Introdução a Bioquímica: Biomoléculas Aula 6 Estruturas Secundária,Terciária e Quaternária de Proteínas Ignez Caracelli Julio Zukerman Schpector BioMat – DF – UNESP/Bauru LaCrEMM – DQ – UFSCar Bauru, 15 de setembro de 2008. 1 Estrutura Primaria até Quaternária folha primária hélice secundária terciária Interações e Estrutura Terciária Entre as interações a serem consideradas temos as estruturas específicas que resultam de interações de longo alcance: interações eletrostáticas ligações de hidrogênio (OH, N H, S H) interações hidrofóbicas Caracelli &Zukerman-Schpector,. Introdução à Biofísica Estrutural -EdUfSCar, 2006. Interações e Estrutura Terciária ligação iônica ligação de hidrogênio interações de van der Waals entre átomos em contacto (em preto) Caracelli &Zukerman-Schpector,. Introdução à Biofísica Estrutural -EdUfSCar, 2006. I. Interações iônicas (exterior) Formadas entre duas cadeias laterais de aminoácidos carregados: negativos (Glu, Asp); positivos (Lys, Arg, His). •São interações dependentes de pH (pKa). •Lembrar que os pKs no interior de uma proteína podem ser diferentes daqueles do aminoácido livre. Caracelli &Zukerman-Schpector,. Introdução à Biofísica Estrutural -EdUfSCar, 2006. II. Ligações de hidrogênio (interior e exterior) Aparecem entre as cadeias laterais, backbone, água; Aparecem com cadeias laterais dos aminoácidos carregados: Glu, Asp, His, Lys, Arg; Aparecem com cadeias laterais dos aminoácidos polares: Ser, Thr, Cys, Asn, Gln, [Tyr,Trp] Caracelli &Zukerman-Schpector,. Introdução à Biofísica Estrutural -EdUfSCar, 2006. II. Ligações de hidrogênio (interior e exterior) Caracelli &Zukerman-Schpector,. Introdução à Biofísica Estrutural -EdUfSCar, 2006. Ligações de hidrogênio em estrutura terciária H HO CH2 N HN H CH2 S,T HO CH R H H K N CH2 H C,M CH2 S H H R N H C NH R NH2+ O E,G,N,Q C H H R O N C H N,Q Y III. Interações hidrofóbicas (interior) Formam-se entre cadeias laterais de resíduos não-polares: Alifáticos: Ala, Val, Leu, Ile, Pro, Met Aromáticos: Phe,Trp, Tyr Formam-se clusters de cadeias laterais, mas não há o requerimento para uma orientação especifica como ocorre com a ligação de hidrogênio; O interior da proteína fica distante da água; São não-dependentes do pH. Caracelli &Zukerman-Schpector,. Introdução à Biofísica Estrutural -EdUfSCar, 2006. IV. Ligações dissulfeto (intracadeias e intercadeias) São formadas entre os resíduos de cisteínas: CysSH + HSCys CysSSCys São catalisadas por enzimas especificas, e agente oxidantes; Restringem a flexibilidade da proteína. Caracelli &Zukerman-Schpector,. Introdução à Biofísica Estrutural -EdUfSCar, 2006. A Estrutura das Proteínas presença ou não de um grupo prostético proteínas simples e proteínas conjugadas holoproteína = apoproteína + grupo prostético (grupo prostético ex: FAD, Fe, Grupo heme, etc) presença ou não de subunidades proteínas monoméricas e proteínas oligoméricas ex: 2 monômeros iguais – homodímero ex: 2 monômeros diferentes – heterodímero estrutura global proteínas fibrosas e proteínas globulares QUIMOTRIPSINA – serino-protease 1.A estrutura 3-D de uma proteína é determinada por sua seqüência de aminoácidos. 2. A função de uma proteína depende de sua estrutura. 3. Cada proteína tem uma estrutura única. QUIMOTRIPSINA – serino-protease catalisa hidrólise de ligações peptídicas tríade catalítica Estado Nativo As proteínas tem uma conformação específica, o arranjo espacial dos átomos. As proteínas na sua conformação funcional e enovelada estão em seu estado nativo. 1 seqüência × 2 enovelamentos Interconversion between two unrelated protein folds in the lymphotactin native state Tuinstra, Peterson, Kutlesa, Elgin, Kron & Volkman (2008) www.pnas.orgcgidoi10.1073pnas.0709518105 Estrutura Terciária das Proteínas interações de van der Waals e hidrofóbicas ligação de hidrogênio ligação dissulfeto “esqueleto” polipeptídico ligação iônica Estrutura supersecundária - motivos Há padrões comuns no enovelamento das proteínas chamados de motivos. Os motivos são encontrados em várias proteínas de função diversa. Uma proteína pode conter vários motivos estruturais diferentes. Estrutura supersecundária - motivos A estrutura de cada proteína é totalmente diferente ou há motivos comuns? Há padrões comuns de enovelamento da cadeia polipeptídica na maioria das proteínas. Exemplos: -hélice folhas- Estrutura supersecundária combinações de elementos de estrutura secundária (hélices e fitas ) caracterizam classes de proteínas Estrutura supersecundária SCOP SCOP (Structural Classification Of Proteins) Estrutura supersecundária - Motivos Estrutura supersecundária - motivos Estrutura supersecundária - motivos Estrutura supersecundária - motivos Estrutura supersecundária - motivos Estrutura supersecundária somente α Estrutura supersecundária somente β Estrutura supersecundária α/β Estrutura supersecundária α+β Estrutura supersecundária Domínios estruturais domínio pequeno NADPH domínio grande Estrutura terciária das proteínas As proteínas se enovelam em estruturas globulares e excluem H2O de seu interior. Em geral: Aminoácidos não-polares no interior Val, Leu, Ile, Met, Phe Aminoácidos carregados na superfície Arg, Lys, His, Asp, Glu Aminoácidos polares não-carregados na superfície ou interior Ser, Thr, Asn, Gln, Tyr, Trp Estrutura Quaternária de Proteínas Algumas proteínas formam agregados de 2 ou mais subunidades. Estrutura Primaria até Quaternária folha primária hélice secundária terciária quaternária Estrutura Quaternária de Proteínas Razoes para múltiplas subunidades: 1. cooperatividade exemplo: Hb liga O2 cooperativamente. 2. função catalítica exemplo: HMG-CoA reductase dímero 3. síntese exemplo: groEL chaperonina tem 14 subunidades (a proteína é muito grande para ser sintetizada sozinha. Estrutura Quaternária de Proteínas Estrutura Quaternária de Proteínas Estrutura Quaternária de Proteínas Estrutura Quaternária de Proteínas Estrutura Quaternária de Proteínas Capsídeo de poliovirus (simetria icosahedral), 30 nm diâmetro Estrutura Quaternária de Proteínas Tobacco mosaic virus (300 nm x 18 nm), simetria helicoidal Diagramas - Motivos Diagramas – Motivos/Topologia helice Motivos Hairpin Motivo: Helix-Loop-Helix (H-L-H) Motivo EF-Hand H-L-H B/T- Figure 2.13 Motivo Chave-grega Estruturas × PDB Estruturas × PDB total de estruturas 3D Estruturas × PDB total de estruturas 3D – raio X Estruturas × PDB total de estruturas 3D – NMR Estruturas × PDB total de estruturas 3D –microscopia eletrônica Estruturas × PDB total de estruturas 3D –microscopia eletrônica 1dgi 1gw7 Estruturas × PDB total CATH – topologias Estruturas × PDB total CATH – superfamilias-topologia/ano Estruturas × PDB total SCOP – enovelamentos Estruturas × PDB total SCOP – superfamilias/ano