Segunda República –
1945 a 1964
 restabelecido o regime democrático no país,
o Brasil viveu um clima de esperança quanto
ao seu progresso econômico por ocasião da
abertura ao capital estrangeiro
 vale ressaltar que, neste momento, o que
tínhamos era uma democracia bastante
restrita
 devido ao alinhamento brasileiro no contexto
da Guerra Fria o Partido Comunista foi
colocado na ilegalidade em 1947. Aos
analfabetos foi negada a participação política
eleitoral, o distanciamento entre os grupos
sociais cresciam assustadoramente, devido a
concentração de renda e da propriedade que
praticamente impediam a participação dos
mais pobres. Porém, a vivência democrática
deste período contrapõe-se aos regimes
autoritários que o cercaram: o Estado Novo e a
ditadura militar
 a Constituição de 1946 restituiu o regime
democrático no país e, no que diz respeito à
educação, recupera alguns preceitos da Carta
de 1934, como a educação sendo um direito
de todos e a escola primária obrigatória
 na área educacional, o debate em torno da Lei
de Diretrizes e Bases no Congresso Nacional,
por mais de uma década, contraria a
elaboração das leis educacionais anteriores,
todas impostas pelo Poder Executivo
 a Lei 4.024 de 1961 é a primeira a organizar a
educação em todos os níveis de ensino, do
pré-primário ao superior, passando o ensino a
ser inspirado nos princípios de liberdade e nos
ideais da solidariedade humana
 Paulo Freire (1921-1997), grande educador
brasileiro
merece
destaque
por
sua
contribuição para a educação, principalmente
na educação de adultos. Seu método é
coerente com seu posicionamento filosófico no
qual a educação autêntica se faz através da
relação dialógica entre educador e educando e
tem como ponto de partida a adequação do
processo educativo às características do meio
 vê seu trabalho interrompido ao ser preso
pela ditadura militar, considerado por esta
subversivo. Acreditava que em uma sociedade
de privilégios a pedagogia sempre seria vista
como perigosa, uma vez que “nenhuma ordem
opressora suportaria que os oprimidos todos
passassem a dizer: Por quê?” (FREIRE, 1979,
p.87)
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