Revisões de Camada Limite Laminar Matéria: – – – – – – – 2004 Introdução à Camada limite; Camada limite confinada e não-confinada; Escoamentos de corte livre e Esteira; Camadas limites laminares e turbulentas; Separação da camada limite; Equações para CL delgada; Efeito do gradiente longitudinal sobre a evolução da camada limite. Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Introdução à camada limite Filmes (6), 88, 89 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Introdução à camada limite Camada limite: região na vizinhança de uma parede onde se fazem sentir os efeitos difusivos e dissipação de energia mecânica Escoamento exterior y U U x d(x) Espessura da camada limite: u(d)=0,99 U 2004 Mecânica dos Fluidos II Camada limite: u y significativo Prof. António Sarmento - DEM/IST Introdução à camada limite Linhas y U de corrente sobre uma placa plana: Linha limite da CL U Linha de corrente x 1. As linhas de corrente afastam-se lentamente da parede. Porquê? 2. Esse afastamento é mais intenso nas linhas de corrente exteriores à CL. Porquê? 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Introdução à camada limite Notas sobre a camada limite: 1. A camada limite pode ser laminar ou turbulenta. 2. A camada limite diz-se delgada se d(x)<<x 3. A camada limite diz-se confinada se não puder crescer livremente (ex: num tubo ou entre placas). 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Introdução à camada limite Camada Escoamento exterior d(x) limite confinada: zona de perfil camada limite região de entrada desenvolvido 1. Na região de entrada: a velocidade aumenta na zona central (para manter o caudal) e a pressão baixa (eq. Bernoulli) –> dp/dx<0. 2. Após a união das CL todo o escoamento é de camada limite, d (x ) R e a dimensão dos vórtices é limitada a d. 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Introdução à camada limite Camada limite não-confinada (escoamentos exteriores): 1. d não é limitado, vai crescendo com a distância x (distância ao início da CL). 2. Perfil de velocidades adimensional pode estabilizar. 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Introdução à camada limite Outros escoamentos de corte (transporte convectivo longitudinal de quantidade de movimento afectado por difusão transversal): 2004 o Escoamentos de corte livre: ex: jacto livre o Esteira: zona do escoamento resultante da junção das CL sobre as duas faces da placa Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Introdução à camada limite Passagem de regime laminar a turbulento: forças inércia Ux Re = = forças viscosas • Início da CL: x – distância ao início da CL x=0 Re = 0 Escoamento laminar 0 = (u y)y=0 muito elevado • Placa suficientemente longa: Passagem a turbulento 2004 Re crítico (5105) Mecânica dos Fluidos II Re aumenta 0 = (u y)y=0 reduz-se Prof. António Sarmento - DEM/IST Introdução à camada limite Regiões – – – – da camada limite turbulenta: Sub-camada laminar; Camada de transição; Zona de perfil logarítmico; Zona exterior (vórtices turbulentos misturados com escoamento exterior não-turbulento). Filmes 2 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Equações da camada limite laminar delgada (d<<x) sobre placa plana estacionário, r e constantes. p y 0 pois as linhas de corrente são ligeiramente divergentes p x dpe dx Escoamento Equação de Navier-Stokes 2D na direcção x: u u 1 p 2u 2u u v = 2 2 x y r x x y dpe dx 2004 Mecânica dos Fluidos II 2u quando comparado com 2 y Prof. António Sarmento - DEM/IST Equações da camada limite laminar delgada (d<<x) sobre placa plana Equação de camada limite laminar 2D delgada (d<<x) para placa plana: u u 1 dpe 2u u v = 2 x y r dx y pe – pressão exterior, pode ser calculada pela equação de Bernoulli, visto não haver efeitos viscosos no exterior da CL Nota 1. A placa pode ser considerada plana de d for muito menor que o raio de curvatura local Nota 2. No ponto de separação a CL cresce muito e deixa de ser delgada. 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Equações da camada limite turbulenta delgada (d<<x) sobre placa plana Equação de camada limite turbulenta 2D delgada (d<<x) para placa plana: u u 1 dpe 2u uu uv uw u v = 2 x y r dx y x y z 0 0 Resultante das Tensões de Reynolds (notar o termo em w’) 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da camada limite Separação da camada limite: inversão do escoamento por acção de um gradiente de pressão adverso (pressão cresce no sentido do escoamento) + acção viscosa Filme 41 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da Camada Limite Equação de camada limite laminar 2D delgada (d<<x) para placa plana: u u 1 dpe 2u u v = 2 x y r dx y Junto à placa (y=0) u=v=0 : 2u 1 dpe 2 = y y =0 dx 2004 Mesmo resultado para camada limite turbulenta, pois junto à placa há a sub-camada laminar. Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da Camada limite Exterior Junto da camada limite: à placa (y=0) u=v=0 : 2u 1 dpe 2 = y y =0 dx O mesmo sinal gradiente de pressão exterior pode ser: o dpe/dx=0 <–> U0 constante (LC exteriores paralelas): o dpe/dx>0 <–> U0 decrescente (LC exteriores divergentes): dpe/dx<0 <–> U0 crescente (LC exteriores convergentes): o 2004 2u 0 2 y Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da camada limite Separação da camada limite: inversão do escoamento por acção de um gradiente de pressão adverso (pressão cresce no sentido do escoamento) + acção viscosa 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da Camada limite Gradiente de pressão nulo: dpe/dx=0 <–> U0 constante (LC exteriores paralelas): 2u 2 0 y y =d y u Não pode ocorrer inversão (separação) da camada limite 2u 2 = 0 y y =0 Ponto de inflexão na parede 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da Camada limite Gradiente de pressão favorável: dpe/dx<0 <–> U0 crescente (LC exteriores convergentes): 2u 2 0 y y =d y Não é possível haver separação da CL 2u 2 0 y y =0 2004 Perfil mantém a curvatura Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da Camada limite Gradiente de pressão adverso: dpe/dx>0 <–> U0 decrescente (LC exteriores divergentes): 2u 2 0 y y =d y É possível haver separação da CL 2u 2 0 y y =0 P.I. Perfil altera a curvatura CL separada 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da Camada limite Resultante das forças viscosas: 2u 2 y anula-se com a velocidade não pode provocar por si só estagnação do fluido (menos ainda a inversão – separação - da CL) 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da Camada limite Acção do gradiente longitudinal de pressão: dpe 0 (L.C. exteriores dx convergentes) dpe 0 (L.C. exteriores divergentes) dx contraria acção viscosa u 1 1 dpe = ... u r dx perfis de velocidade x mais cheios reduz crescimento da CL 2004 Mecânica dos Fluidos II reforça acção viscosa perfis de velocidade menos cheios aumenta crescimento da CL Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da Camada limite Acção do gradiente longitudinal de pressão: perfis de velocidade mais cheios u 1 1 dpe = ... x u r dx perfis de velocidade menos cheios reduz crescimento da CL aumenta crescimento da CL Perfis mais cheios resistem melhor a gradientes adversos de pressão Escoamentos turbulentos (perfis mais cheios) resistem melhor a gradientes adversos de pressão 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da Camada limite Gradiente longitudinal adverso e intenso, não provoca separação => não há forças viscosas 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da Camada limite Na ausência de forças viscosas não há separação: dV 1 dp V = ds r ds (ds deslocamento sobre a LC) V=0 (ponto de estagnação) não há inversão do escoamento 2004 Mecânica dos Fluidos II dp =0 ds Resultante da Força de pressão Prof. António Sarmento - DEM/IST MECÂNICA DOS FLUIDOS II Conceitos: – – – – – – – – – 2004 Camada limite; Espessura da camada limite; Linha limite da CL; Afastamento das linhas de corrente na CL; Camada limite delgada; Camada limite confinada e não-confinada; Escoamentos de corte livre; Esteira; Equações para CL delgada. Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST Separação da Camada limite Conceitos: – Separação da camada limite: condições para a ocorrência de separação da camada limite; – Gradientes de pressão nulos, favoráveis e adversos; – Acção do gradiente de pressão sobre a evolução da C.L. 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST MECÂNICA DOS FLUIDOS II Bibliografia: – Sabersky – Fluid Flow: 8.1, 8.2 – White – Fluid Mechanics: 7.1, 7.3, 7.5 2004 Mecânica dos Fluidos II Prof. António Sarmento - DEM/IST