Descartes Método cartesiano • Ceticismo Metodológico - duvida-se de cada ideia que não seja clara e distinta. • Descartes instituiu a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que puder ser provado, sendo o ato de duvidar indubitável. • Descartes busca provar a existência do próprio eu (que duvida, portanto, é sujeito de algo ego cogito ergo sum- eu que penso, logo existo) e de Deus. • Mesmo o evidente deve se sujeitar à dúvida. "Quem inquire a verdade deve duvidar uma vez em sua vida, acerca de todas as coisas, quanto seja possível" 1º meditação Instituição da dúvida • Percebe que tudo que conheceu até então, era duvidoso. • Se desfaz de todas as opiniões que dera crédito até então. • Espera chegar à idade madura, para fazer tal empreendimento. • Não será necessário provar que todas são falsas, pois seria impossivel Destruição da opiniões • Então se dedica a destruir todas as antigas opiniões. • O menor motivo de dúvida que encontrar em qualquer de suas opiniões, basta para derrubá-las. • Dedica-se aos princípios sobre os quais todas as suas antigas opiniões estavam apoiadas. • Destruirá as bases desse edifício Sentidos enganam • Percebe que tudo o tem como verdadeiro e seguro até então, conheceu pelos sentidos. • Ele então conclui que não deve confiar em quem já o enganou uma vez.. • Duvida se está dormindo ou acordado. • Diz que o que representamos no sono são como quadros da realidade. • Então diz que certas coisas não se pode duvidar. Como por exemplo que está sentado escrevendo. • A não ser que fosse um louco que tem sua conciência abalada. • Conclui que pode representar coisas menos verdadeiras que o que os loucos representam, mas em sonhos. • Conclui que não há como distinguir a vigilia do sono. • O que representamos durante o sono é semelhante ao real e verdadeiro. • Todo tipo de representação se apega à alguma verdade. Como as obras de artistas. Matemática e geometria • Conclui que a matemática e geometria são ciências indubitáveis. Enquanto as outras estão em constante mudança. • “Quer eu esteja acordado quer esteja dormindo, dois mais três formarão sempre o número cinco e o quadrado nunca terá mais do que quatro lados”. Deus enganador • Supõe que o deus que o criou, o faz ter todas as ideias. • Mas que elas de fato não são reais • Que o engane o tempo todo. • Que o faça acreditar que um dois mais três são cinco. • Esse deus não quer decepcioná-lo então o engana. • Então conclui que não confia em nada do que sabe. Gênio maligno • A dúvida é universalizada. • Supões que existe é um gênio maligno que o engana, e não um Deus. • Que tudo que existe, tudo que ele vê e sente é enganação trazida por esse gênio maligno. • Essa meditação liberta o pensamento do senso comum. 2º meditação • Quer continuar duvidando até que encontre pelo menos uma coisa certa e indubitável. • Então supõe que tudo que conhece através dos sentidos é falso. Supõe que não possui um corpo. • Pensa na possibilidade de haver um deus que impõe a ele tais pensamentos. • Mas esse deus enganados não pode enganá-lo de que é. Pois se ele pensa, então é. • “Eu sou, eu existo”. • Para ter certeza disso, volta ao pensamento de suprimir tudo que seja duvidoso. • Quer saber o que é. Penso, logo existo. • Chega a sua primeira certeza universal e indubitável. • Conclui que é alguma coisa que pensa. • Duvida de todas as coisas do corpo. Só tem a certeza de que pensa, logo existe. • Toma o exemplo da cera. Possui cheiro, produz som ao bater, cor, tudo que os sentidos percebem. • Ao aquecê-la no fogo, todas essas características sensoriais modificam-se. • No entanto a mesma cera permanece. 1)René Descartes é considerado um dos pais da Filosofia Moderna. Afirmava que, para conhecermos a verdade, é preciso colocarmos todos os nossos conhecimentos em dúvida. Aplicando a dúvida metódica, chegou à célebre conclusão: A) Duvido, logo, conheço; b ) Penso, logo, existo; C) Penso, logo, conheço; D) Duvido, logo, existo; E) Penso, logo, sei. QUESTÃO 47 Leia atentamente o texto abaixo. A partir dessa intuição primeira (a existência do ser que pensa), que é indubitável, Descartes distingue os diversos tipos de idéias, percebendo que algumas são duvidosas e confusas e outras são claras e distintas. ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993. p. 104. A primeira idéia clara e distinta encontrada por Descartes no trajeto das meditações é A) a idéia do cogito (coisa pensante), pois na medida em que duvida, aquele que medita percebe que existe. B) a idéia de coisa extensa, porque tudo aquilo que possui extensão é imediatamente claro e distinto. C) a idéia de Deus, porque Deus é a primeira realidade a interromper o procedimento da dúvida, no qual se lança aquele que se propõe meditar. D) a idéia do gênio maligno, porque somente através dele Descartes consegue suprimir o processo da dúvida radical. 4)(UFU 1ª fase Janeiro de 2004) No escrito publicado postumamente, Regras para a orientação do espírito, Descartes fez o seguinte comentário: Mas, toda vez que dois homens formulam sobre a mesma coisa juízos contrários, é certo que um ou outro, pelo menos, esteja enganado. Nenhum dos dois parece mesmo ter ciência, pois, se as razões de um homem fossem certas e evidentes, ele as poderia expor ao outro de maneira que acabasse por lhe convencer o entendimento. DESCARTES, René. Regras para a orientação do espírito. Trad. de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 6-7. Para alcançar a verdade das coisas, isto é, o conhecimento certo e evidente, é necessário um método composto de regras muito simples que evitem os enganos e as opiniões prováveis. Segundo Descartes, somente duas ciências podem auxiliar na fundamentação do método apara a investigação da verdade, são elas: A) teologia e filosofia. B) mecânica e física. C) fisiologia e filologia. D) aritmética e geometria. • 3) Considere as seguintes proposições e, a seguir, assinale a alternativa correta: I. Para chegar à certeza do cogito ergo sum, Descartes não duvida de sua própria existência. II. Ao perceber, em dado momento, que tudo em que até então acreditara era falso, Descartes resolve assumir a dúvida como ponto de partida de seu método filosófico. III. Tendo como base a regra geral de que é verdadeiro tudo aquilo que é concebido com clareza e distinção, Descartes conclui que, para pensar, é preciso existir. IV. Segundo Descartes e seguindo o método cartesiano, quem duvida deve chegar à conclusão de que sua natureza consiste apenas em pensar. a) Apenas I e II são verdadeiras. B) Apenas I e IV são verdadeiras. c) Apenas II e III são verdadeiras. d) Apenas III e IV são verdadeiras. e) Apenas uma proposição é verdadeira.