UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM O TREINAMENTO E O DESENVOLVIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES. Por: Cristiane da Silva Magalhães Orientador Prof. Dr. Jorge Vieira Rio de Janeiro 2011 2 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por me conceder Serenidade, Coragem e sabedoria para concluir este curso sem esmorecer pelas dificuldades que a vida nos deixa pelo caminho. Aos meus colegas da classe pela boa relação pessoal que criamos no decorrer do ano, pelas amizades que conquistei, através do companheirismo, do respeito e pela dedicação de cada um, e que espero que nunca se perca. Aos professores da Instituição que sempre dedicados fazem do curso uma proposta de contribuição para o crescimento profissional e pessoal de cada aluno. Enfim agradeço a mim mesma por eu ter acreditado no meu potencial e na minha garra de viver, e de encarar a vida. 3 DEDICATÓRIA Dedico esta Monografia a minha mãe que sempre me apoiou, acreditou em meu potencial, e me motivou com suas palavras e com seu carinho e ao meu filho Guilherme, que tem sido meu grande companheiro nos últimos 15 anos. 4 RESUMO Atualmente a aprendizagem no trabalho vem sendo cada vez mais relevante, fato que leva ao investimento do treinamento e o desenvolvimento das pessoas dentro de uma organização. A gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem sofrido mudanças e transformações nestes últimos anos. O Treinamento é um agente de mudanças abrangendo aspectos relacionados ao ser humano como sua capacitação, suas aspirações e motivações, sua adaptação no meio de trabalho, porém, sempre voltado as necessidades e objetivos da empresa. Torna-se evidente, portanto, a ligação entre Treinamento, como processo educacional e o aumento de eficácia da empresa, o saber fazer transformando em resultados. Inicialmente, é necessário que se conheçam as necessidades da organização e das pessoas que nela se encontram. É preciso saber o que se quer “ensinar” e para quem. A partir de então, desenvolve-se a parte fundamental do treinamento que é o levantamento de suas necessidades. O planejamento do Treinamento: qual o tipo, que técnicas usar, onde e quando. Para qualquer empresa é de vital importância conhecer o potencial dos seus empregados para poder formá-los e para reter os melhores talentos. O capital humano é o principal elemento para a empresa adaptar-se a um ambiente de complexidade crescente. No entanto, a formação e o desenvolvimento das pessoas dentro da organização não podem ser levados a cabo somente pelo Departamento de 5 Recursos Humanos. Esta atuação requer, acima de tudo, a participação ativa de todos os executivos. O Desenvolvimento das pessoas está mais relacionado com a educação e orientação para o futuro do que o Treinamento. O Desenvolvimento está mais focalizado no crescimento pessoal o que os empregados e visa à carreira futura e não apenas o cargo atual. Daí surgiu a avaliação de desempenho que consiste rever a atividade produtiva para avaliar a contribuição que os indivíduos fizeram para o alcance dos objetivos do sistema administrativo e a necessidade de investir em treinamento, remuneração e mudanças no ambiente de trabalho. Enfim, o Treinamento e o Desenvolvimento de pessoas é importante para a empresa que passa a possuir mão – de – obra mais especializada, muitos “lideres” acreditam que uma boa remuneração é o suficiente para que sua equipe tenha um bom desempenho e esquecem de avaliá-los continuamente, não sabem o quanto é importante ter uma equipe comprometida e motivada e como é gratificante para o trabalhador que se sente valorizado e capacitado, desenvolvendo-se junto com a organização. 6 METODOLOGIA Esta é uma pesquisa explicativa e descritiva, envolvendo pesquisa bibliográfica através de livros e revistas específicas para melhor compreensão do tema escolhido, uma vez que pretende descrever e explicar o tema Treinamento como forma de melhoria contínua para a empresa, e que sirva de auxílio, mesmo que, indiretamente para aqueles que desejam trabalhar com Treinamento. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 10 CAPÍTULO I - TREINAMENTO 11 CAPÍTULO II - UNIVERSIDADES CORPORATIVAS 17 CAPÍTULO III – A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO 19 CONCLUSÃO 26 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 28 ÍNDICE 30 8 INTRODUÇÃO O objetivo da Monografia é investigar o papel do Treinamento numa Organização, Partindo do pressuposto de que este exerce a função de educador em busca de um caminho mais eficaz para excelência da empresa. A organização deve ser vista como um conjunto de partes em constante interação, constituindo-se num todo orientado para determinar fins, em permanente relação de interdependências com o ambiente externo. A adoção do enfoque sistêmico, que vê a instituição como um macro-sistema aberto interagindo como um meio ambiente pode ser entendido como um processo que procura converter recursos em produtos, em consonância com seu modelo de gestão, sua missão, suas crenças e valores corporativos. O estudo deste tema é importante diante do advento da globalização, bem como das constantes e aceleradas transformações tecnológicas que têm provocado importantes alterações nas estruturas organizacionais modernas. A atuação das instituições constituídas em bases rígidas, a fragmentação, a rotina e a extrema hierarquia, marcas do taylorismo, cederam lugar a uma atuação fortemente baseada no capital humano, no investimento organizacional para o aprimoramento e satisfação no trabalho e no processo de aprendizagem dos profissionais. O acirramento da competição de mercado, a busca constante pela qualidade dos produtos e serviços e o uso de tecnologias cada dia mais avançadas promovem, no ambiente organizacional, a demanda de um novo paradigma fundamentado na flexibilização e no impulso pelo contínuo desenvolvimento de seus talentos humanos. No cenário em que as organizações modernas atuam, o Treinamento pode ser um forte instrumento capaz de investir no desenvolvimento do 9 profissional que as empresas necessitam para que estas alcancem seus objetivos, visto que as pessoas estão constituindo o principal patrimônio das organizações. Para serem bem-sucedidas, precisam de pessoas espertas, ágeis, empreendedoras e dispostas a assumirem riscos. São as pessoas que conduzem os negócios, produzem os produtos e prestam serviços de forma excepcional. Para conseguir isto, é imprescindível o treinamento e o desenvolvimento dos funcionários. A escolha deste tema se deve à atual realidade nas organizações, em que algumas empresas ainda incentivam a competitividade e o talento individual, enquanto outras sofrem mudanças para obter um diferencial em busca de resultados positivos, investindo em seus profissionais, através não só da interação e do relacionamento que o Treinamento promove como também parceria e o companheirismo, possibilitando lhes a produção e a construção de seus conhecimentos. Com isso pode ser um precioso investimento que oferece suporte, incentivo, espaço e orientação para que as pessoas possam desenvolver suas potencialidades e atingirem suas realizações profissionais, assim como os objetivos da empresa, pois desenvolvem a força de trabalho a partir dos cargos ocupados. Tendo como objetivo central investigar o papel do Treinamento, a pesquisa visa também a conscientizar os administradores sobre a importância que o capital humano assume nas organizações; demonstrar a contribuição dos programas de desenvolvimento de pessoas para excelência empresarial e verificar se a eficiência do Treinamento está em desenvolver o homem em sua totalidade não apenas do lado profissional, mas também do pessoal, tratandoo como cidadão. Assim, o Treinamento é uma fonte de lucratividade, ao permitir que as pessoas contribuam efetivamente para os resultados do negócio. Nestes termos, é uma maneira eficaz de agregar valor ás pessoas, à organização e 10 aos clientes, sendo o grande enriquecedor do patrimônio humano nas organizações e responsável pelo seu capital intelectual. Assim surgiu uma nova ferramenta de gestão de pessoas que é a avaliação de desempenho que trata-se do processo de rever a atividade produtiva para avaliar a contribuição que os indivíduos fizeram para o alcance dos objetivos do sistema administrativo. A partir de cenários identificados na avaliação de desempenho pode-se verificar setores ou mesmo colaboradores que necessitam de treinamento. As empresas perceberam que as pessoas constituem o elemento do seu sistema nervoso e a racionalidade nas decisões. Tratar as pessoas como recursos organizacionais é um desperdício de talentos e de massa encefálica produtiva. Espera-se à partir deste estudo proporcionar subsídios aos profissionais de Gestão de Pessoas para instrumentalizar os processos de Desenvolvimento Organizacional, a partir de ações que ofereçam maior probabilidade de retorno, mudanças de comportamento e atitudes no exercício do Treinamento e desenvolvimento. 11 CAPITULO I TREINAMENTO A mudança educacional que introduz o conceito da transdisciplinaridade aborda o ser humano de uma forma sistêmica, buscando o seu desenvolvimento global. Propõe uma educação que integre os vários saberes e capacite o homem a avaliar e atuar sobre o seu meio. Portanto na mudança do sistema educacional, verifica-se a necessidade de voltar-se cada vez mais para o aspecto do saber fazer, de se ter uma atitude mais reflexiva e crítica, uma postura ativa a partir do conhecimento aprendido. “Para atuar no mundo do trabalho, onde imperam a transitoriedade, as transformações, a incerteza e o imprevisto, o indivíduo precisa ter consciência de seus próprios processos e estados cognitivos, de forma a organizar a realidade e atuar nela” (BOOGS, 1980, p.208). Para ele, o Treinamento visa o aumento da moral, da eficiência, da produtividade e a melhoria do ambiente de trabalho. Assim, encontram-se aqui, os pilares da nova educação, segundo a Unesco, o aprender a pensar, a ser e conviver, e o aprender a fazer. No ambiente de trabalho o ser humano deve ter um desenvolvimento global e sistêmico, para trazer resultados à empresa. Por moral, entende-se o aprender a ser. “A cada dia surgem situações novas, que exigem soluções novas, e somente um profissional autoconfiante pode enfrentar uma realidade sem padrões preestabelecidos e de profundas 12 incertezas”. A melhoria do ambiente de trabalho entende-se como aprender a conviver, sendo a convivência em grupo um processo de desenvolvimento interpessoal que engloba as dimensões aprender e conhecer, aprender a fazer e o aprender a ser e conviver. O autoconhecimento e o autodesenvolvimento interferem diretamente na maneira de interpretar o meio e interagir nele. A eficiência e a produtividade podem ser entendidas como o aprender a fazer. “Na dimensão do aprender a fazer, o objetivo pedagógico é estimular a transformação da teoria em ação, isto é, a aplicação do conhecimento em uma prática refletida e planejada. Trata-se de educar para o êxito”. Isto implica a habilidade de usar o conhecimento de maneira original em situações específicas, que garantam a resolução de problemas de forma eficaz. O Treinamento é um agente de mudanças abrangendo aspectos relacionados ao ser humano, como sua capacitação, suas aspirações e motivações, sua adaptação ao meio de trabalho, porém, sempre voltado às necessidades da empresa, o saber fazer transformado em resultado. Porém, a utilização do Treinamento em muitas empresas, aparece como um elemento dissociado, sendo este utilizado apenas para tender alguma necessidade específica de mudança de processos. A desconexão do Treinamento com a estratégia, com a visão sistêmica e global da empresa, torna-se evidente em algumas situações, como resistências para que o Treinamento seja realizado em horário de expediente, sendo este visto como algo à parte do trabalho ou algo que vem em benefício apenas do trabalhador, uma visão fragmentada e desconectada do todo. Por outro lado, o empregado vê o treinamento como sendo um benefício somente para empresa, não visualizando os ganhos para si mesmo. Torna o treinamento agente transformador da realidade tem sido uma preocupação constante das empresas e mais especificamente, do setor de recursos humanos. 13 “Existem programas de treinamento cuja avaliação só pode ser feita quanto aos aspectos metodológicos, de conteúdo, de aprendizagem e de reação, outros que podem sofrer uma avaliação ainda não qualificável da melhoria da qualidade dos serviços, enquanto outros já podem merecer avaliação em termos numéricos, isto é, em termos de custo/benefício” (BOOGS, 1980, p.209). Ainda para o autos citado, seus benefícios são difíceis de medir, pois o Treinamento não é uma atividade que pode produzir os benefícios esperados e também em função das inúmeras variáveis que podem interferir em resultados. O Treinamento deve abordar o ser humano como um ser total, dotado não apenas no âmbito cognitivo, assim como a educação por muito tempo visualizou sua aprendizagem. O Treinamento nas empresas tem de ter a conotação da visão sistêmica e global, tanto no ser humano, quanto da sua própria finalidade e utilização. Assim, torna-se mais visível o resultado obtido, a partir da sua conexão com a estratégia, tornando-se um meio (educação) e um fim (resultado) para o desenvolvimento organizacional. 1.1 – Conceito de Treinamento. O Treinamento vem ganhando cada vez mais destaque.DEMING (1993, p.85), considerado o maior consultor da Qualidade Total, dizia que “para obter qualidade é preciso treinar, treinar e continuar treinando”. 14 Mas o que é treinamento? Dentre várias definições de treinamento pode-se destacar a de HOYLER, que considera o treinamento um “Investimento empresarial destinado a capacitar uma equipe de trabalho e reduzir ou eliminar as realizações propostas”. Ou seja, o Treinamento tem como fator primordial atender as necessidades da organização, num prazo determinado, visando atingir metas, e trazendo retornos significativos, como por exemplo, redução de custos, redução de acidentes, aumento de produtividade, retorno de investimento e outras melhorias de desempenho. Pois em toda e qualquer organização é preciso entender, em linguagem simples, que o empresário quer e precisa, obter lucros para sustentar seus investimentos, e para isso, o mesmo deverá sempre buscar a melhores alternativas, na maioria das vezes, é a arma secreta dos administradores. Pode-se dizer que Treinamento apresenta alguns significados diferentes. Antigamente, alguns especialistas de RH consideravam o treinamento um meio para adequar cada pessoa ao seu cargo e desenvolver a força de trabalho da organização a partir dos cargos ocupados. Mais recentemente, passou-se a ampliar o conceito, considerando o treinamento um meio para alcançar o desempenho no cargo. Quase sempre o treinamento tem sido entendido como o processo pelo qual cada pessoa é preparada para desempenhar com excelência as tarefas específicas do cargo a ser ocupado. Treinamento é mais do que um meio para adequar cada pessoa ao seu cargo e desenvolver força de trabalho da organização a partir dos cargos ocupados ou ainda, para alavancar o desempenho no cargo. Segundo CHIAVENATO (1999) quase sempre o treinamento é entendido como processo pelo qual a pessoa é preparada para desempenhar de maneira excelente a tarefa específica do cargo que deve ocupar. Modernamente, o Treinamento é considerado um meio de desenvolver competências nas pessoas, para que elas se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir melhor para os objetivos organizacionais. 15 Em geral, os autores ao se referirem ao conceito de treinamento partem da descrição do mesmo paradigma: processo de desenvolvimento de qualidades nos recursos humanos. É o processo de desenvolver qualidades nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais produtivos e contribuírem melhor para o alcance dos objetivos organizacionais. Seu propósito é aumentar a produtividade dos indivíduos em seus cargos, influenciando seus comportamentos. EATON (2001), é outro autor que trata o tema como algo que vai além de ensinar algo, é também transferir conhecimento, dar suporte, orientar w desenvolver habilidades. Esta definição traz consigo a idéia de que treinar é a arte de aperfeiçoar o desempenho visando ao alcance das metas organizacionais. A partir desses autores, pode-se perceber que treinar é muito mais do que ensinar algo a um funcionário ou a uma equipe, por meio de métodos tradicionais, pois o Treinamento permite que as pessoas elevem seu nível de desempenho, não só para que as tarefas sejam bem executadas, mas para que haja integração em relação aos objetivos da organização. A Qualidade Total e as Normas Internacionais têm ajudado bastante o Treinamento a se consolidar. U ma prova disto são as normas ISSO. Para garantir que os programas de treinamento sejam realmente eficazes, foi criada a NBR ISSO 10015:2001 – Diretrizes para Treinamento, que está em vigor desde Maio de 2001. A função da Norma 10015 é fornecer diretrizes que possam auxiliar uma organização a identificar e analisar as necessidades de treinamento, projetar e planejá-lo o treinamento, monitorar e melhorar seu processo de modo a atingir seus objetivos. A norma também enfatiza a sua contribuição na melhoria contínua e tem como objetivo ajudar as organizações a tornarem seu treinamento um investimento com retorno garantido. 16 Para que cada vez mais se possa aperfeiçoar os processos internos de Levantamento de Necessidades de Treinamento, Planejamento, Execução, Avaliação – não somente a de reação, mas também de aprendizagem, comportamento e de resultado. É chegada a hora da virada: Há que se parar de reclamar. Caso contrário, os profissionais de RH, mais precisamente de Treinamento vão ceder lugar a outros profissionais ou consultores externos. Tense que enfrentar a realidade e entender que os tempos mudaram e que só sobrevive que estiver preparado. Não se esqueça “ Treinamento precisa atingir resultados “. 1.2 – Necessidades de Treinamento Usualmente, o Treinamento é utilizado quando se tem a intenção de passar informações, desenvolver conceitos, habilidades e comportamentos. Tais mudanças ocorrem somente, se houver um processo interno de aprendizagem. Desta forma, é necessário que os treinadores, estejam atentos a todas as suas etapas do Treinamento. Inicialmente é necessário que se conheçam as necessidades da instituição e das pessoas que nela se encontram. É preciso saber o que se quer “ensinar” e para quem. No mundo atual as empresas tem que estar atentas as constantes alterações, sejam elas na forma de gerir o grupo ou ferramentas de qualidade ou ainda em novos processos do mercado. O treinamento é essencial ao desenvolvimento do profissional, tendo em vista o acesso à hierarquia de poder, a capacitação do indivíduo para ocupar cargos que envolvam mais responsabilidades e poder. O processo de capacitação não está adstrito a apenas passar informações e desenvolver habilidades e sim desenvolver o profissional incentivá-lo a pensar e a se auto avaliar. 17 Treinar é oferecer oportunidades para que as pessoas possam freqüentemente refletir sobre seus significados e exercitar seu lado crítico, profissionalizando-se, assim, diante das circunstancias empresariais e de seu projeto de vida. Isso só será possível com a utilização cada vez mais freqüente das chamadas técnicas ou práticas interativas de treinamento. O desenvolvimento dos conceitos de organização que aprende, comunidades de aprendizagem e aprender fazendo nas empresa também facilitará o processo de desenvolvimento contínuo dos trabalhadores. CAPITULO II 2.0 - UNIVERSIDADES CORPORATIVAS O mundo vem passando por constantes e significativas transformações que colocam as empresas diante da necessidade de se adaptarem a um novo ambiente bastante competitivo, veloz e permeado por incertezas. O grande desenvolvimento tecnológico observado e vivido por todos nas últimas décadas contribuiu para essa mudança. O conhecimento está se tornando o fator de produção mais importante, deixando para trás o capital e a mão-de-obra. Diante disto, as organizações vêem-se obrigadas a alterar sua forma de atuação para responder ao mercado. As empresas devem acompanhar as mudanças com velocidade, o que significa dizer que os indivíduos que fazem parte dessa organização devem acompanhar essas mudanças, na mesma velocidade. Isto reflete-se no crescente investimento das empresas em treinamento de seus profissionais, que tem um enfoque estratégico e amplo, oferecendo a compreensão do contexto no qual a organização está inserida. A educação corporativa, via universidades, institutos, centros ou escolas de diversos tipos e estruturas, surgiu e está crescendo, rapidamente, para atender às necessidades de educação continuada e, segundo Meister 18 (1999), para sustentar a vantagem competitiva, inspirando um aprendizado permanente e um desempenho excepcional dos valores humanos e, conseqüentemente, das organizações. Tem por finalidade o desenvolvimento e a educação de funcionários, clientes e fornecedores, com o objetivo de atender às estratégias empresariais de uma organização como meio de alavancar novas oportunidades, entrar em novos mercados globais, criar relacionamentos mais profundos com os clientes e impulsionar a organização para um novo futuro. As universidades corporativas oferecem programas que levam ao nível de Bacharelado ou Mestrado. Para atuar neste nível a universidade corporativa deve receber credenciamento dos órgãos públicos competentes (no Brasil, a CAPES do Ministério da Educação). Na verdade, poucas são as universidades corporativas que se encontram neste último nível, no mundo. Uma organização não precisa outorgar graus para ter uma universidade corporativa. No entanto, as entidades que apenas oferecem treinamento, mesmo que esse treinamento tenha muitas frentes e seja extensivo a todos os empregados na organização, também não são universidades corporativas o que qualifica uma ação educativa em organizações como universidade corporativa. 2.1 - ESPAÇOS CONQUISTADOS PELA UNIVERSIDADES CORPORATIVAS: Na pesquisa realizada pela Professora Maria Eboli em 2004 constatou-se alguns fatos de sucesso na Educação Corporativa no Brasil:- • Competitividade; • Perpetuidade; • Conectividade; 19 • Disponibilidade; • Cidadania; • Parcerias; • Sustentabilidade. A Universidade Corporativa tem as suas iniciativas de desenvolvimento nas competências individuais, que formam as competências empresariais tendo como base principal o planejamento estratégico, sendo necessária está alinhada com os objetivos e as metas da empresa, conseguindo de fato alcançar os lucros esperados dentro da Organização. CAPITULO III: 3.0 - A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO HUMANO Atualmente as empresas tem utilizado uma nova ferramenta para analisar possibilidades de melhoria em toda sua estrutura, através da avaliação de desempenho é possível analisar o funcionário e também saber sobre a necessidade de treinamento dentro das organizações. As práticas de avaliação de desempenho não são novas, também os sistemas formais de avaliação não são recentes A avaliação de desempenho é uma apreciação do desempenho de cada pessoa no cargo e o seu potencial de desenvolvimento futuro. 20 Toda avaliação é um processo para estimular ou julgar o valor, a excelência, as qualidades de alguma pessoa. A avaliação dos indivíduos que desempenham papéis dentro de uma organização pode ser feita através de várias abordagens que recebem denominações, como avaliação de desempenho, avaliação do mérito, avaliação dos empregados, relatórios de progresso, avaliação de eficiência funcional etc. Alguns desses conceitos são intercambiáveis. A avaliação de desempenho é um conceito dinâmico, pois os empregados são sempre avaliados seja formal ou informalmente, com certa continuidade. Além do mais, a avaliação do desempenho constitui uma técnica de direção imprescindível na atividade administrativa. É um meio através do qual se podem localizar problemas de supervisão de pessoal de integração do empregado à organização ou ao cargo que ocupa, de dissonâncias, de desaproveitamento de empregados com potencial mais elevado do que aquele que é exigido pelo cargo, de motivação entre outras coisas. De acordo com o tipo de problemas identificados, a avaliação de desempenho pode colaborar na determinação e no desenvolvimento de uma política adequada de RH às necessidades da organização. Sabemos que a motivação das pessoas tem uma relação direta na excelência da qualidade dos produtos e serviços das organizações. As varias correntes acerca do comportamento do homem organizacional demonstram uma particular estratégia de comportamento individual e grupal. É o norteador da maneira de agir da organização que defronta os individuais que com ela colaboram e interagem. Ter uma equipe motivada não é uma tarefa das mais fáceis, não há uma fórmula mágica para motivar, por isso é necessário combinar uma serie de atitudes essenciais ao comportamento humano e que podem trazer motivação nos trabalhadores e estimulá-los a contribuir com a qualidade para os melhores resultados das suas empresas. 21 Os processos de avaliação de desempenho não são inúteis ou prejudiciais, como muitos colocam. A existência de um sistema de avaliação de desempenho formal e corporativo é uma tentativa elogiável de dar visibilidade ao desempenho humano e, portanto, oportunizar a busca de melhorias neste desempenho. Os modelos tradicionais de avaliação de desempenho conseguem um efeito devastador nas organizações: reduzem ao invés de estimular o desempenho, destroem o trabalho em equipe, se concentram no curto prazo, geram insatisfações etc. Assim o que se questiona são os modelos aplicativos tradicionais de avaliação de desempenho nas organizações e não o processo de avaliação de desempenho. A gestão de desempenho humano consiste numa atividade continua de avaliação e aconselhamento, caracterizada pela interação entre o gestor e colaborador, que visa direcionar o desempenho do colaborador e do gestor no sentido de alavanca resultados de desempenho de ambos e, conseqüentemente, a performance interna e externa da organização. A avaliação deve ocorrer todos os dias e não apenas em momentos formais. O esforço individual é direcionado pelas capacidades e habilidades do individuo e pelas percepções que ele tem do papel a desempenhar e função do valor de as recompensas defenderem do esforço. Na maior parte das vezes, a avaliação de desempenho é responsabilidade de linha e função de consultoria com assistência do órgão de Administração de Recursos Humanos. Quem avalia é o superior imediato, que, melhor do que ninguém tem condições de acompanhar e 22 verificar o desempenho de cada subordinado, diagnosticando com precisão os pontos fortes e fracos. 3.1 - OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Dentre os objetivos da avaliação de desempenho, pode-se destacar a busca de melhorias aos resultados dos recursos humanos da organização e instrumentalizar a gestão do desempenho da organização. Como objetivos secundários, estão à melhoria das relações interpessoais e da comunicação entre gestor e equipe, e entre todos os membros da equipe; o auto-desenvolvimento do profissional; o estimulo à maior produtividade; a remuneração variável; a oportunidade de conhecimento dos padrões de desempenho da organização; o feedback dos resultados da avaliação aos avaliados; a formação de um banco de talentos; a localização de problemas de ordem pessoal; a identificação de necessidades de treinamento e reciclagem; a adequação do profissional ao cargo; e a realocação ou, em última instância, desligamento de pessoas. Avaliam-se os seguintes desempenhos: a) Do empregado; b) Do supervisor; c) Dos vários grupos; d) Dos setores; e) Dos departamentos, f) Da organização. 23 Geralmente, a preocupação principal das organizações esta voltada para a medição, avaliação e controle de três aspectos principais: 1) Resultados; 2) Desempenho; 3) Fatores críticos de sucesso. Muitas empresas desenvolvem vários sistemas de avaliação para acompanhar resultados financeiros, custos de produção, quantidade e qualidade dos bens produzidos, desempenho individual dos funcionários e satisfação dos clientes. A avaliação de desempenho não tem um fim em si mesmo, mas é um instrumento, um meio, uma ferramenta para melhorar os resultados humanos da organização. 3.2 - A RESPONSABILIDADE SOBRE A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO. A responsabilidade pelo processamento da verificação, medição e acompanhamento do desempenho humano são atribuídos a diferentes órgãos dentro da organização, de acordo com a política de Recursos Humanos desenvolvida. Em algumas organizações existe uma rígida centralização da responsabilidade pela avaliação do desempenho neste caso é totalmente atribuída a um órgão de Staff pertencente à área de Recursos Humanos, em outros casos é atribuída a uma comissão de avaliação do desempenho, em que a centralização é relativamente amenizada pela participação de avaliadores de diversas áreas da organização. Em outras organizações ainda, a responsabilidade pela avaliação de desempenho e totalmente descentralizada fixando-se na 24 pessoa do empregado como uma parcela de controle por parte do superior direto. O meio termo mais utilizado e o sistema do qual existe centralização no que tange ao projeto a construção e a implantação do sistema e a relativa descentralização no que tange a execução. Nem sempre a administração do plano de avaliação de desempenho é função exclusiva do órgão de Administração de Recursos Humanos. O supervisor direto: Na maior parte das vezes, a avaliação de desempenho e responsabilidade de linha é função de Staff com assistência do órgão de Administração de Recursos Humanos. Quem avalia o pessoal e o próprio chefe que melhor do que ninguém tem condições de acompanhar e verificar o desempenho de cada subordinado seus pontos fortes e fracos. Todavia os chefes diretos não possuem conhecimento especializado para poder projetar, manter e desenvolver um plano sistemático de avaliação de desempenho. Aqui entra a função do órgão de Administração de Recursos Humanos. O empregado: Algumas organizações utilizam a auto-avaliação por parte dos empregados como método de avaliação de desempenho. Realmente, é pouco comum este tipo de avaliação de desempenho, porque pode ser somente utilizado quando o grupo de trabalho é composto por pessoas de bom nível cultural e de alto quociente intelectual, alem de equilíbrio emocional e de capacidade para fazer uma auto-avaliação destituída de subjetivismo e distorções pessoais. E um tipo de avaliação de desempenho aplicável com relativo sucesso ao pessoal de nível universitário que ocupa elevadas posições na empresa. Na auto-avaliação de desempenho o próprio empregado preenche o questionário e submeteo, posteriormente a seu superior e, juntos, analisam os resultados, as providencias a serem tomadas e os objetivos de desempenho a serem atingidos. 25 Todavia a avaliação de desempenho não pode ser exclusiva responsabilidade do próprio individuo por que: 1- Pode haver uma heterogeneidade incrível de objetos, com a fixação de padrões individuais de comportamento profissional; 2- Os empregados nem sempre tem condições de auto avaliar-se dentro dos requisitos estabelecidos pelo sistema, o que provocaria distorções e perda de precisão dos mesmos; 3- Os pontos de vista dos empregados dificilmente coincidem com os de seus superiores a cerca da avaliação de seu desempenho; 4- Os objetivos do desempenho podem tornar-se demasiadamente por pessoas e indivíduos, subjetivos e personalizados. A comissão de avaliação de desempenho: Em algumas organizações a avaliação de desempenho é atribuída a uma comissão especialmente designada para este fim e constituída de elementos pertencentes a diversos órgãos ou departamentos. A avaliação neste caso é coletiva, e cada membro terá igual participação e responsabilidade nos julgamentos. Geralmente, a comissão é formada de membros permanentes e transitórios. Os membros permanentes e estáveis participarão de todas as avaliações e seu papel será a manutenção do equilíbrio dos julgamentos, do atendimento aos padrões e da constância ao sistema. Os membros transitórios ou interessados, que participarão exclusivamente dos julgamentos dos empregados direta ou indiretamente ligados a sua área de atuação terão o papel de trazer as informações a respeito dos avaliados e proceder ao julgamento e a avaliação. Enquanto 26 os membros transitórios trazem a avaliação e julgam seus subordinados diretos ou indiretos. Os membros permanentes procuram manter a estabilidade e a homogeneidade das avaliações. CONCLUSÃO: A gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem sofrido mudanças no últimos anos. As empresas percebem que as pessoas constituem o elemento do seu sistema nervoso e a racionalidade nas decisões. Tratar as pessoas como recursos organizacionais é um desperdício de talento e de massa encefálica produtiva. Atualmente podemos pensar em Gestão de Pessoas e não mais em Recurso Humanos, exatamente para proporcionar uma nova visão das pessoas, não mais como meros funcionários remunerados em função do tempo de disponibilidade à organização, mas como parceiros e colaboradores do negócio da empresa. As organizações passaram assim a investir na capacitação de seus funcionários, através de treinamentos realizações no âmbito das empresas, preparando assim o colaborador para desenvolver-se hierarquicamente e mantendo o funcionário mais tempo na empresa , satisfeito e com orgulho de sua ocupação. Além do foco em treinamento também temos o avaliação de desempenho que busca identificar qual o grau de satisfação do funcionário com a empresa e com seu ambiente de trabalho. Também pode ser utilizada como uma fonte para identificar além de melhorias na organizações, setores onde focar o treinamento da empresa. 27 Enfim no mundo atual as empresas tem mostrado interesse em investir e manter seu funcionário,o incentivando a também investir em si mesmo e buscar cada vez mais uma colocação melhor, planejando sua carreira dentro da organização e se preocupando em sempre conhecer melhor está empresa e suas necessidades, a relação de empregador e empregado está sendo substituída por uma relação de parceria. 28 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ALTHUSSER, L. Ideologia e aparelho ideológico do Estado. Lisboa: Presença, s/d. ALVES, O José. Noções de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: Ética, 1971. ARMAS, Ramón; TORRES-CUEVAS, Eduardo; BALLESTER, Ana Cairo. Historia de La Universidad de La Habana. 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Estadual Paulista, 1993. 30 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 1 AGRADECIMENTO 2 DEDICATÓRIA 3 RESUMO 4 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I TREINAMENTO 1.1 - Conceito de treinamento 13 1.2 – Necessidade do treinamento 16 CAPÍTULO II UNIVERSIDADES CORPORATIVAS 2.1 – Espaço conquistado pela Universidade Corporativa 17 CAPÍTULO III A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO 3.1 – Objetivos da avaliação de desempenho 19 3.2 – Responsabilidade sobre a avaliação de desempenho 23 CONCLUSÃO 26 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 29 ÍNDICE 30