5Ws, 2Hs da Qualidade POR CARLOS REIS 1 Histórico: Idade Antiga Khammu-rabi, rei da Babilônia, criou 282 cláusulas que ficaram conhecidas como Código de Hamurabi - (2150 a.C.). A codificação propunha-se a implantação da justiça na terra, a prevenção da opressão do fraco pelo forte e propiciar o bem estar do povo. Dentre as cláusulas, selecionamos a descrita abaixo: “Se um construtor ergue uma casa para alguém e seu trabalho não for sólido e a casa desabar e matar o morador, o construtor será imolado”. Pena de morte para quem cometesse algum erro. 2 Fenícios Os Inspetores amputavam a mão do fabricante do produto defeituoso e que não estivesse dentro das especificações governamentais. Obs: As especificações eram mandatárias e tinham que ser seguidas sem erros. 3 Idade Medieval O controle da qualidade estava nas mãos dos artesões que participava de todo o processo produtivo, desde a escolha da madeira até a entrega do material. Seus produtos eram sob encomenda. 4 Idade Moderna: A responsabilidade sobre o controle da Qualidade dos produtos passa para o departamento de fabricação. Ao final do séc. XIX o Engenheiro americano Frederick Taylor, criou a Administração Científica que consistia em se trabalhar produzindo mais em menos tempo ... Como conseqüência houve um aumento da produção. 5 ERA DA INSPEÇÃO DA QUALIDADE Adam Smith, Marx, Taylor, Ford e Chaplin evitando os defeitos atender a demanda inspeção final 6 Inspeção da Qualidade A prioridade do gerente era cumprir prazos. Ele perderia seu emprego caso não atendesse aos programas de produção, ao passo que seria apenas repreendido se a qualidade estivesse ruim. Ao perceber que a Qualidade sofria com esse sistema, criou uma função separadora denominada de Inspeção. 7 O que é qualidade? ..\Texto de apoio\amor.doc 8 DEFINIÇÃO: QUALIDADE É NÃO TER DEFEITOS. (CROSBY) 9 PRODUTO X NECESSIDADE MANUAL PRODUTO NECESSIDADE 10 PROBLEMA: AS PESSOAS ERRAM! ( NASA) A inspeção é cara e tardia (ROLLIS ROYCE) 11 ERA DO CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE Shewhadt, Deming, Juran. controle do processo lucro técnicas estatísticas 12 Controle Estatístico da Qualidade - SQC O Controle Estatístico da Qualidade foi desenvolvido pelo matemático Walter Shewhart em 1924. Com a II Guerra Mundial surge a necessidade de se produzir em larga escala e com Qualidade. A partir daí são estabelecidas às primeiras Normas para Inspeção por amostragem, com a utilização do SQC. 13 DEFINIÇÃO: QUALIDADE É FAZER O MELHOR POSSÍVEL. (Feigenbaum) ADEQUAÇÃO AO USO (Juran) 14 PRODUTO X NECESSIDADE PRODUT O MANUALM ANUAL NECESSIDADE PRODUTO 15 PROBLEMA: A EFICIÊNCIA NÃO GARANTE A EFICÁCIA! (TELEMAR OU PINGUIN DE GELADEIRA). Telemar.jpg 16 “O trabalho seria ótimo se não fosse por esses malditos clientes.” (Jeff Anderson, O balconista, 1994) 17 ERA DO CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE Deming, Ishikawa, Teboul. atender as necessidades dos clientes a eficiência não garante a eficácia pesquisa de mercado 18 Idade Contemporânea Em 1950, W. Edward Deming, ministra palestra para líderes industriais do Japão. Os ensinamentos de Deming fortalecem tremendamente a Qualidade, a produtividade e a competitividade dos produtos japoneses. 19 Controle Total da Qualidade – TQC Em 1951 foi publicado o livro Total Quality Control de Arnaud Feigenbaum. Até este ponto, os esforços para Qualidade eram direcionados para a correção e não para prevenção. O controle da qualidade passa a ser feito ao longo do processo e não mais no produto final. 20 Garantia da Qualidade Enquanto o SQC preocupa-se com o controle, a Garantia preocupa-se com a construção da qualidade, desde a concepção de cada projeto; Visa criar total confiança no processo de produção. Todos os departamentos passam a estarem envolvidos com a qualidade; A orientação para a tarefa é substituída por um modelo sistêmico. 21 DEFINIÇÃO: QUALIDADE É ATENDER AS NECESSIDADES DOS CLIENTES. (TEBOUL) 22 PRODUTO X NECESSIDADE M MANUALMAN MANUAL MANUAL UAL P PRODUTO RODUTO NECESSIDADE 23 PROBLEMA: O cliente sabe o que quer? (Marins ou Sony) 24 Vocês já ouviram a expressão “o freguês tem sempre razão?” Então, cá estou eu ... O freguês. (Michel Douglas. Um dia de fúria, 1993) 25 ERA DA GESTÃO DA QUALIDADE Deming, Garbo ir além das necessidades o cliente não sabe o que quer treinamento 26 DEFINIÇÃO: QUALIDADE É SUPERAR AS EXPECTATIVAS DOS CLIENTES. (GARBO) 27 PRODUTO X NECESSIDADE MANUAL MANUAL M PRO PRODUTO DUTO NECESSIDADE 28 Gestão da Qualidade Total - TQM. A industria de serviços vem evoluindo, a passos largos, nos últimos anos. Por isso deve existir na organização, uma gestão dos serviços orientada para atender e superar as expectativas do Cliente. Enfim o termo Controle vai sendo gradativamente substituído por Gestão. 29 QUALIDADE É ENCANTAR OS CLIENTES. (Stew Leonard ou em casa). 30 “A principal vantagem competitiva entre as organizações nesse início de século está sendo e será cada vez mais a Gestão”. Antonio Tadeu Pagliuso – (Superintendente – geral da FNQ) 31 POR QUE? NESSE MILÊNIO SÓ EXISTIRÃO DOIS TIPOS DE EMPRESAS: AS QUE INVESTIRAM EM QUALIDADE, E AS QUE DESAPARECERÃO (PORTER); QUALIDADE AUMENTA A PRODUTIVIDADE POR DOIS MOTIVOS BÁSICOS: MENOS DESPERDÍCIO E MENOS RETRABALHO. (DEMING); 32 COMO? Ferramentas da qualidade; Uma sábia receita; Contratar uma consultoria; Participar de prêmios da qualidade. 33 QUANTO CUSTA ? É CARO (ISO X IME) MAIS CARO É NÃO TER QUALIDADE! (A INSPEÇÃO É TARDIA). 34 Os custos da Qualidade (Crosby) Em geral, os custos de qualidade representam 15 a 20% de cada unidade monetária de venda ! Após um programa de gestão da qualidade bem conduzido, os custos devem baixar até 2,5% ! 35 36 37 INVESTIR NAS PESSOAS Levei minha mãe para tomar vacina. Por se tratar de uma senhora de 96 anos tem dificuldades para se locomover. Deixei-a no carro e fui na frente para preencher a ficha. Ao relatar a dificuldade que minha mãe tem para andar, pasmem! A enfermeira, por iniciativa própria, se ofereceu a vaciná-la no carro. Se eu contar, ninguém acredita! Carta.jpg 38 39 QUANDO? EM TIME QUE ESTÁ GANHANDO NÃO SE MEXE! 40 KAISEN SE TEM QUALIDADE, É OBSOLETO! 41 QUEM? Qualidade começa de cima para baixo. (Deming e IME) 42 QUALIDADE TOTAL A QUALIDADE NÃO É TOTAL SEM VOCÊS! (Departamento de qualidade = departamento de ética). Ex. COMLURB 43 Círculo de qualidade Pequeno grupo instituído para executar as atividades de controle de qualidade de maneira voluntária no local de trabalho. Esse grupo integra as atividades de controle de qualidade em toda a empresa. 2ª G.M. – TQC – Trabalho em equipe. 44 Em seu livro “Qualidade: a Revolução da Administração”, Deming propõe os chamados 14 pontos, de forma a alcançar a qualidade total (Deming, 1990). Ficou também conhecido pela aplicação da PDCA (Ciclo Deming) no Japão. 45 Em 1954, J. M. Juran foi ao Japão participar de seminários com a finalidade de atingir os administradores de nível central e intermediário. Com isso, o controle de qualidade deixou de ser visto apenas como um instrumento estatístico voltado para os engenheiros na linha de produção e passou a ser encarado como ferramenta de administração, levando ao estabelecimento do "controle de qualidade total". JURAN 46 Os componentes da trilogia de Juran 47 CROSBY Traz o conceito de "defeito zero". Sua maior contribuição foi a quantificação da qualidade em termos financeiros, levando os gerentes a entender que atingir a qualidade é mais barato do que não atingila. 48 Garantir ZERO • Aeroporto de Lisboa (aterrissam DEFEITOS 12 aviões/hora): – Fazer bem à primeira – Prevenção em vez de inspeção – 1% de defeitos ! É bom ? – Será aceitável ocorrerem 57 acidentes/mês? • Autoeuropa (300 veículos/dia): – Será aceitável serem rejeitados 90 veículos/mês? • Unicer (80 000 garrafas cerveja/hora) – Será aceitável serem rejeitadas 12 800 por dia? • Só é aceitável 0 DEFEITO ? – SIM (como filosofia de gestão) 49 ISHIKAWA Químico japonês responsável pela criação de importantes instrumentos de auxílio ao monitoramento dos processos de controle de qualidade: os círculos de controle de qualidade e as 7 ferramentas da qualidade. 50 AONDE? “NÃO BASTA SABER, TEM QUE APLICAR. NÃO BASTA QUERER, TEM QUE AGIR.” (Gëht, poeta e escritor alemão). 51