X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 JOGO DO MICO: FUNÇÃO QUADRÁTICA Valdir Bezerra dos Santos Júnior Universidade Federal Rural de Pernambuco [email protected] Josinalva Estacio Menezes Universidade Federal Rural de Pernambuco [email protected] Resumo: O presente artigo mostrará as contribuições do jogo no processo de aprendizagem sobre conceitos matemáticos, em específico o conteúdo função quadrática. Para isso, recorre-se a um recorte da teoria de Lev S. Vygotsky (1896-1934), que trata da capacidade que um indivíduo tem de aprender sozinho e aprender com ajuda de outro indivíduo, sendo a medição dessas duas características chamada de Zona de Desenvolvimento Proximal. E por fim, serão mostrados alguns pontos da teoria presentes numa partida do Jogo do Mico, a partir de observações de atividades com o respectivo jogo. Palavras-chave: Jogos matemáticos; Zona de desenvolvimento proximal; Ensinoaprendizagem; Ensino fundamental. INTRODUÇÃO Os benefícios do jogo no processo de ensino e aprendizagem de conceitos matemáticos são cada vez mais evidentes. São encontrados diversos trabalhos, em eventos de discussões sobre educação matemática, que abordam tais benefícios. Todas essas discussões ocorrem devido à disciplina matemática ainda ser um dos pontos críticos para repetência e evasão escolar no nosso sistema educacional. Além disso, a matéria é considerada, pelos alunos como uma matéria “chata”, devido aos seus excessivos cálculos e fórmulas, que os docentes expõem aos seus alunos para serem memorizadas. As experiências vividas pelos autores em pesquisas sobre o trabalho escolar com jogos e em suas atividades direcionadas a trabalhos na área de educação matemática, em todos os níveis incluindo o fundamental II, juntamente com o quadro já exposto, levou à discussão acerca de possíveis situações com jogo, na busca de contribuir para inverter esse panorama concernente à disciplina matemática. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 1 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 A partir daí, surgiu a idéia de reproduzir uma variação para o Jogo do Mico comum considerando um conteúdo não tão abordado em atividades lúdicas e sempre abordado pelos docentes de uma forma mecânica, sendo esse conteúdo abordado o de função quadrática. Convém ressaltar que, nesta versão do jogo, a idéia é induzir o aluno a utilizar o cálculo mental, já que ele acha tão cansativo o processo mecânico do conteúdo. Além disso, contribui para despertar o espírito de competição, já que o jogo é realizado em grupos. A partir do exposto, apresenta-se como objetivo geral do trabalho explorar as possibilidades pedagógicas do jogo do Mico no processo de ensino e aprendizagem a partir da teoria da mediação de Vygotsky. O JOGO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO Devido às discussões em torno da utilização dos jogos no ensino da matemática observa-se cada vez mais a presença deles em sala de aula. Os benefícios são os mais diversos. Segundo Vygotsky, o lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração (VYGOTSKY, 1989). Verifica-se então que o jogo pode ser um grande aliado, contribuindo no processo de ensino e aprendizagem. Além disso, os jogos são fortemente recomendados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Para reiterar essa afirmação, recorre-se a Lopes: È muito mais fácil e eficiente aprender por meio de jogos, e isso é válido para todas as idades, desde o maternal até a fase adulta. O jogo em si possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do aprendiz, que se torna sujeito ativo do processo, e a confecção dos próprios jogos é ainda muito mais emocionante do que apenas jogar. [...] Muitos jogos ganham uma motivação especial quando a criança os confecciona. (LOPES, 1998, p. 23-25). Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 2 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Diante de tal referência, a confecção do jogo pelos alunos se torna bastante significativa, pois faz com que ele empenhe seu tempo e passe pelas dificuldades de confeccionar, fazendo com que venha dar mais valor ao jogo sem danificá-lo após a partida. Entretanto sempre tomando os devidos cuidados na hora da confecção, verificando se o material necessário para a confecção está adequado aos sujeitos que irá manuseá-los e ainda a periculosidade de cada material diante das situações que os alunos serão expostos. Dentro ainda do contexto escolar e também clínico, Lopes (1998) ressalta vários objetivos pedagógicos para o jogo. A maioria deles tem caráter positivo, ligado ao desenvolvimento mental, social, autônomo e intelectual do aluno. Um comentário geral, que se pode fazer a respeito de tais objetivos quando se está em uma situação de jogo, é que o jogo serve para ajudar no processo de abrandamento do ensino da matemática. No entanto, para que realmente o jogo seja um recurso que venha a colaborar faz-se necessário segundo Azevedo (1993), a necessidade de uma reflexão sobre uma didática que se compatibilize com a utilização do jogo no ensino para ajudar no processo de formação de conceitos (MENEZES, 1996). A organização de uma atividade com jogo, com o objetivo pedagógico, requer diversos cuidados. Saber a quantidade de alunos, o nível dos alunos, quanto tempo terá disponível, ambiente em que ocorrerá o trabalho, etc., são informações são importantes para planejar o número de instrutores necessários para a situação de jogo. Pergunta-se, ainda, que tipo de jogo pode ser levado para os alunos para se atingir o objetivo da aula, a programação de tempo para não deixar de concluir o jogo e a possibilidade de materiais disponíveis. O planejamento é parte essencial nesse processo, pois todas as informações sobre os jogadores e ambiente são de extrema relevância. É interessante também ressaltar uma visão mais específica sobre o conceito de jogo descrevendo algumas características que são fundamentais num jogo, segundo (HUIZINGA, 1917): Ser uma atividade livre; Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 3 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Não ser vida "corrente" nem vida "real", mas antes possibilitar uma evasão para uma esfera temporária de atividade com orientação própria; Ser "jogado até o fim" dentro de certos limites de tempo e espaço, possuindo um caminho e um sentido próprios; Criar ordem e ser a ordem, uma vez que quando há a menor desobediência a esta, o jogo acaba. Todo jogador deve respeitar e observar as regras, caso contrário ele é excluído do jogo (apreensão das noções de limites); Permitir repetir tantas vezes quantas forem necessárias, dando assim oportunidade, em qualquer instante, de análise de resultados; Ser permanentemente dinâmico. Todas essas características vêm embasar a utilização do jogo no processo de desenvolvimento cognitivo e social, incluindo também o respeito às regras, as diferenças de pensamento, etc. Esse conjunto de elementos mostra a importância da utilização do jogo como recurso pedagógico. TEORIA DA MEDIAÇÃO DE VYGOTSKY O teórico Lev S. Vygotsky, bielo-russo, nascido no ano de 1896 e morrendo prematuramente aos 36 anos de tuberculose, deixou uma obra incompleta que foi continuada por colaboradores (A. N. Leontiev e A. R. Luria). Formou-se em Direito e Medicina. Especializou-se em Literatura e Psicologia, atuando na profissão de docente. Dedicou-se a construção da sua teoria, baseando-se teoricamente em Karl Marx e Friedrich. Na construção de sua teoria estudou o desenvolvimento do indvíduo interligado principalmente ao processo sócio-histórico que o sujeito está inserido. Para reforçar ainda mais essa teoria temos Garton (1992): É pela mediação que se dá a internalização (reconstrução interna de uma operação externa) de atividades e comportamentos sócio-históricos e culturais e isso é típico do domínio humano (Garton, 1992, p. 89 apud Moreira, 1995). Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 4 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 A partir da citação anterior percebe-se que as funções mentais dependem antes de tudo das relações sociais remetendo a mediação. Mas para que entender esse processo de mediação é necessário entender os mecanismos que a compõe que são os signos e instrumentos. Segundo Moreira (1995), são as seguintes definições: Instrumentos: Um instrumento é algo que pode ser usado para fazer alguma coisa; Signos: É algo que significa uma outra coisa. Para entender melhor essas definições, pode-se considerar que instrumentos são objetos que tem alguma utilidade prática, no contexto educacional um exemplo seria a utilização de um jogo como recurso. Já os signos são elementos que simbolizam determinada coisa um exemplo poderia ser a matemática, separando melhor os números seriam os signos matemáticos e a matemática são os sistemas de signos. Mas diante toda essa explicação entende-se a necessidade comentar sobre o signo mais importante na visão de Vygotsky que é a linguagem. Para Vygostsky, quanto mais complexa a ação exigida pela situação e menos direta a solução, maior a importância da fala na operação como um todo (VYGOTSKY, 1988, p. 28 apud MOREIRA, 1995). Diante da proposta de jogo que está sendo abordada aqui a fala será o principal signo presente, na internalização de novos sistemas de signos. Mas para que essa internalização venha a ocorrer ela passa está condicionada, segundo Vygotsky, da Zona de Desenvolvimento Proximal na qual define como: Mais formalmente, a zona de desenvolvimento proximal é definida por Vygotsky como a distância entre o nível de desenvolvimento cognitivo real do indivíduo, tal como medido por sua capacidade de resolver problemas independentemente, e o seu nível de desenvolvimento potencial, tal como medido através da solução de problemas sob orientação (de um adulto, no caso de uma criança) ou em colaboração com companheiros mais capazes (VYGOTSKY, 1988, p. 97, apud MOREIRA, 1995). Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 5 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Conclui-se então que, o processo de interação está contido dentro da Zona de Desenvolvimento Proximal. Na continuidade do trabalho, mais explicações sobre o jogo e sua relação com essa teoria serão explicitadas. JOGO DO MICO E SUA RELAÇÃO COM A TEORIA Em relação ao jogo desse trabalho não se tem informações históricas sobre o mesmo. O primeiro contato com o jogo como dito em nossa introdução foi através das instituições que o autor faz parte. Já em relação a literatura foi encontrada mais, especificamente, no livro Matematicativa II dos autores (REGO e RÊGO, 2000). O jogo do Mico é jogado através e cartas e pode ser utilizado nas diversas áreas de conhecimento. Atualmente, as idéias estão voltadas mais para os conteúdos matemáticos. Existem diversas variações para ele tendo o autor a experiência com a abordagem dos conteúdos: multiplicação de números inteiros e representação fracionária. Entretanto, para este trabalho o foco principal será o estudo do conteúdo função quadrática. O jogo estruturalmente foi feito para ser jogado com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, em grupos de 3 ou 4 participantes, contendo 25 cartas feitas de papel (24 abordando o conteúdo e uma com o desenho de um mico). Uma dica na sua construção é procurar um papel com o mínimo de transparência possível, para fazer as cartas. As cartas abordam os seguintes tópicos dentro do conceito de função quadrática: Zero ou raízes das funções e coordenadas do vértice da parábola de uma função. O principal objetivo do jogo é acabar com as cartas da mão e não terminar com a carta do mico. As regras para se jogar são as seguintes: – Deve ser escolhido um jogador antes do início do jogo para distribuir as cartas; Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 6 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 – As cartas devem ser embaralhadas e distribuídas entre os participantes (os jogadores não, necessariamente, ficaram com o mesmo número de cartas); – Antes de se iniciar o jogo os participantes devem verificar se algumas das cartas na mão formam algum par; – Formando par (es), os mesmos devem ser colocados sobre a mesa para que os outros participantes verifiquem se estão corretos (o par colocado de forma errada sobre a mesa deverá voltar a mão do jogador); – Após serem feitos os pares possíveis pode ser iniciado o jogo decidindo amistosamente quem irá iniciar; – O jogo ocorrerá no sentindo horário, logo o primeiro jogador puxará uma carta da mão do jogador que se encontra à sua direita; – Ele verificará se a carta puxada faz algum par e logo após a verificação disponibilizará as suas cartas para o jogador a sua esquerda; – O 2º jogador fará a mesma verificação e dará continuidade ao jogo; – Quando os participantes ficarem sem cartas vão saindo do jogo; – Aquele que terminar com a carta do MICO será o perdedor do jogo. A variação do jogo aqui proposta não tem o objetivo principal de construir o conceito de função quadrática e sim e mobilizar o conceito de função quadrática. Analisando situação de jogo, baseando-se em suas regras, verifica-se a necessidade e obrigatoriedade de interação entre os jogadores. Tal situação ocorre na conferência, pelos jogadores, dos pares de cartas, se estão corretos ou não. Além disso, quando na conferência aparecer um par errado de cartas, os participantes do jogo se pronunciarão contrariamente e provando porque aquele par de cartas está incorreto; no caso, mostraram através de conhecimentos adquiridos anteriormente que o par não está correto. Neste momento do jogo é que se pode verificar a tentativa do processo de internalização, através da interação, que deve estar margeando a Zona de Desenvolvimento Proximal, com o aparecimento do potencial do indivíduo de solucionar um problema com ajuda de outro indivíduo. Tratando-se de um ambiente escolar, existe também a mediação do professor buscando mostrar as formas de se formar os pares retomando conteúdos anteriormente Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 7 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 vistos. O professor pode incentivar o aluno a usar o auxilio de um papel para resolver os problemas e conferir as cartas dos outros jogadores. O jogo pode até parecer um pouco monótono, mas a carta com o desenho do mico faz com que constantemente haja interação entre os participantes, sempre estariam preocupados em puxar a carta do seu oponente, deixando a atividade bastante prazerosa. UMA EXPERIÊNCIA INFORMAL COM O JOGO DO MICO Atividades realizadas em sala de aula com o jogo, aspectos interessantes puderam ser observados. Na aplicação do jogo em sua sala de aula, foi possível observar algumas características que poderiam estar ajudando no processo de ensino e aprendizagem. Entre as características, observou-se que nesse jogo seria necessária uma interação entre os jogadores constantemente, e que essa interação trazia alguns benefícios para o aprendizado de determinado conteúdo. Observando a interação entre os jogadores foi possível fazer uma relação com a teoria de mediação de Vygotsky. Notou-se que os signos e instrumentos, citados por Vygotsky estavam presentes nessa atividade com o jogo, em especial a linguagem que para Vygotsky o signo mais importante. Além disso, conseguiu-se verificar as características da Zona de Desenvolvimento Proximal, zona essa que distingue a capacidade de um indivíduo resolver um problema sozinho e de se resolver um problema com ajuda de outro indivíduo. Diante de tais expostos, foi pensado como seria importante relacionar um jogo que mobiliza algum conceito matemático, ressaltando a teoria que se encontra tão presente na situação. CONSIDERAÇÕES FINAIS Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 8 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Estas reflexões e mais experiência em sala de aula permitiu concluir que a busca de relacionar a teoria de Vygotsky com uma atividade com jogos é possível, embora tenha algumas restrições. Um dos pontos a considerar é a falta de demonstração por parte da teoria da mecânica da construção do conhecimento. O outro é que não conhecemos referências que permitam entender efetivamente os encaminhamentos referentes à teoria no que concerne ao ensino-aprendizagem de matemática. Entretanto, espera-se que tal trabalho tenha contribuído para o aprofundamento destas pesquisas e a elaboração de novas atividades como essa baseada na teoria aqui vista. REFERÊNCIAS GARTON, A. F. Social interaction and the development of language and cognition. Hillsdale, USA: Lawrence Erlbaum.1992. HUIZINGA, J. Homo Ludens: o jogo como elemento de cultura – 1938. Tradução de J. P. Monteiro. São Paulo, Perspectiva, 1971. GIOVANNI, José Ruy. Aprendendo Matemática 9º Ano. São Paulo: FTD, 2007. Ed. Renovada. LOPES, Maria da Glória. Jogos na Educação: criar, fazer, jogar. São Paulo: Cortez, 2000, 3ª ed. MENEZES, Josinalva Estacio. A interação jogo matemático-aluno em ambientes extra classe: O jogo do Nim. Dissertação de Mestrado. Recife: UFPE-CE, 1996. MENEZES, Josinalva Estacio (org.). Conhecimento, interdisciplinaridade e atividades de ensino com jogos Matemáticos: Uma proposta metodológica. Série Contexto Matemático – Volume 5. Recife: UFRPE, 2008. MOREIRA, M.A. Monografia nº7 da Serie Enfoques Teóricos. Porto Alegre, Instituto de Física da UFRGS, 1995. REGO, Rogéria Gaudêncio do RÊGO, Rômulo Marinho do. Matematicativa II. João Pessoa: Editora da UFPB, 2000. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 9 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 VYGOTSKY, L. - Pensamento e linguagem. SP, Martins Fontes, 1988 VYGOTSKY, L. 1989. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes VYGOTSKY, L. S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: A formação social da mente. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1989. 168p. p.106-118. Apêndice: exemplo de três cartas do jogo, sendo um par e a carta do mico. Quais são as raízes da equação abaixo: X 2 2X 0 X' 2 E X '' 0 Fonte da figura do mico: internet. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Comunicação Científica 10