Mediação Semiótica em Vygotsky Internalização e objetivação Pensamento e linguagem Elo epistemológico entre vários autores da corrente sóciohistórica O que é mediação semiótica? ente1 relação Intervenção ente2 O que é mediação semiótica? meio sujeito1 sujeito2 sujeito3 Dos animais à semiótica Animais caráter fixo e unívoco (natural) Homem caça início do processo de socialização Criação e uso de instrumentos Identificação de pistas (leitura de sinais) Cooperação social e comunicação Signos Distanciam-se das marcas (sinais) que guardam relação natural com o objeto mas já são atividade mental sinalética elo semiótica Estabelecem relação artificial e variável Mediação em Vygotsky É instrumento conceitual desse entendimento Funções psíquicas tem origem nos processos sociais ( são relações sociais interiorizadas) Mediação em Vygotsky “ O característico da concepção de Vygotsky, Leontiev e outros autores da corrente sócio histórica é que a constituição, no indivíduo, das funções psicológicas, pelo mecanismo da internalização, acontece simultaneamente à apropriação do saber e do fazer da sociedade” (Pino, 1985:31) Mediação em Vygotsky O desenvolvimento humano é o resultado do trabalho homem trabalho natureza Trabalho entendido como projeto – como obra que se materializa no produto – não apenas fazer Produz instrumentos e signos Produz cultura homem humano Mediação em Vygotsky Há dois tipos de mediadores externos: Os instrumentos ( ações sobre objetos) Os signos (ações sobre o psiquismo) São reversíveis regulam a atividade mediam a atividade interna o pensamento a consciência A questão semiótica Linguagem é fundamental na consciência o significado da palavra é o microcosmo da consciência significado X significação Semântico palavra linguagem Psicológico Generalização conceito pensamento A questão semiótica linguagem sistema de signos reversíveis, organizados segundo múltiplas funções em diversas situações interativas: Comunicação Representação Indicar: contextual e particular Evocar: conceituar e generalizar (abstrair) Questão semiótica “A contextualização (intra/extralinguística) confere aos significados das palavras uma significação concreta e particularizada. A enunciação evoca uma história que confere ao enunciado seu sentido e valor. A descontextualziação, ao contrário, torna os significados representantes abstratos de totalidades genérics, expressão da histproia de cada língua. Cada uma delas constitui um nível diferente da fala” (Pino, 1985:38) Questão semiótica Não há relação fixa entre: Significante significado objeto sujeito snte1 snte3 snte2 snte4 snte1 snte2 snte3 referente sinal sado1 sado2 sado3 Questão semiótica Sentido X Significado Sentido: soma dos eventos psicolóticos que a palavra evoca na consciência (fluído e dinâmico - contextual) Significado: é a zona mais estável e precisa do sentido é mais compartilhável + social (convencional) Sentido X Significado Sentido Significado Sentido sentido sentido Polissemia Variações no contexto implicam variações no sentido O sentido não é o mesmo para diferentes sujeitos na mesma situação A palavra é sempre carregada de conteúdo e sentido ideológico e vivencial (Bahktin) (polêmico e polissêmico) Linguagem “ Pode-se concluir que a linguagem, sistema articulado de signos, construído socialmente ao longo da história, veicula significados instituídos relativamente estáveis, embora mutáveis, o que faz a polissemia das palavras. Entretanto esses significados adquirem sua significação concreta no contexto da interlocução.” (Pino, 1985:39) Questões teóricas Relação referente X significado referente apreensão Direta? significado À semiótica interessa não como o discurso descreve a “realidade” (ilusão do real) mas como a produz, ou seja, como produz seus referentes internos (objetos imediatos de Pierce). A questão do sentido discursivo está ligada à questão das formações imaginárias, a qual, por sua vez, coloca o problema do real. Real e imaginário opõem-se não em termos de verdade e ilusão, como o fazem o idealismo e o realismo empiricista, uma vez que o real não se apresenta de forma direta e imediata, mas na sua representação, a qual é uma formação imaginária. A ilusão reside no desconhecimento das formações imaginarias do discurso, decorrentes da sua natureza sócio histórica. (Pino, 1985:41) Questões teóricas “O simbólico só existe a partir do imaginário, e este só se objetiva no e pelo simbólico. A ordem simbólica impõe suas leis ao imaginário, mas não consegue neutralizar seu poder de produção. Isso explica a complexidade da realidade social e cultural da sociedade e as suas múltiplas expressões. A ordem simbólica é constituinte do homem como indivíduo social, mas pode tornar-se uma ameaça para o homem quando se pretende fazer dela a negação do imaginário. É a dialética da lei e do desejo.” (Pino, 1985:42) “Para compreender a fala de outrem não basta entender as suas palavras- temos que compreender o seu pendamento. Mas nem mesmo isso é suficiente – também é preciso que conheçamos a sua motivação. Nenhuma análise psicológica de u enunciado estará completa anes de se ter atindigido esse plano” (Vygotsky, 1989:130) Referências utilizadas PINO, Angel. O conceito da mediação semiótica em Vygotsky e seu papel na explicação do psiquismo humano. Cadernos CEDES n.24. Ed. Papirus. Campinas, São Paulo, 1991: 33-43 (texto no xerox) TAILLE, Y; OLIVEIRA, M. K.; DANTAS, H. Piaget, Vygotsky e Wallon - teorias psicogenéticas em discussão. Summus Editorial. São Paulo, 1992 VYGOSTKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989 (2a. Ed.)