Agência Nacional de Energia Elétrica Audiência Pública Câmara dos Deputados Comissão de Defesa do Consumidor Comissão de Minas e Energia Medidores Eletrônicos de Energia Elétrica Fiscalização da ANEEL na AMPLA Tarifas da ENERSUL Jerson Kelman Diretor-Geral Brasilia - DF 08 de junho 2006 Agência Nacional de Energia Elétrica MEDIDORES ELETRÔNICOS DE ENERGIA ELÉTRICA Condições gerais de fornecimento de energia – Resolução ANEEL Nº 456/2000 Art. 33. “O medidor e demais equipamentos de medição serão fornecidos e instalados pela concessionária, às suas expensas, exceto quando previsto em contrário em legislação específica.” § 2º “Fica a critério da concessionária escolher os medidores e demais equipamentos de medição que julgar necessários, bem como sua substituição ou reprogramação, quando considerada conveniente ou necessária, observados os critérios estabelecidos na legislação metrológica aplicáveis a cada equipamento.” Vários países adotam a medição eletrônica •França - 40% do seu parque de medidores residenciais possuem medição eletrônica. A EDF não instala mais medidores eletromecânicos •Itália - 30.000.000 de medidores - 100% são eletrônicos •Espanha - Sistema de Leitura Automática como diferenciador entre concessionárias •Escandinávia - Nova regulamentação de leituras. Sistema de Leitura Automática com forte tendência a GPRS (rede celular) •Índia - Medição eletromecânica de melhor qualidade e eletrônica com funções sofisticadas anti-fraude •África do Sul - Medidores pré-pagos subsidiados pelo governo •Estados Unidos da América - Implantação de Sistema de leitura automática com tendência para leitura remota via sistemas Rádio. •Brasil – Utiliza, desde 1980, medição eletrônica para os grandes consumidores de energia elétrica Medidores eletrônicos submetidos a teste pelo INMETRO e ANEEL ANEEL – ensaios realizados: em campo no laboratório da AMPLA na Universidade Federal de Itajubá/MG INMETRO - amostras ensaiadas apresentaram erros de indicação inferiores ao limite máximo permissível estabelecido. O furto de energia elétrica - Dimensão do problema Situação das distribuidoras em 2004: Venda 265 milhões MWh Furto 25 milhões MWh R$ 57 bilhões R$ 3,5 bilhões 6% do faturamento = 20 x valor do roubo do Banco Central de Fortaleza O furto de energia elétrica - Dimensão do problema - DISCO TRAVADO Exemplos fraude no O furto dedeenergia elétrica consumo de energia - Dimensão do problema - Impacto nas tarifas Equilíbrio econômico-financeiro Impacto das Perdas nas Tarifas de Energia (Reconhecido pela Aneel) EMPRESA TARIFA MÉDIA (R$/MWH) PERDAS (R$/MWh) PERDAS TARIFA (%) MANAUS 214,92 37,53 17,46% CERON 275,49 43,47 15,78% LIGHT 186,01 20,76 11,16% AMPLA 253,23 26,45 10,45% COELCE 229,35 15,28 6,66% CELPE 181,84 11,55 6,35% CELPA 230,67 14,16 6,14% COELBA 219,31 13,43 6,12% RGE 234,33 13,65 5,82% ENERGIPE 186,92 10,79 5,77% COSERN 184,63 10,46 5,66% CPFL 204,24 9,97 4,88% CEMIG 183,88 7,89 4,29% AES 196,23 8,08 4,12% O que a ANEEL pode fazer? Normatizar a instalação de medidores eletrônicos em residências Direcionamento do Programa de Eficiência Energética para população de baixa renda Investimento das Distribuidoras em eficiência energética, previsto para o Ciclo 2005/2006: R$ 303 milhões Baixa Renda 61% FISCALIZAÇÃO DA ANEEL NA AMPLA Tipos de Fiscalização • Programadas periódicas (anuais) • Eventuais, por demandas • Emergenciais Fiscalizações realizadas na AMPLA Fiscalização Econômico-Financeira e Fiscalização dos Serviços de Eletricidade Total de fiscalizações realizadas pela ANEEL na AMPLA, no período de 1999 a março/2006 29 Total de multas aplicadas à CERJ/AMPLA decorrentes das fiscalizações R$ 7,3 milhões Valor pago R$ 6,8 milhões Encontra-se em discussão uma multa por violação dos indicadores de continuidade, nos anos de 2003, 2004 e 2005, no valor estimado de R$ 14,3 milhões. Agência Nacional de Energia Elétrica Tarifas da ENERSUL Distribuição das Tarifas Consumidores residenciais Concessionária B1 - Residencial (R$/kWh) ENERSUL (Interligado) 0,41915 CEMIG-D AMPLA 0,40671 0,37865 COELCE 0,36805 ELFSM 0,36544 CELTINS 0,36465 CLFM 0,36377 CENF 0,36374 CPEE 0,36121 ELEKTRO 0,35985 CFLCL 0,35899 SULGIPE 0,35323 CHESP 0,35247 COELBA 0,35020 CSPE 0,34990 UHENPAL 0,34877 CLFSC 0,34502 CELPE 0,33556 FORCEL 0,33488 CEMAR (Interligado) 0,33425 Concessionária Receita do serviço de distribuição PARCELA A PARCELA B Compra de energia Cota de depreciação Transporte de energia Custos operacionais Encargos setoriais Remuneração do investimento Mecanismos de atualização tarifária Receita reajustada (Reajuste tarifário): Parcela A atualizada + Parcela B x (IGP-M – Fator X) Receita revisada (Revisão tarifária): Novo valor da parcela B Parcela A atualizada + •Custos operacionais – empresa de referência •Cota de depreciação – base de remuneração x taxa de depreciação •Remuneração do investimento – base de remuneração x taxa de retorno Tarifa média Brasil 116% 77% FIO 165% 89% Fonte: SAMP Evolução da tarifa da ENERSUL R$/MWh TARIFA RESIDENCIAL B1 - ENERSUL 560,00 540,00 520,00 500,00 480,00 460,00 440,00 420,00 400,00 380,00 360,00 340,00 320,00 300,00 280,00 260,00 240,00 220,00 200,00 180,00 160,00 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 - R$ 552 / MWh Encargos+Tributos Distribuição Geração Transmissão 183,7 (33,3%) 84% R$ 356 / MWh 99,6 (27,9%) 64% 216,5 (39,2%) 132 (37,1%) 19% 133,5 (24,2%) 112 (31,5%) 12,2 (3,5%) 17,9 (3,2%) 46% 2003 2006 Resultados da Revisão Tarifária Periódica (ENERSUL-2003) Solicitado pela ENERSUL Homologado pela ANEEL 82,67 % 50,81% • ANEEL adotou o menor valor, para compensar o restante no período de 2004 a 2007 • Diferimento= 50,81 - 32,59 18,22% 2004 2005 2006 Com diferimento 17,11% 20,69% 16,75% Sem diferimento 12,28% 13,65% 10,33% Evolução dos componentes da tarifa da ENERSUL Revisão Tarifária - 2003 Reajuste Tarifário de 2006 13,82% Parcela B; 112,42% 8,83% 0,87% 1 Parcela A; 14,71% Parcela A Parcela B, sem a diluição da Revisão de 2003 Parcela B, com a diluição de 2003 Reajuste Tarifário da ENERSUL B. de Remuneração (bilhões R$) Mercado (MWh) Receita (bilhões R$) Empresa Bruta ENERSUL 1.494.096 2.799.959 457.414 AES SUL 1.398.769 7.345.812 1.111.420 CELPA 1.310.308 4.199.316 726.692 RGE 1.595.541 6.023.409 954.638 899.729 3.456.823 623.893 CEMAT Fornecimento Fonte: Superintendência de Regulação Econômica - SRE /Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL Consumidores Qtde. 647.225 1.011.770 1.165.800 1.050.782 717.900 Qualidade comparada: ENERSUL - CEMAT 6,87 3,53 6,7 3,12 DEC ENERSUL FEC CEMAT 130.387 112.503 271.323 150.148 116.734 108.201 150.000 223.115 171.534 122.140 114.267 200.000 172.129 174.948 174.948 151.862 250.000 168.4558 161.182 161.182 139.929 300.000 201.593 165.073 122.716 102.675 350.000 296.535 Evolução do Orçamento da ANEEL 2005 2006 100.000 0 50.000 0 2001 2002 TFSEE LOA 2003 2004 Limite Autorizado Executado Quanto da Taxa de Fiscalização a ANEEL gastou? 2001 – 83% 2004 – 51% 2002 – 88% 2005 – 40% 2003 – 51% 2006 – 28% (Se conseguir gastar tudo o que foi autorizado) O que o Congresso pode fazer? Modificar a legislação para diminuir a “conta de luz” para os mais pobres (~50% da conta é para pagar encargos e tributos) Manter subsídios apenas para comunidades de baixa renda Agência Nacional de Energia Elétrica Muito obrigado! www.aneel.gov.br 144 Fax: (61) 2192-8705 [email protected]