“Cogito, ergo sum”.
[René Descartes]
Em La Haye – Província de Touraine - 30 de
março de 1596, nasce René Descartes.
No ano 1604, já aos oito anos de idade, foi
estudar na escola jesuíta Royal Henry-LeGrand em La Fléche, onde permaneceu até
1614.
Ingressou na Universidade de Poitiers onde se
graduou em Direito em 1616, mas nunca o
exerceu.
Em 1618, Descartes incorpora no exército
holandês comandado pelo Príncipe Maurício
de Nassau.
Em 1619 fica a serviço do Duque de Baviera,
exército da Bavária. Na noite de 10 de
novembro daquele ano René tem um sonho
que o adverte sobre a unificação de todo o
conhecimento humano por meio de uma
“ciência admirável”.
Em 1622 retorna a França, passando os
seguintes anos em Paris.
A obra “Regulae ad directionem ingenii”
(Regras para a direção do espírito, em latim),
tivera seu início em 1628.
Em 1629, Descartes começa a redigir o Tratado
do Mundo, uma obra de Física sobre o
Heliocentrismo.
Em 1637, publica três pequenos tratados
científicos: La Dioptrique (A Dióptrica), Les
Météores (Os Meteoros ) e La Géométrie (A
Geometria), mas o prefácio dessas obras é
que faz seu futuro reconhecimento: o
Discurso do método.
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Em 1641 aparece sua obra filosófica e
metafísica mais imponente, As Meditações
sobre a Filosofia Primeira, com os primeiros
seis conjuntos de Objeções e Respostas.
Nessa obra, ele parte do ceticismo e por meio
de diversas meditações cuidadosamente
pensadas, estabelece a estrutura para a
possibilidade do conhecimento.
Os “Princípios da Filosofia” fora publicado em
1644, com afirmações que causaram
discussões.
Em 1649 Descartes fora convidado pela
Rainha Cristina a ir para Estocolmo, Suécia,
para dar-lhe instruções sobre filosofia. Foi
neste ano que publicara seu “Tratado das
Paixões”.
Diante da demanda que a rainha lhe
impunha, seus estudos iniciavam-se as 5
horas da manhã, e o clima frio da Suécia,
uma forte pneumonia lhe abatera, levandoo ao óbito em 11 de fevereiro de 1650.
Curiosidade
O Discurso
do Método
“Muitas vezes as coisas que me pareceram verdadeiras
quando comecei a concebê-las tornaram-se falsas
quando quis colocá-las sobre o papel.”
“Não existem métodos fáceis para resolver problemas
difíceis.”
“Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos
fechados sem nunca os haver tentado abrir.”
“Ninguém pode conceber tão bem uma coisa e fazê-la
sua, quando a aprende de um outro, em vez de a
inventar ele próprio.”
“Daria tudo que sei pela metade das coisas que
ignoro.”
“Tomei a decisão de fingir que todas as coisas
que até então haviam entrado na minha
mente não eram mais verdadeiras do que as
ilusões dos meus sonhos.”
“A leitura de todos os bons livros é uma
conversação com as mais honestas pessoas
dos séculos passados.”
“Não basta termos um bom espírito, o mais
importante é aplicá-lo bem.”
“Quando se tem demasiada curiosidade acerca das
coisas que se faziam nos séculos passados, ficase quase sempre na grande ignorância das que
têm lugar no presente.”
“É propriamente não valer nada não ser útil a
ninguém.”
“As paixões são todas boas por natureza e nós
apenas temos de evitar o seu mau uso e os seus
excessos.”
X
http://www.cerebromente.org.br/n06/historia/descartes.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Descartes#Vida
http://www.mundodosfilosofos.com.br/descartes.htm
http://www.consciencia.org/descartes.shtml
http://www.10emtudo.com.br/artigos_1.asp?CodigoArtigo=52&Pagina=2&tipo=
artigo
http://www.pensador.info/autor/Rene_Descartes/
http://www.pensador.info/autor/Rene_Descartes/biografia/
http://www.ime.unicamp.br/~calculo/modulos/history/descartes/descartes.html
http://sanguedbarata.blogspot.com/2010/02/rene-descartes-envenenado.html
http://www.lefigaro.fr/culture/2010/02/18/03004-20100218ARTFIG00678rene-descartes-est-il-mort-empoisonne-.php
http://br.egroups.com/group/acropolis/
La Dioptrique é, em essência, um trabalho em óptica, cujo valor
está nos resultados experimentais encontrados por
Descartes. Les Météores é um trabalho sobre meteorologia,
na verdade, é o primeiro trabalho em que se tentou
consolidar o estudo do clima em bases científicas. Entretanto,
sua contribuição para essa área não foi grande, pois a obra
contém muitos conceitos errados, alguns dos quais poderiam
ser verificados com a realização de experimentos simples
(exemplo disso é a afirmação feita de que a água que tenha
sido fervida congela mais rápido).
La Géométrie é claramente a parte mais importante da
1.
produção científica de Descartes. Scott resumiu a importância
desse trabalho em quatro pontos:
Ela dá o primeiro passo em direção à teoria das invariâncias,
que mais tarde acabou por desrelativizar o sistema de
referência e remover arbitrariedades.
2.
3.
4.
A Álgebra possibilita o reconhecimento de problemas
típicos em geometria e o estabelecimento de relações entre
problemas aparentemente desconexos quando tratados em
caráter geométrico;
A Álgebra traz para a geometria princípios naturais de
divisão e de hierarquia de métodos;
Não somente a álgebra possibilita a resolução de várias
questões em geometria, como fornece múltiplas opções
para isso. Permite que se decidam por métodos mais
elegantes, mais rápidos ou mais completos. Algumas idéias
em La Géométrie podem ter sido baseadas em trabalhos de
Oresme, mas nestes não há indícios de ligação entre a
álgebra e a geometria. Há também suspeitas de que os
resultados alcançados pelo matemático Harriot em seus
estudos em equações tenham influenciado Descartes. Mas
este, sempre declarou nunca ter sido influenciado por
ninguém em seus trabalhos.
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Descartes afirma que o vácuo é impossível, e
que o universo era preenchido por um
“éter” onipresente. Assim, a rotação do Sol,
através do éter, criaria ondas ou
redemoinhos, explicando o movimento dos
planetas, tal qual uma batedeira. O éter
também seria o meio pelo qual a luz se
propagaria pelo espaço. Posteriormente
essa teoria seria derrubada por Newton em
seus estudos. Outra posição polêmica para
a época foi de que a matéria é infinitamente
divisível.
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Uma nova teoria universitária questiona a causa mortis
de um dos maiores filósofos e matemáticos de todos
os tempos.
René Descartes não teria morrido de pneumonia, mas
envenenado com uma hóstia por um padre católico,
François Viogué. A polêmica foi levantada pelo
universitário alemão Theodor Ebert no seu estudo
Der rätselhafte Tod des René Descartes ("A morte
misteriosa de René Descartes", livre tradução).
De acordo com a versão oficial, Descartes morreu de
pneumonia durante uma visita à rainha sueca em
Estolcomo, em 1650. Mas Ebert voltou aos arquivos
da época para desenterrar informações acerca da
morte do filósofo. Segundo ele, os sintomas da morte
- vertigens, dor de estômago e sangramento na urina
- vêm de uma hóstia que continha arsênico.
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“Não há nada no mundo que esteja mais bem
distribuída que o bom senso, visto que cada
indivíduo acredita ser tão bem provido dele
que mesmo os mais difíceis de satisfazer em
qualquer outro aspecto não costumam
desejar possuí-lo mais do que já possuem..”
Descartes criticava o método de ensino
escolástico, pois nele ensinava-se a defender
verossimilmente todas as idéias mas não
tendia a criar novos conhecimentos.
O método cartesiano era dividido em quatro
partes:
 1. - A primeira regra é a evidência : não admitir
"nenhuma coisa como verdadeira se não a
reconheço evidentemente como tal". Em outras
palavras, evitar toda "precipitação" e toda
"prevenção“ e só ter por verdadeiro o que for
claro e distinto, isto é, o que "eu não tenho a
menor oportunidade de duvidar". Por
conseguinte, a evidência é o que salta aos olhos,
é aquilo de que não posso duvidar, apesar de
todos os meus esforços, é o que resiste a todos
os assaltos da dúvida, apesar de todos os
resíduos, o produto do espírito crítico.



2. - A segunda, é a regra da análise: "dividir
cada uma das dificuldades em tantas parcelas
quantas forem possíveis e necessárias".
3. - A terceira, é a regra da síntese : "concluir
por ordem meus pensamentos, começando
pelos objetos mais simples e mais fáceis de
conhecer para, aos poucos, ascender, como
que por meio de degraus, aos mais
complexos".
4. - A última á a dos "desmembramentos tão
complexos... a ponto de estar certo de nada
ter omitido".
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