Tassoni, Elvira Cristina Martins [email protected] Pontifícia Universidade Católica de Campinas São Paulo – BRASIL O Programa Ler e Escrever e a compreensão dos professores sobre o trabalho com a leitura e a escrita Este trabalho divulga resultados de pesquisa que teve por objetivo investigar como as propostas do Programa Ler e Escrever, política educacional do estado de São PauloBrasil, foram assumidas e compreendidas pela equipe pedagógica dos anos iniciais do Ensino Fundamental, de uma escola estadual da cidade de Campinas (SP). O Ler e Escrever é um programa voltado para os anos iniciais do ensino fundamental, que envolve formação de professores, distribuição de material didático específico para o 1º até o 5º ano e um acervo literário e revistas indicadas para o público infantil. A escola investigada aderiu ao Programa Ler e Escrever em 2009. Na literatura, pesquisas recentes sobre a alfabetização possibilitaram novas explicações sobre os processos de ensino e de aprendizagem da escrita e da leitura. A linguagem compreendida como produção humana, que se constitui histórica e socialmente, impôs novas necessidades para o trabalho pedagógico na escola, como também para a formação de professores, promovendo, nas últimas três décadas no Brasil, a elaboração de Programas de Formação Continuada de Professores Alfabetizadores. A pesquisa identificou a articulação entre formação de professores, práticas pedagógicas e o uso dos recursos didáticos, na visão de docentes e gestores da escola pesquisada. O material empírico envolveu: (i) entrevistas a respeito da compreensão dos participantes sobre o Programa e suas propostas; (ii) encontros periódicos no decorrer de dois semestres letivos, com as professoras e a coordenadora pedagógica nos momentos de reunião pedagógica, denominados de Atividade de Trabalho Pedagógico Coletivo; (iii) estudos relacionados ao Programa Ler e Escrever. Os resultados apontaram que embora haja uma compreensão parcial das propostas contidas no material, por parte das professoras, as reflexões e discussões coletivas podem contribuir para se resgatar ou reconstruir princípios importantes para o trabalho com a língua materna, consolidando a escola como um espaço fundamental de formação em serviço.