Proposta de novo modelo de regulação tarifária do Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros (TRIIP) Alexandre Muñoz Lopes de Oliveira e Ismael Souza Silva Especialistas em Regulação de Transportes Terrestres Agência Nacional de Transportes Terrestres OBJETIVO Apresentar a metodologia e premissas do modelo de definição de Taxa de Retorno e formação de tarifas em estudo para novas outorgas de TRIIP. ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO 1. Caracterização Geral dos Serviços Regulares 2. Projeto da Rede Nacional de Transporte Rodoviário Interestadual de Passageiros – ProPass Brasil 3. Modelo de Remuneração 3.1. Taxa de Retorno 3.2. Formação de Tarifas (Coeficientes Tarifários) -1Caracterização geral dos serviços regulares Caracterização da Oferta • 258 empresas • 15.616 ônibus cadastrados • 25.101 motoristas cadastrados • 2.707 serviços regulares Fonte: TRANSP – situação em 31/12/2006 LEGENDA Serviços Rodovias Caracterização da Oferta (cont.) 2.707 serviços interestaduais e internacionais (100%) 542 serviços complementares (20%) 431 serviços diferenciados (16%) 1.734 serviços básicos (64%) 1.691 ligações 1.642 ligações interestaduais (97%) 1.508 ligações > 75 km (92%) 134 ligações ≤ 75 km (8%) Fonte: TRANSP – situação em 31/12/2006 49 ligações internacionais (3%) 34 ligações > 75 km (69%) 15 ligações ≤ 75 km (31%) Caracterização da Demanda Milhares Passageiros Transportados 5.000 4.500 2001 2002 4.000 2003 2004 3.500 2005 2006 Passageiros 3.000 2007 Média 2.500 2.000 1 2 3 4 5 6 7 Mês 8 9 10 11 12 -2Projeto da Rede Nacional de Transporte Rodoviário Interestadual de Passageiros – ProPass Brasil ProPass BRASIL Objetivos: •Construir os referenciais para o processo de licitação Premissas: •Manutenção de atendimentos existentes • Novas ligações viáveis • Atendimento: serviço convencional - serviços diferenciados • Consórcios • Prazo de permissão improrrogável - 15 anos • Modalidade de licitação – Leilão • Ganhos de escala • Paridade econômico-financeira entre lotes -3Modelo de Remuneração Modelo de Remuneração • Fluxo de Caixa Descontado; • prazo do projeto - 15 anos; • fluxo com bases anuais e moeda constante; • insumos provenientes da planilha tarifária; • demanda constante; • ausência de alavancagem financeira; • Taxa Interna de Retorno Real - 8,77% - 3.1 Taxa de Retorno Taxa de Retorno • Custo Médio Ponderado de Capital: E D CMPC rE rD (E D) (E D) onde, CMPC – custo médio ponderado de capital; E – parcela de capital próprio; D – parcela de capital de terceiros; rE – custo do capital próprio; rD – custo do capital de terceiros. Taxa de Retorno Premissas: • não possuem capital aberto; • índices norte-americanos; • adequação ao mercado brasileiro - risco Brasil; • séries históricas uniformes e semelhantes ao prazo contratual; • período de obtenção dos dados – janeiro de 1995 a dezembro de 2008; • utilização da média dos valores; • proporção de 50/50 para capital próprio/terceiros Taxa de Retorno Custo de Capital Próprio: • metodologia CAPM (Capital Asset Pricing Model): rE rf rm rf rB onde, rE – custo do capital próprio; rf – taxa livre de risco (T-Bond 10 anos); rm – rendimento do mercado (S&P 500); rB – taxa de risco Brasil (EMBI+); β – (beta) representa o risco sistemático do setor Taxa de Retorno Custo de Capital de Terceiros: k j rj bp fp onde, Kj – custo específico (ou nominal) dos vários tipos de financiamento a longo prazo; rj – custo livre de risco de um dado tipo de financiamento j (T-Bond 10 anos); bp – prêmio pelo risco de negócio (EMBI+); fp – prêmio de risco financeiro (média spreads apurados). • dedução da base de cálculo do IRPJ Taxa de Retorno Remuneração do Capital - CMPC Taxa Livre de Risco Taxa de Risco Brasil Risco de Crédito Alíquota de Impostos Custo do Capital de Terceiros Nominal 5,11% 6,77% 2,10% 34,00% 9,23% Taxa Livre de Risco Rendimento de Mercado Prêmio do Mercado Beta Taxa de Risco Brasil Custo do Capital Próprio Nominal 5,11% 7,50% 2,39% 1,00 6,77% 14,27% % Capital Terceiros % Capital Próprio 50,00% 50,00% CMPC Nominal Inflação (EUA) CMPC Real 11,75% 2,74% 8,77% - 3.2 Formação de Tarifas Formação de Tarifas Apuração do Coeficiente Tarifário: • modelagem funcional do lote; • Fluxo de Caixa Indicativo; • procedimentos de iteração sucessivas; • garantia da Taxa de Retorno definida para o projeto. Formação de Tarifas Estrutura do Fluxo de Caixa Indicativo (i) Receitas: • “passageiro-quilometro equivalente”, conforme tipo de pavimento: • Trecho Implantado – 1,34800291 do pavimentado; • Trecho Leito Natural – 1,42279303 do pavimentado. (ii) Tributos sobre o Faturamento (regime cumulativo): • PIS – alíquota de 3%; • COFINS – alíquota de 0,65%. Formação de Tarifas Estrutura do Fluxo de Caixa Indicativo (cont.) (iii) Investimentos: • Veículos; • Instalações; • Equipamentos; • Capital de Giro; • Tecnologia; e • Garantia Execução Contratual*. *considerado como investimento para fins de cálculo Formação de Tarifas Estrutura do Fluxo de Caixa Indicativo (cont.) (iv) Custos e Despesas: Variáveis Fixos Pela Quilometragem Auditoria Combustível Tecnologia Lubrificantes Peças e Acessórios Rodagem Tecnologia Pessoal de Administração e Vendas Pessoal de Manutenção Pessoal de Operação Pela Frota Serviços de Terceiros Seguro de Responsabilidade Civil Verba de Fiscalização Despesas de Desconstituição Formação de Tarifas Estrutura do Fluxo de Caixa Indicativo (cont.) (v) Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido: • • IRPJ – 15% + 10% (lucro acima de R$ 240.000,00); • CSLL – 9%. Compensação de prejuízos fiscais (até 30% do lucro) Obrigado! Agencia Nacional de Transportes Terrestre – ANTT (www.antt.gov.br) Superintendência de Serviços de Transporte de Passageiros – SUPAS Setor Bancário Norte (SBN), Quadra 2, Bloco C, 2º ANDAR. Brasília - DF - CEP 70.040-020