Vamos compreender a História na linha do tempo... Idade Antiga Idade Idade Média Média Idade Idade Moderna Contemp Linha do Tempo 1. Antes da Idade Antiga, a Pré-História: antes dos registros escritos. 2. Idade Antiga: dos Grandes Impérios à queda Império Romano do Ocidente: ano 476 da Era Cristã 3. Idade Média: de 476 d.C à queda do Império Romano do Oriente: 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Turcos. 4. Idade Moderna: de 1453 à Revolução Francesa: 1789. 5. Idade Contemporânea: da Revolução Francesa aos nossos dias: 2007 Alguns filósofos pré-Socráticos: • • • • • • • • Tales de Mileto Anaximandro de Mileto Anaxímenes de Mileto Pitágoras de Samos Heráclito de Éfeso Parmênides de Eléia Zenão de Eléia e Protágoras de Abdera Tales de Mileto (640 - 548 a.C): A água como o princípio de todas as coisas Para Tales tudo deriva da água, do úmido. A água está presente em todos os seres. Daí ser ela a “arché”. Os primeiros filósofos pensavam que o principio de onde tudo deriva era, necessariamente, um princípio material. Eles buscavam uma explicação racional e sistemática sobre a origem do mundo. Queriam explicar a Natureza. Para os gregos não existe uma criação do mundo. Eles negam que o mundo tenha surgido do nada, como afirmam as religiões. Para os filósofos gregos “nada vem do nada e nada volta ao nada”. A natureza é eterna. Tudo nela se transforma. Anaximandro de Mileto (610 – 547a.C) : o “ápeiron” , ou o “ infinito”como princípio Anaximandro coloca o princípio de todas as coisas não mais em um princípio material. Apeiron significa o ILIMITADO, o INFINITO, algo sem limites e sem fronteiras. A Natureza, os céus, o mundo... Tudo procede do apeiron. O pensamento de Anaximandro foi um avanço em relação a Tales. Foi ele o primeiro a usar o termo “arché”, que em grego significa PRINCÍPIO, FUNDAMENTO, ORIGEM. Anaxímenes de Mileto (588 – 524 a.C): o “Ar” como princípio Anaxímenes faz um retrocesso e volta a apresentar a “arché” como algo material: o AR. O “Ar” para Anaxímenes é o princípio da vida. É algo mais do que uma simples substância natural. Todos os elementos derivam do ar, por transformação. Também o ar, como o infinito, não tem limites. Pitágoras de Samos (570 – 490 a. C) : os “Números” como princípio Pitágoras identificou a “arché” com o Número. Cada figura geométrica e, portanto, cada corpo existente, pode ser pensado como uma quantidade finita de elementos-base unitários: os Números. Tudo é Número e tudo pode ser quantificado em Número. Número, para Pitágoras, não é algo abstrato, mas real. Os Números são espaciais: triangulares, quadrados, etc. Observe a quantidade de ângulos em cada Número. Heráclito de Éfeso (540 – 470 a.C) : filósofo do devir, do dinamismo (fogo) Heráclito afirmava que o princípio de todas as coisas era o MOVIMENTO, o Devir. Tudo muda. Nada é estático. Nada permanece do mesmo jeito. Nossos sentidos vêem a permanência, mas nossa inteligência sabe que tudo é mudança. “Tudo muda”: Não podemos tomar banho duas vezes no mesmo rio. “Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa, tudo sempre passará A vida vem em ondas como o mar Num indo e vindo infinito” Como Uma Onda (Composição: Nelson Motta) Parmênides de Eléia (530 – 460 a.C) : O filósofo do “ser” Ensina o oposto de Heráclito: O Ser é estático. Nunca muda. Nossos olhos vêem mudanças, mas o que realmente acontece é que o Ser permanece sempre o mesmo. O Ser não se perde. Zenão de Eléia (504 a.C - ?) : Discípulo de Parmênides. Também diz Que o movimento é impossível. O movimento não é real. O paradoxo da Flecha e de Aquiles Para realizar um movimento é preciso completar a metade dele, depois a metade da metade e ir subdividindo, sucessivamente, sem jamais concluir. Aquiles jamais alcançará a tartaruga, porque antes fará a metade do percurso, depois a metade da metade, depois a metade da metade, ao infinito Aristóteles dirá que o espaço não está dividido infinitamente, mas é divisível infinitamente. Protágoras de Abdera (481 – 411 a.C): o homem como medida de todas as coisas Como todos os Sofistas, Protágoras sustentava a inexistência de uma verdade objetiva válida. Existem opiniões melhores ou piores, conforme a sua utilidade social. Toda verdade é verdade para um sujeito. Todas as sensações são subjetivas. Tudo é relativo, de acordo com os sujeitos. Por que, então, existe a tarefa de ensinar? Veremos, agora, alguns filósofos da Idade Antiga: Platão Sócrates Aristóteles Sócrates é considerado o Pai da Filosofia Grega. Acusado de “impiedade”, Sócrates foi condenado a beber cicuta (399 a.C) Sócrates nasceu em Atenas (470 a.C) e ali morreu (399 a.C) Seu pai era um escultor e sua mãe era parteira. Não escreveu nenhuma obra. Conhecemos Sócrates através de seus discípulos, sobretudo Platão. Conhece-te a ti mesmo (Oráculo de Delfos) A maiêutica como método para produzir a verdade (o parto da verdade). Platão (Aristocles: 427 – 348 a.C ): O verdadeiro mundo é o “Mundo das Idéias” Mundo Ideal – Mundo real Hiper-Urânio Mundo das aparências O esquema geral de Platão está presente no Mito da Caverna Aristóteles de Estagira (384–322 a.C) Não há nada na inteligência que não tenha passado pelos sentidos. Conhecemos as essências a partir do mundo sensível. Do sensível (singular, particular) se chega ao inteligível (universal). Tudo o que existe pode ser explicado a partir de quatro causas: 1. Causa material: aquilo de que uma essência é feita. 2. Causa formal: aquilo que explica a forma que uma essência possui. 3. Causa eficiente: explica como uma matéria recebeu uma forma para constituir uma essência. 4. Causa final: explica a razão, o motivo ou finalidade para algo existir. O Primeiro Motor Imóvel é a causa final de todos os seres naturais. Teorias aristotélicas: Ato e Potência: Estudante em Ato, Doutor em Potência. Matéria e Forma: Tudo se trans-forma Veremos, agora, alguns dos principais filósofos medievais Aurélio Agostinho (Santo Agostinho) Pedro Abelardo Santo Tomás de Aquino ... e Guilherme de Ockham Santo Agostinho (Aurélio Agostinho): 354 – 430 d.C Nasceu em Tagaste (hoje Tunísia, África). Professor de Retórica, Sacerdote, Bispo e Teólogo Católico. É considerado um dos Padres da Igreja, isto é, está entre aqueles que buscaram conciliar a fé cristã com a cultura greco-romana. Em seu famoso livro As confissões relata o itinerário do homem em busca de Deus. Com Agostinho começa o que podemos chamar de “filosofar na fé”: a razão a serviço da fé. Para ele “a fé não substitui nem elimina a inteligência. Pedro Abelardo: (1079 – 1142) É o filósofo mais prestigioso do século XII. Teve vida atormentada e inquieta. Viveu intensa relação amorosa com Heloisa. No final ambos entraram para o mosteiro. Ao morrer, Heloísa quis ser sepultada no mesmo túmulo do marido. “Sócrates da França, sumo Platão do Ocidente, moderno Aristóteles, êmulo ou maior dos dialéticos de todos os tempos; príncipe dos estudos, famoso no mundo; gênio multiforme, penetrante e agudo; tudo superava com o poder da razão e a arte da palavra – esse era Abelardo”. Eis as palavras que foram mandadas gravar em seu túmulo (Cemitério Pére Lachaise) Abelardo e Heloísa: Ver filme”Em nome de Deus” (Stealing Heaven) Alguns dos problemas tratados por Abelardo: Realismo – Nominalismo – Realismo moderado Para os Realistas os termos universais são coisas ou entidades metafísicas subsistentes. Para os Nominalistas, os universais não passam de nomes. Para o Realismo Moderado, de Abelardo, os universais são conceitos que brotam de um processo de abstração e gera a intelecção das coisas. Santo Tomás de Aquino (1227-1274) Sua obra mais conhecida é a Suma Teológica 1. Caminho da mutação: tudo aquilo que se move é movido por outro; Provas da existência de Deus: as cinco vias 2. Caminho da causalidade eficiente: tudo o que existe tem uma causa; impossível retroceder eternamente: Ens a Se, Ens ab alio. 3. Caminho da contingência: seres contingentes e... o ser necessário. 4. Caminho dos graus de perfeição: gradação de perfeição nos seres ... E o Ser Perfeito. 5. Caminho do finalismo: qual a finalidade, para onde se orientam os seres? Guilherme de Ockham :1280 - 1349 Os universais são nomes, não uma realidade, nem algo com fundamento na realidade. A Navalha de Occam Conceito bastante revolucionário, estabelece que "as entidades não devem ser multiplicadas além do necessário, a natureza é por si econômica e não se multiplica em vão". Filme “O nome da rosa” nos apresenta William de Baskerville, vivido por Sean Connery: trata, entre outras coisas, da “briga” entre o realismo dos tomistas (do Mosteiro) e o Nominalismo de W. de Baskerville. O livro homônimo, de Umberto Eco, termina com a frase (não traduzida): Stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus: “Permanece por seu nome a rosa que existia; não temos senão meros nomes”.