A importância da repotenciação para o atendimento aos requisitos operativos do SIN Worshop ANEEL “Avaliação Regulatória da Repotenciação” Hermes Chipp Diretor Geral 1 Brasília 14 de Julho de 2011 Sumário 1. Atendimento à Demanda no Curto Prazo 2. Constatações 3. Atendimento à Demanda no Médio Prazo 4. Benefícios da Repotenciação para o SIN 5. Recomendações 2 Atendimento da demanda máxima do SIN Contexto de Curto Prazo Perda gradual de regularização leva ao uso mais intenso dos reservatórios a cada final de estação seca – perdas expressivas por deplecionamento (~ 4,5 GW). Desligamento sistemático da 2ª casa de força de Tucuruí ao final de cada ano (perda de ~ 5,6 GW). O controle de tensão no 440 kV no verão limita sistematicamente a plena disponibilidade potência das usinas conectadas a esta malha (~1,4 GW). Manutenções programadas (não adiáveis) e não programadas (~ 5 GW). 3 Situação em novembro de 2010 Disponibilidade de Potência em novembro de 2010 Quadro resumo – SIN SE/CO UHE Itaipu S NE N Total Potência instalada 26398 12600 13388 11384 11646 75416 Perda deplecionamento 3090 0 1117 307 5824(*) 10338 Manutenção 2243 0 1497 1011 330 5081 Restrição Elétrica 2012 - - - - 2012 - 950 - - - 950 18972 11650 10774 10066 5492 56954 ANDE Disponibilidade (*) Tucuruí II Perda de ~ 18 GW 4 Atendimento da demanda máxima do SIN Situação em novembro de 2010 Redução de potência hidráulica no SIN, perda de Angra II, queda das torres em SP, desligamento de Tucuruí II, restrições na malha 440 kV e elevação da temperatura (primavera/verão), além do deslocamento da ponta para o período da tarde. O gráfico ilustra a situação da carga em novembro de 2010. (máxima de ~ 68 GW). 5 Medidas operativas Despacho pleno da potência hidráulica, com complementação térmica (~ 9 GW) para o atendimento à demanda instantânea, notadamente nos períodos de carga média. Utilização prévia da reserva de potência durante os períodos de maior demanda instantânea, em carga média e pesada. Postergação de manutenções programadas de unidades geradoras. 6 Soluções Estruturais de Curto Prazo Medidas estruturais para equacionar o controle de tensão no 440 kV: Compensação reativa capacitiva da ordem de 1.600 Mvar até dezembro de 2011; Ainda no biênio 2011-2012, a implantação das SEs Mirassol, Getulina, Jandira, Araras e Salto, todas em seccionamento na rede de 440 kV. Adicionalmente, com a implantação da rede de escoamento da geração do Madeira, prevista para 2012, existirá mais um ponto de interligação das redes de 500 kV e 440 kV na SE Araraquara 2, contribuindo assim para uma maior robustez operativa do SIN. 7 Constatações Para o atendimento da demanda instantânea nos períodos de carga média e pesada tem sido necessário o despacho complementar de geração térmica e a utilização prévia da reserva operativa; e Necessidade de adiamentos das manutenções programadas pelos Agentes. 8 Atendimento da demanda máxima do SIN Contexto de Médio Prazo Oferta 2010 a 2015 - Participação por Fonte (MW) e (%) 2010 Hidráulica Crescimento 2015 85.690 79,3% 2010-2015 98.035 71,0% 12.345 14% Nuclear 2.007 1,9% 2.007 1,5% 0,0% Gas/GNL 9.263 8,6% 12.180 8,9% 2.917 32% Carvão 1.415 1,3% 3.205 2,3% 1.790 127% Biomassa 4.577 4,2% 7.272 5,3% 2.695 59% Óleo 4.212 3,9% 9.913 7,3% 5.701 135% 826 0,8% 5.248 3,8% 4.422 535% 29.879 28% Eólica Total 107.990 100% 137.860 100% PEN 2011 – Cenário de Referência 9 Atendimento da demanda máxima do SIN Contexto de Médio Prazo Nos próximos 5 anos a expansão será calcada em ~ 12 GW de UHEs com baixa ou nenhuma regularização; ~ 13 GW de UTEs; ~ 4,4 GW de UEEs e 5,7GW de Biomassa. Participação das UHEs na capacidade instalada passa de 80% para de 70% em 2015. Aumento da perda de regularização faz com que a ponta deva ser atendida com a participação de outras fontes – térmicas e eólicas. Usinas de CVU elevado intensificam os deplecionamentos ao final de cada estação seca. 10 Balanço de Ponta com Inflexibilidade das UTEs – 2013/15 SIN Geração Térmica acima da Inflexibilidade 11 Poços Existentes * (recursos para atendimento à ponta) Usina Subsistema Cachoeira Dourada SE/CO Curua-UNA N G.B.Munhoz S Ilha Solteira Eqv. SE/CO Itaparica NE Jaguara SE/CO Porto Primavera SE/CO Rosana SE/CO São Simão SE/CO Salto Santiago S Taquaruçu SE/CO Três Marias SE/CO Total usinas com repotenciação Potência disponível MW 105 10 838 485 1000 213 440 89 1075 710 105 123 5193 OBS: As máquinas adicionais de Três Irmãos são representadas na usina Ilha Solteira Equivalente (*) Fonte: ABRAGE 12 Balanço de Ponta com Inflexibilidade das UTEs – 2013/15 SIN Benefício de motorizar os poços existentes * Geração Térmica acima da Inflexibilidade somente em 2015 (*) Hipótese de motorização somente a partir de 2013 (por tempo de construção e regulação) 13 0 dez-15 nov-15 out-15 set-15 ago-15 jul-15 jun-15 mai-15 abr-15 mar-15 fev-15 jan-15 dez-14 nov-14 out-14 set-14 ago-14 jul-14 jun-14 mai-14 abr-14 mar-14 fev-14 jan-14 dez-13 nov-13 out-13 8000 set-13 SIN ago-13 jul-13 jun-13 mai-13 7000 abr-13 mar-13 fev-13 jan-13 Geração térmica com e sem a motorização dos poços Benefício de motorizar os poços existentes Cenário de Referência PEN 2011 Com motorização dos poços 6000 5000 4000 3000 2000 1000 14 Recomendações Criar incentivos comerciais e regulatórios para motorização dos poços existentes; Avaliar mecanismos regulatórios que estimulem a instalação de potência hidráulica no SIN, como por exemplo através de repotenciação de usinas existentes; e Avaliar mecanismos regulatórios para contratação de potência e/ou encargos de capacidade. 15 APOIO 16 Projeções de Carga de Demanda – PEN 2011 (MW) Ano SIN – MW Taxa crescimento 2011 2012 2013 2014 2015 69.660 74.409 79.405 82.940 86.496 4,8% 6,8 % 6,7%* 4,5% 4,3% * Considera a interligação Tucuruí – Manaus – Macapá em 2013 17 Inflexibilidade de Geração Térmica – PEN 2011 Inflexibilidade por classe térmica (MWmed e % de GTmax) 5000 0,1% 4500 Inflexibilidade (MWmed) 4000 0,1% 0,1% 11,9% 0,6% 0,1% 0,1% 37,1% 37,1% 34,8% 35,6% 0,3% 3500 63,8% 3000 2500 27,3% 27,3% 21,0% 27,4% 16,1% 2000 63,2% 70,4% 72,2% 72,2% 72,2% 82,1% 90,4% 90,4% 90,4% 90,4% 2012 2013 2014 1500 1000 500 0 2011 Nuclear Biomassa Gás Natural Carvão GNL Óleo Combustível 2015 Óleo Diesel 18 Perdas típicas por Deplecionamento (MW)* Perdas por deplecionamento em função da EARmax (MW) % EARmax SE/CO S NE N SIN 10 3634 775 316 4576 9301 20 3153 701 268 3474 7597 30 2689 628 221 2534 6071 50 1813 480 126 1133 3552 Perdas por deplecionamento em função dos Níveis Meta de 2011 Subsistema % EARmax (NM – NOV) Perdas (MW) SE/CO 42 2155 NE 25 245 * Estimadas com base na época do racionamento 2001/2002 19