JOSÉ INÁCIO JARDIM MOTTA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS/ENSP
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“Vivemos tempos de exclusão e de guerra. Tempos
onde a violências e a segregação se apoderam da
vida de milhões de pessoas. Vivemos em um mundo
onde o próprio mundo parece ser um privilégio
daqueles que podem pagar pelo espaço que nele
ocupam. Vivemos tempos de desencanto e desilusão.
Tempos que pretendem reprimir o espaço da
esperança. Tempo onde falar do possível acabou se
tornando uma desculpa para esquecer o impossível.
Tempos possíveis: ou seja, tempos sem
possibilidades para que o impossível alimente sonhos,
inspire lutas, construa projetos”. Pablo Gentile
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Escala da clientela: enorme ampliação de
necessidades em razão da grande quantidade de
novos postos de trabalho criados pela
descentralização.
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Diversidade da clientela: além dos profissionais
de saúde, incluem-se profissionais de outras
áreas (engenharias, ciências sociais, pedagogia,
direito, etc.), para cumprir as tarefas da
interdisciplinaridade e da intersetorialidade, e
também os cidadãos usuários, para cumprir tanto
as tarefas do controle social quanto as de
responsabilização para a autonomia
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Perfil profissional requerido: capacidades técnicas
e políticas para solucionar problemas complexos
(não só aplicar normas, nem empregar pacotes de
conhecimentos disciplinares); capacidade de
aprender com a prática (mobilizar conhecimentos
a partir da experiência anterior e buscar novos
conhecimentos a partir da prática atual);
capacidade de investigar e produzir conhecimento
(inovação) a partir da prática.
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Educação à distância como estratégia de
implementação de políticas públicas
Processos, perfis e fenômeno educativo em
EAD
◦ Quem são os tutores?
◦ Quem são os sujeitos de aprendizagem?
◦ Perspectiva de auto aprendizagem
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Interatividade e ambiência humana
EAD : como se estruturam seus processos
formativos? Seus currículos?
EDUCAÇÃO
INTENCIONALIDADE
FORMAS DE VER O
MUNDO E SUAS
RELAÇÕES
CONHECIMENTO
PRODUÇÃO
SOCIALIZAÇÃO
PRÁTICA SOCIAL
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“prática espontânea que responde pelas
necessidades mais elementares de conservação e
auto-reprodução” (necessidades referindo-se à
produção das condições materiais de sobrevivência
físico-biológica);
“a educação é pois, prática deliberada e submetida a
permanente questionamento e conduzida a
finalidades coletivamente instituídas. A prática de
educação assim, se faz acompanhar por uma intensa
atividade investigativa, de exame e reflexão”.
Nessa perspectiva surgem as teorias da educação.
Teoria: “descobre”o “real” há um correspondência
entre a “teoria”e a “realidade”. A teoria é uma
representação, uma imagem, um reflexo, um signo
de uma realidade.
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TEORIAS TRADICIONAIS: pretendem ser
neutras, científicas, desinteressadas. Aceitam
os conhecimentos e saberes dominantes e
acabam por se concentrar em questões
técnicas Aqui não interessa “o que?”mas o
“como fazer”.
TEORIAS CRÍTICAS E PÓS CRÍTICAS: não se
limitam a perguntar “o que?” mas submetem
a um constante questionamento. O central
não é “o que” mas o “por que?”.Estão
preocupadas com as conexões entre saber,
identidade e poder.
ENSINO
IDEOLOGIA
ALTERIDADE
SEXUALIDADE
PODER
DIDÁTICA
DISCURSO
SUBJETIVIDADE
METODOLOGIA
DIFERENÇA
EFICIÊNCIA
CURRÍCULO OCULTO
LIBERTAÇÃO
PLANEJAMENTO
CULTURA
RELAÇÕES SOCIAIS
OBJETIVOS
EMANCIPAÇÃO
CLASSE SOCIAL
RESISTÊNCIA
REPRESENTAÇÃO
ETNIA
MULTICULTURALISMO
AVALIAÇÃO
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TEORIAS TRADICIONAIS:sociedade em
harmonia. Educação como estratégia de equalização
social. Categorias: ensino, aprendizagem, avaliação,
didática, organização, planejamento, objetivos,
eficiência.
• TEORIAS CRÍTICAS: sociedade desarmônica
espelho das disputas entre diferentes classes sociais.
Educação como estratégia de libertação. Categorias:
ideologia, reprodução cultural e social, poder, classe
social, relações sociais de produção, emancipação,
currículo oculto, resistência.
• TEORIAS PÓS-CRÍTICAS: sociedade
também desarmônica mas diferem das teorias críticas
ao enfatizarem o conceito de discurso ao invés do de
ideologia. Categorias: identidade, alteridade,
subjetividade, diferença, significação e discurso,
representação, cultura, gênero, raça, etnia,
sexualidade, multiculturalismo.
“A CIÊNCIA TEM DISCIPLINAS, A
UNIVERSIDADE TEM
DEPARTAMENTOS, O GOVERNO
TEM SETORES, PORÉM A
REALIDADE TEM PROBLEMAS”
MATUS
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INTERDISCIPLINARIEDADE: implica em uma
axiomática comum a um grupo de disciplinas
conexas, cujas as relações são definidas a
partir de um nível hierárquico superior,
ocupado por uma delas.
TRANSDISCIPLINARIEDADE: indica uma
integração das disciplinas de um campo
particular sobre a base de uma axiomática
geral compartilhada, sua coordenação é
assegurada por referência a uma base de
conhecimento comum, com tendência a
horizontalização das relações
interdisciplinares.
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Teorias da educaçao/teorias de currículos;
Processos de aprendizagem, do ensinar ao
apreender;
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Metodologias Pedagógicas;
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Processos de avaliação de ensino.
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Teorias da educaçao/teorias de currículos;
Processos de aprendizagem, do ensinar ao
apreender;
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Metodologias Pedagógicas;
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Processos de avaliação de ensino.
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Curriculares: integração e interdisciplinaridade,
conteúdos como insumos;
De ensino-aprendizagem: centrado no sujeito,
visando aprendizagens significativas;
Construção de mapas conceituais;
Metodológicas: problematização, resolução de
problemas;
O conhecimento pertinente deve enfrentar a
complexidade (complexus, significa o que foi
tecido junto).
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Currículo tradicional: parte-se de um corpo de conhecimentos préexistentes, organizados na forma de disciplinas escolares e
profissionais;
Currículo por competências: parte-se de competências
consideradas necessárias ao desempenho eficiente e eficaz diante
de situações concretas. Quando associadas às situações
profissionais, as competências são deduzidas da analíse do
processo de trabalho;
Currículo por competência e integrado: pelo fato de a competência
implicar a resolução de problemas ou alcançar resultados,
considera-se que a “pedagogia das competências” possa converter
o currículo em um ensino integral, mesclando-se nos problemas,
conhecimentos gerais, profissionais e as experiências de vida e de
trabalho que, normalmente, são tratadas isoladamente.
NOSSA PERSPECTIVA É A CONSTRUÇÃO DE UM MODELO
CURRÍCULAR HÍBRIDO CONSIDERANDO OS APORTES
TEÓRICOS ILUMINADOS PELAS TEORÍAS CRÍTICAS E PÓSCRÍTICAS
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Dewey: educação estreitamente ligada às demandas
concretas da vida social;
Saviani: a problematização deve-se inserir na
perspectiva do materialismo-histórico-dialético, com
seus requisítos de radicalidade, rigor e globalidade,
dialeticamente articulados entre si, enfatizando o ‘sujeito
cognoscente’.
Freire: destaca a necessidade de um compromisso com
a transformação da realidade estudada, pela ação do
sujeito. Ênfase no ‘sujeito práxico’.
Ausubel: enfatiza o ‘sujeito aprendente’, aquele que
aprende a aprender
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Implica em construir toda uma trajetória
curricular centrada na resolução de
problemas. Essa abordagem passa a ser o
eixo norteador da organização dos tempos e
espaços escolares, das disciplinas e das
relações sociais no processo educativo.
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APRENDIZAGEM CUMULATIVA: nenhum
tópico será abordado de forma completa e
definitiva, mas sim, reintroduzido repetidamente;
APRENDIZAGEM INTEGRADA: os conteúdos
não devem ser apresentados isoladamente,
mas disponibilizados para estudos na medida
que se relacionam com o problema;
APRENDIZAGEM PROGRESSIVA: as
habilidades requeridas vão se transformando à
medida que os aprendizes amadurecem.
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“O currículo é lugar, espaço, território.O currículo
é relação de poder.O currículo é trajetória,
viagem, percurso. O currículo é autobiografia,
nossa vida, curriculum vitae: no currículo se forja
nossa identidade. O currículo é texto, discurso,
documento. O currículo é documento de
identidade”
Tomaz Tadeu da Silva
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PROCESSOS PEDAGÓGICOS