TÍTULO: Ensino Colaborativo: Estratégia de Formação e de Aprendizagem
para quem ensina e para quem aprende
Autoria: Patricia Braun, Leila Regina D’Oliveira de Paula Nunes
Palavras-chave: Deficiência Intelectual, Ensino Colaborativo, Ensino e Aprendizagem
Resumo A necessidade de ações docentes que atendam às especificidades de alunos com deficiência
é uma demanda real. Tal afirmativa é observada em documentos internacionais sobre os aspectos para
a educação desses alunos, na escola comum, ao apontarem que novas competências para a formação
e atuação docente são imprescindíveis. Embora o aluno com deficiência exija propostas diferentes
das que habitualmente a escola tem disposto, a diferenciação posta vai além das competências do
professor. Abarca, também, uma configuração nova da escola, para se organizar em relação ao
trabalho docente. A partir desse contexto, apresentamos um recorte de uma pesquisa de doutorado,
desenvolvida em uma escola comum, da rede pública federal da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
Os sujeitos participantes foram três alunos com deficiência intelectual, matriculados em anos de
escolaridade diferentes e seus respectivos professores. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com a
abordagem da pesquisa-ação colaborativa (PIMENTA, 2005; ESTEBAN, 2010), tendo como viés
teórico a estratégia do ensino colaborativo como uma proposta possível para práticas pedagógicas
inclusivas (FONTES, 2009; MENDES et al., 2011 , FENTY et al, 2012). A partir da estratégia do
ensino colaborativo, estabelecida entre as professoras de sala de aula e professoras especialistas,
observamos a ampliação da iniciativa das professoras na organização e adequação de atividades, nas
áreas de conhecimento específicas em que atuavam, respeito à participação e à forma pela qual o
aluno aprendia. Notamos a relevância da complementaridade entre as estratégias pedagógicas
adotadas pelas professoras para garantir o ensino, a participação e a aprendizagem do aluno, tanto em
sala de aula quanto na sala de recursos. Constatamos que as práticas de ensino favoreceram a
aprendizagem destes alunos, na medida em que suas condições de ensino, para sua aprendizagem,
passaram a ser conhecidas e consideradas pelas professoras. A mediação planejada, intencional e
desafiadora, em todos os ambientes da escola, foi fundamental para que compreendêssemos o
processo escolar para este aluno. Sob essas condições notamos estes alunos demonstrarem capacidade
para elaborar conceitos cotidianos e complexos, em diferentes áreas do currículo escolar. Tais
resultados nos encaminham para reflexões e ações pedagógicas que intentam a organização de um
ambiente escolar mais equânime a todos os alunos, premissa essa disseminada diante dos atuais
debates sobre inclusão escolar.
Contato: [email protected], [email protected]
Atas do III Congresso Internacional “Educação Inclusiva e Equidade”; Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial.
Almada/Portugal, de 31 de outubro a 2 de novembro de 2013.
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