Universidades corporativa no Brasil - 01
A empresa na sala de aula
Um dos grandes desafios do empresariado é manter
os funcionários em constante processo de
aprendizagem. Para atingir esse objetivo, as boas
companhias pagam a faculdade do empregado,
reembolsam despesas com as aulas de inglês,
financiam viagens culturais ao exterior e muitas vezes
chamam especialistas para dar palestras.
A última novidade nesse campo são as universidades
corporativas.
Universidade corporativa no Brasil -02
Há mais de 2.000 delas em atividade nos Estados
Unidos. No Brasil, já existem muitas iniciativas
semelhantes. Como isso funciona? É bom esclarecer
que o nome "universidade" é uma licença poética. Elas
não são reconhecidas pelo Ministério da Educação
como estabelecimentos de ensino superior(2011). Mas
não é essa a preocupação das empresas.
Para as empresas, o fundamental é garantir ao
funcionário uma estrutura de ensino permanente, na
qual ele adquira conhecimentos e informações que
serão utilizadas no dia-a-dia da companhia.
Universidade corporativa no Brasil -03
As aulas podem ser ministradas em uma estrutura
física com professor, slides ou quadro-negro, mas
também podem ser ministradas pela internet ou por
redes internas. Algumas empresas cobram a
presença dos funcionários, outras apenas delegam
exercícios e depois os corrigem. Em geral, os cursos
fornecem diploma de participação e o principal: Ao
oportunidade de promoção para o empregado.
Dentro desse sistema são oferecidas oportunidades
de aprimoramento. Há desde aulas de inglês até
cursos com master in business administration, MBA.
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A primeira universidade corporativa foi criada pela
General Electric na década de 70. O grande impulso
dessa revolução aconteceu nos anos 90, com o
surgimento das empresas ligadas à nova economia.
As previsões dos especialistas apontam que, num
prazo de dez anos, haverá mais universidades
corporativas nos Estados Unidos do que os seus
cerca de 3.000 institutos de ensino superior. Os
analistas afirmam que esse é um indício de que, no
futuro, as empresas americanas serão as maiores
responsáveis pela educação de pós-graduação e
especialização naquele país.
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As empresas sabem que profissional bem treinado é
sinônimo de lucro. E esse melhor treinamento passa,
por uma sólida formação educacional", diz o consultor
César Souza, que dá palestras sobre o tema nos
Estados Unidos. O Brasil, mantêm universidades
corporativas gigantes como Telemar, Brahma,
BankBoston, McDonald's e Grupo Algar. A expectativa
é de que vinte novas estruturas desse tipo apareçam a
cada ano no país. "O objetivo é descobrir
competências internas, padronizar nossas melhores
práticas e valorizar o pessoal", diz Renata Moura,
diretora de recursos humanos da Telemar.
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A Boston School, fundada pelo BankBoston há um ano,
tem um MBA interno para uma turma de 26 alunos.
Para ser admitido, o "aluno" passa por um processo de
seleção rigoroso. O MBA conta com um seleto time de
consultores, professores universitários brasileiros e
seminários conduzidos por docentes de universidades
americanas. Além disso, o curso incluirá temporadas no
exterior. A Boston School possui uma sede com salas
de aula, laboratórios de informática, catorze terminais
multimídia, biblioteca e custou 3 milhões de dólares.
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Até o final do ano passado 6.500 treinamentos já
haviam sido dados aos 4.000 funcionários do banco.
Há cursos para os mais variados níveis hierárquicos,
do office-boy ao diretor, e até para familiares e
clientes. "Seguindo” altos padrões porque estão em
busca de reconhecimento internacional para o seu
MBA", afirma Marcelo Santos, vice-presidente de
recursos humanos do BankBoston.
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Para isso, conta não apenas com professores e
consultores externos mas também com seus
funcionários mais experientes, pois a aprendizagem
não pode estar desvinculada do dia-a-dia do
empregado. Os problemas reais da empresa e a
criação de soluções devem ser debatidos dentro da
sala de aula e seus resultados aplicados em
projetos. Com isso, o objetivo do treinamento deixa
de ser despejar qualificações sobre o funcionário e
passa a ser estimular continuamente o desempenho
no trabalho e a capacidade de solucionar problemas.
Fonte: Veja
Universidade Corporativa no Brasil - 09
ser despejar qualificações sobre o
funcionário e passa a ser estimular
continuamente o desempenho no trabalho
e a capacidade de solucionar problemas.
Universidade Corporativa em 2012 - 10
Um dos obstáculos que as empresas devem encontrar
é a certificação do Ministério da Educação. O MEC
publicou regras em 2011 que restringiam a oferta de
cursos de pós-graduação lato sensu (curta duração).
Sendo assim, instituições não educacionais – como
sindicatos, ONGs (Organizações não
governamentais), conselhos de classe, universidades
corporativas e hospitais –, que antes eram autorizadas
a oferecer especialização, não receberiam mais o
reconhecimento do ministério.
Universidades corporativas crescem 2.400% em dez anos no
Brasil. Veja 2012.
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Educação corporativa no Brasil