Reusabilidade: Objeto de
Aprendizagem de Línguas para o
ensino de língua portuguesa de
ouvintes e surdos
Nairana Hoffmann Sedrez
[email protected]
Anne Marie Moor
[email protected]
Projeto de Pesquisa “Línguas estrangeiras e TICs: aprendizagem de línguas e elaboração
de materiais na Complexidade e no Caos” .
Grupo de Pesquisa “Elaboração de materiais e práticas pedagógicas na aprendizagem de
línguas” coordenado pelo Prof. Dr. Rafael Vetromille-Castro.
JUSTIFICATIVA
• Política de inclusão do MEC.
“Art. 58. Entende-se por educação especial, para
os efeitos desta Lei, a modalidade de educação
escolar, oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais.” (Lei Federal n° 9.394 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
1996, capítulo V).
• Crescimento de recursos tecnológicos.
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OBJETIVOS
• Verificar o grau de reusabilidade de um
Objeto de Aprendizagem de Línguas (OAL) leitura e compreensão textual - desenvolvida
para alunos ouvintes quando aplicada à alunos
surdos.
• Refletir sobre a inclusão de alunos surdos no
mesmo contexto de alunos ouvintes por meio
da análise da reusabilidade de um OAL.
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REFERENCIAL TEÓRICO
• Objeto de Aprendizagem (OA) é “qualquer coisa digital com
objetivo educacional” (LEFFA, 2006; WILEY, 2000;
GIBBONS, NELSON e RICHARDS, 2000 e BANNANRITLAND, DABBAGH e MURPHY, 2000).
• Características de OA: granularidade, recuperabilidade,
interoperabilidade e reusabilidade (LEFFA, 2006).
• Críticas quanto à neutralidade teórica dos OA (BANNANRITLAND, DABBAGH e MURPHY, 2000; LEFFA 2006;
CAWS, FRIESEN e BEAUDOIN, 2006).
• Proposta de Objetos de Aprendizagem de Línguas (OAL)
(MOOR, VETROMILLE-CASTRO, SEDREZ e DUARTE,
texto em construção) como resposta às críticas citadas acima.
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METODOLOGIA
• SUJEITOS
– 02 contextos: 03 ouvintes e 03 surdos.
• PROCEDIMENTOS:
– Elaboração de um OAL para compreensão textual de
Língua Portuguesa (LP) voltado para alunos ouvintes.
– Aplicação do OAL para os 06 alunos.
– Aplicação de um questionário aos alunos.
– Entrevista com coordenadores pedagógicos das 2
escolas para complementar a informação sobre os
sujeitos.
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MATERIAL
• Um OAL para o ensino de língua portuguesa, o qual intitula-se
“Aprendendo com o futebol” que apresenta atividades
relacionadas à leitura e compreensão do texto “Fair Play”.
• OAL composto por outros 03 OAL e dividido em 03
momentos de ensino: Introdução, Desenvolvimento e
Conclusão.
• O material foi construído a partir dos princípios do CLT
(CANALE & SWAIN, 1980), levando em consideração a
Usabilidade Pedagógica e de Design (VETROMILLECASTRO, 2003), a presença de ensino (GARRISON,
ANDERSON e ARCHER, 2000) e feedback individual e
estratégico (VETROMILLE-CASTRO, 2003).
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MATERIAL - Conclusão
• Quanto à atividade de conclusão, conforme Leite
(2006, p. 11),
o resumo é uma forma reduzida de informação. É o resultado de um
processo mental de compreensão desencadeado ao sermos expostos a
qualquer situação de comunicação. Diz-se também que resumir é
sumarizar a informação e que o resumo, produto desse processo, é a
evidência, isto é, a comprovação de que houve, efetivamente,
compreensão da informação a que o sujeito foi exposto. Isso quer dizer
que, se alguém consegue resumir um evento que presenciou, um filme
a que assistiu, um livro que leu, pode, por meio do resumo, mostrar
que entendeu tudo o que viu, ouviu ou leu. Só é possível resumir
aquilo que compreendemos.
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COLETA DE DADOS
1) Observação anotada;
2) Gravação em vídeo das telas pelas quais o sujeito
transitou, através do aplicativo Camtasia Studio 7.1.1
(http://www.techsmith.com/camtasia.html );
3) Filmagem do semblante dos alunos a partir de uma
webcam;
4) Questionário aplicado ao final da atividade, com as
seguintes perguntas: (1) Você acha que entendeu o texto
“Fair Play”? Por quê? (2) Você sentiu dificuldades em
fazer as atividades por causa da tecnologia? Comente.;
5) Conversa com as coordenadoras pedagógicas.
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CONCLUSÃO
• O OAL em questão não apresentou reusabilidade sem
alterações, em sua aplicação em contextos diferentes.
• OAL para compreensão textual precisa de adaptações
quando utilizados com surdos.
• OAL sem a presença do professor precisa de feedback
(individual e estratégico) bem trabalhados.
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REFERÊNCIAS
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BANNAN-RITLAND, Brenda; DABBAGH, Nada; MURPHY, Kate. Learning Object
Systems as Constructivist Learning Environments: Related Assumptions, Theories and
Applications. In: WILEY, David (Ed.) The Instructional Use of Learning Objects.
2000. Versão Online. Disponível em: <http://reusability.org/read/chapters/bannanritland.doc>.
BRASIL. Decreto n° 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a lei N° 10.436.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20042006/2005/decreto/d5626.htm>.
BRASIL. Lei Federal n° 9.394, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20
de dezembro de 1996. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>.
CANALE, Michael; SWAIN, Merrill. Theoretical Bases of Communicative Approaches
to Second Language Teaching and Testing. In: Applied Linguistics, v. 1, p.1-47, 1980.
CAWS, Catherine; FRIESEN, Norm; BEAUDOIN, Martin. A new learning object
repository for language learning: methods and possible outcomes. Interdisciplinary
Journal of Knowledge and Learning Objects, vol.2, 2006. pp. 111-124. Disponível
em: <http://www.ijello.org/Volume2/v2p111-124Caws.pdf>.
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GIBBONS, Andrew; NELSON, Jon; RICHARDS, Robert. The Nature and Origin of
Instructional Objects. In: WILEY, David (Ed.) The Instructional Use of Learning Objects.
2000. Versão Online. Disponível em: <http://reusability.org/read/chapters/gibbons.doc>.
LEFFA, Vilson. Nem tudo que balança cai: Objetos de aprendizagem no ensino de
línguas. Polifonia, Cuiabá, v. 12, n. 2, p. 15-45, 2006.
LEITE, Marli. Resumo. São Paulo: Paulistana, 2006.
PAIVA, V.L.M.O. Autonomia e complexidade: uma análise de narrativas de aprendizagem.
In: FREIRE, M.M; ABRAHÃO, M.H.V; BARCELOS, A.M.F (Orgs.). Lingüística Aplicada
e Contemporaneidade. Campinas e São Paulo: Pontes e ALAB, 2005. p. 135-153.
Disponível em: <http://www.veramenezes.com/autocomplex.htm>.
VETROMILLE-CASTRO, Rafael. A usabilidade e a elaboração de materiais para o ensino
de inglês mediado por computador. Revista Brasileira de Lingüística Aplicada, Belo
Horizonte, v. 3, n. 2, pp. 9-23, 2003.
WILEY, David. Connecting learning objects to instructional design theory: A definition, a
metaphor, and a taxonomy. In: WILEY, David (Ed.) The Instructional Use of Learning
Objects. 2000. Versão Online. Disponível em:
<http://reusability.org/read/chapters/wiley.doc>.
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