A pesquisa epidemiológica: algumas questões Mauricio L. Barreto Epidemiologia - Definição • “o estudo da distribuição e dos determinantes de estados e eventos relacionados à saúde de populações, e a aplicação deste conhecimento para a resolução ou prevenção dos problemas de saúde já existentes ou que poderão existir”. • A epidemiologia tem suas origens em diferentes tradições que buscavam entender a saúde das populações, os seus determinantes e os meios de intervir no sentido de modificá-los Níveis/Diversidade do Conhecimento Epidemiológico Epid. Social Epid. Ambiental Epid. Comportamental/Etno-Epidemiologia Epid. Clínica Epid. Molecular Epid. Genética/Genômica LIVRO: “Epidemiologia: Fundamentos, Métodos e Aplicações” • • • • PARTE I: FUNDAMENTOS DA EPIDEMIOLOGIA PARTE II: METODOLOGIA EPIDEMIOLÓGICA PARTE III: ANÁLISE DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS PARTE IV: EPIDEMIOLOGIA APLICADA POR NÍVEIS DE DETERMINAÇÃO • PARTE V: EPIDEMIOLOGIA APLICADA AO CURSO DA VIDA • PARTE VI: EPIDEMIOLOGIA APLICADA A PROBLEMAS DE SAÚDE • PARTE VII: EPIDEMIOLOGIA APLICADA A SISTEMAS DE SAÚDE Algumas características da pesquisa em epidemiologia - I • Pouca relevância nos fundamentos teóricos Teoria Metodologia Algumas características da pesquisa em epidemiologia - II Biológico Social Pouco desenvolvimento conceitual Algumas características da pesquisa em epidemiologia - II “Sociologismo” Biológico Social “Biologismo” Teoria do Stress Algumas características da pesquisa em epidemiologia - III POPULAÇÃO INDIVÍDUO Percentage of population [%] Figure 2.2 BP distributions in Kenyan nomads and London civil servants 30 Kenyan Nomads London civil servants 20 10 0 60 80 100 120 140 160 180 200 Systolic Blood Pressure [mmHg] Algumas características da pesquisa em epidemiologia - IV • Pragmática Conhecimento Políticas/ações de saúde Algumas características da pesquisa em epidemiologia - V Causalidade Dimensões Filosóficas Implicações Metodológicas Implicações para as Políticas e Ações de Saúde Algumas características da pesquisa em epidemiologia - V Causalidade Dimensões Filosóficas Implicações Metodológicas Implicações para as Políticas e Ações de Saúde Causalidades – Aspectos Metodológicos Causa deduzida de associações verificadas empiricamente utilizando-se de testes estatísticos Fator de risco Variáveis quantificáveis (Dificuldade de lidar com constructos não quantificáveis ) Algumas características da pesquisa em epidemiologia - V Causalidade Dimensões Filosóficas Implicações Metodológicas Implicações para as Políticas e Ações de Saúde SISTEMA DE SAÚDE • INAPTO PARA LIDAR COM QUESTOES MULTICAUSAIS • PREFERENCIA POR INTERVENÇOES PONTUAIS Desafios - I • Aspectos teóricos – a) desenvolvimento dos modelos que relacionam contexto e sofrimento/ doença (social/ biológico); b) aprofundar o entendimento dos caminhos (materiais/psicosociais/ violência/drogas/ alimentação/ acesso a serviços de saúde) entre os macro-determinantes da saúde/ doença Social and Economic Policies Institutions (including medical care) Neighborhoods and Communities Living Conditions Social Relationships Individual Risk Factors Genetic/Constitutional `` Factors `` Pathophysiologic pathways Individual/Population Health Desafios - II • Aspectos metodológicos – a) integração dos métodos quantitativos e qualitativos; b) aprofundar os métodos para análise das interações entre contexto e indivíduo (análise multinível, estrutural etc); c) desenvolver novas abordagens como o “curso de vida” d) abrir-se para outras “linguagens” alem da estatística, para validar o seu conhecimento Desafios - III • Aspectos operacionais a) buscar novas formas de relacionar os achados das investigações causais com políticas e decisões que visam melhorar as condições de saúde b) avaliar as políticas e intervenções que tenham potencial de afetar o estado de saúde • ‘Frameworks, questions, & studies: a Latin American/North American exploratory workshop on investigating societal determinants of health inequities between & within countries’. • Participants disciplinary backgrounds included: epidemiology, sociology, psychology, medicine, history, health systems, demography, social work, human rights and international law; • Common to all participants, each of whom contributed to the range of ideas, were: 1. a concern with how social injustice harms health, 2. recognition that social inequalities in health have long been documented and debated, 3. appreciation of the importance of theory in shaping analysis of health inequities, that is, group differences in health outcomes (within and between nations) due to injustice, and 4. awareness of the context of the discussion, including the gross and growing inequities in income and wealth that exist within and between countries • Explicit theoretical frameworks are needed that engage, intellectually and epistemologically, with how societies produce and reproduce social inequity, political dominance, labour relations, modes of life and ecological context, thereby affecting both levels and distributions of health and health inequities. At issue is how people both shape and are shaped by - and hence biologically embody - their societal and biophysical context. • The point is not ‘grand theory’ that deterministically purports to explain ‘everything’, but rather critical uses of theoretical frameworks that can coherently orient inquiry and analysis within and across relevant levels and timeframes, situate different perspectives in relation to each other and make the invisible visible. • OBRIGADO!