente Vasconcelos Júnior, alguns servidores da prefeitura procuraram o Ministério Público alegando que o FGTS não estava sendo depositado em suas contas vinculadas. Vasconcelos Júnior afirma que, posteriormente, foi constatado que a verba era depositada, mas o município não informava à CEF os nomes dos servidores e os respectivos valores. "Eu notifiquei a Caixa. A instituição informou que o problema estava ocorrendo em todos os municípios do Ceará", diz. O MPT pediu à Caixa um levantamento do montante a ser individualizado no Ceará e Piauí. Segundo Vasconcelos Júnior, os valores mais antigos encontrados foram depositados na década de 1970. Após receber os dados, o órgão realizou audiências, nas quais as empresas e prefeituras eram informadas sobre os procedimentos para regularizar a situação. Foram assinados também termos de ajustamento de conduta (TACs), nos quais as partes se comprometiam a identificar os beneficiários. De acordo com a CEF, de 2010 a 2012 foram encontrados, nos dois Estados, 23 mil trabalhadores donos de aproximadamente R$ 7 milhões. "Os municípios ganham duas vezes porque passou a circular mais dinheiro na economia local e o poder público deixou de ser condenado por não ter depositado o FGTS corretamente", afirma Vasconcelos Júnior. Para o procurador João Batista Machado Júnior, do Piauí, a parceria ainda apresenta a vantagem de ser extrajudicial, trazendo agilidade ao processo. Ele diz que não identificar os depósitos sem individualização é problemático para os dois lados. "É um dinheiro que não volta para o empregador nem chega ao destino final", diz. O advogado Fábio Berbel, do Bichara, Barata & Costa Advogados, afirma que, em situações como essa, os trabalhadores correm o risco de nunca receberem. "Se ele entrar com uma ação judicial e a empresa para a qual trabalhava faliu, o trabalhador poderá ficar sem o dinheiro, ainda que depositado." Segundo o MPT, a busca desses trabalhadores evitará que se reclame na Justiça o FGTS não depositado. Muitos descobrem no curso dos processos que os valores estão na Caixa, mas não foi realizada a discriminação do beneficiário. De acordo com a Caixa, um aplicativo chamado Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP), obrigatório desde 2001, impossibilita que valores sejam depositados sem individualização. O órgão informou que essa situação ocorria principalmente nas prefeituras, que faziam acordos para parcelar valores do fundo atrasados. A Caixa pedia ao Tesouro Nacional a retenção de parte do Fundo de Participação dos Municípios para pagamento das parcelas, e cabia aos municípios enviarem a relação dos beneficiários. Quando eles não mandavam, os valores ficavam parados. O problema foi descoberto em 2010. Naquele ano, a Caixa e o MPT iniciaram um projeto-piloto no pequeno município Em abril, após a celebração do convênio, a Caixa se comprometeu a encaminhar ao MPT os nomes das 5 (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 14/09/2012 Moore Stephens empresas e prefeituras de todo o país que depositaram valores sem identificação. A parceria, entretanto, parece ter sido pouco disseminada. No Estado do Rio Grande do Norte, onde há R$ 6 milhões nessa situação, as audiências com as empresas e prefeituras acontecerão nos dias 24 e 26. Segundo o procurador Gleydson Gadelha, que atua no Estado, cerca de R$ 3,6 milhões foram depositados por uma única empresa, a Urbana Companhia de Serviços Urbanos. A empresa, de economia mista, realiza a limpeza urbana de Natal. A companhia, por meio da assessoria de imprensa, informou que entre 1986 e 1988 o FGTS dos servidores deixou de ser recolhido, sendo feito, posteriormente, o parcelamento da dívida. A Urbana disse que está realizado um levantamento para detectar a situação de cada funcionário. No Rio Grande do Sul, segundo o procurador Paulo Juarez, há entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões de FGTS sem dono. O MPT do Estado já realizou reuniões com a Caixa e as audiências devem ocorrer neste mês. Por meio de sua assessoria de imprensa, o MPT de São Paulo, Estado que ocupa o primeiro lugar na lista dos maiores valores a serem individualizados - mais de R$ 163 milhões -, afirmou que já foram realizadas reuniões com a CEF, mas ainda não foi estabelecido um plano de ação. O Rio de Janeiro, que ocupa o segundo lugar da lista, possui R$ 80 milhões. O Ministério Público deve iniciar as pesquisas em 40 prefeituras, que depositaram aproximadamente R$ 20 milhões sem identificar os trabalhadores. As primeiras reuniões entre a Caixa e os procuradores devem começar no fim de outubro. Já Goiás está na terceira posição do ranking, com aproximadamente R$ 63 milhões não identificados. O MPT do Estado não soube informar se já foram iniciadas as buscas. Segundo dados do órgão, todos os Estados do país, exceto Tocantins, possuem valores de FGTS sem identificação. MS News - Abril de 2012 Em entrevista ao Estadão PME, Dirceu Pio estabeleceu 10 regras fundamentais para a sobrevivência do pequeno empreendimento. Se você pretende ou já tem um negócio, confira e veja de que maneira você pode aprimorá-lo. 1 - Como planejar a abertura de uma empresa? Antes de abrir uma empresa, você tem que se cercar de todas as preocupações financeiras. O planejamento financeiro precisa ser feito por uma pessoa que tenha conhecimento nessa área de finanças. Caso não o tenha, o melhor a fazer é deixar esse trabalho na mão de um bom contador, que possa assessorar e que faça o serviço mais pesado. 2 - Como lidar com a falta de crédito facilitado? Tem que evitar pedir empréstimo para parente. Somente em último caso, se tiver a certeza que vai poder pagar. Nada perturba mais um negócio do que ter um credor na família, ou um credor próximo de você. Analise as ofertas do banco de maneira geral. Analise tudo e peça ao seu contador ajuda para calcular os números. 3 - Negócios com familiares dão certo? Não pense que sociedades nunca dão certo. Deve-se saber que, muitas vezes, uma boa ideia só se viabiliza com uma boa sociedade, seja com alguém da família ou com algum amigo. Para dar certo, você precisa tomar algumas providências. A primeira delas é fazer a autocrítica quando algo dá errado e saber que não se pode culpar o sócio por tudo. Em segundo lugar, é importante você tomar informações sobre seu possível sócio, procurar saber quem é a pessoa com a qual você vai se associar para não entrar numa fria. Por fim, uma das coisas mais importantes é você resolver as pendências do negócio no dia a dia. Deve existir uma comunicação diária. Fonte: Valor Econômico (14/09/2012). 4 - Como deixar os clientes fascinados com a minha empresa ? Confira dez regras de sobrevivência fundamentais para a pequena empresa brasileira Ouvir o cliente tem que se tornar uma grande preocupação de rotina. Mais importante ainda é dar consequências práticas para as reclamações do cliente. Você pode ter uma pequena urna, um pequeno questionário. E é preciso estimular o consumidor a responder isso e levar muito a sério essa opinião. Se ele faz uma queixa, entre em contato com ele, ligue, dê uma satisfação. Especialista indica que caminhos trilhar para a empresa ser bem sucedida Abrir um negócio traz, muitas vezes, incertezas a respeito do futuro do empreendimento. Muitos questionamentos passam pela cabeça do pequeno empresário no momento de se lançar no mercado. Pensando na carência de informações práticas sobre esse universo, os especialistas em micro e pequenas empresas Dirceu Pio e Pedro Cascaes Filho lançaram o livro "Caminhos Seguros para o Empreendedor" (Paco Editorial, 2012). O objetivo da dupla é instruir esses empresários a como trilhar um caminho de sucesso e livrar seus pequenos negócios da ruína. 5 - Como faço um bom planejamento de marketing? A grande missão de uma pequena empresa deve ser na área de marketing. É ele quem vai determinar se o negócio vai fazer sucesso ou se ele vai fracassar. Pesquisas apontam que as duas grandes causas da morte das pequenas empresas é a dificuldade em lidar com dinheiro e a falta de visão de marketing. É preciso fazer algumas perguntas. Quem vai comprar o (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 6 MS Clipping Moore Stephens 14/09/2012 Moore Stephens meu produto? Qual preço esse consumidor está disposto a pagar por ele? O que eu sei sobre o meu público-alvo? Como me informar sobre esse público? Qual o perfil desse dele? Quais são seus concorrentes? Capte e pesquise todas as informações e só abra seu negócio com muita informação sobre o público. 6 - Que estratégias devo usar para motivar minha equipe? De acordo com cálculos dos autores, um trabalhador dedica ao emprego uma carga horária que supera todas as outras atividades no dia: ele fica de 14 a 16 horas de seu tempo útil no emprego. Se ele não encontra no trabalho um clima agradável, um mínimo de felicidade no trabalho, como ele pode se sentir motivado? O empresário, então, deve providenciar um ambiente de trabalho agradável, descontraído, tratar com respeito as pessoas e não exercer pressão acima do razoável sobre seus funcionários. Uma boa medida é estimular a participação dos funcionários nos assuntos da empresa. Hoje, os trabalhadores querem participar da vida do negócio, nas estratégias, dar a sua contribuição. Isso os motiva. Outro aspecto diz respeito ao valor da empresa. Não se pode estabelecer os valores de cima pra baixo, tem quem ouvir o que essas pessoas pensam e assumir esses valores como os da própria empresa. 7 - Preciso treinar meus funcionários, mas não tenho dinheiro. Como faço? O treinamento precisa ser sistemático. Pesquisas pelo mundo inteiro mostram que o treinamento de pessoas é que faz a grande diferença no sucesso de qualquer empreendimento. Acontece que as pequenas empresas normalmente não têm condição de contratar empresas especializadas em fazer treinamento, seja para tarefas de rotina ou para atender o cliente. Então, uma medida interessante é o empreendedor ir a uma loja semelhante, ainda que seja seu concorrente, e imaginar como que ele gostaria de ser atendido lá. E então trazer essa receita pra dentro do seu negócio e treinar as pessoas pra seguir esses objetivos. Caso opte por contratar serviços de treinamento, o empresário tem que insistir e não pode desistir de capacitar seus funcionários, porque uma hora eles vão aprender a fazer o trabalho. Ele também deve facilitar a vida do funcionário que busca por cursos externos e liberá-lo se for preciso, pois todo o conhecimento adquirido beneficia o negócio. Isso traz motivação e muitas vezes evita que ele perca o funcionário para um concorrente. 8 - Como arcar com os encargos sociais na folha de pagamento? Se o pequeno empresário optou por abrir o negócio, ele tem que saber quais são as regras trabalhistas as quais ele está sujeito. O livro recomenda que ele pense duas vezes antes de contratar alguém. Só contrate quando você 7 MS News - Abril de 2012 percebe que é extremamente necessário, pois a legislação brasileira não favorece a pequena empresa. A saída, então, é evitar contratar ou contratar absolutamente quando for indispensável. Há negócios que morrem por mau atendimento ao cliente. Se você for olhar com atenção, ele - o empreendedor - não tinha as pessoas necessárias pra prestar esse serviço. 9 - Quais os cuidados que o empreendedor precisa ter na gestão financeira de seu negócio ? O planejamento financeiro precisa ser feito por uma pessoa que tenha conhecimento nessa área de finanças. Caso não o tenha, o melhor a fazer é deixar esse trabalho na mão de um bom contador, que possa assessora-lo e que faça o serviço mais pesado. 10 - Meu negócio está indo muito bem. É hora de abrir uma franquia? Antes de abrir uma franquia, você precisa saber se ela está bem posicionada no mercado em que vai chegar. Checar se existe demanda na região pelo produto que você vai oferecer é uma boa estratégia. Tem que pesquisar o público e analisar os concorrentes. Se não fizer isso, você pode fazer uma opção por uma franquia errada no lugar errado e enfraquecer seu negócio. Você tem que olhar a franquia pelo lado do posicionamento da marca, se ela terá uma bos visibilidade como tem a sede. Fonte: O Estado de S. Paulo (13/09/2012). CONTABILIDADE / AUDITORIA A importância da contabilidade para execução de um Planejamento Tributário O Planejamento tributário constitui-se um direito quando utilizado dentro dos limites impostos pelos ditames legais pertinentes. Considera-se um dever, no que concerne ao administrador de empresas na sua tarefa de administrar com probidade e parcimônia os recursos que lhe são confiados. Dentro do princípio de Elisão (e não Evasão, que é crime), as empresas podem sim reduzir de forma legal sua carga tributária. Não estamos falando de planejamentos tributários de prateleira, vendidos no varejo. Estamos falando de conhecer as atividades administrativas e principalmente conhecer as atividades produtivas da empresa, através de acompanhamento sistemático e periódico. O gestor tributário figura hoje indispensável às organizações, deve ter uma visão geral da empresa, desde a compra de matéria prima, envolvendo os processos produtivos, industrialização ou beneficiamento, e a forma de contratação da venda. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 14/09/2012 Moore Stephens Para o desenvolvimento de um planejamento tributário a empresa deve estar devidamente organizada contábil e fiscalmente. Sua escrituração deve fornecer os elementos necessários à análise de suas atividades, com lançamentos em contas próprias e constituição dos créditos tributários a que tem direito. Muitas vezes nos deparamos com situações onde não é possível falar em planejamento tributário sem antes “organizar a casa” o que é um processo que tem sua fase de “maturação”, antes do desenvolvimento. Trata-se até mesmo da mudança da cultura organizacional, onde os funcionários são ao mesmo tempo usuários (clientes) e fornecedores de informações. Às vezes o “problema” não está apenas na contabilidade. Esta apenas reflete os dados na forma em que lhe são fornecidos. Na maioria dos casos, se a contabilidade fornece dados de forma incompleta, é porque desta forma incompleta que os recebeu. É preciso mudar a cultura do fornecimento de dados para a contabilidade na empresa. Aí entra a questão, qual a visão que a alta direção da empresa tem da contabilidade. Contabilidade apenas para fins fiscais. Contabilidade apenas para fins de fornecimento de dados às instituições bancárias. Contabilidade apenas para participar de licitações ou preencher requisitos cadastrais. Ou além destas finalidades, Contabilidade como ciência e que estuda e controla seu verdadeiro objeto, o Patrimônio, sua evolução, o retorno do capital investido, com fins gerenciais e estratégicos de apoio a tomada de decisões e planejamento estratégico. Quando nos deparamos com uma cultura contábil definida como no parágrafo anterior é que conseguimos encontrar alternativas com vistas a reduzir a carga fiscal através do planejamento tributário. Fazendo-se digamos assim, valer os seus direitos! Fonte: Contábeis.com.br (05/2012). Por que a contabilidade é obrigatória em todas as empresas? 1) Por exigência legal do novo Código Civil Brasileiro O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de Contabilidade e levantar, anualmente, o Balanço Patrimonial (artigo 1.179). Os artigos 1.180 e 1.181 do novo Código Civil brasileiro determinam a obrigatoriedade da autenticação do Livro Diário no órgão de registro competente. MS News - Abril de 2012 No Diário, serão lançadas, com individualização, clareza e caracterização do documento respectivo, todas as operações relativas ao exercício da empresa. O Balanço Patrimonial deverá ser lançado no Diário e firmado pelo empresário e pelo responsável pela Contabilidade (contador ou técnico em contabilidade legalmente habilitado) (artigo 1.184). Portanto, a partir do novo Código, não existe mais dúvida sobre a obrigatoriedade de todos os empresários e as sociedades empresárias manterem sua escrituração contábil regular, especialmente em atendimento ao que estabelece o artigo 1.078, quanto à prestação de contas e deliberação sobre o balanço patrimonial e a demonstração de resultado, cuja ata deverá atender ao que prevê o artigo 1.075, para ser arquivada e averbada na Junta Comercial. As atas devem ser mantidas em livro próprio, registradas e devidamente assinadas pelos sócios/administradores da empresa. 2) Por necessidade gerencial O empresário necessita de informações para a tomada de decisões. Somente a Contabilidade oferece dados formais e científicos que permitem atender a essa necessidade. A decisão de investir, de reduzir custos ou de praticar outros atos gerenciais deve-se basear em dados técnicos extraídos dos registros contábeis, sob pena de se pôr em risco o patrimônio da empresa. A escrituração contábil é necessária à empresa de qualquer porte como principal instrumento de defesa, controle e preservação do patrimônio. Uma empresa sem Contabilidade é uma entidade sem memória, sem identidade e sem as mínimas condições de planejamento de seu crescimento. Estará impossibilitada de elaborar Demonstrações Contábeis por falta de lastro na escrituração contábil. 3) Outras razões Por meio da regular escrituração contábil, a empresa poderá evitar situações de risco: 1. Recuperação judicial: para instruir o pedido do benefício de recuperação judicial devem ser juntadas as demonstrações e os demais documentos contábeis, na forma do art. 51, inc. II, ou no § 2º da Lei nº 11.101-2005, que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Esta mesma Lei estabelece severas punições pela não execução ou pela apresentação de falhas na escrituração contábil (arts. 168 a 182). 2. Perícias Contábeis: em relação a demandas trabalhistas, a empresa que não possui Contabilidade fica em situação vulnerável, diante da necessidade de comprovar, formalmente, o cumprimento de obrigações (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 8 MS Clipping Moore Stephens 14/09/2012 Moore Stephens trabalhistas, pois o ônus da prova é da empresa mediante a comprovação dos registros no Livro Diário. 3. Dissidências Societárias: as divergências que porventura surjam entre os sócios de uma empresa poderão ser objeto de perícia para apuração de direitos ou responsabilidades. A ausência da Contabilidade, além de inviabilizar a realização do procedimento contábil, poderá levar os responsáveis a responder, judicialmente, pelas omissões. O profissional da Contabilidade não deve ser conivente com seu cliente ou induzi-lo à dispensa da escrituração contábil. Essa indução poderá ocasionar prejuízos ao cliente em função de operações financeiras não aprovadas pela falta das Demonstrações Contábeis ou por Demonstrações Contábeis emitidas sem base pela falta de escrituração contábil. MS News - Abril de 2012 Além disso, ele é responsável por manter o foco nos planejamentos e orçamentos traçados pela organização, com o que, desta forma, todos os membros, independente dos setores em que trabalham, são envolvidos. Ao atuar sobre padrões de controle estabelecidos, a Controladoria ainda se mostra apta a sugerir soluções para os problemas identificados e os gestores conseguem ter as informações necessárias para tomar a decisão mais adequada. Uma Controladoria bem desenvolvida contribui para a eficácia gerencial. Através do planejamento, organização e controle de todos os riscos e custos, ela também contribui para o alcance das metas estabelecidas e assegura a continuidade do negócio da empresa. Fonte: Blog da Moore Stephens Aditores e Consultores (12/2011). OUTROS ASSUNTOS A Demonstração Contábil elaborada sem o suporte da contabilidade formal é demonstração falsa e criminosa, tanto sob o aspecto do profissional, como do empresário, passível de punição pelo Conselho Regional de Contabilidade e pela Justiça. Fonte: Portal de Contabilidade (08/2012). Governo anuncia desoneração de 25 novos setores O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira a inclusão de 25 setores na lista de contemplados com desoneração na folha de pagamento. São 20 segmentos da indústria, dois de serviços e três de transportes. A Controladoria Contábil e suas vantagens A Controladoria é um segmento da contabilidade, mas também pode ser definida como ramo da Adminstração, que tem como objetivo auxiliar os gestores da empresa no processo de planejamento e controle orçamentário e na organização de um plano financeiro estratégico e organizacional. A função do controller ou controlador é fornecer informações sobre desempenho, monitorar o processo de elaboração do orçamento, definir padrões, projetar resultados com foco no equilíbrio organizacional e previnir qualquer tipo de excesso, desperdício ou minimizar a possibilidade de possíveis fraudes, além de fortalecer os controles internos da organização. Uma das vantagens da Controladoria é oferecer a administração segurança e consistências nas informações financeiras, o que permite aos administradores compreenderem melhor seus processos e torna possível o feedback das informações nos ambientes em que é implantada, permitindo assim o monitoramento e o controle do processo para a tomada de decisões. O controlador é responsável em gerar informações que supram a necessidade dos gestores. Através de análises sobre eventos passados comparados ao desempenho atual, ele consegue prevenir problemas eventuais e auxiliar a definir possíveis rumos da empresa. 9 Segundo o ministro, a nova rodada de desonerações tem o objetivo de reduzir o custo e aumentar a competitividade da indústria brasileira. "Vêm se somar as outras medidas que tomamos, que caminham na mesma direção de reduzir o Custo Brasil”, disse Mantega. Essas empresas se somam a 15 segmentos empresariais que já haviam sido beneficiados. No caso dos novos contemplados, a mudança tem validade a partir de 2013. Com isso, as empresas desses ramos de atividade contempladas deixariam de pagar 20% sobre a folha de pagamento dos funcionários e, em troca, depositariam o valor referente a um percentual (1% ou 2%) sobre o faturamento bruto, como forma de contribuição previdenciária. Renúncia O impacto fiscal da medida será de R$ 12,83 bilhões no ano de 2013. Esse valor será descontado dos R$ 15,2 bilhões previstos no Orçamento de 2013 para tal finalidade. “Uma redução grande resultando R$ 12,830 bilhões em desoneração. É uma boa desoneração, reduz custo da mão de obra para esse conjunto de empresas e as torna mais competitivas”, frisou o ministro, destacando o atual momento de crise. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 14/09/2012 Moore Stephens Mantega disse que a desoneração da folha para mais setores elevará a contratação de trabalhadores e a formalização do emprego no país. “A tendência é um aumento da contratação dos trabalhadores. Além disso, haverá um aumento da formalização”, disse. As empresas desoneradas - novas e antigas - pagariam R$ 21,570 bilhões de contribuição para o INSS em 2013 e pagarão a título de imposto sobre o faturamento R$ 8,740 bilhões. Dos 25 novos setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamento, uma parcela já havia sido incluída pelo Congresso Nacional na medida provisória nº 563, que tem até segunda-feira para ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff. A outra parte, que o ministro não soube quantificar, será colocada na lista com a edição de uma nova medida provisória. MS News - Abril de 2012 será compensada pela medida anunciada nesta quintafeira de redução do custo de mão de obra. Estímulo a bens de capital Mantega anunciou também que o prazo para depreciação acelerada de despesas com compra de aquisição de bens de capital (máquinas e equipamentos) foi reduzido de 10 para cinco anos. A medida será válida entre 16 de setembro até o final de dezembro. Segundo Mantega, a renúncia fiscal com essa medida será de R$ 1,374 bilhão por ano entre 2013 e 2016, e em 2017 o impacto será de R$ 1,259 bilhão. Em cinco anos, a desoneração será de R$ 6,755 bilhões. “Espera-se que haja uma aceleração das compras de bens de capital, incentivando antecipação das compras para que os investimentos aumentem”, frisou o ministro. Setores beneficiados Juro baixo Dos 25 novos contemplados pelo incentivo de redução de custo de mão-de-obra, apenas dois segmentos pagarão uma alíquota de 2% sobre o faturamento bruto. A alíquota do restante será de 1%. O ministro ressaltou ainda que os juros estão em um patamar baixo. Ele lembrou que o juro real está em 2% e a taxa para as empresas continua caindo. “O custo financeiro no Brasil vem sendo reduzido”, comentou. Ele ressaltou ainda que o país está com uma taxa de câmbio desvalorizada. “Todos os custos em reais estão menores em dólares, o que aumenta a competitividade das empresas”, comentou Mantega. No ramo da indústria foram beneficiados: aves, suínos e derivados; pescado; pães e massas; fármacos e medicamentos; equipamentos médicos e odontológicos; bicicletas; pneus e câmaras de ar; papel e celulose; vidros; fogões, refrigeradores e lavadoras; cerâmicas; pedras e rochas ornamentais; tintas e vernizes; construção metálica; equipamento ferroviário; fabricação de ferramentas; fabricação de forjados de aço; parafuso, porcas e trefilados; brinquedos; instrumentos óticos. Todos esses setores pagarão a alíquota de 1% sobre o faturamento. No caso de serviços, a alíquota da atividade de suporte técnico informática será de 2%. Para manutenção e reparação de aviões, o percentual será de 1%. Os três segmentos de transporte beneficiados pelo anúncio foram: transporte aéreo; marítimo, fluvial e navegação; além de transporte rodoviário coletivo. A alíquota dos dois primeiros setores será de 1%. Para o último, será de 2%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que, como os setores contemplados pela desoneração da folha de pagamento são de “mão de obra intensiva”, a medida vai reduzir custos. E isso “vai ajudar na inflação”. Por exemplo, Mantega citou a redução nos custos do transporte coletivo – importante variável inflacionária – como forma de controlar a elevação dos preços. Mantega disse também que, no caso do segmento de aves, suínos e derivados, a alta nos preços dos insumos Mantega destacou ainda o fato de que o câmbio está em R$ 2 já há algum tempo, o que aumenta a competitividade das empresas. Mantega lembrou dos planos lançados recentemente, como o de concessão de rodovias e ferrovias que devem estimular o investimento e ampliar a oferta de infraestrutura a um custo menor. “Estamos implementando programas de compras governamentais que vão estimular a compra de produtos fabricados no Brasil. Temos o Plano Brasil Maior”, ressaltou. Segundo ele, as desonerações, principalmente, do Brasil Maior, deverão somar R$ 45 bilhões somente neste ano. Fonte: Valor Econômico (14/09/2012). Com desoneração da folha, empresas reavaliam tercerização e demissões O governo anunciou ontem que mais 25 setores podem deixar em 2013 de pagar 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de salários e, em troca, recolher entre 1% e 2% sobre o faturamento. A medida beneficia principalmente empresas que precisam de muita mão de obra. Isso porque, sem o tributo, a folha de pagamento (salários e tributos) fica mais barata, o que pode tornar compensatório empregar em vez de contratar terceirizados. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 10 MS Clipping Moore Stephens 14/09/2012 Moore Stephens Mesmo com custo menor, a terceirização pode implicar perdas no futuro, por causa de ações trabalhistas. O anúncio de ontem já faz várias empresas beneficiadas estudarem rever suas políticas de terceirização e suspender planos de demissões. A medida é um alívio para as companhias aéreas, que vêm acumulando prejuízos sucessivos e vivem um momento de forte alta de custos. No setor de transporte aéreo, a ordem é reavaliar contratos de terceirização para verificar se haverá benefícios. O presidente de uma grande empresa do ramo afirmou à Folha que fará, nos próximos dias, os cálculos do custo de empregar terceiros e o impacto da medida. O presidente da Associação Brasileiras das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, calcula em R$ 300 milhões a redução de custo no primeiro ano da medida. No setor de tecnologia da informação, que aderiu em dezembro à desoneração da folha, a avaliação é que a medida incentivará a formalização de funcionários que prestam serviço como empresas (os PJs, ou pessoas jurídicas). O setor emprega 1,2 milhão de trabalhadores, dos quais cerca da metade são de PJs. Para a Brasscom (que reúne médias e grandes empresas do setor), a formalização ficou menos onerosa com a nova regra e é uma chance para eliminar despesas com passivos trabalhistas. Fonte: Folha de S. Paulo (14/09/2012). BC americano adota estímulo agressivo O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou ontem um agressivo programa de estímulo à economia americana, pelo qual vai comprar no mercado, mensalmente, US$ 40 bilhões em papéis lastreados em hipotecas. Esse programa será mantido até que o mercado de trabalho apresente melhora significativa e a inflação continue sob controle. Além disso, o Fed manterá a taxa básica de juros em seu patamar atual, no intervalo entre zero e 0,25%, pelo menos até meados de 2015. Em janeiro, o BC americano estimava manter os juros na mínima histórica até o fim de 2014. Em nota, o Fed afirmou que manterá uma política de acomodação "por um período considerável após o fortalecimento da recuperação econômica". As bolsas de valores de todo o mundo refletiram o otimismo de que a ação do Fed dará impulso à maior economia do planeta. Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,55%, enquanto Nasdaq e S&P subiram 1,33% e 1,63%, respectivamente. MS News - Abril de 2012 pontos, o maior avanço desde 27 de julho. É o maior patamar desde 3 de maio, último mês em que o índice ficou acima de 60 mil pontos. Os mercados europeus e asiáticos fecharam antes do anúncio do Fed, portanto não houve altas significativas. Paris e Frankfurt recuaram 1,18% e 0,45%, respectivamente, puxadas pela queda de 10% da EADS, controladora do Airbus, que anunciou intenção de se unir à britânica BAE Systems (-7,3%). Londres subiu 0,65%. Tóquio avançou 0,39%, puxada pelo lançamento do iPhone 5. A decisão do Fed de vincular sua política de afrouxamento monetário às condições macroeconômicas é inédita e marca um novo patamar em seus esforços para reduzir o desemprego nos Estados Unidos, atualmente em 8,1%. - A situação do emprego continua sendo preocupante afirmou o presidente do Fed, Ben Bernanke, em entrevista coletiva. - Enquanto a economia parece estar no caminho de uma recuperação moderada, não está crescendo rápido o bastante para fazer progressos significativos na redução da taxa de desemprego. "Engoliu a chave das algemas" Stephen Stanley, economista da corretora Pierpont Securities, disse à agência de notícias Reuters que, ao vincular suas compras de títulos à queda no desemprego, o Fed "basicamente trancou as algemas e engoliu a chave". Representantes da oposição, no entanto, afirmaram que essa era uma tentativa de ajudar o presidente Barack Obama às vésperas da eleição, em novembro. Já assessores do candidato republicano, Mitt Romney, afirmaram que a ação do Fed comprova o fracasso do governo Obama. - Deveríamos estar criando riqueza, não imprimindo dólares - afirmou Lanhee Chen, diretor de política da campanha de Romney. As compras do Fed começam hoje mesmo. Este mês, serão US$ 23 bilhões em papéis lastreados em hipotecas. O Fed informou em nota que, além disso, manterá sua Operação Twist, que consiste na venda de títulos do Tesouro de curto prazo e na compra de papéis de longo prazo. O BC já gastou US$ 2,3 trilhões nessas operações desde o início da crise, segundo a Reuters. Essas medidas, segundo o comunicado do Fed, "devem reduzir a pressão sobre as taxas de juros de longo prazo, ajudar os mercados hipotecários e contribuir para melhorar as condições financeiras gerais". O Fed ainda melhorou suas projeções para a economia em 2013. O crescimento deve ficar entre 2,5% e 3%, contra intervalo anterior de 2,2% a 2,8%. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou em alta de 3,40%, aos 61.958 11 (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 14/09/2012 Moore Stephens Em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo não permitirá que a medida adotada pelo Fed prejudique o real. - Estaremos atentos às possíveis repercussões da expansão monetária do Fed. Se houver a entrada indesejável de recursos no Brasil a curto prazo, tomaremos as medidas adequadas, caso haja alguma consequência. O fato é que não deixaremos acontecer uma valorização do real - afirmou Mantega. Vladimir Caramaschi, estrategista-chefe do banco Crédit Agricole no Brasil, ressalta, porém, que com a medida do Fed haverá mais dólares no sistema, pressionando para baixo o valor da moeda americana. MS News - Abril de 2012 Mas a migração dos consumidores do mercado livre para o cativo não será tão simples, afirma o presidente da Abraceel. "Os contratos no mercado livre têm um prazo, em média, de cinco anos. Os consumidores só poderão migrar para o cativo ao término dos contratos", afirma. Durante esse período, diz Medeiros, os consumidores livres não poderão se beneficiar da redução dos preços da energia "velha". Cristopher Vlavianos, presidente da comercializadora Comerc, discorda. " A extinção dos encargos é válida para todos os consumidores, cativos ou livres", afirma o executivo. Fonte: Valor Econômico (14/09/2012). Fonte: O Globo (14/09/2012). GE vai gerar energia do Comperj Comercializadoras vão ter dias difíceis A provável redução do mercado livre de energia no país deve criar um problema para as comercializadoras, que vinham se expandindo de forma acelerada nos últimos cinco anos. Para o presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Reginaldo de Medeiros, é esperado que o setor passe por um processo de fusões e aquisições. Para sobreviverem, elas terão de buscar outros nichos de mercado, avalia. "O Brasil está na contramão da tendência mundial. Todos os países estão abandonando o mercado regulado porque descobriram que o mercado livre é a melhor forma de promover uma redução de preços", disse Medeiros. Ferreira, presidente da GE Óleo & Gás para América Latina, disse que os turbogeradores serão importados da Itália e algumas partes montadas no Brasil A energia necessária para a operação da primeira fase do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) - em construção no Estado do Rio - será toda gerada por equipamentos fornecidos pela GE Óleo & Gás. A central geradora terá capacidade para geração de até 260 megawatts (MW), potência maior do que a da hidrelétrica de Balbina de 250 MW, no Rio Uatumã, e que atende a cidade de Manaus, capital do Amazonas. O governo fez o que as comercializadoras de energia mais temiam: "itaipuzou" a energia "velha", que é gerada pelas hidrelétricas mais antigas instaladas no país. O apelido refere-se ao procedimento que foi adotado para a usina de Itaipu, inaugurada em 1984, cuja energia foi destinada para as distribuidoras na época, por meio de cotas. O contrato entre a companhia e o consórcio responsável pela construção do complexo TUC (formado por Toyo Engineering, UTC Engenharia e Odebrecht), cujo valor está em sigilo, foi fechado no início deste ano e prevê a entrega de quatro turbinas, duas a gás e duas a vapor, até o fim de 2013. João Geraldo Ferreira, presidente da GE Óleo & Gas para América Latina, disse que os turbogeradores serão importados da Itália e algumas partes serão montadas no país. O mesmo vai acontecer com a energia das antigas hidrelétricas, cujas concessões serão, agora, renovadas por mais 30 anos. Essas usinas geram 22 mil MW, que serão destinados somente para o mercado cativo das distribuidoras, também por meio de cotas. Segundo a Medida Provisória que regulamentou o assunto, os consumidores livres não terão direito a nenhuma parte dessa produção. Cada uma das turbinas a gás Frame da GE tem 85 MW de potência, 28 metros de comprimento e 400 toneladas. Já as turbinas a vapor, do modelo SANC 1-6, tem 50 MW de potência, 17 metros de comprimento e 250 toneladas. A primeira etapa de implantação do Comperj, que inclui a construção de uma das duas unidades de refino previstas, deve ser concluída até abril de 2015 e terá capacidade de 165 mil barris de petróleo por dia. Como essa energia "velha" será muito mais barata que a vendida atualmente no ambiente livre, os grandes consumidores terão de voltar ao mercado cativo para se beneficiar dos preços mais baixos. O executivo revelou ainda que a empresa está na iminência de assinar um contrato de fornecimento de equipamentos para uma empresa da América Latina e disse que pode até ser exportado a partir do Brasil. "É um negócio, uma venda histórica e é muito bacana", disse, sem dar detalhes. Ferreira destacou que a região tem um papel cada vez mais importante para os negócios da companhia. "O crescimento percentual mais representativo que existe hoje, em 2012, [dentro da divisão de óleo e gás], é da América Latina", disse Ferreira. As geradoras terão de vender a energia das hidrelétricas antigas por um preço muito próximo do valor de custo, que é estimado entre R$ 30 MWh e R$ 45 MWh pelos analistas de investimentos. No mercado livre, o MWh custa por volta de R$ 110. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 12 MS Clipping Moore Stephens 14/09/2012 Moore Stephens Ferreira frisou que a GE Óleo & Gás tem trabalhado para entrar em todas as concorrências possíveis para fornecer equipamentos demandados pela Petrobras e empresas do setor. Ele comentou também que, desde a posse da atual presidente da Petrobras, Graça Foster, a estatal tem pedido o adiantamento da entrega de alguns equipamentos. "Existe uma demanda no que se refere a possibilidade de se antecipar determinadas entregas [para a Petrobras] e claro que a gente tenta da melhor forma possível", disse. Apesar de destacar que a companhia tem equipamentos que atendem desde a extração do petróleo até o combustível na bomba, Ferreira afirmou que ainda não tem o portfólio completo. A GE Óleo & Gás diversificou seu portfólio no país, de 2007 até agora, com o investimentos de US$ 9,82 bilhões em cinco aquisições, sendo três delas realizadas em 2011. "Especificamente quando você pensa em plataforma e as FPSOs [plataforma flutuante, produção e armazenamento e transferência], nós ainda não temos 100% do portfólio", ponderou Ferreira. Por enquanto, a empresa descarta novas aquisições. "Teoricamente eu preciso completar meu portfólio, por outro lado eu preciso ter qualidade de gestão daquelas companhias que eu comprei", disse Ferreira. O movimento de compra fez com que a empresa saísse de um quadro de 1,2 mil funcionários na América Latina para um total de 4 mil, onde 2,2 mil vieram das aquisições. MS News - Abril de 2012 As negociações com o Santander fracassaram e o Banco Cruzeiro do Sul vai ser liquidado pelo Banco Central. As conversas do banco espanhol com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) se arrastaram até a madrugada de hoje, mas, sem acordo, e como não houve outras propostas, o FGC recomendou ao BC a liquidação do Cruzeiro do Sul. A venda a outra instituição financeira era uma das duas condições para evitar a liquidação do banco sob intervenção. A outra era de que credores do Cruzeiro do Sul aceitassem um desconto médio de 49% nas dívidas. Como hoje vence uma dívida externa do Cruzeiro do Sul no valor de US$ 1,5 bilhão, não havia mais tempo para negociar. O BC deve se manifestar sobre o assunto ainda esta manhã. O patrimônio líquido do Cruzeiro do Sul está negativo em R$ 2,23 bilhões e fontes ouvidas pela Agência Estado avaliaram que o rombo na instituição pode ser maior do que os R$ 3 bilhões, algo como R$ 4,5 bilhões ou até mais. Esse pode ter sido, segundo as mesmas fontes, um dos motivos que fizeram os possíveis candidatos interessados em comprar o banco desistir do negócio. Ontem os papéis da instituição dispararam e subiram 24,50%, um sinal de que o mercado acreditava numa solução que não a liquidação. Fonte: O Estado S. Paulo (14/09/2012). ******************************************** "Com certeza este ano não [faremos novas aquisições], mas possivelmente em 2013 vamos rever", afirmou o executivo. Ferreira ressaltou a necessidade de desenvolvimento tecnológico no país. A empresa está investindo R$ 500 milhões na construção de um centro de tecnologia, atualmente em obras na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio. Segundo ele, o desenvolvimento da indústria petrolífera no país exige avanços tecnológicos. "A tecnologia para extrair óleo a 7 mil metros é diferente daquela que se utilizava em 1.200 metros, em águas rasas", exemplificou. Dos investimentos que serão feitos no centro de pesquisas, que fica pronto em 2013, US$ 20 milhões serão alocados no laboratório de óleo e gás. A companhia fatura cerca de US$ 160 bilhões por ano, onde aproximadamente 10% vem da divisão de petróleo. Fonte: Valor Econômico (13/09/2012). Negociações fracassaram e banco Cruzeiro do Sul vai ser liquidado As conversas do banco espanhol com o Fundo Garantidor de Créditos se arrastaram até a madrugada de hoje; Sem acordo, o FGC recomendou ao BC a liquidação do Cruzeiro do Sul. 13 (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)