PANORAMA HISTÓRICO DAS TEORIAS DO JORNALISMO Marcelo Freire - @marcelofreire Jornalismo T60 UFSM/Cesnors TEORIA DO ESPELHO Primeira Teoria do Jornalismo “notícias são como são porque a realidade assim as determina”. Noções–chave: Jornalista como “comunicador desinteressado”. Missão é informar e procurar a verdade, contar o que aconteceu, doa a quem doer. Período de Surgimento: meados dos séc. XIX até o século XX. Mito da objetividade e crescimento das agência de notícias TEORIA DA AÇÃO PESSOAL OU GATEKEEPER Surge na década de 50 em um estudo de David Manning White. “as notícias são explicadas como um produto das pessoas e das suas intenções”. A Teoria do Gatekeeper analisa das notícias a partir da perspectiva do jornalista. Abordagem micro-sociológica TEORIA ORGANIZACIONAL Avança da perspectiva individual para a observação da organização jornalística. Warren Breed na década de 50 O processo de socialização do jornalista faz com que ele internalize a política organizacional Fatores que promovem o conformismo com a política editorial: 1. 2. 3. 4. 5. 6. A autoridade institucional e as sanções Os sentimento de obrigação e estima com os superiores As aspirações de mobilidade A ausência de grupos de lealdade em conflito O prazer da atividade A notícia como valor TEORIAS DA AÇÃO POLÍTICA Surgem na década de 50 e 60 Tem foco na questão da ideologia lidando com elementos dos estudos da linguagem e da sociologia. Nos anos 70, ampliam-se os estudos de parcialidade (news bias studies) Jornalista como watchdog (cão de guarda) do cidadão X Manutenção do poder estabelecido NEWSMAKING Abordagem etnográfica Internalização dos critérios de noticiabilidade e valores/notícia e da cultura profissional Tipos de critérios de notíciabilidade: Critérios substantivos Critérios relativos ao produto Critérios relativos ao meio Critérios relativos ao público Critérios relativos à concorrência AGENDA SETTING Artigo inicial de McCombs & Shaw (1972) - The Capel Hill Study O agenda setting está entre o estudo dos meios de comunicação e ciência política. Tradições de pesquisa Agenda Pública (comunicação): utilizam sondagens de opinião Agenda midiática (comunicação): utilizam análise de conteúdo Agenda Política (sociologia): utilizam a criação de políticas públicas x tempo de debate x orçamento destinado. ENQUADRAMENTO OU AGENDA SETTING DE SEGUNDO NÍVEL “A mídia não só nos diz sobre o que pensar, mas também como e o que pensar sobre isso, e até o que fazer em relação a isso” (McCOMBS e ESTRADA apud KIOUSIS e McCOMBS, 2004, p. 38). Alguns tipos de enquadramento: a) O enquadramento militar ou belicista, centrado nas táticas e estratégias de guerra, nos arsenais e equipamentos, foi o que enfatizou as informações sobre armamentos, trajetórias, mapas, manobras, movimentos, comparação de forças etc. b) O enquadramento econômico, por sua vez, aponta para as eventuais motivações econômicas da guerra, e para as possíveis conseqüências da derrota e ocupação do país inimigo. c) O enquadramento humanista concentra-se nos efeitos da guerra sobre as populações submetidas, nas perdas humanas e na destruição civil. d) O enquadramento político aponta para os significados da guerra, com suas relações de alianças e repúdios, e seus efeitos para a ordem internacional. (ALDÉ, 2003, p.09) Outros exemplos: enquadramento corrida de cavalos – baseado no desempenho dos dois lados a questão enquadramento centrado no conflito AGENDA SETTING 3º NÍVEL – A CALDA LONGA O conceito de Long Tail foi criado em 2004 por Chris Anderson em um artigo publicado na revista Wired. Mídia Tradicional (regra 80-20) HIPÓTESE DO EFEITO DE TERCEIRA PESSOA Base teórico-metodológica Fundada na psicologia A Hipótese do Efeito de Terceira Pessoa é uma hipótese que afirma que as pessoas vão tender a superestimar a influência que a comunicação de massa tem mais influência no comportamento e nas posturas dos outros” (DAVISON). Dualidade entre Eu X Outro Metodologias possíveis: Questionário Pessoalmente Telefônico Web Combinação Questionário X Grupo Focal