Entendendo a granularidade do OAL Grupo de Pesquisa: Elaboração de Materiais e Práticas Pedagógicas na Aprendizagem de Línguas Projeto: Línguas estrangeiras e TICs: Aprendizagem de línguas e elaboração de materiais na complexidade e no caos. Profª. Anne M. Moor Prof. Rafael Vetromille-Castro 1ª JETAL Objetivos • Responder à lacuna pedagógica em OA. • Refletir sobre o papel de reusabilidade e interoperabilidade na granularidade do Objeto de Aprendizagem de Línguas. • Refletir sobre a perspectiva pedagógica de reusabilidade e interoperabilidade. 2 A granularidade • Definir granularidade de um OAL tem gerado muitas discussões. • De acordo com Wiley (1998), a granularidade de um OA tem a ver com a redução do recurso para um nível de representação relevante ao processo de aprendizagem. • Isso significa dizer que não tem a ver apenas com tamanho, mas também, e principalmente, com o uso e o contexto. 3 Next Discussões, leituras e releituras A granularidade está intimamente ligada à reusabilidade e a interoperabilidade pedagógica. 4 Voltar Reusabilidade • Ainda de acordo com Wiley (1998), um maior nível de reusabilidade pode ser oferecido ao incorporar uma orientação baseada em processo, em vez de associado a um conteúdo específico. • Isso levou a uma releitura dos princípios comunicativos de ensino de línguas - CLT (Canale e Swain, 1980). 5 Releitura dos princípios de CLT para OAL • • • • • Competência comunicativa Foco na comunicação Interação Forma Contexto • E, principalmente, desenvolver a capacidade do aluno de participar em comunicação interpessoal e exercer autonomia na sua aprendizagem. 6 Reusabilidade pedagógica A discussão gerada pela releitura dos princípios de CLT mostra: • A importância de basear a elaboração de OAL em teorias pedagógicas. • A necessidade de atentarmos para os elementos pedagógicos, que possibilitarão a reusabilidade - as características de reusabilidade pedagógica, neste caso, os princípios de CLT para OAL. 7 Interoperabilidade Técnica Pedagógica Interoperabilidade Técnica - IT • Interoperabilidade, nas discussões da área, aponta para a possibilidade técnica que um OA tem de se agregar a outros objetos. • Nos estudos feitos pelo nosso grupo de pesquisa constatou-se que essa definição se faz incompleta porque não abarca o aspecto pedagógico do objeto. • Isso nos fez refletir sobre o que seria interoperabilidade pedagógica. 8 Interoperabilidade Pedagógica - IP • A (I)nteroperabilidade (P)edagógica é o fio condutor na construção de OAL e o elemento que interage entre os OAL menores de um “macro OAL” na composição de uma unidade de ensino. • Um fio condutor tem o papel de costurar as atividades apresentadas, garantindo a coerência da proposta. • É, então, o IP que junta os princípios pedagógicos no e/ou entre os OAL, possibilitando um processo de aprendizagem. 9 Ex. Exemplo: OAL – Uma unidade de ensino que tem como objetivo desenvolver a função de apresentar-se. O OAL é constituído por três camadas de granularidade interoperáveis entre si, baseadas nos princípios comunicativos de ensino/aprendizagem de línguas, cada camada representada por um OAL. O fio condutor, que representa a IP, é o filme “The Princess Diaries”, que tem como objetivo costurar de maneira coerente o desenvolvimento de conhecimento novo. O tema do OAL como um todo é o desenvolvimento da função “apresentações” e as habilidades escolhidas para isso foram a compreensão e a produção oral. 10 Voltar Conclusões • Reforçamos a fundamentalidade de reusabilidade pedagógica e IP na definição da granularidade do OAL. • Apresentamos um OAL macro composto por OAL específicos de um momento de ensino como camadas de granularidade. • Demonstramos como o conceito de competência comunicativa (CANALE e SWAIN, 1980) evidencia o caráter complexo da aprendizagem de línguas, e que o uso das NTIC torna mais saliente essa Complexidade – tudo que a influencia e tudo que é por ela influenciada, inclusive os OAL. • Vimos que a reusabilidade de um OAL é definida pelo seu caráter pedagógico e fundamentada no CLT. • Vimos que a IP é fundamental na possibilidade da reusabilidade, a partir de seu papel de fio condutor pedagógico na costura do conteúdo proposto, formando uma unidade de ensino que, em interação com o aprendiz, provoca a habilidade desse sujeito de receber dados, enxergar a informação ali contida e dar uma resposta baseada na interpretação da informação de acordo com um conjunto holístico de referência objetiva. 11 E, por fim ... • Considerando que uma rede neuro-social (VETROMILLE-CASTRO, 2011) é o local interindividual (ou colaborativo) de produção de conhecimento ou um local de inteligência coletiva ou, ainda, um local de “linguagem em ação, pensamento em ação” e que esse local é a sala de aula on ou offline, os OAL devem ser desenvolvidos em consonância com princípios de CLT, do contrário, indivíduos/aprendizes são alijados das redes neuro-sociais e, portanto, dos locais de produção de conhecimento. 12 Referências bibliográficas • • • • • • • • • • • • • • • • • BANNAN-RITLAND, B., DABBAGH, N. e MURPHY, K. 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