Trabalho de Filosofia do 4º Bimestre de 2012 Autores: Caio Henrique, Érika Domingues, Gabriel Zimmermann, Laiane Teixeira, Lucas Leite e Raphael Tancler. Nºs: 04, 12, 14, 18, 21 e 29. Série: 3ºE Professor: Gentil Leucipo de Abdera Empédocles de Agrigento 460 a.C. Zenão de Eléia 495 a.C. Heráclito de Éfeso 504 a.C. 540 a.C. Pitágoras de Samos 570 a.C. Anaximandro de Mileto 428 a.C. 610 a.C. 625 a.C. Árquitas de Tarento 428a.C. Filolau de Crotona 450 a.C. Anaxágoras de Clazômenas 470 a.C. Parmênides de Eléia 500 a.C. Xenófanes de Cólofon 530 a.C. Anaxímenes de Mileto 570 a.C. Tales de Mileto 585 a.C. 625 a.C. Linha do Tempo – Pensadores Pré-Socráticos Demócrito de Abdera Tales de Mileto Tales de Mileto foi filósofo, geômetra e o primeiro dos sete sábios da Grécia. Nasceu em Mileto, em 640 a.C. e faleceu em 546 a.C. Chama-se de Mileto, por ter residido nesta cidade durante muitos anos, mas a sua origem não é conhecida, nem os seus mestres e seus conhecimentos provem de suas viagens. . Certamente, aprendeu Geometria com os sacerdotes egípcios. Inicia-se a concepção geral do universo ( Metafísica cosmológica) e a explicação causal por meio dos fenômenos naturais. Supõe que a água é o primeiro princípio de todas as coisas. Em Astronomia predisse os eclipses e determinou a duração do ano. Em Geometria estabeleceu a demonstração lógica como a conhecemos atualmente, ao contrário do pensamento egípcio para o qual era uma ciência puramente empírica. Enunciou o teorema chamado de Tales, estabelecendo a semelhança dos triângulos, e acreditou, com ele a base de Pitágoras. Demonstrou além disso que todo o triângulo-inscrito num semicírculo é sempre um triângulo retângulo. Segundo parece, Tales de Mileto nada deixou escrito mas fundou a escola chamada Jônica a que pertenceram Anaximandro e Anaxímenes. Anaximandro de Mileto Filósofo e astrônomo grego, Anaximandro nasceu em 610 a. C., em Mileto, onde também teria morrido, em 547 a. C. Sabe-se que era discípulo de Tales, e o historiador Apolodoro de Atenas refere-se a ele, vivo, em 546 a. C.. São-lhe atribuídas a descoberta da obliquidade da eclíptica, a introdução do quadrante solar e a invenção de mapas geográficos. Mileto foi uma importante cidade da Ásia Menor, no sul da Jônia, fragilizada pelos conflitos de ordem política. Mileto teria conhecido uma nova fase de progresso durante o período imperial de Roma. Segundo Anaximandro, o princípio, ou elemento primordial, era o "ápeiron", infinito ou indeterminado, a matéria eterna e indestrutível, da qual provêm todos os seres finitos e determinados, e na qual os contrários - como o quente e o frio, o seco e o úmido -, em luta uns com os outros, são finalmente reabsorvidos. Anaximandro também tratou da origem dos seres vivos, que teriam vindo do barro e formariam sequência desde o mais simples até o homem, surgido de um ser pisciforme. A Anaximandro se atribui a medição dos solstícios e dos equinócios, trabalhos para determinar a distância e o tamanho das estrelas - e a afirmação de que a Terra é cilíndrica e ocupa o centro do Universo. Anaxímenes de Mileto Anaxímenes de Mileto (cerca de 528a.C. a 585 a.C ) foi discípulo e continuador de Anaximandro. Escreveu sua obra, Sobre a Natureza, também em prosa. - Dedicou-se especialmente à meteorologia. Foi o primeiro a afirmar que a Lua recebe sua luz do Sol. - Os antigos consideravam Anaxímenes a figura principal da escola de Mileto. Conserva de seu mestre Anaximandro a ideia de que o princípio do universo é indeterminado: este princípio, como o afirmara Tales, é observável. Para Anaxímenes, tudo provém do ar e retorna ao ar. Para ele a Physis (arché) é o ar infinito, infinito em grandeza, em quantidade, mas qualitativamente determinado. Toda a realidade na sua totalidade deriva, segundo ele, desse princípio único, primeiro e a multiplicidade e a mudança atestadas pelos sentidos são meras manifestações diferenciadas do ar. Pitágoras de Samos Pitágoras nasceu na Ilha de Samos (em 540 A.C), porém passou a maior parte de sua vida em Crotona, Itália. Pitágoras em sua juventude viajou por vários lugares, como Egito onde, segundo ele, tinha recebido informações sobre os mistérios dos sacerdotes, além de percorrer até a Pérsia e Índia. Em Crotona, Pitágoras demonstrou suas qualidades espetaculares e logo atraiu um grande número de pessoas que passaram a ser seus discípulos, criando uma sociedade que buscava de forma efetiva a sabedoria, e eram exigidas as práticas de atitudes de pureza e simplicidade. Pitágoras, em sua plena sabedoria e conhecimento, acreditava que os números tinham uma função fundamental na criação e surgimento de tudo, e determinante na constituição do universo, a partir da análise de alguns números ele traçava relações a cerca dos mistérios inseridos na complexidade das explicações do sistema do mundo. Xenófanes de Cólofon Xenófanes de Cólofon (570 a.C. — 460 a.C.) foi um filósofo grego, nascido na cidade deCólofon, na Jónia . Cedo deixou sua cidade para levar vida errante na qualidade de rapsodo. Acredita-se que tenha passado algum tempo na Sicília e também em Eléia. A sua concepção filosófica destaca-se pelo combate ao antropomorfismo, afirmando que se os animais tivessem o dom da pintura, representariam os seus deuses em forma de animais, ou seja, à sua própria imagem. Xenófanes é considerado pela maioria como sendo mais um reformador religioso do que um filosófo. Diferentemente de Anaximandro, que criou o conceito do apeiron (ilimitado, indefinido), mas buscava na natureza intrínseca da matéria a causa para todas as transformações, Xenófanes dizia que o ser absoluto, essência de todas as coisas, era o Um. E de acordo com Teofrasto, uma das fórmulas contidas nos ensinamentos de Xenófanes era: “Tudo é o Um e o Um é Deus”. Heráclito de Éfeso Heráclito de Éfeso (540 a.C. - 470 a.C), como o próprio nome indica, nasceu na cidade de Éfeso, mereceu lugar de destaque sendo considerado um dos filósofos mais fascinantes, apesar de suas idéias meio confusas, por isso recebeu o apelido de “O Obscuro”. Esse cientista transmitia seus ensinamentos em forma de jogos de palavras e charadas que levavam as pessoas a pensar, refletir. Em razão da forma de expor suas idéias, Heráclito vem provocando debates acirrados há mais de vinte séculos. Os gregos e romanos já discutiam sobre ele, e mais tarde foi tema de debates entre cristãos e muçulmanos. Já na filosofia moderna e contemporânea sempre ressurge assuntos ligados a esse cientista. O filósofo possuía um caráter altivo e melancólico, recusou-se a intervir na política, manifestou desprezo pelos antigos poetas, era contra os filósofos de sua época e até contra a religião. Parmênides de Eléia Parmênides é considerado o fundador da escola de pensamento de Eléia, colônia grega que ficava no litoral da região da Campânia, no sul da Itália. Para alguns estudiosos, ele teria sido discípulo do pitagórico Amínia. Outros (entre os quais Platão e Aristóteles) consideram-no um seguidor do pensamento de Xenófanes. Ele foi admirado por seus contemporâneos por ter levado uma vida regrada e exemplar. Pouco se conhece sobre sua vida. Sabe-se que ele esteve em Atenas, no ano em que completou 65 anos (por volta da metade do século 5 a.C.), e ali conheceu e se tornou amigo do jovem Sócrates. Parmênides foi o mais influente dos filósofos que precederam Platão. Em sua doutrina se destacam o monismo e o imobilismo. Ele propôs que tudo o que existe é eterno, imutável, indestrutível, indivisível e, portanto, imóvel. Parmênides considera que o pensamento humano pode atingir o conhecimento genuíno e a compreensão. Essa percepção do domínio do "ser" corresponde às coisas que são percebidas pela mente. O que é percebido pelas sensações, por outro lado, é, segundo ele, enganoso e falso, e pertence ao domínio do não-ser. Trata-se de uma oposição direta ao mobilismo defendido por Heráclito de Éfeso, para quem "tudo passa, nada permanece". Seu pensamento influenciou a chamada "teoria das formas", de Platão. Zenão de Eléia Zenão floresceu cerca de 464/461 a.C. Nasceu em Eléia (Itália). Ao contrário de Heráclito, interveio na política, dando leis à sua pátria. Tendo conspirado contra a tirania e o tirano, acabou preso, torturado e, por não revelar o nome dos comparsas, perdeu a vida. Considerado criador da dialética (entendida como argumentação combativa ou erística), Zenão erigiu-se em defensor de seu mestre, Parmênides, contra as críticas dos adversários, principalmente os pitagóricos. Defendeu o ser uno, contínuo e indivisível de Parmênides contra o ser múltiplo, descontínuo e divisível dos pitagóricos. A característica de Zenão é a dialética. Ele é o mestre da Escola Eleática; nela seu puro pensamento torna-se o movimento do conceito em si mesmo, a alma pura da ciência - é o iniciador da dialética. Pois até agora só vimos nos eleatas a proposição: "O nada não possui realidade, não é, e aquilo que é surgir e desaparecer cai fora". Em Zenão, pelo contrário, também descobrimos tal afirmar e sobressumir daquilo que o contradiz, mas não o vemos, ao mesmo tempo, começar com esta afirmação; é a razão que realiza o começo - ela aponta, tranqüila em si mesma, naquilo que é afirmado como sendo sua destruição. Parmênides afirmou: "O universo é imutável, pois na mudança seria posto o não-ser daquilo que é; mas somente é ser, no 'não-ser é' se contradizem sujeito e predicado". Zenão, pelo contrário, diz: "Afirmai vossa mudança: nela enquanto mudança, é o nada para ela, ou ela não é nada". Nisto consistia o movimento determinado, pleno para aquela mudança; Zenão falou e voltou-se contra o movimento como tal ou puro movimento. Anaxágoras de Clazômenas Anaxágoras de Clazômenas foi um filósofo grego pré-socrático. Nasceu em 500 a.C, em Clazômene; e faleceu em 428 a.C, em Lâmpsaco, ambas as cidades eram situadas na atual Turquia. Por razões desconhecidas, mudou-se para Atenas, foi mestre de Péricles, Tucídides, Eurípedes, Demócrito e Sócrates. Foi mestre em Atenas durante trinta anos, quando teve que se retirar da cidade, após defender a ideia que o Sol era uma massa de ferro e, a Lua, uma rocha que refletia a luz solar. Chegou a lançar as primeiras opiniões sobre o eclipse solar. Se refigiou em Jônia e Lâmpsaco, onde faleceu de fome. Defendia a ideia de que tudo está em tudo, e que a vida ocorre através de transformações permanentes. Para ele, cada coisa ou substância possui uma partícula das demais, o que Anaxágoras chamava de “homeomerias”. Defendia uma ideia dualista, acreditava na existência dos elementos físicos e do espírito, no qual ele chamava de “nous” (espírito ou inteligência) capaz de ordenar todas as coisas da vida. Segundo Platão, o “nous” é o ordenar e a causa de todas as substâncias, suas causas estariam na inteligência. Empédocles de Agrigento Empédocles foi um filósofo, médico, legislador, professor, místico além de profeta, foi defensor da democracia e sustentava a idéia de que o mundo seria constituído por quatro princípios: água, ar, fogo e terra. Filósofo grego présocrático, Empédocles propôs uma explicação geral do mundo, considerando todas as coisas como resultantes da fusão dos quatro princípios eternos e indestrutíveis: terra, fogo, ar e água. Tudo seria uma determinada mistura desses quatro elementos, em maior ou menor grau, e seriam o que de imutável e indestrutível existiria no mundo. Segundo Aristóteles, fundou a oratória. Foi também fundador da primeira teoria biológica. Sua doutrina pode ser vista como uma primeira síntese filosófica. Para Empédocles, duas forças fundamentais responsáveis pela manutenção do universo: O AMOR que unia os elementos (raízes) e o ÓDIO que os separava. A morte para ele era simplesmente a desagregação dos elementos. Segundo ele, todos nós fazíamos parte do todo que se renovava em ciclos; reunindo-se (nascimento) e separando-se (morte). Filolau de Crotona Filolau de Crotona foi um filósofo pré-socrático pitagórico. Tradicionalmente se aceita que este filósofo tenha escrito um livro em que expunha a doutrina pitagórica (que era secreta e reservada apenas aos discípulos). Os fragmentos do livro conservam os mais antigos relatos sobre o pitagorismo e influenciaram fortemente Platão que, segundo a tradição, teria mandado comprar o referido livro, pagando por ele uma razoável quantia. Pelo que se sabe, Filolau foi o primeiro pensador a atribuir movimento à Terra. Ele propôs um sistema no qual a Terra girava em torno de um fogo central, que não era o Sol e que não podia ser visto porque ficava sempre do lado oposto ao lado habitado da Terra. O fogo era considerado pelos pitagóricos o elemento mais puro. Entre o fogo central e a Terra existia um outro planeta, invisível, que Filolau chamou de antiterra. Os nove corpos celestes (Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Lua, Marte, Júpiter, Saturno e Urano eram os corpos celestes conhecidos na época) e a antiterra como décimo corpo celeste se moviam em órbitas circulares em torno do fogo central. A visão comum de que os pitagóricos afirmavam a importância da matemática no conhecimento está presente no fragmento de Filolau: E todas as coisas que podemos conhecer contêm número, pois sem ele nada pode ser concebido nem conhecido. Demócrito de Abdera Filósofo, historiador e cientista atomista grego nascido em Abdera, na Trácia, nas costas do Mediterrâneo, considerado o principal representante da escola atomista, que defendia uma explicação totalmente material e mecanicista do mundo, bem como um dos maiores expoentes de todo o quadro de homens sábios da antiguidade grega, rivalizando com Platão, ao qual superou em conhecimentos sobre a natureza. Rico, viajou muito, dispendendo sua fortuna em viagens de estudos, na Grécia, Ásia e Egito, conquistando um vasto saber. Foi discípulo e sucessor de Leucipo de Mileto na direção da escola de Abdera e incansável autor de textos científicos, conheceu Anaxágoras, a quem contrariou em alguns aspectos. Tinha uma visão extremamente materialista e, juntamente com Leucipo e Epicuro (criador do epicurismo), defendia o atomismo geométrico, doutrina que sustentava ser a matéria formada de átomos rígidos infinitamente pequenos e variados de tamanho e forma, que se agrupam em combinações casuais e por processos mecânicos. Para explicar as mudanças da natureza, Heráclito havia afirmado que tudo é movimento, enquanto Parmênides dizia que o ser é uno e imutável e que o movimento é ilusão. Tentando resolver esse dilema, considerou que toda a realidade se compunha de dois únicos elementos: o vácuo ou não-ser e os átomos indivisíveis(os arké). Leucipo de Abdera Leucipo de Mileto (nascido em 500 a C.) e seu discípulo Demócrito de Abdera (460 a.C.) são geralmente apresentados juntos porque seus pensamentos constituem uma única doutrina reunida em vários textos conhecidos como a obra da escola de Abdera. Essa obra refere-se ao que chamamos de atomismo. O átomo (do grego a-tomos, o não divisível, não mais cortável) é para esses filósofos o elemento primordial da Natureza. São indivisíveis, maciços, indestrutíveis, eternos e invisíveis, podendo ser concebidos somente pelo pensamento, nunca percebidos pelos sentidos. A phýsis (natureza) é composta por um número ilimitado de átomos. Os átomos podem existir de formas variadas e habitam uma outra forma de infinitude: o vazio. Neste, os átomos se agregam, se desagregam, se deslocam, formando os seres que percebemos pelos sentidos (movimento). Árquitas de Tarento Arquitas de Tarento nasceu no ano de 428 a.C em Tarento, cidade colonial grega no sul da Itália, e morreu no ano de 365 a.C. Foi matemático, astrônomo, músico e político grego. Legítimo representante da escola pitagórica e de caráter platônico, foi um dos responsáveis por mudanças fundamentais na matemática do quinto século antes de Cristo. Acreditava que o número era o que havia de mais importante na vida e na matemática, mas previu um futuro onde a geometria se destacaria. Na política sempre foi reeleito. Adorava crianças, para as quais costumava inventar brinquedos, como a invenção do primeiro brinquedo voador: a pomba (400 a. C.). Escreveu sobre as utilizações das médias aritméticas e geométricas, sobre métodos interativos para determinação de raízes quadradas e, também, sobre geometria analítica e introduziu o estudo da média harmônica na música. Com relação à música escreveu Harmonia, da qual conhecemos alguns fragmentos, e sempre a achou mais importante que a literatura no ensino das crianças, dentro de um núcleo educacional denominado de quadrivium, formado pelas aritmética, geometria, música e astronomia. Suas idéias contribuiram para que a Matemática se tornasse matéria básica na educação atual.